sexta-feira, 30 de outubro de 2015

FILME | «As Sufragistas» | NOS CINEMAS A 5 DE NOVEMBRO




Anteriormente já nos tínhamos referido ao filme as Sufragistas, aquando deste post: 

NO FESTIVAL DE CINEMA DE TELLURIDE | Apresentação do filme « As Sufragistas» e revelações de Meryl Streep sobre igualdade entre homens e mulheres


Agora, outro,  para divulgarmos a estreia do filme  em Portugal a 5 de novembro. Mas, entretanto, temos as ante-estreias, como se pode ver, por exemplo, no jornal i.  E no âmbito do lançamento  do filme destaque-se a iniciativa «Quando as mulheres ganharam voz» a que se refere o recorte da imagem seguinte.



Neste endereço  trailer legendado.


«FEMINIST AFRICA»



No African Gender Institute




quarta-feira, 28 de outubro de 2015

«NOS CAMINHOS DA INFÂNCIA | Pensar em Educação com o Cinema» | 2015 | OUT | 30-31 | NOV | 6-7 | GULBENKIAN





NOS CAMINHOS DA INFÂNCIA
PENSAR EM EDUCAÇÃO COM O CINEMA
30 e 31 outubro | 6 e 7 novembro | 2015
Sala Polivalente do CAM
Fundação Calouste Gulbenkian


«Para os cineastas que há 15 anos atrás fundaram a associação Os Filhos de Lumière – e se dedicam à sensibilização de crianças e jovens para o cinema como forma de olhar o mundo, de desenvolver um imaginário, de crescer, de viver com os outros -, a reflexão sobre as questões da educação tornou-se um elemento crucial da sua actividade.
O desafio que o Dr. Carmelo Rosa lançou para organizarmos um ciclo de cinema que servisse de mote para pensar a educação veio, assim, ao encontro de algo que está no centro das nossas interrogações.
Os filmes escolhidos para este programa não tocam forçosamente a escola (embora também o façam), mas sim a infância, o imaginário e as questões que cada realizador levanta sobre o que é crescer e aprender a viver no mundo.
Mas a confrontação essencial entre uma escola com um formato cada vez mais fechado e burocratizado e o mundo exterior (a vida), não pode deixar de ser um dos aspectos chave dessa reflexão.
Apesar de ser – como lembra o cineasta Víctor Erice – a mais secreta das linguagens artísticas e a menos compreendida, o Cinema é um meio fundamental para nos levar a pensar, mas também a sonhar e a imaginar outras formas de ver e de viver.
Os autores, cineastas e pedagogos presentes irão tecer uma multiplicidade de olhares singulares sobre estas questões, “dar a ver o outro lado das coisas”, uma das faces mais importantes do olhar cinematográfico.
A Fundação Lucinda Atalaia, que há muito reflecte sobre estas questões, participa em conjunto connosco nesta procura e neste olhar novo sobre a educação e sobre o cinema.
A Cinemateca Portuguesa, para quem a relação entre o cinema e a educação é uma questão crucial, é também um parceiro essencial na concretização deste programa.
Pensar em educação para pensar o cinema, ou vice-versa». Continue a ler.
Teresa Garcia e Pierre-Marie Goulet (Associação Os Filhos de Lumière)




IGUALDADE | A prática de Serena Williams





«Here’s one of the affirmations I gave myself when I was younger: “I will work in Africa and help kids and help people.” And I did. I opened a school in Kenya in 2008 and a second in 2010. Now, sometimes in Africa they send only the boys to school. So we had a strict rule that our schools had to be at least 40 percent girls. It was impossible to get 50-50 boys to girls, and we really had to fight for 60-40. But we got it.
Equality is important. In the NFL, they have something called the Rooney rule. It says that teams have to interview minority candidates for senior jobs. It’s a rule that companies in Silicon Valley are starting to follow too, and that’s great. But we need to see more women and people of different colors and nationalities in tech. That’s the reason I wanted to do this issue with WIRED—I’m a black woman, and I am in a sport that wasn’t really meant for black people. And while tennis isn’t really about the future, Silicon Valley sure is. I want young people to look at the trailblazers we’ve assembled below and be inspired. I hope they eventually become trailblazers themselves. Together we can change the future». Leia aqui.

