terça-feira, 31 de julho de 2018
segunda-feira, 30 de julho de 2018
«tem de ter todo o mundo lá, livre, ou não o será»
Leia aqui |
Um excerto:
«(...)
Atalhando, a miscigenação nasceu da violência em massa sobre mulheres indígenas e negras. E essa violência continua a a não ser largamente reconhecida em 2018, fora da academia e de núcleos activistas. Mas qualquer debate sobre miscigenação terá de partir daí, da origem. E qualquer debate sobre miscigenação que não parta da origem vai gerar equívocos, involuntários e deliberados. Aliás, gerar equívocos tem sido um método do não-debate.
A primeira violência colonial é a violência sobre o corpo das mulheres, no século XVI como em 2018. Desvalorizar a violência do que se passou com as mulheres no século XVI continua a ser uma violência para as mulheres de 2018 (e para quem quer que se interesse pela verdade). Uma forma de dizer: para quê usar a palavra violação, era assim que as coisas eram, esqueçam. Sim, era assim que as coisas eram, foi assim que as coisas foram durante séculos, é assim que as coisas continuam a ser em demasiados lugares do mundo, e é por isso é que têm de ser encaradas. Uma longa história da violência, paralela à história masculina das violências.
4. Da violência base da miscigenação no Brasil resultaram muitos milhões de pessoas. Tantos que a cara do Brasil continua a ser morena, apesar de todo o esforço oficial de branqueamento levado a cabo por governos brasileiros, com incentivos à emigração europeia, desde a véspera da Abolição da Escravatura, em 1888. O Brasil é índio, preto, branco, mulato, caboclo, cafuzo. É o resultado de toda essa história. E a Segunda Abolição, que Caetano sempre defendeu que era necessária — volta a dizê-lo neste filme —, tem de ter todo o mundo lá, livre, ou não o será. Não será abolição. E como ela é necessária (...)»
AGOSTO | «Love the sea»
«O Atelier Natália Gromicho apresenta a exposição de pintura “Love the Sea”, numa seleção de quadros da já conhecida fase azul da artista (de 2014 a 2016) em que quadro como Thoma Sea, Viking ou os 4 mares estaram presentes nesta mostra».
___________
Às portas de Agosto o «Em Cada Rosto Igualdade» entra em «modo férias», mas continue a visitar-nos, só o ritmo é que vai ser diferente, estaremos por cá ... Como sempre a sua visita será um privilégio E para começar, a sugestão da imagem.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
«PROFETAS PARA O NOSSO TEMPO»
Veja na Fundação Betânia |
(montagem)
Do que se pode ler sobre Maria de Lourdes Pintasilgo:
«(...)
1. Uma mulher nova, feita de um sopro novo
Como pórtico desta apresentação socorro-me das palavras de uma escritora,
sua admiradora, Hélia Correia, que, na sessão de homenagem a Maria de
Lourdes Pintasilgo, por ocasião do seu 70º aniversário, escrevia:
É uma mulher nova, feita de um sopro novo. Toda a acção é nela
espiritualidade e toda a espiritualidade é nela acção. A energia da sua
intervenção é a mesma energia do seu recolhimento. Há dentro dela o
único milagre capaz de iluminar os dias de hoje, isto é, a aliança de uma
crença profunda e de uma tolerância a toda a prova (Outubro 2004) (...)» - da Conferência
proferida por Manuela Silva no dia 16 Novembro 2016, em Lisboa, integrada no
ciclo Tributos a Europeus notáveis, promovido pelo Centro de Informação
europeia Jacques Delors. Leia na integra
THINK TANK | «Woman Forward»
Leia aqui |
E do site da Woman Forward:
«We are a non-profit
organization, made up of people, men and women committed to civil society,
willing to unite our efforts to promote women's leadership, increasing the
participation of females in the areas of decision Of the social and economic
sphere.
Aware of the high cost to society, both on
the part of the inequality and injustice that implies, as well as the loss of
competitiveness of the companies and the whole of society, the team of WOMAN
FORWARD, wants to serve as a promoter and catalyst for Initiatives to alleviate
this gap, both by promoting initiatives, and by adding to proposals from
institutions, organizations, associations and other people.
