quarta-feira, 30 de setembro de 2015

NO INQUÉRITO AOS PÚBLICOS DO 32.º FESTIVAL DE ALMADA | Homens 34% - Mulheres 66%


(Montagem a partir do «MAIS TMJ»/ set 2015)


E aqui está uma boa prática em linha com as estatísticas de que precisamos, nomeadamente na cultura. Saiba mais no «MAIS TMJB» de setembro de 2015 .



OUTRA VEZ RUY BELO | «Há o mar há a mulher» | NA DESPEDIDA DE SETEMBRO


Uma forma de me despedir



Há o mar há a mulher
quer um quer outro me chegam em acessíveis baías
abertas talvez no adro amplo das tardes dos domingos
Oiço chamar mas não de uma forma qualquer
chamar mas de uma certa maneira
talvez um apelo ou uma presença ou um sofrimento
Ora eu que no fundo
apesar das muitas palavras vindas nas muitas páginas dos dicionários 
bem vistas as coisas disponho somente de duas palavras
desde a primeira manhã do mundo
para nomear só duas coisas
apenas preciso de as atribuir
Não sei se gosto mais do mar
se gosto mais da mulher
Sei que gosto do mar sei que gosto da mulher
e quando digo o mar a mulher
não digo mar ou mulher só por dizer
Ao dizer o mar a mulher
há penso eu um certo tom na minha voz sinto um certo travo na boca
que mostram que mais do que palavras usadas para falar
dizer como eu digo a mulher o mar
mar mulher assim ditos
são uma maneira talvez de gostar
e a consciência de que se gosta
e um prazer em o dizer
um gosto afinal em gostar
Enfim o mar a mulher
pode num dos casos ser a/mar a mulher
mera forma talvez de uniformizar o artigo
definido do singular
Há ondas no mar
o mar rebenta em ondas espraiadas nos compridos cabelos da mulher
que ela faz ondular melhor de tarde em tarde
no mês de setembro nas marés vivas
O melhor da mulher talvez o olhar
é para mim o mar da mulher
e à mulher que um só dia encontro na vida
de passagem um simples momento num sítio qualquer
talvez a muitos quilómetros do mar
mas mulher que não mais consigo esquecer
mesmo imerso na dor ou submerso em cuidados
a essa mulher qualquer
eu chamo mulher do mar
Nos fins de setembro quando eu partir
de uma cidade seja ela qual for
quando eu pressentir que alguém morre
que alguma coisa fica para sempre nos dias
e ou nuns olhos ou numa água
num pouco de água ou em muita água
onda do mar lágrima ou brilho do olhar
eu recear seriamente vir-me a submergir
direi alto ou baixo conforme puder
com a boca toda ou já a custar-me a engolir
as palavras mar ou mulher
com certo vagar e cada vez mais devagar
mulher mar
depois quase já só a pensar
o mar a mulher
Não sei mas será
talvez mais que outra coisa qualquer
uma forma de me despedir

Ruy Belo, Toda a Terra

terça-feira, 29 de setembro de 2015

«NEGRITUDE»





ARTES VISUAIS | LISBOA

AR DE FILMES | LUMIAR CITÉ
WOLE SOYINKA E LÉOPOLD SENGHOR - UM DIÁLOGO SOBRE 
A NEGRITUDE
De Manthia Diawara
26 de setembro a 8 de novembro
Lumiar Cité
Rua Tomás del Negro, 8A
Lisboa 


