Para este ano, como se pode conferir no site da ONU, a Mensagem do Secretário-Geral:
«Secretary-General's Message for 2015
World Day for Social Justice comes at a pivotal moment for people and our
planet. Around the world, there is a rising call to secure a life of dignity
for all with equal rights and respect for the diverse voices of the world’s
peoples. At the core of this movement lies the need for social justice.
This year’s commemoration focuses on the scourge of human trafficking and the
plight of approximately 21 million women, men and children in various forms of
modern slavery. New instruments such as the ILO Protocol and Recommendation on
forced labour and human trafficking are helping to strengthen global efforts to
punish perpetrators and end impunity. We must continue to do more. We simply
cannot achieve development for all if we leave behind those who are socially and
economically exploited.
In this crucial year for global development, as Member States work to craft a
post-2015 agenda and a new set of sustainable development goals, let us do our
utmost to eradicate all forms of human exploitation. Let us strive to build a
world of social justice where all people can live and work in freedom, dignity
and equality.
Ban Ki-moon».
.
. .
E uma boa ocasião para para a divulgação da Declaração da OIT:
.
. .
Fosso entre pobres e ricos aumenta em Portugal há cinco anos
consecutivos
Publicado hoje
às 07:26
A ONU
comemora hoje Dia Mundial da Justiça Social. Há cinco anos que Portugal assiste
a um aumento do fosso entre os rendimentos dos 10% mais ricos em relação aos
10% mais pobres.
É cada vez maior o fosso entre os
mais ricos e os mais pobres em
Portugal. Há cinco anos que não pára de aumentar a
desigualdade na distribuição dos rendimentos. Os especialistas alertam para a
crescente falta de justiça social na Europa, mas também em Portugal.
Depois de vários anos a descer, a
desigualdade na distribuição dos rendimentos no país voltou a subir em 2009.
Nesse ano, os 10% mais ricos tinham um rendimento 9,2 vezes superior ao dos 10%
mais pobres. Um número que, segundo o Instituto Nacional de Estatística, subiu
para 9,4 em 2010, 10,0 em 2011, 10,7 em 2012 e, finalmente, 11,1 em 2013
(últimos dados disponíveis).
Um estudo recente da fundação alemã
Bertelsmann, numa abordagem que não se ficou pela análise dos rendimentos,
concluiu, também, que Portugal é um dos países europeus que tem andado para
trás na justiça social. Somos o nono país da Europa (a 28) pior na fotografia.
As notas mais negativas registam-se nas áreas da justiça entre gerações,
educação igual para todos e pouca capacidade de inclusão do mercado de trabalho
nacional.
O sociólogo e especialista em pobreza Alfredo Bruto
da Costa defende que a progressiva falta de justiça social é um problema na
Europa e ainda mais em Portugal: «estamos claramente a andar para trás, em
primeiro lugar devido ao acordo assinado com a troika». Um «retrocesso» que
segundo o antigo presidente do Conselho Económico e Social é «particularmente
grave porque o conceito de justiça social foi banido do debate político
nacional».
Nuno Guedes