Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Como foi largamente noticiado, por exemplo aqui,ALBINO AROSO faleceu no passado dia 26. Não podíamos deixar de o assinalar, e de lhe prestarmos também a nossa pequena homenagem. Para isso escolhemos divulgar o artigo de opinião seguinte, de Miguel Oliveira da Silva, publicado no jornal Expresso. Tão cheio de vida!
O "Índice da Igualdade de Género", cuja versão traduzida para português se disponibiliza, foi construído pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género. Consiste numa ferramenta de monitorização da igualdade de género no âmbito da política da União Europeia, permitindo medir o conceito nos diversos Estados Membros. Os resultados desta medição, reportada a 2010, foram oficialmente apresentados numa conferência da União Europeia, realizada em Bruxelas, no dia 13 de junho de 2013.
A União Europeia desempenha um papel fundamental na disseminação do princípio da igualdade de género. Ao longo do tempo e em diversas áreas, têm sido desenvolvidas políticas específicas para melhorar a igualdade de género na União Europeia e nos Estados Membros, bem como para avaliar o nível da igualdade de género em domínios específicos.
O Índice da Igualdade de Género foi inicialmente introduzido pela Comissão Europeia no Roteiro para a Igualdade entre Mulheres e Homens 2006-2010 e, posteriormente, incluído no plano de ação da Estratégia para a Igualdade entre Mulheres e Homens 2010-2015.
Ana
tinha 20 anos em 1973, Mónica nasceu nesse ano e Frederica fez 20 anos em 2013.
Por elas passaram as enormes transformações sociais dos últimos 40 anos em
Portugal.
Pelos
olhos e pelas vidas de Ana, que tinha 20 anos em 1973, de Mónica, que nasceu
nesse ano antes da revolução e de Frederica, que fez 20 anos em 2013, passaram
as enormes transformações sociais das últimas quatro décadas, que abordamos
neste segundo trabalho da série 1973-1993-2013. Os números dão-nos a dimensão
da evolução, os relatos da forma como a sociedade se foi transformando.
Enquanto os indicadores de saúde e de educação davam corpo a um enorme desejo
de progresso e de desenvolvimento, a população envelheceu, a família mudou.
Hoje, na recta final do ano, as três protagonistas desta história de quatro
décadas partilham um ponto de interrogação sobre os capítulos seguintes das
suas vidas».Continue
a ler.
Sobre o filme «O Grande Mestre»:«No mundo das artes marciais existem muitos Mestres, mas o título de Grande Mestre pertence apenas a uma lenda. O professor de Bruce Lee, de nome Ip Man, era um homem de acção que sabia que o último homem a ficar de pé seria o escolhido. Ele acreditava ser esse homem até conhecer uma verdadeira rival; um génio das artes marciais vindo da Manchúria chamada Gong Er que era considerada uma lenda... e uma linda mulher».É agradável ver uma lenda, e na circunstância mulher, mesmo que não se saiba nada sobre artes marciais. Mas o filme está para lá disso.
Ainda sobre o filme: «(...)“É um projecto gigante”. É o próprio Wong Kar Wai que o assume. Tal como assume o facto de não saber quase nada sobre artes marciais antes de avançar para este filme. Quando era criança as escolas de artes marciais estavam à sua volta, nas ruas onde cresceu e por onde passava todos os dias. Mas nunca entrou em nenhuma delas. “Nesse tempo a maioria das escolas de artes marciais estava associada às tríades e eram muito misteriosas. Assim, de certa forma, através deste filme, consegui finalmente atravessar essa porta.”, disse o cineasta de Hong Kong à Indiewire.(...)». Leia mais.
Entre muitos dos e-mails e newsletters que se recebem, num deles o anúncio do livro da imagem sobre as «Primeiras Damas» americanas. E, inevitavelmente, ocorre qualquer coisa do estilo: «por detrás de um Presidente ...». Sobre o livro, pode saber mais aqui. E no site da White House temos o espaço The First Ladies.
