terça-feira, 31 de outubro de 2017

ISABELA FIGUEIREDO | «A Gorda»



«Obra vencedora do Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues 2017 Maria Luísa, a heroína deste romance, é uma bela rapariga, inteligente, boa aluna, voluntariosa e com uma forte personalidade. Mas é gorda. E isto, esta característica física, incomoda-a de tal modo que coloca tudo o resto em causa. Na adolescência sofre, e aguenta em silêncio, as piadas e os insultos dos colegas, fica esquecida, ao lado da mais feia das suas colegas, no baile dos finalistas do colégio. Mas não desiste, não se verga, e vai em frente, gorda, à procura de uma vida que valha a pena viver. Este é um dos melhores livros que se escreveu em Portugal nos últimos anos». +.



CONSELHO DA EUROPA | Recomendação sobre a igualdade de género no setor do audiovisual

Veja aqui

Do divulgado sobre a recomendação no site da CIG: « A recomendação visa incluir uma perspetiva de igualdade de género em todos os ramos e atividades do setor audiovisual para responder a questões como a falta de consciência da prevalência da desigualdade de género, a distribuição desigual de financiamento e de investimento, o apoio desequilibrado para divulgação de conteúdos criados por mulheres, a baixa representação de mulheres em posições-chave no setor audiovisual, diferenças salariais entre mulheres e homens, falta de apoio a pais e mães e cuidadores/as e o desigualdade de acesso a oportunidades de emprego». Veja aqui.
E sobre a atividade mais ampla  do Conselho da Europa na esfera da Igualdade de Género: 
Saiba mais.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

MARY WOLLSTONECRAFT|«Uma Vindicação dos Direitos da Mulher»





«Esta obra revolucionária e fundadora do feminismo é um clássico essencial sobre o papel social das mulheres. Em 1792, inspirada pela conquista dos direitos do Homem na França revolucionária, Mary Wollstonecraft proclamava alto e bom som que cabia ao «sexo fraco» tomar as rédeas do seu destino e quebrar as cadeias da submissão e ignorância que o prendiam. Trava-se, nestas páginas, um corajoso combate com uma moral conservadora que condenava metade da humanidade ao papel decorativo de companheira dócil do homem. Em cada linha desta resposta a Émile, de Jean-Jacques Rousseau, perpassam o acesso à educação e ao trabalho, como condição da emancipação feminina, e a ideia de que, sem liberdade, não há deveres sociais a cumprir. Uma Vindicação dos Direitos da Mulher conserva toda a sua actualidade e continuará a influenciar gerações de leitores». +.


FREDERICO LOURENÇO | «Em Defesa da mulher "adúltera"»

 Jornal Expresso de 28 outubro 2017

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

«O que significa igualdade de gênero para as e os jovens?»










RELATÓRIO| «Balanced participation of women and men in decision-making»





Conforme se pode ler no site da CIG:
«(...)
Este relatório analisa os progressos realizados por 46 países em relação ao objetivo estabelecido pelo Comité de Ministros, em 2003, de que pelos menos 40% de homens e mulheres participem em diferentes aspetos da vida política e pública, tais como o poder legislativo, instituição de quotas nos sistemas eleitorais e partidos políticos, poder executivo, poder judicial e, por fim, o serviço diplomático. (...)». Leia mais.






quarta-feira, 25 de outubro de 2017

«Ora, o adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem»


Leia aqui


Excertos do artigo do Público;
«(...)
Trata-se de um caso de violência doméstica, em que a vítima foi agredida pelo ex-marido e pelo homem com quem tinha mantido uma relação extraconjugal (que motivou a separação do casal, meses antes da agressão). Em Junho de 2015, depois de a mulher ser sequestrada pelo ex-amante, que lhe pedia que retomassem a relação, o homem chamou o ex-cônjuge da vítima para juntos a confrontarem. Na agressão, foi usada uma “moca” com pregos. “É um caso extremamente violento”, caracteriza Isabel Ventura.(...).
Inês Ferreira Leite, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, lamenta o impacto simbólico da fundamentação apresentada. A jurista, que investiga a violência de género nos homicídios conjugais e violência doméstica, afirma que, “quando um acórdão da Relação fala disto com normalidade, em vez de com censura, está de certa forma a tornar mais legítimo que haja mais homens a serem violentos contra as suas mulheres”. “Está a colocar em risco a vida de muitas mulheres em Portugal”, condena a jurista. (...)». 
E  excerto do Acórdão:

Excerto - pg. 9
Leia aqui na integra

Enfim, no século XXI em Portugal!, coisas que julgávamos impensáveis.