Destacar ainda que a luta pela igualdade é o tema da WIRED da imagem. Veja aqui. De lá: «The Battle for Equality Is a WIRED Issue - FROM SILICON VALLEY’S stubborn diversity problem to Facebook COO Sheryl Sandberg’s call to “lean in” to the digitally enabled nationwide rise of Black Lives Matter, the WIRED world is squarely at the heart of today’s conversation about race and gender.
So earlier this year, we decided to devote all of our attention to these important matters and dedicate an issue of WIRED to equality and the future—and we had the great good luck to have Serena Williams join us as guest editor. Because Williams isn’t just a tennis champion and singularly great athlete; she’s been a leader in the fight for equal representation and pay in her sport as well as being a passionate advocate for giving girls in Africa the same access to education as boys». Continue a ler.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (59) | Festival Internacional de Banda Desenhada 2015 | ATÉ 8 NOVEMBRO | AMADORA




  A 26.ª EDIÇÃO DO AMADORA 

  BD HOMENAGEIA A CRIANÇA NA BANDA   DESENHADA


(...)

A 26. ª edição do Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada é dedicada à criança na BD, apresentando uma homenagem ao centenário das personagens infantis Quim e Manecas, do português Stuart Carvalhais, e apostando numa arquitetura do espaço que pretende representar a visão dos maispequenos sobre o mundo e a sua capacidade de projetar no 
quotidiano diferentes imaginários de fantasia e aventura.
Na exposição central A Criança na BD, reflete-se acerca da criança e como a sua representação tem evoluído ao longo dos tempos para veicular mensagens distintas, através de cinco momentos distintos. Por outro lado, entre as diversas exposições existentes, destaca-se, além de Quim e Manecas 1915-1918, os álbuns premiados nos Prémios Nacionais de Banda Desenhada 2014, a mostra do Ano Editorial Português e os novos talentos descobertos no Concurso Nacional de Banda Desenhada, o Concurso Nacional de Cartoon e o Concurso Municipal de BD e Ilustração. Continue a ler.


«NATIONAL WOMEN´S HALL OF FAME» | Para conhecer mulheres que se distinguiram







segunda-feira, 26 de outubro de 2015

MAUREEN O´HARA




«Maureen O’Hara, conhecida pelos seus papéis de mulheres intempestivas - nomeadamente ao lado de John Wayne nos filmes de John Ford -, morreu este sábado aos 95 anos. A ruiva nascida na Irlanda era uma das últimas estrelas da era de ouro de Hollywood, contando com papéis em O Homem Tranquilo (1952) ou O Vale Era Verde (1941).
Segundo o seu manager, John Nicoletti, morreu na sua casa em Boise, no estado norte-americano de Idaho, rodeada pela família e a ouvir "a sua música preferida", exactamente do filme O Homem Tranquilo». Continue a ler no Público, e veja um video daquele filme:

                                                  


WORLD ECONOMIC FORUM | «Global Shapers Annual Survey 2015» | DESIGUALDADE SOCIAL E ECONÓMICA É O PROBLEMA SEGUNDO OS «MILLENNIALS»

Veja na integra.
























«Millennials Rate Social and Economic Equality as Top Challenge Globally and Locally

  • Millennials see inequality as the greatest challenge both in their home cities and the world at large
  • With responses from 125 countries and 285 cities, the Global Shapers Annual Survey 2015 is one of the most geographically diverse surveys of millennials. The respondents are members of the World Economic Forum’s Global Shapers Community.
  • The Global Shapers Annual Survey 2015 indicates that the opportunity to make a difference is what millennials value most in a job». Saiba mais.

