sexta-feira, 30 de maio de 2014
«Bring Back Our Girls Says Michelle Obama»
E não esqueçamos as meninas da Nigéria sequestradas, recorrendo a acontecimento de semanas atrás:
«Para primeira-dama americana, sequestro faz parte de uma série de ameças e intimidações contra meninas que buscam ter acesso à educação
Em um ato sem precedentes, a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, substituiu seu marido, Barack Obama, no pronunciamento semanal do presidente americano para criticar o sequestro de cerca de 200 meninas na Nigéria».
quinta-feira, 29 de maio de 2014
MAYA ANGELOU
Maya Angelou morreu ontem, com 86 anos. Da sua biografia na Wikipedia: «(...)
Aos 17, Maya se tornou a primeira motorista negra de ônibus em São Francisco e tornou-se mãe solteira ao dar a luz ao seu primeiro filho, em uma época em que isso não era comum; em anos posteriores, ela se tornou a primeira mulher negra a ser roteirista e diretora em Hollywood. Na década de 50 - quando surgiu com o pseudônimo "Maya Angelou" - ela se afirmou como atriz, cantora e dançarina em várias montagens teatrais que percorreram o país, tais como: Porgy and Bess, Calypso Heatwave, The Blacks e Cabaret for Freedom; Nos anos 60 ela era amiga de Martin Luther King Jr. e Malcolm X; ela serviu no SCLC com Dr. King, e trabalhou durante anos para o movimento de direitos civis. Também nos anos 60, ela trabalhou e viajou pela África, como jornalista e professora, ajudando vários movimentos de independência africanos. Em 1970, ela publicou o primeiro livro, I Know Why the Caged Bird Sings, para grande aclamação, e foi nomeada para o Pulitzer Prize em poesia no ano seguinte. (...).Em 1993, Angelou leu um de seus poemas chamado "On the Pulse of Morning", na posse de Bill Clinton como presidente; este foi um dos pontos altos de sua carreira: recebeu o Grammy de melhor texto recitado pela leitura do mesmo, e novamente a trouxe para a vista do público. Ao final de sua carreira foi professora de história americana na Wake Forest University, Carolina do Norte, fazia excursões e dava palestras em vários lugares.
Em 2010, recebeu das mãos do presidente dos EUA, Barack Obama, a mais alta condecoração civil americana, a "Presidential Medal of Freedom" como pode ler aqui.
Agora queremos recordar a entrevista que deu à HBR disponível no Think Tank feminista OLGA em Mulheres Inspiradoras: Maya Angelou. E uma boa maneira de divulgamos também o OLGA:
(Clique na imagem e saiba mais)
quarta-feira, 28 de maio de 2014
PROJETO VERA | Seminário Sobre a Violência Doméstica | 29 MAIO 2014 | ALJUSTREL
«Será um momento de conhecimento do trabalho que tem
sido realizado, de partilha de experiÊncias de intervenção com vítimas de
violência doméstica, de percepção da relevância e necessidade de
uma rede articulada e de suporte às vítimas de violência
Doméstica.
Será também o momento de apresentação do nosso Guia de
Apoio VERA BOOK, instrumento de apoio a técnicas/os que directa ou
indirectamente têm contacto com situações de violência
doméstica».
CONFERÊNCIA | Jovens em acolhimento institucional | GULBENKIAN | 29 maio | 14:30h
«Neste encontro vão
ser apresentados os 4 projetos de apoio a crianças e jovens em acolhimento
institucional que a Fundação Gulbenkian tem vindo a financiar desde 2012. A
procuradora-geral da República será a oradora
principal». SAIBA MAIS.
terça-feira, 27 de maio de 2014
TRABALHO FORÇADO | «Profits and poverty: the economics of forced labour»
Conforme se pode ler no site da CIG: «A OIT – Organização Internacional do Trabalho, publicou recentemente um novo
relatório sobre a economia do trabalho forçado – «Profits and poverty: the
economics of forced labour».
Nele são investigados os fatores que impulsionam o trabalho forçado, sendo o
do lucro ilegal como um dos principais identificados. Com base em dados
primários apresentam-se aqui, pela primeira vez, evidências de uma correlação
entre trabalho forçado e pobreza».
