No dia 8 da semana passada nos noticiários da manhã na TSF a reportagem Equipa nacional estreia-se hoje na Liga dos Campeões de futebol feminino: «Mais logo, a equipa feminina do Clube Atlético Ouriense vai ter pela frente
as veteranas do Fortuna da Dinamarca, uma equipa que está na mais importante
competição europeia de futebol há mais de dez anos e até já foi finalista.
Já as jogadoras do Atlético Ouriense não são profissionais, têm de pedir
férias para entrar nestas competições e, ao contrário do que acontece com quem
faz do futebol profissão, não têm tempo para preparações especiais para os
jogos.
A partida com o Fortuna da Dinamarca para a UEFA Womens Champions League está
marcada para as 19h45, no estádio municipal de Fátima. Em causa está a passagem
aos oitavos de final da prova.
O Atlético Ouriense venceu a fase de grupos, com triunfos sobre o ASA de
Telavive, de Israel e sobre as belgas do Standard de Liège».
Pensamos ser de assinalar, uma colega da DGARTES, a Mónica Guerreiro, e outra leitora do Em Cada Rosto Igualdade, tendo dado conta da notícia também nos alertaram para o acontecimento.
Procurámos saber mais, e até, em dado momento, pensámos que a dificuldade ia ser seleccionar trabalhos da comunicação social para trazermos para o blogue. Todos nós temos a nossa dose de ilusão ... Bom, não encontramos muitos, mas temos, a nosso ver excelente, uma matéria no Observador - «Há campeãs em Ourem que nada recebem em troca». De lá este este excerto:
«(...)
Culpa de Diana e do futebol, parceiros numa relação que fez Ana Pio reparar cedo
no que aí vinha. “Na primária já jogava às vezes no intervalo, lá com os
rapazes”, recorda a jogadora, ao falar dos tempos em que o irmão mais novo
acabaria por ir bater à porta do Ouriense, a equipa ali da terra. “Como eu
gostava de ir também, perguntei aos meus pais se podia. Eles não acharam muita
piada, mas disseram que sim”, confirma quem hoje é responsável por recambiar
para a baliza as bolas que lhe chegam aos pés ou à cabeça. É sempre por lá que
anda, perto da grande área, a correr e a pedir a bola, no treino noturno que o
Observador foi espreitar a Ourém. A conversa, essa, só viria depois, por
telefone. Maldita pressa. E distância, pois assim que a cerca de hora e meia de
prática terminou, Diana já tinha outra correria à sua espera — daí a pouco mais
de 30 minutos arrancaria da estação, às 23h30, um comboio com destino
posto em Coimbra. (...)».
Não foi fácil no dia 8 saber o resultado do jogo, quanto mais acompanhá-lo, mas lá chegou. Perdemos. Como se pode ler aqui. E depois!, até podemos ganhar na segunda-mão, como disse o treinador. Mas no segundo jogo, ouvimos na rádio, nem todas as jogadoras, à partida, vão poder estar presentes - há quem não tenha condições profissionais ou familiares para isso...
E a terminar, vamos ficar «a torcer», claro!, pela equipa portuguesa para o jogo, desta semana, na Dinamarca. E porque não fazer nosso, mesmo que com a primeira-mão realizada, o comentário que se pode ler no site da TSF!:
«Boa sorte a todas para o jogo de hoje e para o da 2.ª mão,
dignifiquem o futebol
e o desporto português e em especial como é
o caso feminino, não deixem de
usufruir do jogo e de todo ambiente
independentemente da pressão, serão as
primeiras de muitas a trilhar
estes caminhos e são exemplo a seguir para muitas
jovens
portuguesas, bom jogo, boa sorte e muitas felicidades
desportivas e
pessoais».
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