sexta-feira, 28 de setembro de 2012

PRÉMIO VIVER EM IGUALDADE 1.ª EDIÇÃO


O Prémio Viver em Igualdade
é uma iniciativa bienal, promovida pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), no âmbito do IV Plano Nacional para a Igualdade, Género, Cidadania e Não-Discriminação.
O Prémio visa distinguir Municípios com boas práticas na integração da dimensão da Igualdade de Género, Cidadania e Não-Discriminação, quer na sua organização ou funcionamento, quer nas atividades por si desenvolvidas. Saiba mais. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

25 FOTOGRAFIAS DE LIU XIA

«(...)
Estava nisto e fui dar, via El Pais, à sala do Centro Cultural Galileo, na Calle de Galileo, em Madrid onde inaugurou, faz amanhã oito dias, uma exposição de 25 fotografias de Liu Xia, a mulher do dissidente chinês Liu Xiaobo, Prémio Nobel da Paz de 2010. Como se recordarão, Liu Xiaobo não pôde receber o prémio por se encontrar preso, acusado de "subversão contra o Estado". Há, contudo, algo ainda mais perturbador, relacionado com esta exposição de fotografias de Liu Xia, a mulher do dissidente chinês. Há dois anos sujeita a prisão domiciliária, sem qualquer contacto com o exterior, ela não sabe, sequer, que as suas fotografias têm sido expostas em várias cidades, de Nova Iorque a Paris. Ela não sabe que o Centro Cultural Galileo, em Madrid, as exibe numa das suas salas. (...)». Da crónica SINAIS, de hoje, de Fernando Alves. E um video sobre as Fotografias de Liu Xia (pule o anúncio):

IV PLANO NACIONAL PARA A IGUALDADE (4) - AS ÁREAS ESTRATÉGICAS


E, com a colaboração da Susana Neves, avancemos na  divulgação do IV PLANO PARA A IGUALDADE - Género, Cidadania e não Discriminação 2011 - 2013. É a vez das áreas Estratégicas:´


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terça-feira, 25 de setembro de 2012

A ÚNICA GUITARRISTA PROFISSIONAL - MARTA PEREIRA DA COSTA

Talvez não saiba ( eu dei por isso ontem), por agora só temos uma única guitarrista profissional, como se pode ler no site do Museu do Fado:
«(...)
Rodrigo Costa Félix é acompanhado à guitarra portuguesa por Marta Pereira da Costa, por enquanto a única guitarrista profissional de fado a acompanhar fadistas.
“Fados de Amor” é o primeiro CD da história do Fado onde a guitarra portuguesa é integralmente gravada por uma mulher, a mulher de Rodrigo, Marta Pereira da Costa. “Fados de Amor” é um disco que tem o amor na ponta das palavras, e nas próprias palavras de Rodrigo Costa Félix, “dedicado à Mulher”. “Fados de Amor” é também um disco de fados feito com tempo, inspiração e emotividade e conta com vários temas originais, revisitações de fados conhecidos, colaborações especiais e duetos. (...)». Continue no Museu mas no video o fadista também fala da  sua mulher guitarrista. E saiba mais sobre Marta Pereira da Costa numa entrevista que deu à plataforma Sapo - mulher.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

«LARRY KING NOW»


Quase como continuação do post anterior, em jeito de ilustração, um outro que estava em preparação sobre Larry King que muitos conhecerão pelas suas célebres entrevistas na Televisão. Pois bem, voltou às entrevistas mas agora na NET, com 78 anos- A notícia do JN online de há uns tempos atrás:  
Larry King regressa às entrevistas... agora na Net
O apresentador Larry King, de 78 anos, estreou esta semana o seu novo formato, "Larry King Now", depois de 25 anos ao serviço da CNN.
Larry King voltou ao trabalho, com a estreia do seu novo programa "Larry King Now", exclusivamente exibido na Internet, no 'site' Hulu. O regresso do "rei da televisão", como era chamado, deu-se esta segunda-feira, onde entrevistou o criador de "Family Guy", Seth MacFarlane.
"Larry King Now", com episódios exibidos de segunda a quinta-feira à noite, conta com meia hora de entrevista. Outros convidados serão Mathew McConaughey ou Meghan McCain.
O "senhor-suspensórios" esteve 25 anos a conduzir entrevistas na CNN. No início deste ano, assinou contrato com o bilionário mexicano Carlos Slim, para conduzir este novo formato na Web.
Quem disse que a internet é para jovens, quem foi? A isto se chama, com propriedade, envelhecmento ativo. Sobre o acontecimento pode ver uma mensagem no Blogue Arts Beat, onde se pode ler (destaques nossos): « Larry King Now,” which Mr. King created in partnership with a new digital video network, Ora TV, is an example of how the Internet accommodates old age as easily as youth. Justin Bieber and Lena Dunham got their D.I.Y. start on the Internet. Older stars who have retired from television but still have an itch to be on camera can keep their careers going online. It’s probably an even better alternative than cable, because most people don’t surf their remotes as far as AXS TV, the cable network formerly known as HDNet, where Dan Rather went after he left CBS News».