E para quem não saiba, em torno dos Millennials: «A Geração Y, também chamada geração do milênio ou geração da Internet[1] , é um conceito em Sociologia que se refere, segundo alguns autores, como Don Tapscott, à corte dos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z.
Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica, e facilidade material, e efetivamente, em ambiente altamente urbanizado, imediatamente após a instauração do domínio da virtualidade como sistema de interação social e midiática, e em parte, no nível das relações de trabalho. Se a geração X foi concebida na transição para o novo mundo tecnológico, a geração Y foi a primeira verdadeiramente nascida neste meio, mesmo que incipiente. Continue a ler na wikipedia.


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

ONU | Estatísticas e Tendências sobre as Mulheres | RELATÓRIO 2015

E veja aqui também, nomeadamente infográficos .


Sobre o relatório a partir da ONU Brasil:

«Segundo relatório Mulheres do Mundo 2015 publicado pela Divisão de Estatística do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas na terça-feira (20), os impactos da desigualdade entre homens e mulheres diminuíram nos últimos 20 anos, mas dados apontaram para a violência e discriminação de gênero.
De acordo com estudo, a expectativa de vida das mulheres aumentou, alcançando a média mundial de 72 anos, enquanto a dos homens é de 68. O número de mortes durante o parto reduziu 45% entre 1990 e 2013. A quantidade de meninas que se casam precocemente também apresentou queda, refletindo o maior acesso à educação por parte das mulheres.
No entanto, o relatório mostra que mais de uma em cada três mulheres foi vítima de violência física ou sexual. Mais mulheres têm prestado queixa contra casos de violência, mas 60% das vítimas não registram os crimes.
Mulheres se concentram em trabalhos que pagam menos e ganham em média 70% a 90% do valor do salário dos homens. Devido às divisões de trabalho pago e não pago, em muitos países, mulheres não alcançaram a independência financeira.
Lançado após a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o documento ressalta a necessidade de alcançar a igualdade de gênero proposta no objetivo 5 da Agenda 2030».

DJAIMILIA PEREIRA DE ALMEIDA | «esse cabelo»






SINOPSE


«A tragicomédia de um cabelo crespo que cruza a história de Portugal e Angola.


O que se passa por dentro das cabeças é mais importante do que o que se passa por fora? Falar de cabelos é sempre uma futilidade? Não necessariamente, até porque, segundo a narradora deste texto belo e contundente, «escrever parece-se com pentear uma cabeleira em descanso num busto de esferovite» e visitar salões é uma boa forma de conhecer países, de aprender a distinguir modos e feições e até de detectar preconceitos.
Esta é a história de uma menina que aterrou despenteada aos três anos em Lisboa, vinda de Luanda, e das suas memórias privadas ao longo do tempo, porque não somos sempre iguais aos nossos retratos de infância; mas é também a história das origens do seu cabelo crespo, cruzamento das vidas de um comerciante português no Congo, de um pescador albino de M’banza Kongo, de católicas anciãs de Seia, de cristãos-novos maçons de Castelo Branco – uma família que descreveu o caminho entre Portugal e Angola ao longo de quatro gerações com um à-vontade de passageiro frequente. E, assim, ao acompanharmos as aventuras deste cabelo crespo – curto, comprido, amado, odiado, tantas vezes esquecido ou confundido com o abismo mental –, é também à história indirecta da relação entre vários continentes – a uma geopolítica – que inequivocamente assistimos». Saiba mais.




quinta-feira, 22 de outubro de 2015

EXPOSIÇÃO |«Suite Rivolta - o feminismo de Carla Lonzi e a arte da revolta» | MUSEU DA ELECTRICIDADE |ATÉ 6 DEZ 2015




 exposição 

«Suite Rivolta - o feminismo de Carla Lonzi e a arte da revolta» 

CURADORIA | Anna Daneri e Giovanna Zapperi
 integra o programa Passagens do Doclisboa ’15
  Museu da Eletricidade
ATÉ 6 DEZ 2015