«Partindo de material de arquivo, Manthia Diawara organiza um diálogo imaginado entre Léopold Senghor, um dos fundadores do conceito de Negritude, e Wole Soyinka, escritor nigeriano laureado com o Prémio Nobel da Literatura." 
Em coprodução com o Goethe-Institut Portugal e a kʼa Yéléma Productions (Paris) e em parceria com o AFRICA.CONT/Câmara Municipal de Lisboa, o espaço Lumiar Cité apresenta o filme "Wole Soyinka e Léopold Senghor - Um Diálogo sobre a Negritude", da autoria de Manthia Diawara. O projeto contempla ainda uma exposição, que decorre de 26 de setembro a 8 de novembro, período durante o qual o filme será projetado em quatro sessões diárias, às 15h00, 16h00, 17h00 e 18h00.
Segundo Manthia Diawara, "o filme prova a relevância atual do conceito de Negritude, confrontando o ponto de vista dos seus muitos críticos, não apenas para os processos de descolonização e independência das décadas de 1950 e 1960, mas também para a compreensão do nacionalismo nos contextos artísticos e políticos contemporâneos, a intolerância religiosa, o multiculturalismo, o êxodo africano e de outras populações do Sul, e as políticas migratórias xenófobas do Ocidente".
Depois da sua antestreia no Cinema Ideal, o filme torna-se o centro da exposição que inaugura no espaço Lumiar Cité, transformando o andar superior da galeria num cinema temporário, no qual é apresentado durante seis semanas em sessões diárias fixas. A inauguração da exposição coincide com uma conferência que conta com a presença de Manthia Diawara, Salah M. Hassan (Universidade de Cornell, EUA), Manuela Ribeiro Sanches (CEC/FLUL) e a moderação de José António Fernandes Dias (AFRICA.CONT), organizada em colaboração com o AFRICA.CONT/CML e o Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
O filme surge como o primeiro resultado de uma série de conferências organizadas pela Maumaus e o Goethe-Institut em parceria com AFRICA.CONT/CML, a New York University (EUA), a Akademie der Künste (Berlim, Alemanha) e o Institute for Comparative Modernities / Cornell University (Ithaca, EUA) que, desde 2011, tiveram lugar em Lisboa, em Dakar ("Modernities in the Making") e em Berlim ("Rethinking Cosmopolitanism"). Em 2016, o projeto terá continuidade em Lisboa, com o lançamento de duas publicações que reúnem ensaios dos participantes nas conferências». Saiba mais.




MARIN ALSOP | «Desigualdades quer sejam de género, económicas ou raciais, devem ser combatidas com o poder da música (...)»



Aconteceu a meados deste mês,  mas é sempre altura para lembrar o que Marin Alsop disse na última noite dos Proms 2015 no Royal Albert Hall, e podemos fazê-lo através de trabalho disponível no site da TSF. O titulo: «Festival Proms da BBC marcado pela crise dos refugiados». De lá:
«No encerramento do maior e mais popular festival de musica clássica do mundo, que se realiza todos os anos em Londres, a Orquestra sinfónica da BBC foi pela primeira vez dirigida por uma mulher. A maestrina norte-americana Marin Alsop apelou ao ensino da música como forma de combate às desigualdades num mundo cheio de diferenças. Desigualdades quer sejam de género, económicas ou raciais, devem ser combatidas com o poder da música para trazer ao de cima aquilo que de melhor a Humanidade tem para oferecer. (...). Continue a ler e a ver. E saiba mais de Marin Alsop, por exemplo, através da sua conta Twitter. E também no seu site, onde, aliás, se encontra o discurso  de 12 de setembro dos «Proms». E aproveitemos a ocasião para um momento de música do Festival:



«BBC last night of the Proms 2015 - Arvo Pärt "Credo"»



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA «QUEER LISBOA» | Os vencedores

 

Entre 18 e 26 do corrente mês de setembro  teve lugar em Lisboa o Festival Internacional de Cinema Queer:  conheça os vencedores. 
E sobre o Festival: «O Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer é o primeiro festival nacional criado com o propósito específico de exibir novas propostas cinematográficas de temática gay, lésbica, bissexual, transgénero e transsexual, um género cunhado internacionalmente como Cinema Queer. Este é um cinema que irrompe com crescente expressão nos grandes festivais de cinema internacionais e é objetivo do Queer Lisboa o de programar o que de mais relevante em termos estéticos e narrativos se faz no panorama mundial, visando colmatar o facto de esta cinematografia ser de acesso restrito ao grande público. Contiune a ler.
De entre os premiados na modalidade Documentário, «Call me Marianna»: «Marianna é uma atrativa mulher de 40 anos que acaba de processar os pais a fim de conseguir uma mudança de sexo. Alienada pela mãe e ignorando os seus melhores amigos, procura refúgio num grupo de teatro onde chega a termos com a sua situação ao ensaiar uma peça baseada no seu próprio passado. Já em contagem decrescente para a cirurgia, Marianna começa um romance improvável com um homem mais velho que lhe oferece um raio de esperança, mas continua atormentada pela ideia de perder o que lhe é mais querido, a sua família, o que não a faz esquecer os sacrifícios permanentes que enfrentamos para sermos nós mesmos».
A realizadora é Karolina Bielawska:






ZAHA HADID |«ganha a medalha RIBA por 30 anos de arquitectura revolucionária e imodesta» | A PRIMEIRA VEZ A TITULO INDIVIDUAL ATRIBUÍDA A UMA MULHER


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

OBJETIVOS GLOBAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL | Cimeira ONU de 25 a 27 de setembro




A partir da ONU Brasil:

150 líderes mundiais são esperados para a Reunião  sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU que começa hoje sexta-feira


Reunião na sede da ONU entre os dias 25 e 27 de setembro adotará os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma plataforma de ação para levar prosperidade e bem-estar para todos até 2030. Pretende, entre outras coisas, acabar com a pobreza extrema, lutar contra a desigualdade e deter a mudança climática. 

Veja este vídeo, legendado em português:




PELA IGUALDADE DE GÉNERO | Monitorizar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável



“Data on their own will not change lives, but we will not change lives without them. With the right metrics and illuminating information, we can inform policies, check on progress and hold leaders accountable if they fall behind on their commitments. We need 2030 to be the point when the lives of girls and women have been changed irreversibly, sustainably and substantively for the better.” — Phumzile Mlambo-Ngcuka, Under-Secretary-General and Executive Director,UN Women

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

PARLAMENTO EUROPEU | Reforço do papel das mulheres na sociedade através da educação

Ver aqui






















Da intervenção da eurodeputada portuguesa Liliana Rodrigues no debate em plenário:
«A educação é a melhor das vias para garantir que, no futuro, todos tenham de forma efetiva, e não apenas teórica, os mesmos direitos em todos os domínios da sociedade e da vida. Argumentarão alguns que estamos melhor do que há uma dezena de anos e que o tempo se irá encarregar de equilibrar os direitos das mulheres e dos homens. É verdade, estamos melhor, mas as coisas têm evoluído lentamente, inclusive aqui, nas instituições europeias. Entretanto, milhões de mulheres sentem, todos os dias, de forma mais ou menos implícita, essa discriminação. O que se pretende com este relatório é desenvolver um espírito crítico nas mulheres e nos homens e isso é essencial para a eliminação de estereótipos e preconceitos. Esse pensamento crítico e autónomo tem de ser trabalhado desde a infância. Jovens, mulheres e homens educados podem alterar a estrutura de poder de uma sociedade, por isso não devemos temer essa mudança. Este relatório surgiu enquadrado no Dia Internacional da Mulher, que tomou a educação como uma prioridade e como instrumento de emancipação, como instrumento de poder. As instituições educativas são ainda aquelas que estão em melhor posição de garantir a educação democrática, a educação para a igualdade de género, a educação para a liberdade. No entanto, ainda se mantêm culturas escolares que não atendem à igualdade de género como valor primeiro da Europa democrática. A investigação e a educação mostraram-nos isso em todas as linhas dos estudos curriculares». Continue a ler.