O conteudo do relatório:
«Homo Sacer e os Ciganos»
«Este livro destaca o real significado do anticiganismo, como variante
específica do racismo no seio do capitalismo. A tese central que a autora expõe
neste ensaio consiste na ideia de que o cigano se situa desde sempre no exterior
da lei e, por isso, representa a sua matriz inadmitida, não sendo a exclusão e a
idealização romântica senão as duas faces da mesma moeda racista. «O desprezo
pelo cigano é testemunha de uma forma, nada despicienda, do medo da despromoção
na escala social, como estado de espírito fundamental e ubíquo no capitalismo»,
assevera a autora.». Leia mais aqui.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
O PAPEL DAS MULHERES NA ECONOMIA ECOLÓGICA | Resolução do Parlamento Europeu
Num momento em que a Europa está na agenda é boa ocasião para lembrarmos no Em Cada Rosto Igualdade uma Resolução do Parlamento Europeu sobre o papel das mulheres no desenvolvimento, em particular na designada «economia ecológica». Comecemos com a montagem da imagem seguinte, mas é de ler todo o diploma:
Disponível na integra aqui. |
sexta-feira, 23 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
OLHARES DO MEDITERRÂNEO | Cinema no feminino | 6 a 8 JUNHO 2014 | Cinema S. Jorge | Lisboa
«A mostra Olhares do Mediterrâneo – Cinema no feminino tem a sua primeira edição este ano, entre 6 e 8 de Junho, no Cinema São Jorge, em Lisboa. Concretizamos o desejo de trazer até ao público lisboeta filmes realizados por mulheres de países do Mediterrâneo. Porque o Mediterrâneo é o amplo contexto cultural em que Portugal se insere, porque é um gozo fazer acontecer um evento inovador no panorama cultural da cidade. Com o cinema, veio a vontade de tornar estes três dias de festa da sétima arte numa celebração da diversidade da cultura mediterrânica. As actividades paralelas, de entrada livre à excepção do concerto, espelham as múltiplas manifestações das culturas mediterrânicas, da margem Norte ou Sul da bacia: música, arte performativa, fotografia, debate e gastronomia, celebrando a recente elevação da Dieta Mediterrânica a Património material da Humanidade. Agradecemos aos parceiros que a nós se juntaram neste percurso e ao público que durante este fim-de-semana viver connosco a nossa “mediterranidade”. Este ano, desejamos que seja um sucesso, para o ano, esperamos que haja mais. A equipa OM 2014».
INICIATIVA | «Pela Igualdade de Género nas Eleições Europeias»
Clique nas imagens e saiba mais.
«Mulheres ativistas lançam iniciativa que visa apelar ao voto e combater a abstenção nas próximas Eleições Europeias de 2014 (25 de Maio). Sabemos que ao votar nas eleições europeias em Maio estamos a decidir quem são os/as nossos/as representantes no Parlamento Europeu nos próximos cinco anos. Estes/estas definem as políticas europeias, o presente e o futuro das mulheres e raparigas, dos homens e rapazes na Europa!
Sem dirigir o seu apelo ao voto para qualquer das forças partidárias, esta é uma iniciativa promovida pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres e pelo Lobby Europeu de Mulheres, com o objetivo de mobilizar mulheres e homens para a participação e mobilização cívica consciente pela Igualdade de Género nas Eleições Europeias.
Esta iniciativa conta com o apoio do Gabinete de Informação do Parlamento
Europeu em Portugal (material informativo disponibilizado».
quarta-feira, 21 de maio de 2014
FESTIVAL DE CINEMA DE CANNES 2014 |«Representação feminina inédita»
Na REVISTA do semanário EXPRESSO de 17 de maio de 2014
O facto de ser notícia, como o ilustra o trabalho da imagem, fala por si. Lá pode ler-se: «Este ano há uma questão de género a " apimentar" os contornos do festival. Depois do diretor artístico, Thierry Frémaux ter sido acusado de machismo - em 2012 não havia nenhuma mulher na corrida à Palma de Ouro -, esta edição de Cannes aparece com uma representação feminina inédita: Jane Campion, 60 anos, realizadora de "O Piano", a a única mulher a ter conquistado a Palma (em 1993) preside ao júri, que conta com mais quatro mulheres - as atrizes Carole Bouquet (francesa) Leila Hatami (iraniana), e Jeon Do-Yeon (sul-corana), e ainda a realizadora Sofia Cappola. (...). Quando apresentou a seleção de Cannes para 2014, Frémaux repetiu que não escolhia filmes "com base em géneros", mas deixou cair que "entre os 49 filmes escolhidos este ano, 15 são de mulheres realizadoras».