LEMBREMOS A AGENDA 2030 | UM ODS DE CADA VEZ | OBJETIVO 10 | «Reduzir as Desigualdades»




«Até 2030, progressivamente alcançar, e manter de forma sustentável, o crescimento do rendimento dos 40% da população mais pobre a um ritmo maior do que o da média nacional.
Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, económica e política de todos, independentemente da idade, género, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição económica ou outra.
Garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultados, inclusive através da eliminação de leis, políticas e práticas discriminatórias e da promoção de legislação, políticas e ações adequadas a este respeito.
Adotar políticas, especialmente ao nível fiscal, salarial e de proteção social, e alcançar progressivamente uma maior igualdade.
Melhorar a regulamentação e monitorização dos mercados e instituições financeiras globais e fortalecer a implementação de tais regulamentações
(...)». Continue a ler.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

«mais investimentos para as trabalhadoras das regiões agrícolas, que devem ter acesso igualitário a terras, insumos, crédito e formação técnica»


Agricultoras na região da Bacia do Lago Chade. Foto: FAO/Pius Utomi Ekpei

«Mulheres são quase metade da mão de obra do campo, mas seus esforços são ‘ignorados’, critica ONU

Embora representem quase metade (43%) da mão de obra do campo, as agricultoras têm seus esforços, muitas vezes, ignorados, alertou neste mês a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka. Em mensagem para o Dia Internacional das Mulheres Rurais, observado em 15 de outubro, a dirigente pediu mais investimentos para as trabalhadoras das regiões agrícolas, que devem ter acesso igualitário a terras, insumos, crédito e formação técnica». Leia na integra.


ESTÁ A DECORRER O DOCLISBOA | UM DESTAQUE | O festival apresenta uma retrospectiva de Vera Chytilová cineasta que revolucionou o cinema checoslovaco nos anos 60




VĚRA CHYTILOVÁ
«Figura central da Nova Vaga Checa, foi a mais radical e inovadora realizadora do movimento. A sua obra destaca‑se pela abordagem irónica e de ruptura com os códigos de representação vigentes no realismo social. Centrada nas relações humanas e na emancipação da mulher, criticou a decadência moral da sociedade e do regime comunista. Foi galardoada em festivais como Veneza, Oberhausen, Moscovo ou Chicago e condecorada com a Ordem das Artes e Letras do governo francês e com a Medalha de Mérito da República Checa. Em 2017, dedicamos‑lhe uma extensa retrospectiva que irá percorrer o trabalho da realizadora, desde o início da sua carreira até ao seu último filme». 





segunda-feira, 23 de outubro de 2017

ACONTECEU EM HOLLYWOOD | A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas responsável pela atribuição dos Óscares decidiu expulsar o produtor Harvey Weinstein depois de este ter sido acusado de violação e assédio sexual

Leia aqui no Público
Uma passagem do artigo:
«(…)
O conselho de governadores da academia, composto por 54 membros, que conta com a presença de figuras como Tom Hanks, Steven Spielberg ou Whoopi Goldberg, reuniu-se de emergência neste sábado para avaliar as acusações de violação e assédio sexual. Em comunicado, explica-se que a decisão foi tomada depois de uma votação “bem superior à necessária maioria de dois terços”. O comunicado continua depois a explicar a decisão com duras palavras sobre o influente e consagrado produtor: “Nós não nos separamos apenas de alguém que não merece o respeito dos seus colegas, mas também para enviar uma mensagem de que a era da ignorância voluntária e vergonhosa cumplicidade em relação ao comportamento sexualmente predatório e ao assédio no local de trabalho na nossa indústria terminou. O que está aqui em causa é um problema profundamente preocupante que não tem lugar na nossa sociedade”. A academia acrescenta que vai “trabalhar para estabelecer padrões éticos de conduta que todos os membros da academia deverão exemplificar”.(…). Mas leia o artigo na integra, vale a pena