«A exposição Suite Rivolta investiga a possibilidade de repensar o feminismo radical dos anos 1970, num quadro político e artístico contemporâneo. A exposição reúne trabalhos e documentos relacionados com a figura e os escritos de Carla Lonzi (1931-1982), uma crítica de arte e feminista da Itália dos anos 1960 e 1970. As ideias de Lonzi acerca da criatividade, sexualidade e política têm grande eco em algumas das questões mais prementes da arte e do feminismo, na actualidade.
Juntamente com os trabalhos de referência de 1971-1974 de Suzanne Santoro, a exposição apresenta trabalhos recentes que reconsideram o legado de Lonzi pelo seu potencial transformador. Cabello/Carceller, Claire Fontaine, Chiara Fumai, Silvia Giambrone e Valentina Miorandi encaram as suas ideias como um conjunto de operações transformadoras que podem ser reactivadas no presente. Os seus trabalhos inspiram-se nos escritos de Lonzi e exploram questões como a sexualidade e o prazer feminino, a relação entre corpo e linguagem ou o significado político da sua procura por formas autónomas de expressão».


DIVULGAÇÃO DOS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL | «Juiza» | HUMORISTAS PRODUZEM VÍDEOS



Porta dos Fundos participa de campanha para divulgar os Objetivos Globais da ONU

Os humoristas produziram vídeos para dar visibilidade a três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – igualdade de gênero, paz e justiça e redução de desigualdades. Continue a ler.


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

«A Uma Hora Incerta» + «Coro dos Amantes»


O filme A UMA HORA INCERTA  estreou recentemente, e sobre ele comecemos com uma entrevista do seu realizador - CARLOS SABOGA, uma verdadeira história de envelhecimento ativo - ao jornal i, donde o seguinte excerto:

« Ditou o tempo – noutras palavras: as circunstâncias – que não fosse realizador. Tanto o quis que nunca o foi, tanto o desejou que quando a altura chegou disse que se sentia velho. É para estas ocasiões que os amigos também servem: velhos são os trapos disse-lhe António Cunha e Teles, produtor do seu filme de estreia “Photo”, em 2012. Quer aí, quer sobretudo neste “A Uma Hora Incerta”, a ditadura é a imagem de fundo e a PIDE o saltimbanco do seu imaginário criativo. Correntes que sempre foi desamarrando, quer em miúdo, quando se colava a mulheres, que simulavam ser suas mães, para entrar sem bilhete no cinema; quer em jovem quando decidiu sair de Portugal – depois de duas vezes preso – à boleia de uma equipa de cinema francesa. Aos 79 anos, Carlos Saboga não abdica do que sempre foi: argumentista. Porém, se a vida lhe der licença, esperem-se mais filmes onde o seu nome é creditado como realizador. 
(...)

Mais sobre este filme, quando começou a pensar sobre ele?
Foi-me proposto pelo Paulo Branco que fizesse um filme barato. Comecei logo a pensar no critério económico, portanto, reduzir ao máximo os actores, o décor, tudo isso contribui para que a história venha assim. É evidente que a história vem assim porque a PIDE, neste caso a PVDE, faz parte da mitologia da minha adolescência. Os seus agentes impõem-se no meu imaginário, tornou-se inevitável que estes estivessem lá. 

Ilda, a personagem central é uma rapariga bastante curiosa para a época...

As mulheres são esquisitas [risos]. Tive namoradinhas na altura que sabiam muito mais do que eu, há uma capacidade das mulheres de transgredir as regras... de uma maneira particularmente corajosa. Ela própria é um bocado contraditória, tem um retrato do Salazar à cabeceira. Mas aquelas personagens existiam, havia uma rapariga na Figueira que era a Romana, que tomava banho nua quando não existiam turistas. Ou seja, se as pessoas se documentarem vão perceber que há inúmeras personagens mulheres licenciosas naquela altura, digamos assim. (...)».