LONGEVIDADE E EMPREGO


Como a temática da «conversa» tem merecido a atenção do Em Cada Rosto Igualdade, a divulgação, tal como nos chegou, com destaque nossos: «Realiza-se, no próximo dia 25 de Setembro às 18h00 na Fundação Calouste Gulbenkian, a 2ª Conversa do Ciclo sobre Respostas Sociais dedicada ao tema da "Longevidade e Emprego" uma iniciativa realizada em parceria pela Revista Economia e Segurança Social e pela Ordem dos Economistas com o apoio da Fundação Gulbenkian.Nesta 2ª conversa serão tratados os temas do impacto a prazo do fenómeno da mudança demográfica no emprego, quer ao nível da população activa quer ao nível da procura de emprego e das respostas possíveis do lado das políticas públicas e das práticas empresariais - designadamente a promoção do envelhecimento activo. Como lidar com as pressões laborais introduzidas pela crise ou com o aumento generalizado do desemprego, da pobreza e das desigualdades sociais são questões para as quais é preciso encontrar respostas.
Programa
Abertura: Rui Martinho, Maria Margarida Corrêa de Aguiar e Diogo Lucena
Oradores Convidados: Alberto da Ponte,Maria da Glória Rebelo, Mário Centeno

Moderador: Carlos Magno»
E para informações e inscrições: http://www.ordemeconomistas.pt 



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

ELSA RODRIGUES DOS SANTOS


Elsa Rodrigues dos Santos faleceu há dois dias. Em comunicado o Secretário de Estado da Cultura escreve que era  “uma pessoa apaixonada pelas literaturas africanas de Língua Portuguesa, que estudou com dedicação, bem como pela defesa da nossa língua como um instrumento de cultura, de sensibilidade e de conhecimento”. Era Presidente  da Sociedade de Língua Portuguesa. Saiba mais através do que a Comunicação Social escreveu, por exemplo, aqui e aqui.
E uma nota pessoal, tivemos o privilégio de conhecer a Elsa Rodrigues dos Santos, tendo no passado sido «visita» regular de organismos que antecederam a DGARTES, por razões profissionais, certamente, mas porque cá tinha também amigas e amigos. E já temos saudades das conversas que aconteciam quando nos encontrávamos e que ficavam sempre para continuar no próximo encontro ... 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

GLOSAS - CONSTANÇA CAPDEVILLE - 22 SETEMBRO

 


Constança Capdeville já foi aqui, no Em Cada Rosto Igualdade, uma das «nossas» Mulheres na Cultura. A proxima revista Glosas presta - lhe homenagem e tem lançamento na Bibblioteca Nacional de Portugal -  | 22 Setembro | 16h00 | Auditório BNP | Entrada Livre. A partir do site da BNP: 
«(...)

Editada pelo mpmp, movimento patrimonial pela música portuguesa, a Revista Glosas, número 6, contará no seu lançamento com a presença de Sérgio Azevedo e Olga Prats, para uma conversa em torno de Constança Capdeville, compositora homenageada nesta edição.
Na ocasião, será formalizada a doação do Espólio de Constança Capdeville à BNP, que passará a integrar as coleções de música da Instituição. (...)».
Mais

Adivinha-se uma boa tarde de Sábado.
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAIS SABEDORIA, ESTÉTICA E ÉTICA




