terça-feira, 30 de junho de 2015

FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA 2015 | Tempo de fazermos as nossas escolhas | VAI DE 4 A 18 DE JULHO



O Festival de Teatro de Almada aí está,  uma vez mais. E novamente a  possibilidade de se contar com a força da arte, na circunstância do teatro, para   temáticas de que nos ocupamos aqui no Em Cada Rosto Igualdade. E devíamos ficar por aqui, quando muito  encaminhar para este endereço onde de forma rápida se pode saber dos Espectáculos deste ano de 2015, e para quem esteja interessado/a  e ainda não o tenha feito, de maneira informada, fazer as suas escolhas. Mas ousamos assinalar alguns dos espectáculos:

HAMLET

«Em Hamlet coloca-se em cena o confronto entre duas gerações. O grupo de jovens constituído pelo protagonista e pelos seus amigos leva a sério os valores em nome dos quais se organiza a sociedade. Os mais velhos, todavia, já não acreditam nesses mesmos valores, exercendo o poder que têm com cinismo. A certa altura, o príncipe Hamlet recorre ao teatro: “Ouvi contar que certos criminosos, assistindo a uma peça, foram de tal forma, e até ao fundo da alma, atingidos pela arte da cena que logo confessaram os seus maus actos” . A tragédia, porém, não se compadece com as suas nobres intenções». +

IL RITORNO A CASA | O REGRESSO A CASA

«Mas O Regresso a Casa constitui também o regresso de Pinter ao palco do Teatro Nacional D. Maria II, depois de no ano passado os Artistas Unidos terem estreado na Sala Garrett esta obra-prima do Nobel da Literatura britânico. Stein nunca havia visitado Pinter, mas há já 50 anos, quando assistira à estreia londrina do texto, que desejava dirigir esta peça. Para o encenador alemão, em O Regresso a Casa estamos “numa selva, na qual todas as obsessões sexuais masculinas desta família de serpentes se projectam na única mulher em cena: o mal-estar recíproco dos protagonistas fá-los sofrer a todos, mas é, ao mesmo tempo, aquilo que os mantém unidos”». +


LIVADA DE VISINI | O GINJAL

«Num palco coberto de branco – uma alvura que invade a plateia, por meio de uma passarela – os actores do Teatro Nacional de Cluj-Napoca interpretam um dos textos clássicos da dramaturgia ocidental, no qual o director italiano, Roberto Bacci, realça o tempo como tema tchecoviano por excelência. “O tempo é feito de muitas coisas: como é que reagimos à transformação? Ao nosso envelhecimento e ao dos que nos são próximos? ”. A um cerejal que representa a melancolia, o passado, e a tranquilidade de um mundo tradicional vai chegar o jovem empreendedor Lopakhin, representante da modernidade – do progresso». +


A DAMA DO MAR

«Procurando pela primeira vez unir realismo com simbolismo, Ibsen procurou denunciar as falsas aparências da sociedade burguesa do seu tempo. Tanto os alçapões que subjazem à ideia que temos acerca da heterossexualidade, como o preconceito sobre a assunção do desejo feminino, faziam soar os sinos da moralidade norueguesa do século XIX. E porventura os da sociedade brasileira nossa contemporânea. E os da portuguesa?». +


FRÄULEIN JULIE | A MENINA JÚLIA

«Com A menina Júlia Katie Mitchell traz pela primeira vez a Portugal a sua técnica dramatúrgica híbrida, entre o teatro e o cinema, segundo a qual o espectáculo passa a consistir inclusivamente no virtuosismo de um filme realizado em directo, no qual, segundo a encenadora, co-existem “um imperativo tecnológico e um imperativo poético”. Em dois ecrãs colocados por cima do cenário partilhado por actores ecameramen são projectados os grandes planos a que o público não tem acesso, dada a distância que o teatro inevitavelmente coloca entre o palco e a plateia: “Só no rosto existem duzentos músculos; numa sala de teatro, a partir da quarta ou quinta filas, deixa-se de poder ver esses músculos trabalhar”». +