Estas são sempre ocasiões que nos remetem para a história de mulheres que se distinguiram ao longo dos tempos, e em especial na cultura e nas artes. Neste ambiente, por exemplo, o site sobre Women's History organizado à volta de várias temáticas. Uma delas: Women's Suffrage Time Line, onde podemos ler:
Women winning the vote was not a quick or easy process. In the U.S. from the 1848 Seneca Falls Convention resolving to gain the vote for women, to the 20th Amendment, was a slow process of state-by-state wins, and then finally action on the federal level.E mostram uma cronologia de momentos através de Países, como pode ver aqui. Uma ilustração:
Não sabemos do rigor do apresentado, mas percebe-se da finalidade e da potencial procura deste tipo de informação. No Em Cada Rosto Igualdade, por exemplo, para as nossas «Mulheres na Cultura» e «Mulheres Em Destaque» sem se querer fazer «História», porque isso tem as suas regras de investigação, parece «navegar- se nas mesmas águas». De facto, quer contribuir-se para «uma memória» para que antecipamos utilidade, nomeadamente no trabalho de qualquer pessoa envolvida na execução dos Planos Nacionais em torno da Igualdade. Afinal, a razão de ser do blogue.
E voltando ao principio,o que todos sabemos: nos USA ainda nenhuma Presidenta. Só Presidentes e as suas First Ladies. Revelador, pelo lado da IGUALDADE DE GÉNERO.
E veja o postNo soy mandona, soy una jefa no blog Mujeres que começa assim: «Cuando ellos son jefes, ellas son mandonas; un hombre es persuasivo y
una mujer agresiva. La marca de champú Pantene ha elaborado para
Filipinas un anuncio que ataca los estereotipos de las mujeres en
especial en el ámbito laboral y critica el doble rasero por el que se
mide la actitud de una persona o las aptitudes del que ocupa un cargo
importante dependiendo de su sexo».
«Para quem ainda pensa que os feminismos são uma luta que não faz sentido,
a Agenda Feminista 2014 dá voz a um conjunto de mulheres que nos ajudam
a compreender os desígnios de uma igualdade de género ainda não ganha». Saiba mais no site da UMAR.
E saiba muito mais, também lá no site do Observatório do Tráfico de Seres Humanos (OTSH): aqui. Por exemplo, em Publicações, pode ter conhecimento desta coleção:
Veja aqui, na SIC notícias, no Programa Europa XXI, trabalho realizado aquando do Fórum WIP, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, en fins de novembro último, a que já nos tinhamos referido neste post.
A escritora Maria Velho da Costa já tem sido mencionada no Em Cada Rosto Igualdade, nomeadamente a propósito do livro Novas Cartas Portuguesas(ver coluna à direita). Agora foi distinguida com o Prémio Vida Literária APE, um bom pretexto para vir para a nossa galeria «Mulheres na Cultura». Comecemos pelo retrato que dela se faz no JL de 11 do corrente mês de dezembro:
Como se pode ver, trabalhou na Administração Pública, nomeadamente na Cultura, aquando do Governo de Maria de Lurdes Pintasilgo. Foi nessa altura que a conhecemos pessoalmente, claro que os seus livros já vinham de trás, e lembro algum nervosismo ao estar-se perante «a escritora», e admirar como se integrava como qualquer outra pessoa naquelas reuniões tão diversas. Mas aquele olhar era especialmente atento. Boas recordações. E voltemos ao prémio e, por exemplo, à intervenção do Presidente da República:
Prémio entregue na Culturgest
«Entendeu a Associação Portuguesa de Escritores atribuir, este ano, o Prémio
Vida Literária à romancista Maria Velho da Costa.
É uma decisão com a qual não posso senão congratular-me, interpretando o
sentimento dos seus leitores e admiradores.
O percurso de Maria Velho da Costa, ao longo de quase meio século de
publicações e de intervenção no nosso meio cultural, é de facto
extraordinário.