CHARO IZQUIERDO | «Siempre pierden las mismas»





«Mírese de mil maneras. Siempre encontrará el mismo modo por el que empezó todo. Desprotegida. Pobre. Hija de pobres. Sin recursos. Sin estudios o con muy pocos estudios. Sin esperanza. Con la necesidad absoluta de salir de un agujero, que se llama miseria, o con hijo o hijos a los que atender, sola, o con la imposibilidad de encontrar un trabajo digno. Da igual la edad, aunque en el mercado de la carne cotiza la temprana, como en los corderos. Con esas condiciones anteriormente descritas, la presa está preparada. Ahí está, como un tesoro para quienes están llamados a solucionar la vida a esa mujer, a esa chiquilla, a esa niñas, desesperadas todas por encontrar su propio paraíso.
(...)
Hace unos días escuché en el curso La trata de seres humanos: prevención, protección y persecución, en la UIMP, en Santander,  a la cineasta Isabel de Ocampo -premio Goya a la mejor dirección novel por Evelyn, película que aborda el tema de la trata- una manera nueva de hablar de estas mujeres. Me sorprendió e interesó su visión de que estamos ante mujeres y niñas valientes, emprendedoras, que quieren romper el círculo de la pobreza, que ven en el trabajo que se les ofrece una oportunidad. Nunca había contemplado este punto de vista. En mi opinión, se trataba de víctimas, simplemente». Leia na integra no Blog Mujeres do El País.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

CONFERÊNCIA | «O Desenvolvimento Global é Realizável ? | OUTUBRO 2015 | DIA 13 | MUSEU DO ORIENTE | LISBOA


VER PROGRAMA 
ENTRADA LIVRE MEDIANTE INSCRIÇÃO: aqui.


«O Ano Europeu para o Desenvolvimento promove a conferência O Desenvolvimento Global é Realizável?, dia 13 de Outubro de 2015, no Museu do Oriente, em Lisboa.
Assistimos hoje à globalização do Desenvolvimento. A arquitetura mundial do desenvolvimento está a sofrer mutações rápidas e profundas, com as dicotomias simples - Norte/Sul ou países desenvolvidos/em desenvolvimento – a tornaram-se obsoletas. Os desafios do desenvolvimento são cada vez mais interdependentes e multidimensionais, incluindo questões de segurança, ambiente, migrações e outras preocupações às quais a ajuda ao desenvolvimento não consegue responder. O Desenvolvimento deixou, portanto, de ser apenas uma questão direcionada dos mais ricos para os mais pobres, para se tornar numa preocupação comum e global. Será a globalização do bem-estar possível e realizável?
A Conferência analisará, em particular os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as implicações da aplicação universal desta nova Agenda Global até 2030, bem como as mais-valias e contradições europeias na promoção do Desenvolvimento, tendo em conta os Direitos Humanos e a coerência entre políticas.
Na Conferência, serão igualmente divulgados e distribuídos: a edição em Português do Relatório de Desenvolvimento Humano 2015 (este ano dedicado ao Emprego), o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio 2015 e o European Report on Development».


RUY BELO | «Canto de Outono»


Ruy Belo – Canto de Outono


Os rouxinóis inexoráveis da primavera
trazidos até nós por certa curta carta
em que canto da noite cantarão agora
que já os frágeis frios vindimam?

E os lilases crudelíssimos de junho
inalteráveis como o céu das férias grandes
talvez desdobradas sobre a adolescência
de que nos valerão perante a insinuante música do outono?

E a mãe que o filho suga a ruga
que mãos estenderá sobre estes rostos
onde poisaram patas implacáveis dias?

E quando o vento verga os choupos do princípio
e despe os ramos dos plátanos familiares
faltará muito que nos cubram provisioriamente
as folhas fatigadas das desoladas árvores?

Já sobe a nossos pés o cedro do silêncio
Promete-nos o sol que sobre os nosso rostos
hão-de na primavera ondular os trigos.


BELO, Ruy, Antologia Poética


terça-feira, 22 de setembro de 2015

TEATRO | «As Raposas» | EM CENA NO TEATRO ABERTO | LISBOA


Sinopse
«Uma família de grandes proprietários quer expandir o seu negócio para aumentar o seu capital e, assim, realizar tudo aquilo que o dinheiro parece poder comprar. Na luta pelo poder dentro da família, revelam-se diferentes maneiras de pensar e agir: quem olha a meios e quem só olha a fins, quem se adapta ao presente, quem se agarra ao passado, quem vence pela força e quem espera pelo momento certo, quem é pragmático, quem escuta o coração. No fim, quem leva a melhor?
Esta versão, que transporta para os nossos dias a acção desta peça de 1939, salienta as paixões desencadeadas pela ânsia de poder e de dinheiro e questiona os valores que regem as sociedades globalizadas em que vivemos».