A propósito, o assunto apareceu no encontro «Mulheres nas Artes» havido a semana passada na Gulbenkian. E a pergunta ficou no ar: o que se passará em Portugal? Talvez se tenha ouvido que é bem capaz de haver casos ... Quem sabe possa haver uma intervenção na linha da luta contra a violência doméstica, sabendo-se  que o assédio no local de trabalho já tem legislação que o condena e pune. Mas como em tantas outras situações, «estar na lei» é importante mas não chega.


MULHERES EM DESTAQUE | «Ana Margarida Carvalho vence Grande Prémio da APE»


Leia no Público

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

GRANDE ENTREVISTA | Nádia Piazza





Se não viu não perca a entrevista  de Nádia Piazza que preside à associação dos familiares das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande. 

EXPOSIÇÃO | «Género na Arte. Corpo, Sexualidade, Identidade, Resistência» | 20 OUT 2017 - 11 MAR 2018 | MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO CHIADO



«Os museus não são lugares neutros. Pelo contrário,  procuram dar respostas a questões fundamentais para a sociedade. O Género enquanto dimensão identificadora dos indivíduos inclui-se nessas questões.
O Género é uma construção sociocultural da identidade imposta pelas normas sociais com o objetivo de transformar as pessoas em mulheres ou homens e que tem consequências reais nas suas vidas, nomeadamente no acesso à riqueza, ao prestígio e ao poder. Mas a construção destes papéis sociais é simultaneamente uma escolha pessoal que resulta num amplo leque fluido e plural de identidades de género, como a heterossexualidade, o lesbianismo, a homossexualidade, a transsexualidade, a intersexualidade, a bissexualidade, o transgenderismo, entre outras, tornando-se um ato de liberdade, diversidade e expressão individual.
O Género não é algo que as pessoas possuam, mas sim algo que se vai construindo a cada minuto, de forma contínua em todas as situações do quotidiano, em permanente interação com os outros, na forma como os indivíduos pensam, comunicam e atuam.
O corpo, a sexualidade, a identidade e resistência são as dimensões presentes na construção diária do Género que conduzem esta exposição. Procurando desfazer estereótipos relativamente à compreensão do Género, a exposição traz para o espaço museológico a reflexão e o debate sobre a dimensão de Género, a partir de um conjunto de obras de arte dos artistas portugueses Alice Geirinhas, Ana Pérez-Quiroga, Ana Vidigal, Carla Cruz, Cláudia Varejão, Gabriel Abrantes, Horácio Frutuoso, João Gabriel, João Galrão, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Maria Lusitano, Miguel Bonneville, Thomas Mendonça e Vasco Araújo». 

Curadoria: Aida Rechena e Teresa Furtado



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

«MULHERES NAS ARTES» | visibilidade a que temos direito



Como tínhamos divulgado no Em Cada Rosto Igualdade  nos dois primeiros dias desta semana na Gulbenkian discutiu-se «Mulheres nas Artes», e à partida a assunção de que houve percursos de desobediência (veja-se a imagem acima). E houve, como de maneira luminosa nos foi contado, por exemplo, por MARIA TERESA HORTA. A força que emana do seu testemunho devia transformá-lo em património nacional. Em termos práticos, passível de ser conhecido por todos e todas. Mas Maria Teresa Horta não esteve sozinha: tivemos lá LÍDIA JORGE e GRAÇA MORAIS. Magnificas! As três eram as homenageadas pela Conferência. Como se aprende com aquelas mulheres!, para já, e para o futuro. Pela sua obra, pelo seu pensamento e pela sua ação, passada e presente. A nosso ver,  estão na categoria de  sábias.  
Não esteve mas foi como se estivesse, MARIA VELHO DA COSTA, nomeadamente  ao recordar-se as «Três Marias». E  também  por isso MARIA ISABEL BARRENO, logo lembrada  no início pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade    a propósito do seu nome ter sido dado à Distinção Mulheres Criadoras de Cultura.