E o assunto está a ser coberto pela comunicação social em geral, e facilmente chegamos a números e imagens bem elucidativas - veja aqui - como, por exemplo:
EXPOSIÇÃO Aguarela | Pedro Medeiros |até 28 junho | Coimbra
Jornal de Notícias de 18 de maio de 2014
E saiba mais em Aguarela, de Pedro Medeiros
no PREGUIÇA MAGAZINE
donde:
«Não é a primeira vez que o fotógrafo coimbrão Pedro Medeiros trabalha na
parceria com a Saúde em Português. Basta que nos recordemos da
instalação fotográfica Mercadoria Humana, integrada no plano de
sensibilização para o tráfico de seres humanos (inaugurada em Coimbra, 2011), da
Reescrita: uma exposição pela igualdade de género, no âmbito da
iniciativa global EmPoder Delas (Projecto sobre a Participação das
Mulheres na Vida Política, inaugurada em Coimbra, 2013), da exposição
PUBLIGUALDADE (Coimbra, 2013), inserida no âmbito do projecto PRECONCEITO ZERO – Trilhos
da Igualdade, que inquiriu sobre as representações de género nas
mensagens publicitárias e sobre o (ab)uso da imagem da mulher nos media
para que possamos entender as propostas desta companhia estabelecida entre a
arte de Pedro Medeiros e a Saúde em Português».
terça-feira, 20 de maio de 2014
1967 | «A CONDIÇÃO DA MULHER PORTUGUESA»
Na Biblioteca Nacional encontra-se uma mostra sobre URBANO TAVARES RODRIGUES:
Urbano Tavares Rodrigues, 1923-2013
MOSTRA | 1 abr. - 28 jun. | Sala de Referência |
Entrada livre
SESSÃO com Cristina Almeida Ribeiro,
Eduardo Lourenço e Teresa Rita Lopes | 29 maio | 18h00 | Entrada
livre
e ao visitá-la dei comigo a deter-me no livro da imagem que lá se encontra. E vieram as memórias. Ao procurá-lo na internet encontrei o post «8 de Março - "A Condição da Mulher Portuguesa"», de 2009, de um dos protagonistas - SÉRGIO RIBEIRO. É irresistível, tinha de o trazer para o Em Cada Rosto Igualdade. Aqui fica:
«Em 1967, a Editorial
Estampa lançou uma colecção a que chamou Polémica
e de que entregou a direcção a Urbano Tavares Rodrigues. Para o 2º
volume da colecção promoveu, em Novembro de 1967, um colóquio sobre
a condição da mulher portuguesa para ulterior
publicação, e convidou 4 escritores (Agustina Bessa Luís, Augusto Abelaira,
Isabel da Nóbrega, Natália Nunes) uma jurista, Maria da Conceição Homem de
Gouveia, uma socióloga (também escritora), Isabel Barreno Martins, e um
economista, o responsável deste “blog” e “post”.
Tinha então 31 anos, e o
convívio com escritores de que era leitor foi, para mim, experiência muito
interessante.
Neste 8 de Março de 2009, reproduzo, com ligeiríssimas
correcções, o começo da minha intervenção:
Ao aceitar o convite para participar neste
debate, se o fiz com muito prazer, desde logo, também, me atribuí tarefas de
sacrifício.
Mas vamos às tarefas
auto-atribuídas. Lá fora, aqui ao lado, há frio, há fome, há quem apanhe
chuva(*).Por uma questão de método, entendo dever estudar-se o problema da
condição da mulher por uma forma paralela ao esqueleto de uma formação social.
Porque, na minha perspectiva, a condição da mulher resulta, fundamentalmente, de
condicionalismos sociais, resulta de um fundo histórico. (...)». Continue a ler.
E, claro, vou continuar a procurar o livro. E cada vez mais a convicção de que é fundamental um misto de museu/centro de documentação, desde logo virtual, sobre as Mulheres em Portugal, aliás à semelhança do que se passa noutros países. Há que preservar e facilitar a memória. E o conhecimento.