Neste caso, sobre a encenadora: «Katie Mitchell (n. 1964) foi encenadora associada da Royal Shakespeare Company e do National Theatre de Londres. A imprensa criou-lhe o epíteto de “desempoeiradora dos clássicos”, graças à sua predilecção por autores como Eurípedes, Ésquilo ou Tchecov. Conjuntamente com o realizador Leo Warner tem desenvolvido uma técnica de encenação que explora as fronteiras entre o teatro e o cinema. As suas encenações de teatro e ópera têm sido apresentadas em cidades como Dublin, Copenhaga, Milão, Nova Iorque – e nos festivais de Avignon, Salzburgo e Aix-en-Provence».

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Por fim lembrar que uns  espectáculos  são em Almada e outros em Lisboa.



FRANÇA | O debate «Homens-Mulheres» na Cultura e nas Artes continua em agenda




Como se pode ver na imagem está a decorrer o Festival MONTPELLIER DANSE e também aqui espaço para a abordagem Homens-Mulheres na Cultura e nas Artes. Houve debate no sábado.



Lembremos, o movimento «HF» já é nosso conhecido. Ainda recentemente, por exemplo,  este post e ontem mais um. 





segunda-feira, 29 de junho de 2015

SUZANNE DAVEAU | uma vida de investigação geográfica | ENCONTRO | 30 JUNHO 2015 | 18:00 H | BIBLIOTECA NACIONAL | LISBOA






Suzanne Daveau
 uma vida de investigação geográfica
ENCONTRO  com Suzanne Daveau
 30 junho | 18h00 | Auditório da BNP | Entrada Livre

À conversa com a geógrafa Suzanne Daveau estarão presentes: Duarte Belo, Jorge Malheiros (CEG/ IGOT/ Universidade de Lisboa), João Carlos Garcia 
(Departamento de Geografia da Faculdade de Letras  de Letras da Universidade do Porto), Mª Fernanda Alegria (CEG/ IGOT/ Universidade de Lisboa), Mª João Alcoforado
 e Maria Inês Cordeiro (BNP).

E no ano em que completa 90 anos e também na BNP uma mostra sobre a vida e obra da geógrafa franco-portuguesa  Suzanne Daveua que há cerca de 50 anos 
vem desenvolvendo a sua atividade científica em Portugal.


MOSTRA 
 28 maio - 31 ago. | Sala de Referência | Entrada livre
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«A vida profissional de Suzanne Daveau, como geógrafa, decorreu em três espaços geográficos distintos: em França, onde se iniciou na década de cinquenta do século XX, nas Faculdades de Letras e Ciências Humanas das Universidades de Besançon e Reims, e no CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) onde colaborou em vários projetos científicos; no Senegal a partir de finais dos anos cinquenta e até meados da década de sessenta, na Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade de Dakar e em Portugal, onde se fixou a partir do ano em que casou com Orlando Ribeiro, em 1965.

Muito embora Suzanne Daveau nunca tenha perdido o contacto com França, seu país de origem, e, por razões profissionais e emocionais, com o Senegal, foi em Portugal que desenvolveu a parte mais significativa da sua atividade científica». Continue a ler.




FESTIVAL AVIGNON | «trois évènements pour l’égalité hommes/femmes dans les arts et la culture»



sexta-feira, 26 de junho de 2015

MARIA ELISA DOMINGUES | «Confissões de uma mulher madura»