As Três Marias: Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta,
Maria Velho da Costa


E ANA HARTHLEY  recordada em tantas das intervenções, e IVETTE CENTENO não foi esquecida - referências para Rui Zink  que encerrou o encontro. E MARIA DE LURDES PINTASILGO com o seu  «Cuidar o Futuro» assinalada na  palestra inicial de Guilherme de Oliveira Martins. E SOPHIA DE MELO BREYNER lembrada e relembrada. E houve quem mencionasse MARIA LUZIA MARTINS, e HELENA FÉLIX,  e... Dos nossos dias: necessariamente, CRISTINA REIS, e também IRENE CRUZ, VERA SAMPAYO LEMOS, ...  Mulheres de entre muitas que não podem ser esquecidas, mulheres que não podem ser apagadas da história, mulheres que estão aí na labuta e nem sempre com a cobertura noticiosa e outra que merecem. Ilustrando, quantas mulheres criadoras têm sido capa na publicação da Sociedade Portuguesa de Autores?, perguntou - de uma geração mais nova -  MAFALDA VEIGA, uma das participantes no Debate sobre  Música. E que útil debate, onde nomeadamente se lembraram outras igualdades, ou desigualdades,  em especial destaquemos a vida tão inspiradora de ALDINA DUARTE ... E como não dar aqui nota da desigualdade que a geração  que agora entra, ou quer entrar, no mundo do trabalho sente em comparação com os mais velhos,   relatada de forma viva, porque vivida,  por LEONOR TELES, no seu caso mais sentida do que a desigualdade entre homens e mulheres. E há a acrescentar a desigualdade  vinda da cor da pele, e disso falou ANA SOFIA MARTINS. E como é tremendo quando numa mesma pessoa se junta mais do que um factor. Imagine-se mulher, negra, pobre, jovem ...  
E uma conferência é o que ouvimos e vemos e o que nos leva a pensar e a buscar. Na circunstância, e em linha com o que acabamos de escrever: recorrendo, em particular, às novas tecnologias estas mulheres têm de fazer  parte do nosso quotidiano de maneira ágil. Criemos memória acessível, ou seja, criemos bases de dados, com texto,  imagens e audio,  a que se chegue   através de portal ou portais «amigáveis». Em síntese, estas mulheres, precisam da maior visibilidade. Nós precisamos dessa visibilidade:  da informação e conhecimento que produziram na esfera da sua arte, e das suas histórias de vida mais amplas.   Em termos práticos, para o fazermos temos muito com quem apreender ...Como com frequência temos divulgado no Em Cada Rosto Igualdade. Por exemplo: 

Veja aqui
    
Veja aqui.


Foi uma conferência «cheia», que nos trouxe problemas de sempre e problemas novos - em mais do que uma ocasião com ironia e alegria - e que nos levou ao nuclear deste post: insistir na criação e divulgação de memória sobre as mulheres nas artes, para todos, o que abrange produção de estatísticas de qualidade na senda de «Melhores dados para vidas melhores» que foi o lema do «World Data Forum» das Nações Unidas deste ano. E até podemos terminar este post deste modo: Quantas mulheres em termos profissionais há no setor da cultura e das artes? Em que profissões e papeis?
Ah, o luto em que o País está mergulhado esteve presente, em mais do que um momento assinalado. RITA BLANCO, ao seu jeito, logo após se ter sentado: então, vamos falar de incêndios ... Valeu por um discurso! 