D. Manuel Clemente
Portugal em 2030 vai precisar de mais sabedoria, estética e ética
O bispo do Porto considera que dentro de duas décadas Portugal vai precisar de aproveitar melhor a sabedoria dos mais velhos, abrir-se ao estrangeiro e educar os mais novos na estética e na ética. Na intervenção que proferiu esta sexta-feira no encontro “Presente no futuro: os portugueses em 2030”, que decorreu até sábado em Lisboa, D. Manuel Clemente sublinhou que o domínio do conhecimento científico não anula a importância da experiência. «Sabedoria é saber de experiência feito, ou experiência decantada, assimilada e transformada em vida. Requer um tempo que não é logo dinheiro, assim como induz um conjunto de qualidades e virtudes que não estão hoje em alta: prudência, ponderação, memória histórica, considerações humanistas em geral», observou. ( Newsletter da Pastoral da Cultura). Mais no site, onde se pode ler nomeadamente:
O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa frisou que é preciso requerer «contributo dos mais velhos para a vida corrente da sociedade nas suas várias agregações, das famílias às autarquias, das escolas às empresas, à vida pública em geral».
«Não seria demais, por exemplo, constituir a vários níveis uma espécie de “senado”, em que os mais velhos e experientes se pronunciassem preventivamente sobre medidas e projetos dos responsáveis ativos, mesmo que só a título consultivo», sugeriu.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

FORMAS INVISÍVEIS DE TRÁFICO


Parlamento -  Sala do Senado | 18 de setembro | 9h - 18h
O Observatório do Tráfico de Seres Humanos, em parceria com a Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a OIM (Organização Internacional para Migrações) e a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa ), promove a Conferência Servidão Doméstica e Mendicidade: Formas Invisíveis de Tráfico para Exploração Laboral.
A sessão de abertura, que conta com intervenções de representantes do Observatório do Tráfico de Seres Humanos de todas as organizações promotoras e de outras com vocação na área do combate ao tráfico de seres humanos, tem a participação do Presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Fernando Negrão, em representação da Presidente da Assembleia da República, e da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais. Saiba Mais.

domingo, 16 de setembro de 2012

«O TEMPO DAS CRIADAS»

Sinopse
Inês Brasão, investigadora e doutorada em Sociologia, venceu a edição de 2011 do prémio Maria Lamas de estudos sobre a mulher, género e igualdade, com o seu trabalho sobre a condição servil em Portugal entre 1940 e 1970. A autora recupera memórias de dominação e de resistência a partir das histórias de vida de dezenas de mulheres que em tempos trabalharam como «criadas para todo o serviço». Já estive com ele nas mãos, na Livraria, mas reparo que o Lançamento vai ser Terça-feira, dia 18, na FNAC Chiado (ver imagem a seguir):
 
 
E neste video (Sapo) a autora fala sobre a obra, onde a propósito se lembra a Ilda dos «Verdes Anos». E no youtube do que lá pode ser visto sobre este filme - um dos meus filmes «de culto»- e em que a Ilda está presente:
 
 
 


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

«MEMÓRIAS DE UMA MULHER FATAL»


Memórias de uma Mulher Fatal
de Augusto Sobral
 Teatro Nacional D. Maria II, de 13 a 23