Sobre o filme e a curta-metragem que lhe está associada: 

A Uma Hora Incerta + Coro dos Amantes

Ano de 1942. Apesar de viver sob o jugo de uma ditadura, Portugal é, para milhares de pessoas que tentam fugir da guerra que assola a Europa, uma espécie de paraíso. Boris e Laura são dois franceses que chegam a Lisboa para escapar à morte. O inspector Vargas, sentindo-se atraído por Laura, decide escondê-los no velho hotel onde vive com Marta, a mulher, e Ilda, a filha adolescente. Quando Ilda se dá conta da presença dos refugiados e da inclinação do seu pai pela jovem mulher, deixa-se levar pelo ciúme. Decidida a afastá-la do progenitor, está disposta a tudo para os expulsar das suas vidas...
Depois da estreia, em 2012, com "Photo", esta é a segunda incursão à realização de Carlos Saboga, conhecido pelos argumentos de filmes como "O Lugar do Morto" (António-Pedro Vasconcelos), "Matar Saudades" (Fernando Lopes), "O Milagre segundo Salomé" e "Amor de Perdição" (Mário Barroso), "Os Mistérios de Lisboa" (Raul Rouiz) ou "As Linhas de Wellington" (Valéria Sarmento). O elenco conta com a participação de Paulo Pires, Joana Ribeiro, Pedro Lima, Grégoire Leprince-Ringuet, Joana de Verona e Ana Padrão. Em complemento à sessão é também exibida a curta-metragem "Coro dos Amantes", de Tiago Guedes.  Veja o trailer via jornal PÚBLICO

E do que  diz o critico Jorge Leitão Ramos sobre o filme no semanário Expresso:
Quanto ao Coro dos Amantes, escreve Jorge Mourinha no Público: «Coro dos Amantes de Tiago Guedes, sagaz exercício estereofónico baseado numa criação do dramaturgo Tiago Rodrigues, que coloca um daqueles eventos que mudam uma vida visto em simultâneo pelas duas partes do casal que o vive (Isabel Abreu e Gonçalo Waddington)».



Mais aqui



RELATÓRIO ANUAL DE MONITORIZAÇÃO | «Violência Doméstica 2014» | OCORRÊNCIAS REPORTADAS ÀS FORÇAS DE SEGURANÇA




Do Relatório:«(...)Em 2014, tal como verificado em anos anteriores, as ocorrências de violência doméstica participadas à Guarda Nacional Republicana (GNR) e à Polícia de Segurança Pública (PSP) representam quase a totalidade das participações por VD registadas pelas autoridades  policiais (99,95%); no ano transato este crime foi o segundo mais reportado a nível nacional (a seguir ao furto no interior de veículos), representando 8% de toda a criminalidade registada pelas autoridades policiais, e foi o crime mais registado no âmbito dos crimes contra as pessoas, representando um terço 33% da criminalidade registada nesta tipologia1 . O presente relatório contempla cinco partes: 1) Sumário executivo; 2) Quantitativos globais das ocorrências de violência doméstica (VD) participadas às FS em 2014 e quantitativos relativos ao 1.º semestre de 2015; 3) Caracterização detalhada das ocorrências participadas em 2014; 4) Detenções, estruturas especializadas nas FS, ações de formação e iniciativas; 5) Decisões de atribuição do estatuto de vítima e decisões finais em processos-crime por VD.(...)».


terça-feira, 20 de outubro de 2015

REVISTA CIG 91 | 40 anos de abril | TRANSFORMAÇÕES REGISTADAS NA SITUAÇÃO DAS MULHERES




Do editorial:  «O nonagésimo primeiro número da revista Noticia, relativo ao segundo semestre de 2014, quis auscultar algumas áreas chave da sociedade portuguesa no âmbito da celebração dos 40 anos do 25 de Abril. Com o título “Sob o Signo da Memória: mitos e realidades”, pretendeu, o Dossiê Temático, incidir sobre as transformações registadas na situação das mulheres em algumas áreas consideradas significativas. À semelhança dos números anteriores, a revista reúne um conjunto de artigos elaborados por diferentes peritas da realidade em foco». Continue a ler.


