Na Biblioteca Nacional encontra-se uma mostra sobre URBANO TAVARES RODRIGUES:
Urbano Tavares Rodrigues, 1923-2013
MOSTRA | 1 abr. - 28 jun. | Sala de Referência |
Entrada livre
SESSÃO com Cristina Almeida Ribeiro,
Eduardo Lourenço e Teresa Rita Lopes | 29 maio | 18h00 | Entrada
livre
e ao visitá-la dei comigo a deter-me no livro da imagem que lá se encontra. E vieram as memórias. Ao procurá-lo na internet encontrei o post «8 de Março - "A Condição da Mulher Portuguesa"», de 2009, de um dos protagonistas - SÉRGIO RIBEIRO. É irresistível, tinha de o trazer para o Em Cada Rosto Igualdade. Aqui fica:
«Em 1967, a Editorial
Estampa lançou uma colecção a que chamou Polémica
e de que entregou a direcção a Urbano Tavares Rodrigues. Para o 2º
volume da colecção promoveu, em Novembro de 1967, um colóquio sobre
a condição da mulher portuguesa para ulterior
publicação, e convidou 4 escritores (Agustina Bessa Luís, Augusto Abelaira,
Isabel da Nóbrega, Natália Nunes) uma jurista, Maria da Conceição Homem de
Gouveia, uma socióloga (também escritora), Isabel Barreno Martins, e um
economista, o responsável deste “blog” e “post”.
Tinha então 31 anos, e o
convívio com escritores de que era leitor foi, para mim, experiência muito
interessante.
Neste 8 de Março de 2009, reproduzo, com ligeiríssimas
correcções, o começo da minha intervenção:
Ao aceitar o convite para participar neste
debate, se o fiz com muito prazer, desde logo, também, me atribuí tarefas de
sacrifício.
Mas vamos às tarefas
auto-atribuídas. Lá fora, aqui ao lado, há frio, há fome, há quem apanhe
chuva(*).Por uma questão de método, entendo dever estudar-se o problema da
condição da mulher por uma forma paralela ao esqueleto de uma formação social.
Porque, na minha perspectiva, a condição da mulher resulta, fundamentalmente, de
condicionalismos sociais, resulta de um fundo histórico. (...)». Continue a ler.
E, claro, vou continuar a procurar o livro. E cada vez mais a convicção de que é fundamental um misto de museu/centro de documentação, desde logo virtual, sobre as Mulheres em Portugal, aliás à semelhança do que se passa noutros países. Há que preservar e facilitar a memória. E o conhecimento.
Urbano Tavares Rodrigues
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