segunda-feira, 31 de agosto de 2015

CESARE PAVESE | «Férias de Agosto»



Sinopse
«Através de breves narrativas, repletas de encantos subtis, Pavese apresenta-nos uma prosa cuidadosa e precisa, num livro que é um inventário dos temas mais caros a Cesare Pavese: o mito inocente e selvagem que se revela no campo, a solidão citadina, a memória da infância mítica, as contradições que remetem para os valores primordiais da existência. Dividido em três as partes (O mar, onde as memórias infantis se transformam em veículo de conhecimento; A cidade, onde uma juventude mais adulta tenta desenvolver o jogo das descobertas da meninice; e A vinha, onde a diferença entre homem e rapaz adquire o auge na comemoração de uma idade absoluta) a linguagem de Férias de Agosto, como escreveu Italo Calvino, é "transparente, suave, cuidadosa", e as personagens são "extraídas de uma matéria afectiva ainda quente; imagens raríssimas, embora ligadas de tal forma a uma verticalidade da memória que nos provocam arrepio". Contos como O Blusão de Couro ou As Casas incluem-se entre as demonstrações mais significativas e completas da narrativa de Pavese». +

terça-feira, 25 de agosto de 2015

EXPOSIÇÃO | «Lourdes Castro. Todos os livros» | GULBENKIAN




Lourdes Castro. Todos os livros

Curadoria: Paulo Pires do Vale

De 9 jul a 26 out 2015  |  Das 10:00 às 18:00  |  Aberto todos os dias

Galeria Exposições temporárias do Museu Gulbenkian


«Esta exposição reúne cerca de 40 livros de artista que Lourdes Castro produziu desde os anos 50 até aos nossos dias, muitos deles nunca expostos. Entre os livros inéditos é apresentado Un Autre Livre Rouge, feito em Paris no início dos anos 70, em colaboração com Manuel Zimbro.
Será publicado o Catálogo comprovado/raisonné dos livros de artista de Lourdes Castro, durante a primeira quinzena de setembro». +



E a propósito da exposição:






Se nos é permitido,  não perca !


sábado, 22 de agosto de 2015

HELENA MALHEIRO | «A Matéria dos Sonhos»



Sinopse

«Há sobretudo uma mulher que se está a impor desalmadamente dentro das minhas páginas e isso angustia-me. Parece que não tenho mão nela, escapa-me por entre os dedos, por entre os fios das palavras, por entre as minhas linhas escritas no caderno preto a tinta azul escura, uma mulher desconhecida que no entanto às vezes se parece terrivelmente comigo, que por instantes julgo reconhecer e não sei como nem quando me cruzei com ela. Apareceu há dias a deambular nos meus parágrafos e agora já não consigo livrar-me dela. Parece ocupar cada vez mais espaço dentro do livro, como se me quisesse colocar para fora dele, sim, como se me quisesse empurrar para fora da minha própria história. Começo a sentir algum receio pelo espaço enorme que ela tem vindo a ocupar dentro de mim. A sua presença está-se a tornar desmedida e extremamente tirânica, dominadora». +.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

FRANCISCO BARRERA | «El Verano»


Obra que pode ser vista na Exposição JOSEFA DE ÓBIDOS.



Josefa de Óbidos

E A INVENÇÃO DO BARROCO PORTUGUÊS

16 mai - 6 set 2015
Museu Nacional de Arte Antiga


E sobre a Exposição há na TSF  em permanência um trabalho do programa
 ENCONTROS COM O PATRIMÓNIO

«Nesta emissão vamos visitar a exposição patente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, sobre Josefa de Óbidos e a invenção do barroco português. Mulher de raras qualidades, Josefa de Óbidos distinguiu-se, de modo especial, na pintura que partilhou com o seu pai Baltazar Gomes Figueira. Aos trinta anos Josefa era uma profissional emancipada. Possuída de intensa religiosidade, apesar de não pertencer a nenhuma comunidade monástica, deixou, na sua obra, abundantes composições de caracter religioso onde sobressaem também as naturezas mortas.
São convidados deste programa Filipa Vicente, Carlos Moura, Joaquim Caetano e José Alberto Seabra de Carvalho». O endereço.

sábado, 15 de agosto de 2015

EXPOSIÇÃO | «A Voz do Silêncio» | NO PASSEIO PÚBLICO DA AVENIDA DUQUE D´ÁVILA | LISBOA | ATÉ 20 AGOSTO 2015




Exposição "A Voz do Silêncio"
Data: 6/20 de Agosto
Local: Avenida Duque de Ávila, Lisboa


«No âmbito das celebrações dos seus 25 Anos, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima promove a exposição “A Voz do Silêncio”. Esta exposição, com curadoria de Edson Athayde, reúne as melhores peças de comunicação da APAV nos últimos 25 Anos.
Desde 1990 a APAV tem apoiado um número cada vez maior de vítimas de crime, num universo estimado de mais de 270.000 pessoas. Ao longo destes 25 anos a APAV tem desenvolvido ainda um imenso trabalho de sensibilização da sociedade, promovendo campanhas de alerta de âmbito nacional, em parceria com agências de publicidade e comunicação. Este trabalho de sensibilização complementa o apoio directo às vítimas de crime e é fundamental para o cumprimento da missão social da APAV. 25 anos a dar voz ao silêncio.
A exposição será inaugurada no dia 6 de Agosto, quinta-feira, pelas 18h00, no passeio público da Avenida Duque d’Ávila (ao Arco do Cego), em Lisboa. A exposição estará patente até dia 20 de Agosto».


terça-feira, 11 de agosto de 2015

«por um dia de verão exemplar»