AINDA A DISTINÇÃO «MARIA ISABEL BARRENO - MULHERES CRIADORAS DE CULTURA»





quarta-feira, 18 de outubro de 2017

EXPOSIÇÃO | «Ana Hatherly e o Barroco / Num Jardim Feito de Tinta» | ATÉ 15 JAN 2018 | GULBENKIAN



«Esta exposição-ensaio tem apenas um assunto: Ana Hatherly e o Barroco. No entanto, não nos centramos apenas na influência do Barroco nas obras da artista, mas em como a investigação e experimentação de Ana Hatherly revalorizou esse denegrido período histórico e modificou a nossa conceção do passado – afinal, a tradição é um território inexplorado de aventura e de contínuo espanto. Deste modo, juntando objetos, obras e documentos de períodos históricos distintos, que Ana Hatherly analisou ou indicou nos seus ensaios, organizamos um percurso expositivo a partir de categorias essenciais do Barroco: o Mundo como Labirinto; a importância do Lúdico; a Vida como Nada diante da Morte; a Alegoria e a folia da Interpretação; o Diálogo oblíquo entre pintura e poesia; e a Metalinguagem da obra de arte que se reflete a si mesma.
São muitas as portas de entrada neste edifício, pois também foram variadas as declinações da obra de Ana Hatherly: nos ensaios e investigação académica; na poesia e na prosa; nos desenhos, nas re-colagens, nas performances, nos filmes, nos programas televisivos… Um labirinto onde tudo gira à volta da escrita, como afirmouEsse jardim feito de tinta, onde a artista reinventa o mundo caminhando por entre signos, é o lugar enigmático do jogo – e desta exposição como jogo». Saiba mais.
Curadoria: Paulo Pires do Vale




NA BIBLIOTECA ANA DE CASTRO OSÓRIO | «Leonor da Fonseca Pimental, luta e morte pela liberdade» | 26 OUT 2017 | 17:30H | LISBOA






segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Luto Nacional




«O Governo aprovou hoje por via eletrónica, em Conselho de Ministros extraordinário, o decreto que declara luto nacional nos dias de terça-feira, quarta-feira e quinta-feira como forma de pesar e solidariedade pelas vítimas dos incêndios».Leia mais. 





«SIBILA» | Uma nova editora que vai privilegiar os ensaios femininos e editar principalmente textos de mulheres | HOJE | APRESENTAÇÃO DA EDITORA E DO SEU PRIMEIRO LIVRO | 16 OUT2017 | 19:00 H | GULBENKIAN




Leia no DN, aqui

Hoje, dia 16 de outubro de 2017, às 19:00H, na Gulbenkian,  como se pode ver no Programa da Conferência «Mulheres nas Artes: Percursos de Desobediência», é apresentada a editora e o seu primeiro livro: Eu Matei Xerazade: Confissões de Uma Mulher Árabe em Fúria.  Com a presença da autora. Sobre o livro: 
«Eu Matei Xerazade: Confissões de Uma Mulher Árabe em Fúria, da escritora libanesa Joumana Haddad (n. 1970) é um livro onde a reflexão sobre a condição das mulheres árabes contemporâneas se mistura com as memórias pessoais da autora, que viveu a infância e a adolescência numa Beirute em guerra, e também com a poesia. Joumana Haddad conta de que forma a leitura clandestina de Sade, que iniciou aos 12 anos de idade, transformou a sua vida e a sua visão do mundo, e a levou a escrever poesia libertina e a fundar, aos quarenta anos, a primeira revista erótica em língua árabe.

Escreve Haddad: "Nunca fui uma grande fã de Xerazade - a qual, para piorar as coisas, é enjoativamente acarinhada pelos orientalistas - embora adorasse ler e reler As Mil E Uma Noites. Estou convencida de que a personagem dela é uma conspiração contra as mulheres árabes em particular, e as mulheres em geral. Obviamente, a pobre senhora fez o que tinha de fazer. Não estou a julgá-la por isso. De facto, eu poderia muito bem ter feito o mesmo, se estivesse na sua delicada posição. Apenas estou farta de que as pessoas (especialmente no Ocidente, mas também no mundo árabe) façam dela uma heroína, o símbolo da oposição cultural e feminina árabe e da luta contra a injustiça, a crueldade e a discriminação dos homens. Ela é apenas uma rapariguinha querida com uma grande imaginação e boas capacidades negociais. Precisamos simplesmente de pôr as coisas na perspectiva certa». Continue a ler.






