sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

HOJE NA SUBCOMISSÃO DA IGUALDADE | «Saúde e direitos sexuais e reprodutivos»





Hoje, 13 de dezembro, conforme divulgado no site da Assembleia da República,  a Subcomissão de Igualdade da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias  recebe, em audição, a Deputada ao Parlamento Europeu  Edite Estrela, Vice-Presidente da Comissão de Direitos da Mulher e Igualdade dos Géneros do Parlamento Europeu, para apresentar o Relatório "Saúde e direitos sexuais e reprodutivos".  Como pode verificar, da exposição dos motivos:

Anualmente, o PNUD elabora uma classificação dos países de acordo com o seu nível de desigualdade de género. O Índice de Desigualdade de Género assenta nas desigualdades de género em três aspetos da vida: a saúde reprodutiva, a capacitação e o mercado de trabalho(1). O presente relatório centra-se no primeiro aspeto e nos direitos correspondentes, não apenas como uma questão no âmbito dos Direitos Humanos, mas também como meio para alcançar a igualdade de género.

Integrando o grupo dos países mais desenvolvidos do mundo, os Estados­Membros (EM) ocupam as posições cimeiras na classificação global dos países em função do estado de saúde reprodutiva das suas populações(2). No entanto, os dados disponibilizados pelos Estados­Membros revelam uma disparidade gritante no plano da saúde sexual e reprodutiva das mulheres em toda a Europa.

Em múltiplas ocasiões, o Parlamento Europeu (PE) manifestou o seu apoio ao investimento em saúde e direitos sexuais e reprodutivos (SDSR). A forte posição da UE nesta matéria só será possível com o impulso enérgico desta instituição.

O presente relatório surge num momento deveras importante. O atual contexto político e económico ameaça a observância da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos. Devido à atual crise financeira, à recessão económica e aos concomitantes cortes nos orçamentos dos Estados, verifica-se uma tendência entre os Estados­Membros para acelerar a privatização e diminuir o acesso e o nível qualitativo dos serviços de saúde(3). Além disso, emergiram em toda a Europa posições marcadamente conservadoras em relação à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos. Como claramente se demonstra em países como a Espanha e a Hungria e em fóruns regionais como a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o Comité Europeu dos Direitos Sociais e até mesmo o PE, a oposição ao direito à escolha está a tornar-se cada vez mais forte e ativa. Perante esses ataques, é mais importante do que nunca que o PE defenda os direitos sexuais e reprodutivos como Direitos Humanos e apresente uma síntese útil da atual situação da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos na Europa. Continue a ler.

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