segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A ARTE CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA | «Faz Escuro nos Olhos» | «Zoo»


imagem da cerimónia no TNDMII tirada daqui.

No passado dia 12, «Os Secretários de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, presidiram à cerimónia de entrega dos prémios «A arte contra a violência doméstica», no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, uma iniciativa no âmbito das II Jornadas Nacionais Contra a Violência Doméstica.
A curta-metragem «Zoo», de Margarida Leitão (na categoria de cinema), e a peça «Faz Escuro nos Olhos», do coletivo GRIOT (na categoria de teatro), foram os vencedores da primeira edição destes prémios cujo objetivo é distinguir trabalhos artísticos nas áreas do cinema, teatro e literatura divulgados entre 2011 e 2013 que abordem a violência doméstica como tema principal.
Jorge Barreto Xavier sublinhou a importância das artes na transmissão e formação de valores: «A atividade artística não é feita especificamente para a denúncia da violência doméstica, mas certamente é feita para a construção do humano. É um elemento crítico e essencial para a interpretação e afirmação do humano, não é só um adjetivo do quotidiano ou um ornamento das sociedades ditas civilizadas; é um exercício absolutamente essencial de construção das sociedades». (sublinhado nosso). Continue a ler no portal do Governo.

Sobre «Faz Escuro nos Olhos», veja aqui,  donde retirámos:  “Faz escuro nos nossos olhos; já não ouvíamos outros passos para além dos nossos. As mãos dele tapam o clarão da lâmpada. Faz escuro nos nossos olhos.” E um cartaz de 2012:



E sobre «ZOO» de Margarida Leitão: «Zoo é a história de uma família do ponto de vista da pequena filha Ana. Ela assiste silenciosamente, por vezes presa, à relação dos pais Maria e Pedro, às suas brigas, aos seus beijos, às discussões, aos estalos, aos gritos, às mentiras e ao amor. Zoo é a história de Animais enjaulados sob o nosso olhar. Uma rotina que se repete vezes sem conta num passeio de família. Por vezes, a relação adulta aos olhos de uma criança pode-se assemelhar a uma selva ou um zoo».




E terminemos destacando as palavras da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade ao congratular-se com as duas obras premiadas: «O filme Zoo e a peça Faz Escuro nos Olhos são dois excelentes exemplos de como através do cinema e do teatro, com toda a liberdade criativa e toda a subjetividade da expressão artística de cada pessoa, se consegue transmitir com talento o que afinal tanta gente pensa, tanta gente vê, sem saber como dizer».
«Estamos, pois, em meu entender, perante dois casos conseguidos de como não se fala de violência apenas com discursos, de como não se intervém contra a violência apenas com a lei, de como não se combate a violência apenas com a intervenção de forças de segurança, de magistrados e de técnicos dos mais diversos sectores da nossa vida coletiva. Também com arte se combate a violência».


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