«"Ah! Já não a via há tanto tempo. Está com uma cara óptima, um aspecto cada vez mais jovem!" Quantas vezes, nas nossas vidas, a partir de certa idade, acontece deixarem de nos referir ou situar pelo que fazemos, pelo nosso percurso profissional, pelas nossas realizações e todos passam a dirigir-se a nós desta forma vaga, condicionada apenas a considerações que remetem para a cronologia do tempo? Quando as ligações à nossa juventude se tornaram, no mínimo, remotas, surge este tipo de comentário, aparentemente amável, para não mais deixar de ser ouvido. Nesse momento, deixamos de pertencer à indefinível faixa da meia-idade – os sessenta não são os novos cinquenta? Ou até quarenta? - para sermos arrumadas, em definitivo, na categoria dos idosos. Mas eu não acredito que uma mulher possa ser arrumada nesta categoria e conformar-se. A chegada a esta idade pode e deve ser um recomeço, uma nova fase da vida, durante a qual é possível descobrir o amor, melhorar as relações de família, apesar das perdas, agir com mais sabedoria e com a certeza de que existe um mundo para além do momento em que deixamos de trabalhar a full time. "Confissões de Uma Mulher Madura" é um livro no qual me revelo, através de um relato pessoal e intimista, abordando temas como a importância das relações com os nossos pais e os nossos filhos – afinal, nós somos a chamada “geração sandwich”- as relações amorosas e de amizade, passando pela alimentação, o exercício físico, os cuidados de beleza ou as escolhas mais acertadas em termos de vestuário. Ao referir as minhas experiências de vida, em boa parte potenciadas pela actividade de jornalista de televisão, estou também a reflectir sobre as experiências de milhares de mulheres com quem me cruzei ao longo de 40 anos de carreira. E ainda com aquelas com quem conversei longamente para escrever este livro e que, tal como eu, se consideram no «terceiro acto da vida». Com o direito a envelhecer bem, com saúde, com energia e aceitando novos desafios, o que só é possível se adoptarmos, desde muito mais cedo, um estilo de vida saudável. E com direito a uma vida própria que não se esgote no cuidado dos que nos são mais próximos. Por maior que seja o nosso amor por eles.»



EIGE | Divulgado Relatório sobre «O Índice Europeu da Igualdade de Género 2015»




Sobre o Relatório um trabalho do jornal online Observador aqui, donde: «As mulheres europeias continuam a meio caminho da igualdade em relação aos homens, mas para as portuguesas o objetivo está cada vez mais longe, já que Portugal é agora o terceiro país mais desigual da União Europeia – o país caiu três lugares face ao último índice. Os lugares cimeiros de paridade entre homens e mulheres continuam a pertencer aos países nórdicos como Suécia, Dinamarca e Finlândia. Pior que Portugal só Roménia e Eslováquia.
O Índice Europeu da Igualdade de Género, divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género, concluiu que em 2012 a igualdade das mulheres face aos homens melhorou ligeiramente face a 2010, mas continua a meio caminho. Sendo a igualdade total igual a 100 e a desigualdade total igual a zero, em 2012, as europeias estavam com um índice de igualdade de 52,9 face aos homens europeus. Tempo e poder continuam a ser o maior calcanhar de Aquiles das mulheres no combate à desigualdade de género». Continue a ler.
Imagem tirada do relatório.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

«HeForShe» em Português


A atriz Emma Watson é embaixadora da ONU Mulheres. 
Foto: ONU Mulheres.


ONU Mulheres lança site em português no portal global do Movimento ElesPorElas 

A partir desta sexta-feira (19), o público de língua portuguesa passa a contar com conteúdos no idioma no portal do Movimento ElesPorElas (HeForShe) de Solidariedade da ONU Mulheres pela Igualdade de Gênero: www.heforshe.org/pt A plataforma está disponível em outros cinco idiomas: inglês, espanhol, francês, turco e chinês. “Este é um movimento solidário pela igualdade de gênero. Ao assegurar conteúdos em português, convidamos os mais de 300 milhões de lusófonos para manifestar o seu apoio individual por meio do cadastro no mapa mundial. Chamamos, especialmente os mais de 100 milhões de homens e meninos brasileiros, para que demonstrem que o Brasil quer e se mobiliza em favor da igualdade entre mulheres e homens, meninas e meninos”, afirma a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman. Continue a ler  no site da ONU Brasil.