«Mulheres portuguesas, deixai hoje de trabalhar»



Leia o artigo de Patricia Reis aqui


Sobre a matéria comunicado 
da CGTP:
Continue aqui

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

«Felizmente há Luar ...»




MOSTRA DOCUMENTAL

FELIZMENTE HÁ LUAR...
Nos 200 anos da execução de Gomes Freire de Andrade (18 out 1817)

16 OUT 2017 - 17 FEV 2018

TORRE DO TOMBO


«Gomes Freire de Andrade tornou-se um símbolo dos defensores do ideário liberal e da luta contra o domínio britânico em Portugal ao ser executado naquela tarde de 18 de  outubro de 1817, sob a acusação não provada de liderar uma conspiração. O movimento liberal ganhará força e vingará em 1820 abrindo caminho à abolição da Pena de Morte, em 1852 para crimes políticos e em 1867 para crimes civis.No ano em que se assinalam os 150 anos sobre esse ato pioneiro que foi o da publicação da Lei da Abolição da Pena de morte em Portugal e os 200 anos da execução do general Gomes Freire de Andrade, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo apresenta uma mostra do seu acervo documental com informação relevante sobre este personagem marcante da História de Portugal do século XIX». Mais no Texto de Apresentação.



«AURÉLIA DE SOUSA /Mulher Artista 1866-1922»




«A vida e obra de Aurélia de Sousa, uma mulher artista na vanguarda da sua época.
Aurélia de Sousa teve o seu "quarto só para si", expressão que a escritora britânica Virginia Woolf inventou nos anos 1920 para designar o espaço - físico e metafórico - de que as mulheres precisavam para criar. O resultado dessa libertação artística está em Aurélia de Sousa, Mulher Artista, livro centrado na vida e obra da pintora e fotógrafa portuense que viveu a passagem do século XIX para o século XX sem abdicar do seu direito a uma carreira artística pro­ssional. Assinalando o 150.º aniversário do nascimento da pintora, este livro-catálogo, coordenado por Filipa Lowndes Vicente, acompanha a exposição homónima patente no Porto e em Matosinhos. "Conservadora nos motivos, genial e inovadora no traço e na composição, Aurélia de Sousa deu continuidade ao naturalismo que imperava na pintura portuguesa do seu tempo, acrescentando-lhe apontamentos impressionistas, realistas e até mesmo neo-realistas"». Rui Moreira, Apresentação | Saiba mais.



quinta-feira, 12 de outubro de 2017

«DISTINÇÃO MARIA ISABEL BARRENO - MULHERES CRIADORAS DE CULTURA» | Na terça-feira passada foram divulgadas as mulheres distinguidas este ano



Maria Isabel Barreno


Como se pode ver no site da CIG: «A Distinção Mulheres Criadoras de Cultura é uma iniciativa da CIG e do GEPAC no âmbito do V PNI, medida 21 na área estratégica educação, ciência e cultura. Este ano a distinção terá o nome de Maria Isabel Barreno como forma de distinguir essa figura incontornável da cultura portuguesa». Assim, comecemos por lembrar Maria Isabel Barreno, recorrendo a post anterior do Em Cada Rosto Igualdade: «Maria Isabel Barreno». Depois, as CINCO MULHERES DISTINGUIDAS este ano, conforme se pode saber através da comunicação social, por exemplo, na TSF, são: Paula Rego, Diana Andringa, Mónica Calle, Elisabete Matos, Cristina Paiva. 








