E da ONU Brasil:
PNUD lança Relatório de Desenvolvimento Humano 2015
com foco nos desafios do novo mundo do trabalho
A publicação,
intitulada ‘O Trabalho como Motor do Desenvolvimento Humano’, defende o
trabalho justo e decente para todos. Nos últimos 25 anos, graças à melhoria nas
áreas de saúde e educação, além da redução da pobreza extrema, 2 bilhões de
pessoas deixaram os baixos níveis de desenvolvimento humano.
Especificamente sobre as mulheres:
«O
relatório apresenta nova estimativa detalhada sobre a divisão do trabalho, não
apenas o trabalho remunerado, entre homens e mulheres. Embora as mulheres
realizem 52 % de todo o trabalho no mundo, ainda existem desigualdades
evidentes na distribuição do trabalho.
As mulheres têm
menos probabilidade de ser pagas por seu trabalho do que os homens, sendo que
três em cada quatro horas de trabalho não remunerado são realizadas por
mulheres. Em contrapartida, os homens respondem por duas de cada três horas de
trabalho remunerado. Considerando que são as mulheres que assumem a prestação
de assistência a membros da família mais vulneráveis, o relatório adverte que,
com o envelhecimento das populações, essa disparidade pode aumentar.
Nos casos em que
as mulheres são remuneradas, elas auferem, em média, em nível mundial, 24%
menos do que os homens e ocupam menos de um quarto das posições de chefia nas
empresas em todo o mundo.
“Para reduzir essa
desigualdade, as sociedades necessitam de novas políticas, incluindo a melhoria
do acesso aos serviços de prestação de cuidados remunerados. Garantir a
igualdade de remuneração, assegurar licenças maternidade e paternidade
remuneradas, e combater o assédio e as normas sociais que excluem tantas mulheres
do trabalho remunerado são algumas das mudanças necessárias. Isso permitiria
que a sobrecarga do trabalho não remunerado de prestação de assistência fosse
partilhada de forma mais ampla, dando às mulheres a possibilidade efetiva de
optar, ou não, por integrar o mercado de trabalho”, afirmou Helen Clark».
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