ESTUDO | «The EU budget for Gender Equality»




«Abstract  - This study subjects the EU budget to a gender budgeting analysis revealing revenue and spending decisions’ impacts on gender equality. It covers the operational expenditure of six selected policy areas, in an attempt to pave the way for further, more comprehensive analysis. The authors adopt the capability approach, based on a broad definition of human wellbeing, following bottom-up logic. The analysis leads to the following conclusions:
  •   Many titles of the EU budget do not follow the EU’s high level commitment to gender equality and gender mainstreaming; 
  •  The EU budget is not entirely transparent, since the amounts allocated to different policy objectives and actions are not always specified; 
  •  Finally, specific gender indicators and gender-disaggregated data are not systematically used in the monitoring and evaluation of different actions that are funded by the budget». 



quarta-feira, 24 de junho de 2015

CURSO DE VERÃO | «Mulheres, Criadoras de Cultura» | COMEÇA A 13 DE JULHO | ORGANIZADO POR FACES DE EVA | FCSH/NOVA




 Curso de Verão
«Mulheres,Criadoras de Cultura»
 organizado por Faces de Eva | FCSH/NOVA
 Início:  13 de Julho


 O B J E T I V O S

«Dar visibilidade a mulheres que protagoniza(ra)m vanguardas culturais | Analisar o papel das mulheres na criação literária, artística e musical Refletir sobre o poder da imprensa, da literatura e da música na construção e alargamento da cidadania | Promover a cultura da igualdade de género, através da valorização do discurso e da ação das mulheres Desconstruir estereótipos socialmente construídos sobre as mulheres e os seus campos de intervenção | Estimular a articulação entre investigação científica e a inovação nos programas de ensino.
O programa deste curso pretende abordar a “invisibilidade” e o “silenciamento” das mulheres ao longo dos séculos, chamando a atenção para uma situação ainda hoje não completamente resolvida. Procurar também o porquê deste estado de coisas que abrange metade ou mais de metade da humanidade, o que colocará a questão nos parâmetros da reflexão académica ou intelectual, sem deixar na sombra as questões essenciais da dignidade dos seres humanos, com especial incidência sobre as mulheres».  Continue a ler.

«PROGRESS FOR CHILDREN Beyond Averages: Learning from the MDGS»




«(...)
The report uses the latest available data to show not only where global and regional gains have been exceptional and gaps have narrowed, but also where disparities have remained unchanged or widened since 1990.
In presenting achievements over the MDG period and the challenges children still face, Progress for Children spotlights where attention and action must now be aimed in order to reach the most vulnerable children and achieve sustainable growth. It reveals inequities that – while not surprising – can no longer be ignored, including: 
  • Children from the poorest households are two times as likely to die before their fifth birthday as children from the richest households.
  • Children from the poorest households are far less likely to achieve minimum learning standards than those from the richest across regions.
  • In most sub-Saharan African countries, girls from the poorest households remain most disadvantaged in terms of school participation.
  • Adolescent girls are disproportionally affected by HIV, accounting for nearly two thirds of all new HIV infections among adolescents in 2013. (...)».

terça-feira, 23 de junho de 2015

«Elderly women living alone: an update of their living conditions»


Disponível aqui.


«Upon request by the FEMM Committee, this study presents recent changes in the living conditions of elderly women living alone with a focus on the effects of recent pension reforms and active ageing policies. The study is largely based on a literature review and a desk analysis of the micro-data and information available at the European level, as well as a qualitative analysis of good practices in active ageing introduced in recent years in six countries selected as representative of European welfare systems». Tirado daqui.

SEMINÁRIO INTERNACIONAL | «Novos (Velhos?) Desafios no Combate ao Tráfico de Seres Humanos» | JUNHO 2015 | DIAS 25 e 26 | AUDITÓRIO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA | LISBOA




«Novos (Velhos?) Desafios no Combate ao Tráfico de Seres Humanos»

 junho 2015  | dias 25-26 | Auditório da Polícia Judiciária | Lisboa


«(...)
Este seminário materializa duas iniciativas numa só: por um lado, a realização de uma conferência internacional sobre tráfico de pessoas e os novos desafios que se colocam no âmbito da UE, prevista no III Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos (medida 15); e, por outro, a organização de uma conferência final no âmbito do projeto europeu «Towards a Pan-European Monitoring System on Trafficking in Human Beings», coordenado pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna MAI/ OTSH. (...)». +.