Urbano Tavares Rodrigues
DIREÇÃO DE MUSEUS DE ARTE | «Gender gap»
Ainda em atmosfera de Dia Internacional dos Museus, a nossa atenção foi captada pelo estudo «The Gender Gap in Art Museum Directorships», disponibilizado a 7 de março de 2014, a que se refere a imagem abaixo, do documento disponível, por exemplo, aqui . É sobre outra realidade, que não a nossa, mas quem sabe pode servir de inspiração para todas as realidades que nestes domínios seja útil estudar.
Já agora, a missão da AAMD: The purpose of the Association of Art Museum Directors is to support its
members in increasing the contribution of art museums to society. The AAMD
accomplishes this mission by establishing and maintaining the highest standards
of professional practice, serving as forum for the exchange of information and
ideas, acting as an advocate for its member art museums, and being a leader in
shaping public discourse about the arts community and the role of art in
society. E chegámos lá através do ICOM International Observatory on Illicit Traffic in Cultural Goods.
domingo, 18 de maio de 2014
NO DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS | Museus de mulheres | Mulheres nos museus
No Dia Internacional dos Museus uma revisitação a museus que se centram nas Mulheres, nomeadamente na esfera das artes, e sobre uma rede para refexão sobre a intervenção das mulheres nos museus. Assim:
«The International Museum of Women is an
innovative, online social change museum that amplifies the voices of women
worldwide through global online exhibitions, history, the arts and cultural
programs.
The IMOW blog is updated by the Museum team regularly, with a focus on women's arts, culture and current events through a global lens».
The IMOW blog is updated by the Museum team regularly, with a focus on women's arts, culture and current events through a global lens».
«Founded in 1987, NMWA is the only major museum in the world solely dedicated to recognizing women’s creative contributions.
By bringing to light remarkable women artists of the past while also promoting the best women artists working today, the museum directly addresses the gender imbalance in the presentation of art in the U.S. and abroad, thus assuring great women artists a place of honor now and into the future».
E o blogue do NMWA - Broad Strokes: The National Museum of Women in the Arts' Blog
«Mission - The National Women’s History Museum educates, inspires, empowers, and shapes the future by integrating women's distinctive history into the culture and history of the United States.
Vision - The National Women’s History Museum’s vision is to build a world-class museum at the National Mall in Washington, D.C. The National Women’s History Museum currently raises awareness and honors women’s diverse experiences and achievements through its dynamic online museum, educational programs, scholarship and research. Once housed prominently among the other great museums of Washington, D.C., it will create better understanding and greater partnerships among men and women. The National Women’s History Museum will be the first museum in any nation’s capital to show the full scope of the history of its women and will serve as a guiding light to people everywhere».
«The network womeninmuseum is a loose union of Women’s Museums, initiatives and museums dedicated to women.
womeninmuseum
The network of the women´s museums
«The network womeninmuseum is a loose union of Women’s Museums, initiatives and museums dedicated to women.
There are 50 women’s and gender museums and 14 women’s museums initiatives in different countries nowadays. These museums are very important for gender informing and education of people, for improving of role women in society, for implementation of equal rights and opportunities. The activities of these museums are quite various. They support different women’s art, tell the history of women of their country and support scientific projects. But information about their acitivity is unknown for the wide public. Today some of these museums began to consolidate their efforts and look for the possibilities of cooperation and interaction.
The network was created at the 1st International Women’s Museums Congress in June 2008 in Merano, during which the institutions passed a resolution encapsulating the concept of the «Women’s Museum» and defining their common objectives.
The network womeninmuseum its tasks as follows:
- to increase the visibility and acceptance of Women’s Museums
- to actively support each other
- to make use of the internet plattform in order to push ahead the work of network».
