«Como é que um rapaz se torna «respeitado» pelas/os colegas? E o que acontece se não o conseguir? Qual é a diferença entre «pitas» e raparigas «normais»? Que papel desempenha a coscuvilhice na vida das/os adolescentes? E o que mais acontece no recreio das escolas portuguesas?
Estas são algumas das questões que M. M.
Pereira explora nesta obra inovadora na Sociologia e Estudos de Género em
Portugal. Tomando como ponto de partida uma etnografia do quotidiano de uma
turma de 8.º ano de uma escola lisboeta, problematiza-se a performatividade do
género, isto é, o modo como masculinidades e feminilidades são negociadas na
interacção. Examinando como é que as/os jovens constroem e contestam fronteiras
de género, demonstra-se que, mais do que um traço determinado pela socialização,
o género é uma construção diária laboriosa, que produz tanto prazer e união como
desconforto e exclusão, e na qual rapazes e raparigas investem de forma activa
mas ambivalente.
Aliando uma sofisticada discussão teórica a uma análise rica
e acessível do dia-a-dia das/os jovens, esta é uma obra de grande utilidade não
só para investigadoras/es e estudantes interessadas/os em género, sexualidade,
culturas juvenis, educação, e metodologias feministas e etnográficas, mas também
para jovens, pais e professoras/es». +
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