segunda-feira, 22 de junho de 2015

DA «LIVRES E IGUAIS» | Campanha da ONU que destaca a diversidade LGBT e a luta contra a homofobia | AO «ARRAIAL LISBOA PRIDE 2015»

Saiba mais

No mês «Arco-Iris» lembremos que no âmbito das comemorações do  Dia Internacional contra a Homofobia a Transfobia, em Maio,  a ONU lançou um novo vídeo da Campanha «Livres e Iguais». Sobre este acontecimento na ONU Brasil:

Campanha da ONU ‘Livres e Iguais’ lança vídeo destacando a diversidade LGBT e luta contra homofobia

O vídeo de dois minutos transmitido em telas na Times Square fala sobre as contribuições que esta comunidade faz para as famílias e as grupos locais por todo o mundo. Continue a ler.






Agora, sublinhemos que no próximo dia 27 em Lisboa há o

«ARRAIAL  LISBOA  PRIDE  2015»:

«No dia 27 de junho, sábado, o Arraial Pride 2015 será uma vez mais a grande festa de Lisboa no Terreiro do Paço, dando visibilidade à população lésbica, gay, bissexual e transgénero e às suas famílias numa celebração da igualdade – e de orgulho na igualdade – que é cada vez mais para todas as pessoas.
Das 16h às 4h, a praça mais central da cidade enche-se de atividades para todos os públicos: durante a tarde, no Pride Village e no Arraialito (o Arraial Pride para todas as crianças); e à noite, o Palco abre, a partir das 20h30, a maior pista de dança e música da cidade.
A festa continua na zona Bares com vários espaços emblemáticos da noite de Lisboa e durante a tarde haverá música na área Lounge para optar entre espreguiçar-se sob o sol em frente ao rio Tejo ou participar numa das muitas atividades previstas para o Pride Village ou ainda explorar o maior ponto-de-encontro da cidade: a tenda Welcome Centre.
Com entrada gratuita, o Arraial Pride é, desde 1997, organizado pela ILGA Portugal, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa – e, para além de colocar a cidade no roteiro dos principais destinos turísticos LGBT, marca a identidade de Lisboa enquanto cidade que promove a igualdade e valoriza a diversidade. Em cada uma das últimas duas edições, a organização estima mais de trinta mil pessoas no recinto durante as doze horas de festa.
Este ano o Arraial Pride, que é uma vez mais organizado também em parceria com a EGEAC, acontece na véspera do dia 28 de junho – a data em que se celebra por todo o mundo a revolta de Stonewall, marco simbólico da luta pela igualdade de direitos para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero); e sendo o última sábado de junho, é uma ótima oportunidade para que as Festas de Lisboa encerrem com um enorme arco-íris.

Nesta 19ª edição, preparamos uma programação e um conjunto de atividades que fará deste Arraial o maior Arraial Pride de sempre – e com cada vez maior repercussão internacional».








RITA MOTA SOUSA | «Introdução às Teorias Feministas do Direito»



Sobre o livro uma entrevista da autora a Fernanda Câncio no DN: 

Rita Mota e Sousa: "O direito tem um discurso machista"

Autora de tese de mestrado sobre as teorias feministas do direito, a procuradora, dirigente sindical e membro da Associação das Mulheres Juristas diz que a palavra da mulher não foi considerada na construção do direito.