ARTIGO REVISTA «E» | «As marias são rapazes e os meninos também choram»




Na revista «E» do semanário Expresso desta semana,  assinalemos o artigo «As marias são rapazes e os meninos também choram». De lá o destaque da imagem, e um outro:



«As novas gerações 
  são mais tolerantes, 
   libertas das amarras
 tradicionais  sobre 
o que é masculino 
  e feminino».vvvvvv


Na variante online  o titulo é «Diluição Do Género»:



segunda-feira, 19 de outubro de 2015

«WOMEN IN THE MEDITERRANEAN»




«Beyond the progress achieved, Euro-Mediterranean societies have not yet granted women their rightful place
Fouzia Assouli (Fédération de la Ligue démocratique pour le

Both in the North and South, they are underrepresented in economic and political powers and overrepresented in precarious, unstable, low paid, poorly regarded and insecure jobs. In the current framework of economic, institutional and social crisis in Europe and the Mediterranean, we are witnessing a flagrant regression of women’s rights, an increase of inequality and the mass feminisation of poverty. We are aware that political action, strategic mobilisation and feminist solidarity, including between the different regions and generations, are responses to the questioning of women’s gains and rights and the achievement of their freedom and physical integrity». Continue a ler.

E precisamente hoje em Lisboa:


«À conversa com mulheres ativistas do euro-mediterrâneo»
 10:00-12:00 | 19 Out. 
 Centro Maria Alzira Lemos, Casa das Associações


Seminário Internacional Mulheres no Euro-Mediterrâneo: Primeiro Relatório de Monitorização dos Compromissos Ministeriais
 19 de outubro | das 14:00h às 19:30h 
 Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa 
Picoas Plaza - Rua Viriato, 13E - Núcleo 6, 1.º


Com peritas e ativistas da região EuroMed, de membros do Parlamento Europeu e de Embaixadoras/es, e no contexto do processo intergovernamental da União para o Mediterrâneo (UpM), o Seminário visa:

- Apresentar e debater os resultados do primeiro relatório produzido pela Fundação das Mulheres do Euro-Mediterrâneo relativo à monitorização da 3ª Conferência Ministerial sobre “Reforçar o papel das Mulheres na Sociedade”, Paris 2013;

- Conhecer e debater o acompanhamento que o Parlamento Europeu, os Estados-     Membros e a sociedade civil organizada fazem e querem fazer do empoderamento das mulheres e da igualdade entre mulheres e homens no Euro-Mediterrâneo.

                                 SAIBA MAIS.

ONTEM | «Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos» | HOJE PARA O LEMBRAR ASSINALAMOS AS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DAS CRIANÇAS VITIMAS DE TRÁFICO




Ontem foi o Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos,  hoje com o manual da imagem queremos chamar a atenção para as necessidades especiais  das crianças vitimas de tráfico.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

MIA COUTO | «Eis o que faz o racismo, o sexismo e o tribalismo: cada pessoa deixa de ser uma criatura única, passando a ter a identidade do seu grupo»



A partir daqui.

Mais um discurso de Mia Couto: como sempre, a nosso ver, luminoso. Um excerto:
«Discurso proferido por Mia Couto ao receber o título Doutor “Honoris Causa”, pela Universidade Politécnica de Maputo
(...)
Lembrou Luis Bernardo Honwana os meus pais. E estou grato por essa lembrança que faz justiça à história da minha família. Tudo o que sou vem daí, aquela é nascente do meu Tempo e do tempo dos filhos, dos netos e dos que vierem depois. O mundo em que nasci e me fiz homem alimentava-se do preconceito. Criava muralhas para separar e graduar as raças. As muralhas não ofendiam apenas os que ficavam do lado de lá. Os do lado de cá, convertiam-se eles mesmos em estereótipos. Éramos, de um e do outro lado, diminuídos pelo medo e pelo desconhecimento. Acreditamos que o efeito dos preconceitos raciais e tribais é o de tentar desvalorizar uma outra raça. E isso é verdade. Esses preconceitos resultam também numa outra pérfida consequência que é a negação da existência de pessoas singulares, cada uma com a sua identidade própria. Eis o que faz o racismo, o sexismo e o tribalismo: cada pessoa deixa de ser uma criatura única, passando a ter a identidade do seu grupo. Deixa-se de ter um rosto, uma voz, uma alma: passamos a ser identificados por um rótulo geral: os negros, os brancos, os matsuas, os macuas, os do Norte, os do Sul. Fala-se de alguém e há uma voz que diz: ah, já sei como ele é, conheço esses tipos.