 
Comecemos recorrendo ao que  João Carneiro escreveu  no Jornal Expresso desta semana, revista ATUAL, para darmos aqui espaço à peça Memórias de uma Mulher Fatal (imagem ao lado) de onde se tirou esta passagem: «(...) São ainda as memórias de uma mulher que, como escreve o ator, está "mais velha, mais gorda, mais perigosa". Ele saberá, uma vez que foi ele quem já lhe deu corpo voz e espirito, quando ainda integrava o Teatro da Cornucópia. E, trinta anos depois, toda a gente está mais velha, mesmo que queira parecer que não, mesmo que possua uma cadeia de spas e mesmo que queira convencer o mundo que descobriu a formula da eterna juventude (e que a vende bem caro). As memórias desta mulher fatal  são uma peça sobre o tempo, sobre a identidade e sobre aquilo que acontece quase sempre a certa altura (...). E este post acaba por ser um prolongamento de um outro anterior recente, também ele sobre o envelhecimento e sobre memórias. E que bom chegarmos a idades avançadas ... Ou não será? E para qualquer idade o texto de Augusto Sobral  e o espectáculo de Rogério Vieira  parecem ter tudo para dar «razão a quem teima em pensar que uma das coisas boas da vida é mesmo ir ao teatro", como pensava Vítor Pavão dos Santos. A memória  que eu tenho do trabalho de há trinta anos vai nessa linha, lembro-me bem,  gostei muito. Em algum momento, perturbador! E outro olhar sobre o espectáculo de agora  no Público online: «Passados 30 anos, Rogério Vieira revisita o texto de Augusto Sobral que lhe valeu o Prémio Revelação da Casa da Imprensa, em 1981.
“Memórias de Uma Mulher Fatal” é também um exercício teatral que, com humor, coloca em confronto as possíveis facetas do “eu”. Para o actor “é também uma possibilidade de o espectador reencontrar os sinais, as parecenças com o comportamento do mundo que nos rodeia ou mesmo connosco próprios".
 A história é a de Olinda, que decide escrever as suas memórias para celebrar o triunfo de uma vida como “mulher fatal”. Já profundamente imersa nas recordações, é interrompida por um telefonema. Após este, regressa ao caminho do passado com a ajuda do seu computador “Gestalt”. E é aí que surgem as contradições e se revela o dúbio valor das memórias, com a máquina a ousar corrigir Olinda».
E do que escreveu Miguel Branco no jornal i: «Não se ache, contudo, que esta obra é um monólogo excessivamente dramático. Não vai chorar na plateia, bem pelo contrário, é possível que dê gargalhadas a peça inteira, por entre frases modificadas de autores intemporais da literatura e uma ou outra dança/pose da personagem, que pelo seu cabelo e vestuário apresenta semelhanças com Margaret Thatcher, como confirma Rogério: “Em 1981, quando a fiz, foi a pensar na Thatcher, era muito mais glamorosa, fazia malabarismos em cena, era uma coisa mais sedutora. Mesmo o próprio cenário expõe-me mais, mas isso foi propositado, queria que se notasse que isto já foi feito”, confessa».
E uma vez mais  contou-se com a colaboração da Susana Neves.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

PORQUE HOJE É 13 DE SETEMBRO, CLARA SCHUMANN

No dia de seu 193º aniversário, o Google celebrou a data com um Doodle na sua página inicial. Google celebra 193º aniversário de Clara Schumann com Doodle



Terminemos o 13 de Setembro de 2012  com a imagem com que o Google abriu a sua página durante o dia de hoje -  sobre Clara Schumann,  193 .º aniversário . Na wikipédia bastante informação, nomeadamente (destaques nossos):
«(...)
Aos 14 anos, começou a compor o Concerto para piano em lá menor, que foi apresentado quando ela estava com 16, tendo a regência de Felix Mendelssohn.
Destacou-se não só por isso, mas também pela performance de compositores românticos da época, como Chopin e Carl Maria Von Weber.
Na adolescência iniciou um romance com Robert Schumann que na época era aluno de seu pai. Ao tomar conhecimento da ligação de Robert e Clara, Wieck ficou furioso, pois Robert tinha problemas com a bebida, o fumo e crises depressivas. Preocupado com o futuro da filha, proibiu a relação. A conseqüência foi uma longa batalha judicial, em que, após um ano de litígio, Schumann conseguiu a permissão para desposar Clara, após ela completar 21 anos.
Depois do casamento, Clara e Robert começaram uma longa colaboração, ele compondo e ela interpretando e divulgando suas composições. Clara continuou a compor, mas a vida em comum era complicada, pois ela foi forçada a parar a carreira por diversos períodos, devido às 8 gestações e, apesar de Schumann aparentemente encorajar sua criação musical, ela abdicou muitas vezes de sua carreira como compositora para promover a do marido. A situação era agravada por várias diferenças entre o casal: Clara adorava turnês, Robert as odiava; ele precisava de silêncio e tranquilidade para praticar, o que significa que Clara ficava em segundo plano, pois somente após o estudos do marido ela poderia ter suas horas de estudo.
(...)»