Por que decidiu fazer a sua tese de mestrado (na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 2014) sobre este tema?
Sempre me considerei feminista, embora não tão ativa como agora. Mas nunca me tinha confrontado com o direito numa perspetiva feminista e não penso que seja por distração minha, e achei muito relevante e importante.
É falha na formação universitária e dos magistrados em Portugal?
Acho que dentro daquilo que é o ensino do Direito em Portugal a formação dos magistrados é adequada. Mas se me perguntar se incluiria a igualdade de género nas disciplinas, incluiria, claro. Faz muita falta. Não existe formação e reflexão sobre estas matérias, e as universidades e associações profissionais deveriam dar atenção a esta temática porque nos ajuda a identificar o preconceito. É uma presunção dizer que ele não existe.
Precisamente, a sua tese parte de um pressuposto: o direito é machista. Escreve: "No discurso jurídico a mulher foi historicamente construída como "o outro"." Pode explicitar?
Só muito tarde no século XX é que as mulheres tiveram acesso aos cursos de Direito e só a partir de 1974 puderam ser magistradas. É óbvio que o edifício do direito foi construído sem as mulheres, não foi considerada a sua palavra. A mulher era considerada um ser menor, não um ser autónomo igual ao homem; era uma derivação do homem, marginalizada, desconsiderada. E se houve desde a revolução várias reformas, basta lembrarmos que o conceito do "bom pai de família" como referência no Direito Civil se mantém, o que tem por trás um discurso machista. Essa alteração legislativa não foi ainda feita. +


sexta-feira, 19 de junho de 2015

VIOLÊNCIA NO NAMORO | «As novas formas de violência e a legislação vigente» | ARTIGO DE DANTAS RODRIGUES NO JORNAL PÚBLICO


























































E aproveitemos para lembrar que no dia 4 de junho passado, na Escola Secundária da Amadora, houve o relançamento da Campanha contra a Violência no Namoro: «Quem te ama não te agride!». Saiba mais.


PALESTRA | «Os movimentos sociais e as políticas para a igualdade em São Tomé e Príncipe» | POR LURDES VIEGAS DOS SANTOS | 20JUN2015 | 14:30H | NA SEDE DA ACOSP | LISBOA










Sobre Lurdes Viegas dos Santos:

«Mestre em Estudos sobre as Mulheres, pela Universidade Aberta, com uma dissertação sobre a Igualdade de Género em S. Tomé e Príncipe.
Foi Diretora Executiva do Instituto Nacional para a Promoção da Igualdade e Equidade de Género (INPG) de S. Tomé e Príncipe, em 2007- 2010. No seu mandato, reforçou as capacidades institucionais do INPG em matéria de género e desenvolvimento, assim como a formação de formadoras e formadores em igualdade de género, ao mesmo tempo que implementou a institucionalização das estruturas sectoriais e respetivos pontos focais de género e o estabelecimento de parcerias estratégicas. Atual Ponto Focal da OIT em São Tomé e Príncipe, foi Coordenadora Nacional do IPEC/ OIT e, em 2011-2012, foi Consultora para Género e Eleições pelo PNUD, prestando apoio técnico às duas componentes do GPECS - Global Programme for Electoral Cycle Support, nomeadamente: "Gender Empowerment" e Educação Cívica, visando, entre outros objetivos, a participação igualitária das mulheres nos postos de decisão ao nível político e cívico».

Falta sublinhar que a Palestra  «é uma iniciativa conjunta da APEM - Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres e da Men Non – Associação de Mulheres de S. Tomé e Príncipe, com a apoio da ACOSP – Associação da Comunidade de S. Tomé e Príncipe». Por fim destaquemos  coordenadas práticas:


P A L E S T R A
«Os movimentos sociais e as políticas
 para a igualdade em São Tomé e Príncipe»

Dia 20 de junho, pelas 14.30h, na sede da ACOSP
Estrada de Benfica | Edifício das Portas de Benfica 
 Castelo Norte - Porta B
Lisboa