Talvez não corresponda ao que vulgarmente se chama uma carreira.
Mas os verdadeiros escritores, como ainda há bem pouco tempo dizia o
moçambicano Mia Couto, não têm propriamente uma carreira, pois continuam a vida
inteira a experimentar «os mesmos receios e as mesmas preocupações», de cada vez
que iniciam um novo livro.
Os escritores como Maria Velho da Costa não têm uma carreira, têm uma
obra.
A sua história confunde-se com as histórias que nos deram através da
palavra.
É nos livros que escreveram e nas personagens que criaram que está a sua
identidade.
É por isso que nós falamos, a propósito de grandes escritores como Maria
Velho da Costa, de uma vida literária.
O reconhecimento da obra de Maria Velho da Costa foi praticamente unânime,
desde a publicação do seu primeiro romance, Maina Mendes». Continue a ler.
E continuemos com a imagem das três Marias, um «ícone»:
E com este video - MULHERES E REVOLUÇÃO - das Palavras Ditas de Mário Viegas, onde se diz obra de Maria Velho da Costa :
Elas são quatro milhões, o dia nasce, elas
acendem o lume. Elas cortam o pão e aquecem o café. Elas picam cebolas e
descascam batatas. Elas migam sêmeas e restos de comida azeda. Elas chamam ainda
escuro os homens e os animais e as crianças. Elas enchem lancheiras e tarros e
pastas de escola com latas e buchas e fruta embrulhada num pano limpo. Elas
lavam os lençóis e as camisas que hão-de suar-se outra vez. Elas esfregam o chão
de joelhos com escova de piaçaba e sabão amarelo e correm com os insectos a que
não venham adoecer os seus enquanto dormem. Elas brigam nos mercados e praças
por mais barato. Elas contam centavos. Elas costuram e enfiam malhas em agulhas
de pau com as lãs que hão-de manter no corpo o calor da comida que elas fazem.
Elas vêm com um cântaro de água à cinta e um molho de gravetos na cabeça. Continue a ler.
Por fim, do que disse a escritora na cerimónia da entrega do prémio: «Num discurso curto, que antecedeu o do Presidente da República, Maria Velho
da Costa salientou que a literatura não é só a escrita, mas, igualmente,
"o poder da palavra e o seu gosto, descrita ou dita por aqueles que a
falaram, escreveram e inscreveram em nós um modo de ser para a
escrita".
"A literatura é por certo uma arte, um ofício, com o seu tempo de
aprendizagem, treino, de escuta incansável, mas também a palavra no tempo, na
história, no apelo do entusiasmo do que pode ser lido ou ouvido, a busca da
beleza ou da exactidão ou da graça do sentir", disse, antes de aludir
ao carácter repressivo dos regimes totalitários.
"Os regimes totalitários sabem que a palavra e o seu cume de fulgor,
a literatura e a poesia, são um perigo. Por isso queimam, ignoram e
analfabetizam, o que vem dar à mesma atrofia do espírito, mais pobreza na
pobreza", acrescentou». Leia mais.
No passado dia 12, «Os Secretários de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, presidiram à cerimónia de entrega dos prémios «A arte contra a violência doméstica», no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, uma iniciativa no âmbito das II Jornadas Nacionais Contra a Violência Doméstica.
A curta-metragem «Zoo», de Margarida Leitão (na categoria de cinema), e a peça «Faz Escuro nos Olhos», do coletivo GRIOT (na categoria de teatro), foram os vencedores da primeira edição destes prémios cujo objetivo é distinguir trabalhos artísticos nas áreas do cinema, teatro e literatura divulgados entre 2011 e 2013 que abordem a violência doméstica como tema principal.
Jorge Barreto Xavier sublinhou a importância das artes na transmissão e formação de valores: «A atividade artística não é feita especificamente para a denúncia da violência doméstica, mas certamente é feita para a construção do humano. É um elemento crítico e essencial para a interpretação e afirmação do humano, não é só um adjetivo do quotidiano ou um ornamento das sociedades ditas civilizadas; é um exercício absolutamente essencial de construção das sociedades». (sublinhado nosso). Continue a ler no portal do Governo.