E a terminar o endereço do ICOM Portugal. E a mensagem do seu Presidente sobre o Dia Internacional dos Museus: «Este ano o tema do Dia Internacional dos Museus é As Colecções criam Conexões – momento para o qual os nossos museus preparam uma grande variedade de iniciativas que reforçam os museus como locais de ligações que ultrapassam a realidade intrínseca dos objectos, técnicas, valor simbólico, emocional e imaterial que ultrapassa fronteiras, situando os museus como locais de encontro de culturas e vivências sociais únicas.Gostaria de vos informar que estamos a preparar um conjunto de iniciativas que pretendem dar a conhecer o ICOM-PT e a sua actividade a um número cada vez maior de profissionais de museus em Portugal e aprofundar o intercâmbio de experiências com as comunidades lusófonas». Continue a ler.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
DIA INTERNACIONAL da Luta contra a Homofobia e Transfobia | 17 MAIO
A propósito do «Dia Internacional da Luta contra a Homofobia e Transfobia» voltemos ao post «LUTA
CONTRA A HOMOFOBIA E A TRANSFOBIA NA ESCOLA» - onde se assinala que vai haver hoje, dia 16, um Seminário sobre o tema que decorrerá na Escola Secundária Pedro Alexandrino -, e lembremos a campanha da imagem que ampliamos recorrendo ao prospeto que de momento temos num placard na DGARTES (a foto foi feita pelo Paulo Carretas):
Depois, divulguemos a iniciativa «Abraços Grátis» (Free Hugs), contra a discriminação, em Lisboa, no Largo do Chiado, no dia 17, entre as 15:30H e as 17:30H : «Serão oferecidos abraços e sacos com material informativo a quem passar.
Explicar-se-á como é importante comemorar este dia porque é fundamental que
todos saibam, e nunca se esqueçam, que a homobitransfobia ainda existe e tem de
ser combatida».
Em seguida, o apelo do Parlamento Europeu:
«Homofobia: Parlamento Europeu apela a roteiro para proteger direitos das pessoas LGBTI na UE.
A UE deve adotar um roteiro para proteger os direitos fundamentais das pessoas lésbicas, homossexuais, bissexuais, transexuais e intersexuais (LGBTI), defende um relatório hoje aprovado pelo Parlamento Europeu. De acordo com um inquérito publicado em 2013 pela Agência dos Direitos Fundamentais, 47% das pessoas LGBT sentiram-se discriminadas ou assediadas e 26% foram atacadas ou ameaçadas com violência devido à sua orientação sexual nos cinco anos anteriores na UE». Continue a ler.
Por fim, o site do IDAHOT – International Day Against Homophobia and Transphobia onde se pode saber das iniciativas que estão estão a ter lugar pelo mundo a propósito deste dia internacional, em 2014: O endereço. O foco deste ano:
quinta-feira, 15 de maio de 2014
LUIZA NETO JORGE
No passado dia 9 a Casa Fernando Pessoa teve o Dia Luiza Neto Jorge. E com isso lembrámo-nos de a trazer para o Em Cada Rosto Igualdade. Da base de dados da DGLB:
Poeta e tradutora. Frequentou a Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa, mas desistiu do curso e foi viver para Paris, onde
permaneceu durante oito anos (1962-70).
Ainda hoje é considerada a
personalidade de maior destaque do grupo de poetas que se reuniu em torno de
Poesia 61, no âmbito do qual publicou Quarta Dimensão. Não foi
essa, todavia, a sua estreia literária. O primeiro livro foi Noite
Vertebrada (1960), a que iria seguir-se uma obra escassa mas de obrigatória
referência. Joaquim Manuel Magalhães assinala com veemência que, «numa geração que não conseguiu escapar ao maneirismo gramatical, ao tédio de uma ausência de vocações temáticas múltiplas, à insistente sobrevalorização da busca prosódica, a obra de Luiza Neto Jorge representa um esforço e um conseguimento exemplares de amplidão imaginativa, de renovação processual e de ímpeto transformador
(...)