E uma boa ocasião para recordarmos a autora da peça - Lillian Hellman. Recorrendo, por exemplo, à wikipedia em português. De lá:

«(...)
The Children's Hour foi seu primeiro texto para o teatro e estreou na Broadway em 1934. A peça trata de uma falsa acusação de relação homossexual entre duas professoras de uma escola para meninas, e fez estrondoso sucesso na Broadway, embora tenho sido proibida em cidades como Boston, Chicago e Londres.
Uniu-se a intelectuais como Dashiell Hammett (que foi seu marido por trinta anos), Clifford OdetsJohn dos PassosErnest Hemingway e Arthur Miller no combate ao nazismo.
(...)
Em 1951, Lillian e Hammett foram chamados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Atividades Antiamericanas. Dashiell foi preso por seis meses, depois de se recusar a delatar os colegas. Ele e Lillian foram colocados na lista da caça às bruxas, promovida por Joseph McCarthy durante os anos 50. Ela escreveria sobre o episódio e as consequências dele em sua vida em 1976, no livro Scoundrel Time (literalmente: Tempo Canalha; na tradução para português, recebeu o título de A Caça Às Bruxas). (...)». Leia mais.


ESTUDO PARLAMENTO EUROPEU | «Analysis of political parties' and independent candidates' policies for gender balance in the European Parliament after the elections of 2014»



«Upon request by the FEMM Committee, this study explores the results of the 2014 European Parliament elections in terms of gender balance of MEPs. The study uses case studies and statistical analyses of the election results to establish the main barriers to women being elected. The factors explored include the type of electoral system used, political parties’ candidate list selection processes and strategies used by women political candidates. The study presents recommendations for improving gender balance in the European Parliament».

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (58) | Maria Inês Almeida | «A Admirável Aventura de MALALA»




«Um testemunho de como a educação é a arma mais poderosa para melhorar o mundo. Malala acredita que todas as crianças – independentemente do sexo, da raça, da origem social ou do credo religioso – têm o direito indiscutível a aprender. Porque saber é poder, e aprender é um direito tão fundamental como ter acesso a água, a comida ou a segurança». Saiba mais.




PARLAMENTO EUROPEU | Pergunta sobre o novo programa «Direitos, Igualdade e Cidadania» | SUBJACENTE O ANTERIOR PROGRAMA DAPHNE


Leia aqui.




E tem cabimento lembrar de que trata o  programa: 


PROGRAMA “DIREITOS, IGUALDADE E CIDADANIA” 2014-2020

«O objetivo geral do Programa é contribuir para um maior desenvolvimento de um espaço em que a igualdade e os direitos das pessoas sejam promovidos, defendidos e efetivamente exercidos.
Os objetivos específicos do Programa "Direitos, Igualdade e Cidadania" 2014-2020 são os seguintes:
- Promover a aplicação efetiva do princípio da não discriminação em razão do sexo, raça ou     origem étnica, religião ou convicções, deficiência, idade ou orientação sexual e respeitar o princípio da não discriminação em razão dos motivos enunciados no artigo 21.º da Carta;
- Prevenir e combater o racismo, a xenofobia, a homofobia e outras formas de intolerância;
- Promover e defender os direitos das pessoas com deficiência;
- Promover a igualdade entre mulheres e homens e avançar com a integração horizontal das questões de género;
- Prevenir e combater todas as formas de violência contra crianças, jovens e mulheres, e de violência contra outros grupos de risco, particularmente grupos expostos a riscos de violência doméstica, e proteger as vítimas dessa violência;
- Promover e proteger os direitos da criança; (...)». Continue a ler.