quinta-feira, 18 de junho de 2015

PRÉMIO CAMÕES | Hélia Correia


Hélia Correia ganhou o Prémio Camões. Mais uma ocasião para olharmos para a escritora e  sua obra. Sobre o prémio e a premiada, por exemplo, no  jornal Público online, de que é capa na edição impressa como se vê na imagem:
«(...) O poeta e crítico literário Pedro Mexia, que pela primeira vez fez parte do júri, ao telefone do Rio de Janeiro disse ao PÚBLICO que a decisão “foi extremamente fácil”. Embora Hélia Correia “não seja um nome tão óbvio no Brasil como é em Portugal”, depois de ter sido lançado à discussão, “e tendo em conta que para os jurados brasileiros o nome já estava em cima da mesa de uma votação anterior, foi relativamente pacífico”. Mesmo quem não a tinha na sua lista, “não pôs nenhuma objecção”. A decisão só não foi mais rápida porque houve alguns problemas logísticos – o escritor Mia Couto participou na reunião via Skype e aconteceram alguns problemas de ligação. Uma das razões que pesou na escolha do júri foi a sua polivalência em termos de géneros e de estilos. Hélia Correia escreve romance, novela, conto, teatro e poesia e os seus livros são muito diferentes uns dos outros. “Há escritores que escrevem sempre o mesmo livro. Hélia Correia, tendo o seu imaginário, tem livros bastante diferentes entre si”, explica Pedro Mexia. Importante foi também “o diálogo que a autora estabelece com as tradições: com a Antiguidade Clássica, sobretudo grega” e com “um imaginário que não é bem mágico, é telúrico, também de fadas e assombrações”, explica o crítico. “Há um lado também gótico na literatura dela e referências à literatura contemporânea, que vão desde uma personagem de José Saramago até aos livros da literatura inglesa, os vitorianos, as irmãs Brontë e aos pré-rafaelitas.” (...). Leia na integra.

E indo agora ao que a propósito  se pode ler no jornal Observador para quem não conhece a obra da escritora, as palavras do poeta  Nuno Júdice:

«(...) A atribuição do Prémio Camões à escritora portuguesa Hélia Correia é “muito justa”, afirmou à agência Lusa o poeta Nuno Júdice. «“Fomos colegas de curso na Faculdade de Letras, fizemos parte das mesmas lutas académicas e vejo na obra dela uma capacidade de fazer reviver. Uma das suas influências literárias é o romance inglês do século XIX, mas atualizado. E depois há o lado fantástico”, descreveu o escritor. Para Nuno Júdice, o romance “Lillias Fraser” pode ser um bom ponto de partida para um leitor entrar na obra literária de Hélia Correia. “Seja em romance seja em conto, há uma tonalidade poética que passa na obra”, disse ue passa na obra”, disse. (...)». Mais.
Ousamos terminar assim: que bom que Hélia Correia ganhou o Prémio Camões!


EXPOSIÇÃO | «o que elas nos dão a ver» | VILA NOVA DE FAMALICÃO | ATÉ 5 SETEMBRO 2015




    «A não ser que seja na qualidade de visitante, nesta exposição não entram homens. Em “O que Elas nos dão a ver” é a arte no feminino que predomina, com uma seleção de uma centena de obras da autoria de 23 mulheres artistas, entre as quais Paula Rego, Vieira da Silva, Natália Correia, Ilda David, Ana Hatherly, Debra Taub e Greta Knutson. A exposição está patente ao público na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, e por aí ficará até ao dia 5 de setembro. 
    Através de pinturas, desenhos, colagens, litografias e esculturas, em “O que Elas nos dão a ver” o público “vê-se envolvido por trabalhos que, através das mais variadas técnicas e linguagens, expressam humor, sensualidade e reflexão”, explica o Diretor Artístico da Fundação, António Gonçalves. 
    Gostaria que o nosso visitante pensasse que este é um espaço que lhe pertence e no qual pode usufruir de uma experiência sensorial”, acrescenta ainda o responsável, que dos vários trabalhos expostos destaca duas obras da autoria de Vieira da Silva, as pinturas “Le portrait automatique de Lolita” e “Mário le chat”, esta última oferecida pela pintora portuguesa ao mestre do Surrealismo português, Mário Cesariny». (Destaques nossos). LEIA NA INTEGRA.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

quarta-feira, 17 de junho de 2015

DEBATE | «As Mulheres e a Cultura» | SONS DA LUSOFONIA | LISBOA MISTURA | 18 JUNHO 2015 | 18:00 H | LARGO DO INTENDENTE |LISBOA




As Mulheres e a Cultura


«Olhar de frente para o espe­lho e ver o futuro atrás de nós com outros olhos e com­pre­en­der como pode­mos ser melho­res cida­dãos num mundo em rápi­das mudanças».