Sobre «Faz Escuro nos Olhos», veja aqui, donde retirámos: “Faz escuro nos nossos olhos; já não ouvíamos outros passos para além dos nossos. As mãos dele tapam o clarão da lâmpada. Faz escuro nos nossos olhos.” E um cartaz de 2012:
E sobre «ZOO» de Margarida Leitão: «Zoo é a história de uma família do ponto de vista da pequena filha Ana. Ela assiste silenciosamente, por vezes presa, à relação dos pais Maria e Pedro, às suas brigas, aos seus beijos, às discussões, aos estalos, aos gritos, às mentiras e ao amor. Zoo é a história de Animais enjaulados sob o nosso olhar. Uma rotina que se repete vezes sem conta num passeio de família. Por vezes, a relação adulta aos olhos de uma criança pode-se assemelhar a uma selva ou um zoo».
E terminemos destacando as palavras da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade ao congratular-se com as duas obras premiadas: «O filme Zoo e a peça Faz Escuro nos Olhos são dois excelentes exemplos de como através do cinema e do teatro, com toda a liberdade criativa e toda a subjetividade da expressão artística de cada pessoa, se consegue transmitir com talento o que afinal tanta gente pensa, tanta gente vê, sem saber como dizer».
«Estamos, pois, em meu entender, perante dois casos conseguidos de como não se fala de violência apenas com discursos, de como não se intervém contra a violência apenas com a lei, de como não se combate a violência apenas com a intervenção de forças de segurança, de magistrados e de técnicos dos mais diversos sectores da nossa vida coletiva. Também com arte se combate a violência».
Neste dia, do último adeus a Nelson Mandela, celebremos a vida como é próprio dos africanos. Recordemos a alegria e continuemos com a esperança daquele fevereiro de 1990 em que Mandela foi libertado da prisão de Robben Island: para além da liberdade, e do fim da discriminação com base na cor da pele, uma sociedade mais igualitária. Permita-se que faça uma referência pessoal, por mero acaso, nesse dia da libertação, estava lá, na África do Sul, e foi o meu segundo 25 de Abril. Havia risos, lágrimas e receios. Sentia-se o momento histórico, e nós ali quase a não acreditar. Mas a prova de que as coisas só são impossíveis até acontecerem. Neste atmosfera de despedida,no Em Cada Rosto Igualdadedestaquemos as Mulheres Africanas, e em particular da África do Sul. Desde logo, recorrendo a uma simples TShirt:
imagem de Tshirt
feita por Paulo Carretas
Depois, a livros, através de uma pequena seleção, que facilmente pode ser ampliada recorrendo à web.
Para mais informação, é só fazer um clique nos títulos seguintes:
e continuar neste endereço para os restantes e muito mais.
E terminemos com o início do Prefàcio de Nadime Gordimer - escritora africana, Prémio Nobel em 1991 - ao livro NELSON MANDELA Uma lição de vida, de Jack Lang (destaques nossos): «Um personagem de um dos meus romances diz para consigo que viver num país em que ainda existem heróis tem qualquer coisa de muito importante. Existir no mesmo tempo e no mesmo mesmo lugar que Nelson Rolihlaha Mandela é disso exemplo perfeito. Mesmo na época do «apartheid». Compartilhei esse privilégio com todos os meus companheiros de luta contra esse regime devastador e o pavoroso sofrimento que ele infligia à maioria do povo sul-africano. Se há uma forma de génio específico da qualidade humana, Mandela é possuidor desse génio».E com este fabuloso tributo:
«Woolies and Soweto Gospel Choir: Madiba Tribute»
«It was just a normal Saturday morning in a Woolworths store in Parkview. South Africans were still recovering from the sad news of Nelson Mandela’s passing on 5 December. Then a little magic happened in the aisles of the popular food and clothing store that touched everyone's heart. A flash mob by the Soweto Gospel Choir paid tribute to South Africa’s hero. The results were touching and truly inspiring». Tirado daqui.