Caros amigos

Irei falar sobre a erosão dos valores morais e de como pode um escritor ajudar na reabilitação do tecido moral da sociedade.
Escolhi este tema porque não conheço ninguém que não se lamente da perda de valores morais. Este é um assunto sobre o qual temos um imediato consenso nacional. Todos estão de acordo, mesmo os que nunca tiveram nenhum valor moral. E até os que tiram vantagem da imoralidade, até esses, depois de lucrarem com da ausência de regras, se queixam que é preciso travar a falta de decoro.

Um dos caminhos que nos pode ajudar a resgatar essa moral perdida pode ser o da literatura. Refiro-me à literatura como a arte de contar e escutar histórias. Falo por mim: as grandes lições de ética que aprendi vieram vestidas de histórias, de lendas, de fábulas. Não estou aqui a inventar coisa nenhuma. Este é o mecanismo mais eficiente e mais antigo de reprodução da moralidade. Em todos os continentes, em todas as gerações, os mais velhos inventaram narrativas para encantar os mais novos. E por via desse encantamento passavam não apenas sabedoria mas uma ideia de decoro, de decência, de respeito e de generosidade.

Há certa de trinta anos atrás Graça Machel – que era então Ministra da Educação – convocou um grupo de escritores para lhes dizer que estava preocupada. Estou preocupada, disse ela, estamos a ensinar nas escolas valores abstractos como o espírito revolucionário, do patriotismo, o internacionalismo. Mas não estamos a ensinar valores mais básicos como a amizade, a lealdade, a generosidade, o ser fiel e cumpridor da palavra, o ser solidário com os outros. E ela pediu-nos que escrevêssemos histórias que seriam publicadas nos livros de ensino. Graça Machel tinha a convicção que uma boa história, uma história sedutora, é mais eficiente do que qualquer texto doutrinário.

Eu queria ilustrar o poder das histórias com dois pequenos exemplos. Nestes próximos momentos partilharei convosco duas vivências e o modo como essas experiências produziram em mim duradouras lições.

O primeiro episódio – uma nação à procura de um hino

Ainda há pouco entoamos nesta sala o Hino Nacional. Este hino tem uma história e eu estou ligado a essa história. Aconteceu assim: no início da década de 80, Samora Machel decidiu que o Hino Nacional então vigente deveria ser mudado. Ele tinha razão: a letra era mais um louvor à própria Frelimo do que de uma exaltação da nação moçambicana. Estávamos ainda longe do multipartidarismo, mas Samora tomou essa decisão. E nessa maneira que era a sua, “requisitou” 4 poetas e 5 músicos e fechou-os numa moradia na Matola com a incumbência de produzirem não uma, mas várias propostas de hinos. Eu era um dos 4 poetas. Eram tempos de guerra, a única coisa que havia nas lojas eram prateleiras vazias. Todos os dias saímos de casa com uma única obsessão: o que trazer para comer para a nossa família. Pois, nessa altura, de repente, estávamos numa casa com piscina, rodeado de mordomias e servidos de comida e bebida. Confesso que nos primeiros dias ficamos de tal modo fascinados que pouco trabalhávamos. Quando, a meio da tarde, escutávamos as sirenes dos carros dos dirigentes nós corríamos para o piano e improvisávamos um ar de grandes cansaços. Ao fim da tarde, eu e os meus colegas entregávamos às nossas esposas que nos vinham visitar, recipientes com a comida que cada um de nós tinha poupado durante o dia. E foi assim que, ao fim de uma semana, produzimos uma meia dúzia de hinos que foram ensaiados por um grupo coral e apresentados a uma comissão avaliadora. Havia duas propostas que mereciam a nossa preferência: uma delas era esta que agora é o nosso hino nacional, a Pátria Amada. A outra era baseada numa composição do maestro Chemane e tinha um estribilho que dizia: “Pátria de heróis! Levanta a tua voz! Viva Moçambique, povo unido, A estrela do amanhã brilhará!” O grupo coral que apresentou esta proposta em vez de Pátria de Heróis cantava: “Pátria de arroz” e a proposta ficou esquecida. (...)».  Na integra aqui.