«A acti­vi­dade cul­tu­ral está inti­ma­mente ligada às prá­ti­cas huma­nas e à refle­xão sobre aquilo que efec­ti­va­mente pro­du­zi­mos. Deve­mos con­tudo pen­sar os mode­los de orga­ni­za­ção com que nos vamos reger num futuro ame­a­çado pela sel­va­gem visão mone­tá­ria. É essen­cial mudar. Em cada dia pro­po­mos reflec­tir sobre estes assun­tos que para o Lis­boa Mis­tura são estru­tu­ran­tes na cons­tru­ção de cidade e na har­mo­ni­za­ção das suas comunidades».
Elza Pais  (Coordenação) soció­loga, depu­tada | Ida­lina Conde inves­tiga­dora |  Inês Lobo arqui­tecta |  André e. Teo­dó­sio actor, encenador
  
Local: Largo Residências, Largo do Intendente |18 junho | 18:00 H

Entrada Livre
Limitada à ocupação do espaço
Saiba Mais




SEMINÁRIO | «Women, work and the transformation of state/society relations, 1914-1918» | POR LAURA LEE DOWNS |19 JUNHO 2015 | 15:00H |ICS |LISBOA




Laura Lee Downs dirige a Catédra de História do Género no Instituto Universitário Europeu de Florença. Dentro das suas publicações: Writing Gender History, London, Bloomsbury Academic, 2010 (2nd edition).

«How has feminist scholarship changed history? Writing Gender History explores the evolution of historical writing about women and gender from the 1930s until the early twenty-first century. With chapters on the history of Europe, the USA, colonial India and Africa, the discussion moves from women's history to gender history, and then to poststructuralist challenges to that history. This revised edition includes an exciting new chapter looking at recent scholarship on race, gender and sexuality in colonial and transnational history, and on the history of the body. Highly accessibly but also encouraging new debate, this book provides students with a comprehensive understanding of gender history, as well as its possible future». 


terça-feira, 16 de junho de 2015

PRÉMIO REGIONAL MARIA VELEDA | Candidaturas até 30 junho 2015




«As candidaturas ao Prémio Regional «Maria Veleda»|2015, uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Algarve, estão a decorrer até ao próximo dia 30 de junho.
As propostas poderão que ser enviadas via postal para a sede da Direção Regional de Cultura, na Rua Francisco Horta n.º 9, 1.º D 8000-345 FARO, ou entregues presencialmente.
O Regulamento e o respetivo Formulário para a inscrição da candidatura poderão ser acedidos em www.cultalg.pt/pt/MariaVeleda ou solicitados na Direção Regional de Cultura do Algarve.
O Prémio visa destacar uma personalidade com um percurso cultural e cívico relevante para o Algarve e tem associado um valor de 5.000€ e uma medalha comemorativa, produzida pela Pelcor, que considerou, mais uma vez, apoiar esta distinção.
Prémio Regional «Maria Veleda» constitui-se como o contributo desta Direção Regional ao V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Não-Discriminação (2014-2017) através da associação de Maria Veleda (1871-1955)». 



M A R I A   V E L E D A
«Professora primária e pioneira na luta pela educação das crianças  e pelos direitos das  mulheres, pelos  ideais de justiça, pela  liberdade, pela  igualdade e  pela democracia».




CONFERÊNCIA |«Assédio Sexual ? Não, Obrigada!»| 18 JUNHO 2015 | 14:00 H | ÉVORA




A A.P.M.J – Associação Portuguesa das Mulheres Juristas irá organizar a Conferência «Assédio Sexual? Não, Obrigada!», no dia 18 de junho, a partir das 14h, na Sede do Conselho Distrital de Évora da Ordem das/os Advogadas/osO tema será debatido à luz do disposto na Convenção de Istambul, em função das suas vertentes criminal e laboral.


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