Porque
é que uma presença tão grande de mulheres na Igreja não incidiu nas suas
estruturas?, questiona Pontifício Conselho da Cultura
«Porque há tão poucas
respostas e tão inadequadas à valorização do corpo, do amor físico, aos
problemas da maternidade responsável? Porque é que uma presença tão grande de
mulheres na Igreja não incidiu nas suas estruturas? Porquê atribuir à mulher na
prática pastoral só aquelas tarefas que lhes atribui um esquema algo rígido de
resíduos ideológicos e ancestrais?» «O que é que não funciona hoje, quando a
imagem de mulher que têm os homens da Igreja já não corresponde, em geral, à
realidade?»
Estas são algumas das
interrogações colocadas no documento de trabalho da próxima assembleia plenária
do Pontifício Conselho da Cultura, dedicada ao tema "As culturas femininas:
igualdade e diferença", que se realiza de 4 a 7 de fevereiro, em
Roma.
Referindo-se à
participação da mulher na vida da Igreja, refere-se que «o terreno está minado
pelo preconceito e enraizado em posições ancestrais alimentadas com o
combustível da tradição e de uma excessiva presença masculina, muitas vezes
refratária a qualquer confrontação. Já passou a hora de qualificar
automaticamente toda a petição feminina com a etiqueta de feminismo, na qual há
frequentemente reivindicações mais ou menos aceitáveis».
O
texto, que apresentamos na íntegra, divide-se em quatro secções: "Entre
igualdade e diferença: a procura de um equilíbrio", "A 'generatividade' como
código simbólico", "O corpo feminino: entre cultura e biologia" e "As mulheres e
a religião: fuga ou novas formas de participação na vida da Igreja?". Continue a ler.
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