Clara Schumann's Romance in A minor from 1853.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

«WOMEN ARE HEROES»



A colega Costanza Ronchetti, como se pode ver nos comentários no post anterior, chamou  a nossa atenção para o filme Women Are Heroes, e acelerou este post, e ainda bem. Já tinhamos dado por ele, pelo filme,  em exibição no espaço NIMAS em Lisboa .
A sinopse: "Women are Heroes" transporta-nos até África, Ásia e América do Sul. O artista francês JR leva-nos a locais dos quais já ouvimos falar na televisão quando alguma tragédia se abate sobre eles, mas que se encontram afastados dos habituais destinos turísticos. Trabalhando disfarçado, ele transforma as ruas, os edifícios, as favelas em verdadeiras galerias de arte, obrigando os transeuntes a ver Arte que, de outro modo, não encontrariam. A sua motivação é trazer à superfície questões fundamentais. Ele apresenta mulheres generosas que nada têm mas que estão disponíveis para partilhar, mulheres com passados dolorosos e que querem construir um futuro radioso. Ao procurar aquilo que é comum aos seus olhares, aproximamo-nos daquilo que é universal: o factor humano. Como artista contemporâneo que cresceu com a Internet e com as imagens digitais, JR experimenta diferentes técnicas cinematográficas e cria a sua própria forma de contar histórias.



E temos também uma apresentação   VIMEO  do trailer  como indicou a Costanza. E com facilidade na web se encontra mais informação sobre este projeto. Por exemplo aqui: Inspirado por mulheres fortes e com história de vidas marcadas pelo sofrimento o fotográfo francês JR decidiu viajar pelas áreas mais pobres e violentas do mundo para conhecer e expor a alegria e a esperança que ainda cultivam em meio a tantas dificuldades. O projeto fotográfico virou um documentário intitulado de “Women are Heroes” onde JR que passou por favelas do Rio de Janeiro e do Quênia e pelas ruas da Índia e Camboja deu voz  á mulheres que são descriminadas em tempos de paz e alvos em tempos de guerra, em seguida usou a paisagem urbana como matéria-prima para expor as fotografias nos bairros e vilas onde elas moram presenteando os vizinhos que compartilham das mesmas dificuldades com uma energia positiva e contagiante. E sobre o filme depois de se ter lido o que o crítico João Lopes escreveu faz todo sentido trazer também  esse texto para o Cada Rosto Igualdade: Provavelmente, o artista que assina JR não quis fazer um documentário sobre as "mulheres" que classifica pelo seu "heroísmo"... E, no entanto, é difícil não considerar que o seu filme Women Are Heroes envolve uma importante dimensão documental. Resta saber o que está ele a documentar. Pois bem, o seu próprio trabalho de artista plástico, fotógrafo e performer. Dito de outro modo: as mulheres fotografadas por JR valem tanto quanto podem valer as suas imagens. Banal mercantilização? Não sejamos moralistas. Digamos que se trata antes de glosar o efeito de abstração que o mercado pode gerar. Assim, em vez de registar imagens para, depois, as ampliar noutro lugar, JR expõe as suas fotografias nos próprios espaços (casas, comboios, favelas) em que se movem as suas protagonistas. E tudo pode ser superfície de exposição: o museu deixa de ser um espaço "alternativo", sobreponde-se agora, literal e metaforicamente, ao mapa urbano. Há uma assumida dimensão "frustrante" em tudo isto. Perto do final, essa sensação é mesmo explicitada com desarmante sinceridade: o mais certo é que as fotografias, e a intervenção artística que materializam, desapareçam sem deixar rastro... No limite, podemos ler em tal reconhecimento o cansaço de uma postura "pós-pós-moderna" que vive num jogo de espelhos com as linguagens, contemplando o esvaziamento simbólico de cada uma dessas linguagens. Daí a contradição insolúvel de Women Are Heroes: é um filme que nos contagia pelo exuberante artifício da sua escrita visual, mas que, feitas as contas, já não tem qualquer relação próxima com as matérias que integra. Se quisermos evocar a lição de Roland Barthes, talvez possamos dizer que lhe falta não o labor das formas, mas esse tremor da linguagem a que podemos dar o nome de sensualidade.
Tudo lido, esperamos que a curiosidade sobre o  trabalho, para quem ainda não o viu, seja maior. Independentemente do conceito estético, a que se pode aderir ou não, pensamos ser importante conhecer aquelas mulheres. E será certamente um contributo para pensarmos o papel da arte na(s) igualdade(s). O site oficial.