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

«CONVENÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA - 25 ANOS EM PORTUGAL» | setembro 2015 | dia 24 | 9:00h | Fundação Calouste Gulbenkian



«Convenção dos Direitos da Criança – 25 anos em Portugal»

Reforço de um compromisso


Fundação Calouste Gulbenkian

 24 set 2015  |  9:00h

Auditório 2


«Conferência que assinala os 25 anos da Convenção dos Direitos da Criança em Portugal. A data também vai servir para reforçar o compromisso do país na defesa deste conjunto de direitos fundamentais de todas as crianças». O Programa aqui.



PATRÍCIA CARVALHO | «Portugueses nos Campos de Concentração Nazis»



«Portugal adotou uma posição neutral durante a Segunda Guerra Mundial, mas isso não significa que os seus cidadãos se tenham mantido à margem do conflito que devastou a Europa pela segunda vez no mesmo século, depois da guerra de 1914-1918. Ao mesmo tempo que, no território nacional, se desenvolviam as contradições de uma política espartilhada entre alguma simpatia por Adolf Hitler e a antiga amizade com Inglaterra, com Salazar a fazer tudo para manter o país fora do conflito, os portugueses que tinham emigrado para França sentiam na pele os efeitos da ocupação, dos bombardeamentos e das prisões.
Enquanto Lisboa era solo fértil para os espiões, e os refugiados que conseguiam ultrapassar os entraves da política salazarista aguardavam por um barco que os levaria para outros destinos, havia portugueses a juntarem-se à Resistência ou a serem apanhados em buscas a aldeias francesas, que culminavam na detenção de todos os homens que não fossem jovens ou velhos demais para trabalhar a favor do esforço de guerra alemão.

Enquanto Portugal era palco de trocas de prisioneiros de guerra, alguns portugueses desapareciam no sistema de campos de concentração nazis.

Este livro precioso resulta de uma investigação que deu também origem à reportagem homónima publicada em 2014 pelo jornal, vencedora, entre outros, do prémio Melhor Reportagem Multimédia, atribuído nesse ano pelo Observatório do Ciberjornalismo. O objetivo dessa reportagem foi, em primeiro lugar, descobrir se tinham existido portugueses nos campos de concentração e, em segundo, confirmada a sua existência, contar as suas histórias. Este é um trabalho fundamental, que dá a conhecer factos inéditos sobre os portugueses que, nascidos de norte a sul do país, tiveram passagem, muitas vezes fatal, pelos infames campos disseminados pelo nazismo.
Com fotografias do premiado fotojornalista Nelson Garrido». Saiba mais.




Sobre a investigação veja também aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

TEATRO | ESTREIA | «A Canoa » | ESCOLA DA NOITE | HOJE | SETEMBRO 2015 | DIA 17 | 21:30H | COIMBRA




«A  Canoa»
 de Cándido Pazó.

 O espectáculo é dirigido pelo próprio autor e 
tem como tema central a violência doméstica. 

Coimbra, Teatro da Cerca de São Bernardo
17 de Setembro a 18 de Outubro
quinta a sábado, 21h30
domingos, 16h00
(excepto 4 de Outubro, dia das Eleições Legislativas)
5 a 10 Euros

SESSÕES PARA O PÚBLICO ESCOLAR
(3.º Ciclo, Ensino Secundário e Ensino Profissional)
30 de Setembro a 16 de Outubro:
quarta a sexta-feira, 11h00 ou 15h00
23 a 26 de Novembro:
segunda a quinta, 11h00 ou 15h00
3 Euros/aluno(a)
[entrada gratuita para professores/as acompanhantes
e para alunos/as abrangidos pelo escalão A da ASE]
lotação máxima: 100 alunos/as

informações e reservas
239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

«Escrita a partir de uma história meio absurda – o desconforto de um homem com o facto de o vizinho guardar uma canoa no seu lugar de garagem – “A Canoa” aborda o fenómeno da violência doméstica e a forma como ele se relaciona com os quadros de valores em que nos movemos, não apenas a partir de “uma chave emocional, mas também racional”.

