«Vencedor Prémio Literário Casino da Póvoa 2016 Uma impetuosa história de amor e desamor, de enganos e violência, de lealdades e traições, de enigmas por resolver e de vinganças inesperadas. No verão de 1978, com Espanha a sair ainda do franquismo e sem ter entrado definitivamente na democracia, quando as fronteiras sociais e morais parecem mais porosas do que nunca, um adolescente chamado Ignacio Cañas conhece por acaso Zarco e Tere, dois delinquentes da sua idade, e esse encontro mudará para sempre a sua vida. Trinta anos mais tarde, um escritor recebe o encargo de escrever um livro sobre Zarco, transformado nessa altura num mito da delinquência juvenil da Transição. O que acaba por encontrar não é a verdade concreta de Zarco, mas uma verdade imprevista e universal, que nos diz respeito a todos. Assim, através de um relato que não dá um instante de trégua, escondendo a sua extraordinária complexidade sob uma superfície transparente, o romance transforma-se numa pesquisa apaixonada sobre os limites da nossa liberdade, sobre as motivações impenetráveis dos nossos actos e sobre a natureza inapreensível da verdade. Confirma também Javier Cercas como uma das figuras indispensáveis da narrativa europeia contemporânea». +.
Na altura da atribuição do Prémio Casino da Póvoa pôde ler-se:
Javier Cercas vence
Correntes d’Escritas
O prémio Casino da Póvoa, no valor
de 20 mil euros, foi atribuído ontem,
na 17.ª edição do festival Correntes
d’Escritas, ao romancista espanhol
Javier Cercas pelo seu romance As
Leis da Fronteira, publicado em Portugal
pela Assírio & Alvim.
O júri, composto por Carlos Vaz
Marques, Helena Vasconcelos, Isabel
Pires de Lima, João Rios e José
Manuel Fajardo, justifi cou a escolha,
decidida por maioria, com “a atenção” que o autor presta “às grandes
questões da sociedade contemporânea”, como a “inclusão e exclusão
social”, a “demarcação de espaços
de fronteira” ou “a experiência das
margens e da conflitualidade”. A acta
do júri sublinha ainda a “construção
narrativa atenta à polifonia de vozes
e aos seus modos distintos de convocação
da memória”, neste romance,
originalmente publicado em 2012,
que aborda a Espanha dos primeiros
anos de democracia. (...)». Continue a ler no jornal Público.
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