EM MEMÓRIA DA PAULA MASSANO


No próximo dia 15 de Setembro, Francisco Camacho / EIRA estreia em Guimarães, a sua mais recente peça de grupo "ANDIAMO!"no âmbito da programação de artes performativas de Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura.
«(...)
"Este espectáculo ė dedicado à memória de Paula Massano (1949-2012), bailarina e coreógrafa, que foi uma das pessoas mais influentes no meu percurso profissional. Com ela tive o primeiro contacto com técnicas e abordagens artísticas que desconhecia. Acima de tudo, descobri a improvisação e o papel do intérprete enquanto co-criador, com o acrescido sentido de responsabilidade na construção de um espectáculo, e a satisfação por essa responsabilidade partilhada.
Reside nesse tempo de trabalho com a Paula Massano a fonte do meu maior interesse numa criação de grupo como esta: o desafio e entusiasmo de reunir uma equipa de colaboradores, desde bailarinos e actores até músicos, de teóricos a cenógrafos, figurinistas e desenhadores de luz. É nesta reunião de experiências e visões artísticas diversificadas que se consubstancia a proposta do espectáculo a ser criado. Os diferentes contributos constituem a matéria a partir da qual ele se edifica. É através do diálogo, artístico e profissional, que propomos conjuntamente uma experiência estética que desejamos ser uma resposta possível à observação do mundo, deste e de outros tempos.
Focámo-nos nos comportamentos humanos e nas interacções sociais, nas relações de poder e dominação, exclusão e inclusão, dependência e autodeterminação. Atendemos à complementaridade e simetria no desenvolvimento das cenas; trabalhando igualmente ao nível do indivíduo e do grupo. Explorámos o movimento na tensão entre animal e humano, quotidiano e improvável, melancólico e vigoroso.
Na definição do espaço cénico, optámos por uma ideia de paisagem exterior com material próprio de espaços interiores, um espaço de passagem, em que a ameaça de perigo vai a par de uma relativa frieza ou descaracterização. Para o habitar, ao lado de outras personagens, convocámos figuras de diferentes imaginários, como sejam o mamuthone - do carnaval em Mamoiada, na Sardenha - ou a de um mensageiro - a exemplo da tragédia grega.
Não podíamos, nem queríamos, alhear-nos do contexto específico em que vivemos, local e globalmente. Andiamo! é uma interpelação, necessariamente traiçoeira, àqueles que no palco e fora dele, consideram que as estruturas - e as suas estratégias - que enformam as nossas vidas têm de ser confrontadas".

 Francisco Camacho


E Paula Massano foi também nossa colega aqui na DGARTES, e faleceu em Março deste ano. E como gostamos que seja objeto de homenagem! Porque era uma mulher de cultura e a colega de quem sentimos saudades. Tudo ainda muito presente.

Paula Massano


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

«IDADISMO»


Acabo de ler  o ensaio Discriminação da Terceira Idade de Sibila Marques, edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e a primeira coisa que me ocorre é recomendá-lo porque, e até pegando no parágrafo com que a autora termina o texto - Espero que estas sugestões sejam úteis na promoção de uma sociedade mais inclusiva na qual os grupos de diferentes idades convivam de forma mais igualitária e menos preconceituosa. Não há dúvida de que o caminho a percorrer ainda é longo. No entento, deve ser iniciado o mais rapidamente possível -,  no meu caso, o seu desejo cumpriu-se: não tenho dúvidas que me  foi muito útil, em termos concetuias e práticos. E é minha convicção que o mesmo acontecerá com outras pessoas. Por outro lado, como, na minha leitura, a própria autora ilustra, quer me parecer que inícios até haverá muitos, mas percebo o que se quer dizer e o livro expressa-o de forma clara, por exemplo, nesta passagem: «Nesta parte do ensaio, procurou-se mostrar como a discriminação das pessoas idosas é abrangente e como afecta diversos sectores na nossa sociedade.Em cada tema apresentam-se sugestões sobre os cuidados que devemos ter para evitar atitudes e comportamentos idadistas. No entanto, uma mudança deste tipo só será possível se ocorrer uma mudança ideológica profunda no modo como encaramos o envelhecimento e as pessoas mais velhas. (...)». E faz sentido que apresentemos aqui o significado de IDADISMO tal como está descrito no ensaio: «Em termos gerais, o idadismo refere-se a atitudes e práticas negativas generalizadas em relação aos individuos baseadas somente numa característica - a idade». Não sendo um trabalho centrado no envelhecimento e género,  ainda assim reparei nesta passagem: «Existe ainda um peso importante de queixas de idosos que dizem sr insultados e humlhados por por familiares. A grande maioria das vitimas são mulheres e os ofensores são geralmenteos conjuges e os filhos». E nesta: « (...) 2% a 3% dos doentes internados por ano(entre 260 a 390) não tinham para onde ir após a alta hospitalar. Na mesma data, os dados recolhidos indicavam que o Hospial de São José tinha seis doentes com alta protelada, enquanto o Hospital de Santo António dos Capuchos  tinha quatro doentes, todos mulheres, com alta adiada»   Mas saiba mais sobre o livro e a autora. E acabado de ler, literalmente, deparo-me com uma entrevista de Paul Auster à revista Atual do jornal Expresso (da semana passada), e de seguida comecei o seu livro DIÁRIO DE INVERNO,  posto à venda em Portugal,  e quer-me parecer que a minha leitura  está a.ser feita de uma forma diferente.