A abordagem a uma questão tão sensível como esta é feita com o humor que caracteriza todos os espectáculos de Pazó - com o “humor que a vida sempre nos oferece, mesmo nas situações mais dramáticas”, explica o autor. Falando sobre a alternância entre momentos mais tensos e mais calmos que caracteriza esta peça, Cándido Pazó concretiza: “interessa-me que o público respire e que possa retomar o discurso e divertir-se com a peça”.
Com um elenco de cinco actores – Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash e Sofia Lobo – o espectáculo inclui na sua ficha artística os galegos Afonso Castro (iluminação) e Manuel Riveiro Hermo (música) e os colaboradores habituais da companhia João Mendes Ribeiro e Luisa Bebiano (cenografia), Ana Rosa Assunção (figurinos e adereços) e Eduardo Pinto. Cristina Janicas (assistência de encenação) e Catarina Moura (voz off) completam a equipa criativa da mais recente produção d'A Escola da Noite».

BARBARA | «Septembre»








quarta-feira, 16 de setembro de 2015

«UM MUNDO MAIS SEGURO PARA AS CRIANÇAS»




«"Fomos forçadas a abandonar as nossas casas, a combater como crianças-soldado e a trabalhar como escravas domésticas. Fomos violadas, espancadas e atacadas nas nossas próprias comunidades. Vimos, impotentes, os nossos pais, irmãos e amigos serem mortos à nossa frente. Memórias com estas são como murros no estômago e deixam-nos apavoradas. Nenhuma criança deveria ter um início de vida assim". Esta é uma parte da carta escrita por 18 crianças, sobreviventes da violência em todo o mundo, lançada pela UNICEF.
As crianças - que retratam as situações de diferentes países - lembram que "a cada cinco minutos, em algum lugar do mundo, uma criança morre em resultado da violência" e apelam aos líderes mundiais para que ponham fim à violência e se construa "um mundo mais seguro para as crianças", indica a carta, divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)». Continue a ler.


MULHERES EM DESTAQUE | Maria João Pires vence o Prémio Gramophone



«A gravação dos concertos para piano nº 3 e nº 4 de Beethoven pela pianista Maria João Pires, um disco editado em 2014, venceu o prestigiado prémio Gramophone na categoria Concerto, que será entregue numa cerimónia em Londres a 17 de Setembro. Está agora nomeada para Gravação do Ano.
Os Prémios Gramophone são uma das mais respeitadas e influentes distinções na indústria discográfica de música clássica, atribuídas anualmente desde 1977. Os prémios são divididos em 12 categorias, e os vencedores são escolhidos pelos críticos da revista britânica de música clássica Gramophone e membros da indústria, incluindo estações de rádio, directores artísticos e músicos». Continue a ler no Público.



terça-feira, 15 de setembro de 2015

A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO | Ensinar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável em Todas as Escolas | RECURSOS DISPONÍVEIS ONLINE

Montagem com recortes de materiais disponíveis  na internet, na esfera da UNICEF,  onde 
nem sempre o português (do Brasil) estará na expressão mais rigorosa. 
Na generalidade fizemos «copy» e «paste».Mas o facto de existir em português é, 
a nosso ver, importante. Aproveitemos!
Continue a ver aqui

EXPOSIÇÃO | «O Amor Mata» | DE JOÃO FRANCISCO VILHENA | INAUGURAÇÃO | 17 SETEMBRO 2015



EXPOSIÇÃO
«O  A m o r  M a t a»
 de João Francisco Vilhena

inauguração |  17 de Setembro 2015
 Galeria das Salgadeiras
no âmbito do Bairro das Artes


«No dia 17 de Setembro irá inaugurar, na Galeria das Salgadeiras, a exposição "O amor Mata" de João Francisco Vilhena.A inauguração insere-se no Bairro das Artes — A Rentrée Cultural da Sétima Colina de Lisboa. Este evento é uma organização da "Isto não é um cachimbo. Associação" e uma co-produção da Galeria das Salgadeiras e do I Love Bairro Alto.Nesta que já é a sexta edição do evento, associaram-se cerca de 30 espaços entre galerias, museus, espaços institucionais, livrarias. Para ir acompanhando a programação deste ano, consulte o sítio da Associação e a página Bairro das Artes no facebook». +