Maria Manuel Mota distinguida com o Prémio Pessoa. «A investigadora do Instituto de Medicina Molecular (Lisboa) é a
vencedora do Prémio Pessoa 2013. A decisão foi hoje anunciada ao final da manhã
no Palácio de Seteais, em Sintra, pelo presidente do júri, Francisco Pinto
Balsemão. Maria Manuel Mota, 42 anos, é uma das maiores autoridades
mundiais no estudo da malária. Torna-se no mais jovem vencedor do Prémio Pessoa,
uma iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos.
Na fundamentação da decisão, o júri lembrou que a malária é hoje
"uma das causas principais de mortalidade a nível mundial", salientando que o
trabalho liderado por Maria Manuel Mota "tem desenvolvido investigação
fundamental com vista a esclarecer os mecanismos pelos quais o parasita se
desenvolve no hospedeiro humano."
Francisco Pinto Balsemão sublinhou que "a compreensão dos
processos" estudados pela vencedora do Prémio Pessoa 2013 " é indispensável para
o desenvolvimento de estratégias de tratamento e prevenção" da malária ,
"nomeadamente através da vacinação." Neste ponto o presidente do júri destacou
que o trabalho do grupo "recebeu recentemente um financiamento significativo da
Fundação Bill & Melinda Gates». Leia mais.
Anualmente,
o PNUD elabora uma classificação dos países de acordo com o seu nível de desigualdade de género. O Índice de Desigualdade de Género assenta nas
desigualdades de género em três aspetos da vida: a saúde reprodutiva, a
capacitação e o mercado de trabalho(1). O presente relatório centra-se no primeiro aspeto e
nos direitos correspondentes, não apenas como uma questão no âmbito dos Direitos
Humanos, mas também como meio para alcançar a igualdade de género.
Integrando o
grupo dos países mais desenvolvidos do mundo, os EstadosMembros (EM) ocupam as
posições cimeiras na classificação global dos países em função do estado de
saúde reprodutiva das suas populações(2). No entanto, os dados
disponibilizados pelos EstadosMembros revelam uma disparidade gritante no plano
da saúde sexual e reprodutiva das mulheres em toda a Europa.
Em múltiplas
ocasiões, o Parlamento Europeu (PE) manifestou o seu apoio ao investimento em
saúde e direitos sexuais e reprodutivos (SDSR). A forte posição da UE nesta
matéria só será possível com o impulso enérgico desta instituição.
O presente
relatório surge num momento deveras importante. O atual contexto político e
económico ameaça a observância da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos.
Devido à atual crise financeira, à recessão económica e aos concomitantes cortes
nos orçamentos dos Estados, verifica-se uma tendência entre os EstadosMembros
para acelerar a privatização e diminuir o acesso e o nível qualitativo dos
serviços de saúde(3). Além disso, emergiram em toda a Europa posições
marcadamente conservadoras em relação à saúde e aos direitos sexuais e
reprodutivos. Como claramente se demonstra em países como a Espanha e a Hungria
e em fóruns regionais como a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o
Comité Europeu dos Direitos Sociais e até mesmo o PE, a oposição ao direito à
escolha está a tornar-se cada vez mais forte e ativa. Perante esses ataques, é
mais importante do que nunca que o PE defenda os direitos sexuais e reprodutivos
como Direitos Humanos e apresente uma síntese útil da atual situação da saúde e
dos direitos sexuais e reprodutivos na Europa.Continue a ler.
«Como é que um
rapaz se torna «respeitado» pelas/os colegas? E o que acontece se não o
conseguir? Qual é a diferença entre «pitas» e raparigas «normais»? Que papel
desempenha a coscuvilhice na vida das/os adolescentes? E o que mais acontece no
recreio das escolas portuguesas?