Sinopse
«Pensas que nunca te vai acontecer, que não te pode acontecer, que és a única pessoa no mundo a quem essas coisas nunca irão acontecer, e depois, uma a uma, todas elas começam a acontecer-te, como acontecem a toda a gente.
Paul Auster, incansável criador de ficções e de personagens inesquecíveis, vira agora o olhar para si próprio e para o sentido da sua vida. As descobertas da infância e as experiências da adolescência, o compromisso com a escrita - que marcou a sua entrada para a idade adulta -, as viagens, o casamento, a paternidade, a morte dos pais... Uma vida que transborda das páginas deste Diário de Inverno, um definitivo autoretrato construído com a paixão e a transbordante criatividade literária que são as marcas distintivas da identidade deste escritor amado pelos leitores e admirado pela crítica».
E também me lembrei do O VERÃO ANTES DA TREVAS de  Doris Lessing há tanto tempo lido:

«Doris Lessing tem uma obra firmada desde há muito no mundo literário. Romancista de indiscutível mérito, os problemas humanos da Mulher constituem o pano de fundo das suas criações romanescas. Em O Verão Antes das Trevas, Doris Lessing atinge um dos momentos mais altos da sua carreira, quer pelo rigoroso contorno das figuras, quer pelo desdobramento da intriga, quer pela caracterização das personagens. O Verão Antes das Trevas impõe à nossa admiração uma figura literária de primeira grandeza e traz ao nosso convívio uma escritora de grande plano». E daqui: «A história mostra-nos a viragem da juventude para a velhice, mostra-nos a loucura desse Verão de Kate que começa por ir trabalhar como intérprete em Londres e depois vai para a Turquia onde se involve numa relação com um americano mais novo que ela e que a leva para Espanha. Volta a Londres doente, sem saber de quê. Acaba por alugar um quarto em casa de uma rapariga com pouco mais de 19 anos e é aí que se confronta com a sua nova realidade - a meia idade».
E a «minha» grande soma: há que combater o IDADISMO numa perspetiva individual e da sociedade, e serão muitas as formas de nos prepararmos, de maneira continuda, para isso. Cada um a seu jeito ... 
Ainda sobre o Ensaio, e no seguimento de outros posts que já temos feito no Em Cada Rosto Igualdade sobre esta temática e, nomeadamente, em torno do Envelhcimento Ativo, continuo a verificar que o défice quanto à «cultura e as artes» permanece qualquer que seja o angulo de aproximação ... Haverá também inícios, mas faltará o INÍCIO ...