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«A mostra aborda a temática da violência doméstica, área sobre a qual o artista tem vindo a dedicar-se. A exposição conta com o apoio da CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, da APAV — Associação de Apoio à Vítima, e da UMAR — União de Mulheres Alternativa e Resposta». Tirado daqui.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

«BAILE» | «É um espectáculo muito feminino, não quisemos contrariar isso» | ATÉ 20 SETEMBRO 2015 | TEATRO SÃO LUIZ | LISBOA




B A I L E
Carla Maciel | Sara Carinhas

Coprodução 
Rivoli Teatro Municipal do Porto 
Companhia Olga Roriz
  São Luiz Teatro Municipal
9 a 20 setembro
Teatro Municipal São Luiz 
Lisboa


«O Baile é um exercício de cumplicidade entre cinco mulheres-intérpretes e uma banda, que se encontram em cena. Uma sucessão de números musicais e de quadros visuais. Histórias também em jeito de canções, que rendem homenagem à alegria. Mas eis que vem a maldade por entre a melodia a fazer lembrar o mundo. E vai-se instalando nos espaços vazios como uma inundação. Um mal que é extremo e que precisa de um bem profundo e radical. Mas que difícil que isso é: o discurso sem cinismo, a comunicação de algo puro, de sorriso na cara. O espaço, que foi talvez um salão de baile, apresenta-se agora vazio, feito de estranhas e absurdas memórias e desejos, numa festa, como dentro de um sonho, que se celebra, enquanto se espera..."».

DA REVISTA VISÃO


Revista Visão de 3SET2015

UNIVERSIDADE FEMINISTA | «Género e Ambiente» | OUTUBRO 2015 | DIA 22 | 18:30H | LISBOA






sexta-feira, 11 de setembro de 2015

NO FESTIVAL DE CINEMA DE TELLURIDE | Apresentação do filme « As Sufragistas» e revelações de Meryl Streep sobre igualdade entre homens e mulheres





«Meryl Streep escreveu a 535 políticos... e recebeu 5 respostas


A atriz contactou todos os membros do Congresso dos EUA apelando à aprovação de leis para uma maior igualdade entre homens e mulheres, mas foi ignorada.


A 23 de junho deste ano, no dia a seguir ao seu 66º aniversário, Meryl Streep enviou uma carta personalizada a cada um dos membros do Congresso dos EUA a pedir-lhes para reavivarem a batalha para consagrar uma Emenda sobre a igualdade de direitos na Constituição, assegurando a paridade para as mulheres de acordo com a Lei.
Cada carta era acompanhada de um livro, "Equal Means Equal" [Igual Significa Igual], da autoria de Jessica Neuwirth, presidente da ERA Coalition, uma organização que faz campanha por essa Emenda.
Dois meses e meio depois, a estrela deu conta que o seu apelo foi praticamente ignorado pelos 435 representantes e 100 senadores que formam o Congresso dos EUA: "Recebi cinco respostas".
A revelação surgiu durante a apresentação de "As Sufragistas", no Festival de Cinema de Telluride, um drama histórico sobre o movimento pelo sufrágio feminino na Grã-Bretanha no início do século XX.
Muito bem recebido, o elenco inclui Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Romola Garai, Ben Whishaw e Brendan Gleeson». Continue a ler na Sapo.





AUDIÇÃO PÚBLICA | «Empowering women in digital age» | SETEMBRO2015 | DIA 15 | 11:00H-12:30H



«The Committee on Women's Rights and Gender Equality will hold a public hearing with experts in order to discuss the different aspects related to the empowerment of women in the digital age. They will also look at the challenges to be faced and the potential concrete action that could or should be taken at European level. This hearing is meant to serve as an input for drafting a non-legislative report on the same topic. The hearing will take place on 15.09.15». Ver mais.