Morreu em Lisboa pouco antes de completar 50 anos. Quando em 1993 foi coligida a
obra completa, Fernando Cabral Martins, responsável pela sua criteriosa edição,
diz da sua poesia que «tudo o que está nela tem o seu tempo, esse não é só o
tempo em que viveu mas a falha do seu tempo e de todos os tempos». Leia na integra. Mais aqui. E o melhor é irmos à sua obra. Por exemplo:Do Medo I |
É de ti que eu sou irmã
por ti fui trocada em criança
quando as estrelas semearam a noite
(Ficávamos chorando de medo
se o laço branco da trança não desse
para a escuridão toda do quarto)
Tenho os silêncios que me emprestaste
e na cidade que levantámos há pouco
(não destruiremos nunca)
habitam os pais
com os não irmãos mortos à nascença
que o eco de um flauta eternizou
no cais dos barcos pequenos de papel
somos irmãos de ninguém
ancorámos com amarras de dúvida
é nosso irmão o medo do poente
a porta azul da morte
Em redor em redor de nós
a solidão voou borboleta negra de metal
caiu enforcado público na gravata verde
(a mesma solidão que cega
os arcos concêntricos das pupilas)
desde a rua ao bolor dos corpos poetas
da porta esquecida sem número
à mulher vendida aos ventos da noite
sem nevoeiros asfixiamos nítidos
nos passeios nos fatos nas cadeiras
nas cúpulas nos clarins
e sentes contigo os corpos das mulheres
de bruços sobre o dia
renascidos maduros os limites da carne
Há nebulosas de anos sem sentido
que vimos aprendendo o amor
há um embrião de veia
há uma veia atávica vermelha
nos mil séculos anteriores ao homem
Quando nos será possível um suicídio exacto
em casas impossíveis
em ondas impossíveis
em (integralmente areia) desertos impossíveis?
Nasceu o sol na erva a erva nos degraus
os degraus desceram ao horizonte
Luiza Neto Jorge
Quarta Dimensão
Poesia
organização e prefácio de
Fernando Cabral Martins
Assírio & Alvim
2ª edição
2001
|
«Igualdade de Género e Força de Trabalho: Conciliação do Trabalho com a Vida Privada e Familiar»
Conforme se pode ler no site da CIG: «A Comissão Europeia acaba de publicar um Relatório Estatístico sobre «Igualdade
de Género e Força de Trabalho: Conciliação do Trabalho com a Vida Privada e
Familiar» – «Gender equality in the workforce: reconciling work, private and
family life in Europe». São ainda disponibilizados seis relatórios temáticos».
O índice do relatório da imagem:
E os Relatórios temáticos (anexos) podem ser encontrados aqui.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
«SEXISMO»
«SEXISMO» é o titulo de um post de João André que vi no blogue Delito de Opinião. Lido, não podia deixar de o trazer para o EM CADA ROSTO IGUALDADE. Aqui está:
« Na semana passada estive num retiro de dois dias
no qual as actividades, a estrutura e o futuro do meu departamento foram
discutidos. Num dos dias esteve o director geral da divisão à qual o
departamento pertence e o qual reporta directamente o CEO da empresa. Na sessão
de perguntas e respostas que teve lugar, a certa altura falou uma colega minha,
que eu ainda conheço mal, e antes da sua pergunta fez uma relativamente longa
introdução ao tema que queria abordar.
A introdução passou em revista as actividades
mais recentes, um processo de reestruturação do departamento e sua harmonização
com o resto da divisão e terminou com um elogio a todas as actividades. Naquele
momento só pude pensar que ela estava a tentar chamar a atenção para si mesma e
estava a engraxar o chefe.
Só depois me surgiu outro pensamento: estaria
essa minha avaliação errada? Estaria eu a ser sexista? Fiz um exercício simples
e repeti na minha cabeça as palavras da minha colega mas dei-lhes a voz de um
colega homem. A opinião ressoou imediatamente de forma diferente. Pareceu-me uma
opinião sensata, uma introdução inteligente e pertinente para a(s) pergunta(s)
e, mesmo discordando de partes da opinião, tornou-se perfeitamente possível
respeitá-la.
terça-feira, 13 de maio de 2014
«A LANCHEIRA»
O filme A Lancheira, em exibição, é do realizador Ritesh Batra e tem como atores e atrizes, Irrfan Khan, Lillete Dubey, Nawazuddin
Siddiqui e Nimrat Kaur. Uma sinopse: «Um erro no usualmente eficaz serviço de entrega de lancheiras (as
"Dabawallahs", serviço de entrega de refeições em Bombaim) provoca a relação
entre Ila Vaid, uma jovem mulher desprezada, e Saajan Fernandes, um homem perto
da idade da reforma. Por via destas lancheiras, ambos iniciam uma
correspondência e começam a sonhar com outra vida». +
E da critica de Jorge Leitão Ramos:
Excerto da critica de JORGE LEITÃO RAMOS no «Expresso/Atual» de 3 de maio de 2014 |
Pela nossa parte, uma pequena pérola.
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