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

DE UM PACOTE DE ACÚCAR PARA O MUNDO



A «pequena história»:  foi o Paulo Carretas que apareceu com o pacote de acúcar de que a Susana Neves fez a imagem acima. A primeira coisa que ressalta é que esta questão da «igualdade» está mesmo a fazer o seu caminho entre os trabalhadores da DGARTES. Falamos do assunto, desde logo, o que só por si já se afigura muito bom,  mas progressivamente parece estar a entrar no «ADN». Palavra puxa palavra, e a mensagem inscrita no «pacote de açúcar» leva-nos a questões de fundo. Por exemplo, à inclusão da igualdade na Responsabilidade Social das Organizações, ou, melhor ainda, leva-nos à compreensão de que a «igualdade», nomeadamente de género, é parte integrante dos Direitos Humanos, e estes por sua vez são considerados no Desenvovimento que hoje para o ser tem que garantir a SUSTENTABILIDADE do planeta. De facto, para termos futuro, o planeta e cada organização têm de respeitar o Desenvolvimento Sustentável, em que, buscando harmonia, se equacionam três componentes: «o ambiente», «o económico», «o social».E isto leva-nos a um apelo recente do Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon que encorajou o mundo dos negócios a abraçar o principio da sustentabilidade, dizendo que, com a maioria dos ecossitemas em declínio, uma profunda desigualdade social e a as mudanças climáticas, a prosperidade e a estabilidade global estão em risco, afirmando que «a  sustentabilidade precisa de ser incorporada ao DNA da cultura dos negócios e investimento». E tudo isto para que a leitura propiciada pelo pacote de açúcar tenha leituras ilimitadas, e certamente que é isso que as entidades envolvidas (e registadas no próprio pacote de açúcar) têm em vista. Aqui fica o pequeno contributo do Em Cada Rosto Igualdade. E até se aproveita para chamar a atenção para  o trabalho GUIÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE PLANOS DE IGUALDADE NAS EMPRESAS  disponibilizado pela CIG,  e para o endereço da UE que leva  à Estratégia para a igualdade de género na política de desenvolvimento. Para finalizar, e como tudo isto, afinal, tem a ver com os Direitos Humanos, aqui fica também o Plano de Atividades da Comissão Nacional de Direitos Humanos para 2011/2012. Onde nos levou um pacote de açúcar!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

MULHERES ASSASSINADAS



Agressões domésticas têm aumentado e métodos são cada vez mais violentos

O número de casos de violência doméstica aumenta no verão devido ao maior convivência entre casais, defende o diretor-executivo da Associação de Apoio à Vítima, que sublinha a agressividade crescente e a contribuição da crise para os atritos.
(...)
Um relatório realizado pelo Observatório das Mulheres Assassinadas e hoje citado pelo DN indica que, só no primeiro semestre deste ano, foram mortas 20 mulheres em contexto conjugal.
Ouvida pelo jornal, a psicóloga Cecília Loureiro, colaboradora da União de Mulheres Alternativa e Resposta referiu que "20 casos no primeiro semestre deste ano é muito se considerarmos que em todo o ano de 2011 houve 27 mulheres assassinadas, segundo o Observatório". (...). A notícia completa.


E nunca é demais lembrar que existe A Linha Telefónica de Informação às Vítimas de Violência Doméstica.

O serviço de informação, gratuito, funciona pelo telefone, 24 horas por dia para apoiar vítimas de violência doméstica através do número 800 202 148. É um serviço anónimo e confidencial. (+)
 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

PELO MENOS 40% DE MULHERES

«Bruxelas quer mulheres a administrar empresas

Proposta da Comissão abrange membros não executivos das administrações, é para entrar em vigor em 2020. Deixa PME de fora e ameaça castigar os prevaricadores

A Comissão Europeia quer obrigar as maiores empresas da União Europeia (UE) a ter pelo menos 40% de mulheres entre os membros não executivos dos seus conselhos de administração.
A medida consta de uma proposta de directiva que o executivo comunitário está a discutir internamente e que abrange as empresas cotadas em bolsa, que deverão atingir aquela percentagem em 2020. Para as empresas sob a alçada do Estado os objectivos temporais são ainda mais ambiciosos e a meta fixada é Janeiro de 2018.
No que diz respeito aos membros executivos das administrações, tanto as empresas privadas como as públicas abrangidas ficam obrigadas a definir e implementar as suas próprias metas em matéria de representação dos géneros para os anos em causa.
De acordo com o texto de proposta legislativa a que o Expresso teve acesso, os Estados-membros deverão preparar um arsenal de sanções para as empresas que não respeitem esta quota, sanções que poderão incluir o pagamento de multas, a interdição de participar em concursos públicos ou a proibição de receber subsídios públicos, estatais ou europeus. (...)». (+).  E apetece lembrar o post MAS GOSTO DO QUE AS QUOTAS FAZEM.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

NO JARDIM GULBENKIAN - PRÓXIMO FUTURO - 3 X 4


«3x4 é o resultado de uma imersão em dois estabelecimentos prisionais femininos de Maputo, a Cadeia Civil e o Centro de Reclusão Feminino de Ndlhavela».  A autora é Camila de Sousa e o trabalho está exposto no JARDIM GULBENKIAN. Saiba mais sobre esta  e outras exposições do Próximo Futuro. Gratuito.