Estas são algumas das questões que M. M.
Pereira explora nesta obra inovadora na Sociologia e Estudos de Género em
Portugal. Tomando como ponto de partida uma etnografia do quotidiano de uma
turma de 8.º ano de uma escola lisboeta, problematiza-se a performatividade do
género, isto é, o modo como masculinidades e feminilidades são negociadas na
interacção. Examinando como é que as/os jovens constroem e contestam fronteiras
de género, demonstra-se que, mais do que um traço determinado pela socialização,
o género é uma construção diária laboriosa, que produz tanto prazer e união como
desconforto e exclusão, e na qual rapazes e raparigas investem de forma activa
mas ambivalente.
Aliando uma sofisticada discussão teórica a uma análise rica
e acessível do dia-a-dia das/os jovens, esta é uma obra de grande utilidade não
só para investigadoras/es e estudantes interessadas/os em género, sexualidade,
culturas juvenis, educação, e metodologias feministas e etnográficas, mas também
para jovens, pais e professoras/es». +
A Judite, nossa colega (DGARTES) na reforma, chamou-nos a atenção para a iniciativa da imagem, e à partida que belo tema: A EDUCAÇÃO DAS MULHERES. Mas fomos saber mais, e de acordo com a informação disponível na web: No dia 23 de maio de 2013, no Teatro Thalia, teve início um programa cultural, promovido e organizado pela Unidade de Valorização
do Teatro Thalia (UVTT), que funciona na dependência funcional da Direção de
Serviços de Documentação e de Arquivo desta Secretaria-Geral, denominado
TARDES NO THALIA.
Trata-se de sessões ao fim da tarde onde serão abordados diversos temas relacionados com o Teatro Thalia, com o
Palácio das Laranjeiras e com o espólio documental da Secretaria-Geral do
Ministério da Educação e Ciência, e em que haverá alguns apontamentos culturais
tais como momentos musicais, projeção de vídeos, exposições, entre outros. E que belo programa! A memória, uma vez mais.
E sobre a próxima iniciativa: «Trata-se de uma sessão com um novo horário - ao fim da tarde (18:00 – 19:30),
e onde iremos discorrer sobre a educação das mulheres pela voz da Professora
Maria João Mogarro, com uma apresentação com o título: Mulheres e Educação:
Discursos Femininos no Portugal do Século XX.A tarde terminará com a apresentação do Concerto de Natal do Coro
Educ(ant)are». Saiba mais.
A celebração da data foi escolhida para honrar o dia em que a Assembleia
Geral das Nações Unidas proclamou, a 10 de Dezembro de 1948, a Declaração
Universal dos Direitos do Homem. Para 2013 o tema: 20 Years Working for Your
Rights. E da mensagem do Secretário Geral da ONU:
Mensagem do Secretário-Geral por ocasião do Dia dos
Direitos Humanos,
10 de dezembro 2013
O Dia dos Direitos Humanos assinala o aniversário da adoção da histórica
Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral. A comemoração
deste ano marca ainda os 20 anos desde o corajoso passo em frente na luta de
tornar os direitos humanos uma realidade para todos: a adoção da Declaração de
Viena e o Programa de Ação pela Conferência Mundial sobre Direitos Humanos. Ao
apoiar-se na participação de mais de 800 organizações não-governamentais,
instituições nacionais, órgãos de tratados e académicos, os Estados-membros
adotaram e criaram o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos
ACDH – cumprindo assim um dos mais antigos sonhos da comunidade
internacional. Continue a ler.
Hoje, em Portugal, há a cerimónia de atribuição do Prémio Direitos Humanos e das medalhas de ouro,
presidida pela Presidente da Assembleia da República. Pelas 12 horas,no Salão Nobre do Palácio de S.
Bento. Saiba mais.
E pode ler, por exemplo, aqui a Declaração dos Direitos Humanos. Ou aqui.