Bicicleta
Lá vai a bicicleta do poeta em direcção
ao símbolo, por um dia de verão
exemplar. De pulmões às costas e bico
no ar, o poeta pernalta dá à pata
nos pedais. Uma grande memória, os sinais
dos dias sobrenaturais e a história
secreta da bicicleta. O símbolo é simples.
Os êmbolos do coração ao ritmo dos pedais –
lá vai o poeta em direcção aos seus
sinais. Dá à pata
como os outros animais.
O sol é branco, as flores legítimas, o amor
confuso. A vida é para sempre tenebrosa.
Entre as rimas e o suor, aparece e desaparece
uma rosa. No dia de verão,
violenta, a fantasia esquece. Entre
o nascimento e a morte, o movimento da rosa floresce
sabiamente. E a bicicleta ultrapassa
o milagre. O poeta aperta o volante e derrapa
no instante da graça.
De pulmões às costas, a vida é para sempre
tenebrosa. A pata do poeta
mal ousa pedalar. No meio do ar
distrai-se a flor perdida. A vida é curta.
Puta de vida subdesenvolvida.
O bico do poeta corre os pontos cardeais.
O sol é branco, o campo plano, a morte
certa. Não há sombra de sinais.
E o poeta dá à pata como os outros animais.
Se a noite cai agora sobre a rosa passada,
e o dia de verão se recolhe
ao seu nada, e a única direcção é a própria noite
achada? De pulmões às costas, a vida
é tenebrosa. Morte é transfiguração,
pela imagem de uma rosa. E o poeta pernalta
de rosa interior dá à pata nos pedais
da confusão do amor.
Pela noite secreta dos caminhos iguais,
O poeta dá à pata como os outros animais.
Se o sul é para trás e o norte é para o lado,
é para sempre a morte.
Agarrado ao volante e pulmões às costas
como um pneu furado,
o poeta pedala o coração transfigurado.
Na memória mais antiga a direcção da morte
é a mesma do amor. E o poeta,
afinal mais mortal do que os outros animais,
dá à pata nos pedais para um verão interior.
Herberto Hélder (1930

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

PORTUGAL 2020 | CONCURSOS | ÂMBITO | cidadania | promoção e defesa da igualdade de género | combate à violência doméstica e de género | combate ao tráfico de seres humanos | CANDIDATURAS ATÉ 30 SETEMBRO 2015






«O Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE) abriu dois concursos para a apresentação de candidaturas para as Regiões de Convergência (Norte, Centro e Alentejo), no âmbito das tipologias de operação destinadas a dar resposta aos objetivos das políticas públicas no âmbito da cidadania e da promoção e defesa da igualdade de género e de combate à violência doméstica e de género e ao tráfico de seres humanos:

3.15: Formação de públicos estratégicos
3.16: Apoio financeiro e técnico a organizações da sociedade civil sem fins lucrativos

O período para a apresentação das candidaturas decorre entre o dia 31 de julho de 2015 e o dia 30 de setembro de 2015 (18 horas)».



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ANA HATHERLY



«Morreu Ana Hatherly, a pintora da palavra

(...)
A historiadora da arte Raquel Henriques da Silva identifica várias Anas: “Havia a Ana professora, poeta, especialista da poesia barroca. Havia a Ana militante, das colagens-rupturas dos anos do PREC e da recriação dos graffitinos últimos anos. Todas eram a Ana, aquela presença bela e azul,  a transbordar de novos projectos, concretizados com a tranquilidade de quem se passou a alimentar também da filosofia  do oriente.”
Falta uma Ana: “Havia finalmente a Ana artista generosa que ao longo dos anos ofereceu  peças maiores da sua obra aos museus que muito amava, também por companheirismo com as suas equipas”, acrescenta a historiadora, que refere como “um privilégio” ter conhecido e trabalhado com esta artista, para quem em 1997 comissariou a exposição Viagem à Índia e Outros Percursos, no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado. (...)». Leia na integra.






quarta-feira, 5 de agosto de 2015

EXPOSIÇÃO | «o que elas nos dão a ver» | FUNDAÇÃO CUPERTINO DE MIRANDA



o que elas nos dão a ver
até  5 de setembro de 2015 



Antes, aqui,  já nos tinhamos referido à exposição da imagem, entretanto a colega Susana Neves (DGARTES)  voltou a alertar-nos para ela com a notícia seguinte - Jornal Público-Porto- de 3 de agosto de 2015 - ,  e com gosto  voltamos  à «o que elas nos dão a ver»,  certamente um bom programa para  agosto, a norte.





segunda-feira, 3 de agosto de 2015

OLÁ AGOSTO !


Durante o mês de agosto continuaremos por aqui, pelo Em Cada Rosto Igualdade, mas em ritmo de férias. Visite-nos, gostamos disso. Muito. Comecemos com uma sugestão: GULBENKIAN. Desde logo, o jardim, mas há sempre as exposições - e agora com horário novo, como o mostra a imagem acima.  E aos domingos Entrada Gratuita. Das atuais exposições, por exemplo:


(capa da publicação sobre a exposição)

De entre os trabalhos apresentados temos de mulheres: Lisa Santos Silva, Lourdes Castro, Ofélia Marques, Sara Afonso, Júlia Ventura, ... Vai até 19 de outubro.

Ainda: «(...) A exposição desenvolve-se em vários núcleos, principiando com um módulo dedicado ao retrato feminino, remetendo para o contexto familiar, seguindo-se outro dominado por figuras masculinas. Nestes núcleos encontramos obras de artistas que retrataram a mulher, o marido ou os filhos, como os vários retratos de Maria Helena Vieira da Silva, da autoria de Arpad Szenes, ou o de Almada Negreiros, a filha e Sarah Afonso, pintado por esta última. (...). Continue a ler.