De artigo do Diário de Notícias o seguinte titulo: «Criadoras portuguesas dizem que prémio de mérito é alerta para igualdade degénero» e, como lá pode conferir,  do mais  que as distinguidas disseram:
Paula Rego 
«Na cerimónia, a artista plástica transmitiu a surpresa de lhe atribuírem "uma guloseima" pela única coisa que sabe fazer - pintar e desenhar».
Diana Andringa 
«dedicou o prémio a "todos os jornalistas que consideram que fazer jornalismo é uma forma de intervir na cultura e na cidadania e não criar conteúdos nem encher chouriços"»
Mónica Calle 
«admitiu que, ao longo da carreira como atriz e encenadora, se foi confrontando com rótulos e dificuldades na criação artística por ser mulher: "O facto de ser um homem nunca é uma questão ou um ponto de vista. As mulheres continuam a ter esta ideia de serem rotuladas por serem mulheres".
Elisabete Matos
«recordou os sacrifícios da carreira na música e na cultura em Portugal, porque esta - a cultura - é "sempre o parente pobre de todas as áreas"».
 Cristina Paiva
«a atriz Cristina Paiva, fundadora do projeto Andante, disse à Lusa que o prémio serve para colocar na agenda pública a discussão sobre o papel da mulher na sociedade».


« GENDER EQUALITY INDEX 2017: Progress at a snail’s pace» | Segundo o relatório da EIGE é no Poder que «Portugal é mais desigual»





Da comunicação social: 

«Igualdade de género: é no poder que Portugal é mais desigual

«(...)
O ranking é elaborado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), segundo o qual a União Europeia a 28 está a conseguir fazer progressos em matéria de igualdade de género, ainda que de forma lenta.
Os dados do EIGE, relativos a 2015, mostram que a média europeia está agora nos 66,2 pontos em 100, quatro pontos acima do valor de há dez anos, com a Suécia em primeiro lugar, com 82,6 pontos, e a Grécia no fim, com 50 pontos.
Nesta tabela, Portugal aparece em 21.º lugar, com 56 pontos, o que significa que o país tem vindo a conseguir melhorar a sua posição, já que começa com 49,9 pontos em 2005, sobe para 53,7 em 2010, 54,4 em 2012 e agora 56 em 2015.
O ranking avalia os vários países em seis domínios, desde o trabalho, dinheiro, saúde, educação, tempo e poder, sendo que é nas três primeiras que Portugal se destaca e nas três últimas que obtém as piores classificações. (...)». Leia na integra na plataforma SAPO.




quarta-feira, 11 de outubro de 2017

RUTH ESCOBAR



Da ONU Brasil


«A ONU Mulheres Brasil divulgou na última sexta-feira (6) uma nota de pesar pela morte da feminista Ruth Escobar, falecida em 5 de outubro. Lembrando a participação da gestora no lobby do batom — movimento para a inclusão das reivindicações das mulheres na Constituição Federal de 1988 —, a agência das Nações Unidas descreveu o legado de Ruth como exemplo para a luta pela igualdade de gênero.
“Ruth dedicou anos à construção de direitos para as mulheres”, afirma na nota a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman. “Foi a primeira presidenta do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres (1985-1986). Exerceu por quatro anos, de 1986 a 1990, a representação do Brasil no Comitê de Monitoramento e Acompanhamento da Convenção pela Eliminação da Discriminação contra a Mulher (CEDAW), das Nações Unidas.”
O organismo citou ainda o engajamento de Ruth no movimento de resistência à ditadura. “Foi presa, por três vezes, por se opor ao regime. Foi uma das fundadoras da Frente de Mulheres Feministas do Estado de São Paulo, na década de 1970”, acrescenta Nadine. Entre 1983 e 1991, a feminista exerceu dois mandatos parlamentares na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.
“É (também) um dos nomes notáveis da dramaturgia teatral e gestão de cultura no Brasil. Coordenou o primeiro Festival Nacional de Mulheres nas Artes, em 1982, com mais de 600 espetáculos e 10 mil pessoas participantes.”
Elogiado a “obstinada trajetória política, feminista e cultural” de Ruth, o comunicado afirma que a militante “deixa um legado a ser valorizado por todas as brasileiras e brasileiros, os quais animam a união de esforços para dar passos decisivos pelo empoderamento das mulheres e pela promoção da igualdade de gênero”. Ruth faleceu em São Paulo, aos 81 anos».

 «Grandes Mulheres - Ruth Escobar»


Da comunicação social portuguesa, por exemplo, o Expresso começa assim:  «Ruth Escobar nasceu no Porto, em 1935, e tornou-se conhecida pela sua carreira no Brasil» (...). Continue a ler.