Woman Forward wants to be a unifying voice
of all those who want to join with practical and inclusive initiatives on the
difficult path to gender parity and the creation of a better, more equitable
and competitive society, capable of offering equal Opportunities and to promote
that people can develop without limits by reason of their sex in all their capacities,
and throughout their life». Continue a ler.
quinta-feira, 26 de julho de 2018
«Somos Todos Gregos»
(Recorte da Primeira Página do Jornal i de 25 JUL 2018)
E, por exemplo, na Revista Visão:
Grécia:“Até as palavras arderam” - leia aqui
UNICEF | «Women: At the heart of the HIV response for children» | «A CADA TRÊS MINUTOS UMA ADOLESCENTE É INFETADA PELO VIH»
De uma das notícias sobre o relatório :
A cada três minutos uma adolescente é infetada pelo VIH
Raparigas entre os 15 e os 19 anos são as principais vítimas de infeção por VIH/Sida. Continue a ler.
Outra:
quarta-feira, 25 de julho de 2018
ROBERTO SAVIANO | «Os meninos da Camorra»
SINOPSE
Nápoles, lugar de luz e sombra, cidade bela e terrível, o reino da Camorra.
Um bando de rapazes sem rei nem roque cruza as ruas de Nápoles nas suas motorizadas. Chamam-se Maraja, Dentino, Lollipop, Drone. Os miúdos calçam sapatos de marca e trazem tatuados nos braços os nomes das suas paranza, os seus gangues.
Não querem ter de se levantar cedo todos os dias, como os pais, para ir ganhar algum. Querem mais, querem ter tudo. Em Nápoles, essa é uma possibilidade que está ao alcance daqueles que escolherem o lado certo da Camorra. E dos que não tiverem medo de matar. Ou de morrer.
Nos telhados da cidade, os rapazes treinam com metralhadoras, fazem pontaria a contentores do lixo, disparam para janelas alheias. A vida de uma pessoa vale menos que uma palavra. Sentem-se imortais, até ao dia em que a sua própria vida fica no fio da navalha.
Do autor de Gomorra - um dos mais corajosos e impactantes livros de investigação das últimas décadas - chega um grande romance, brutal na sua força, magistral no seu retrato de uma juventude perdida. Uma corajosa peça de ficção que se converte em crónica de uma cidade corrompida, corroída, em que o sangue se paga com sangue. Crónica de uma cidade que poderia ser muitas outras e de um tempo que requer uma urgente reflexão, Os meninos da Camorra é um romance imperdível. +.
terça-feira, 24 de julho de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
«A bebedeira passa. O resto não!»
Sobre a campanha do video, por exemplo, a notícia:
“Noite mais Segura”. Governo lança campanha de sensibilização sobre o consumo de álcool para jovens e adolescentes.
«Accelerating National SDGs Implementation /2018 Edition»
«O UN Global Compact acaba de apresentar um documento que compila as ações desenvolvidas pelas redes locais em todo o mundo para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Rede Brasil foi destaque em sessões sobre estratégias ODS, programas anticorrupção e erradicação do trabalho forçado. A publicação Accelerating National SDGs Implementation 2018 Edition, já disponível digitalmente em inglês, foi lançada durante as atividades do SDG Business Forum que ocorreu em paralelo com o High-Level Political Forum – evento finalizado nesta quarta-feira (18) que agregou lideranças mundiais em Nova York.
Desde setembro de 2015, a Rede Brasil criou um grupo de trabalho focado na estratégias ODS e adotou uma metodologia própria para implementar o SDG Compass. Assim, a iniciativa local ajuda empresas a captar oportunidades de negócios ligados aos ODS. Essa foi uma das ações apontadas pela publicação, que ressaltou as marcas de 20 atividades de capacitação e 400 empresas engajadas em um período de um ano. O UN Global Compact também deu destaque à publicação Integração dos ODS na Estratégia Empresarial, com contribuições do Comitê Brasileiro do Pacto Global (CBPG) para a Agenda 2030.
Quando reportadas as ações coletivas contra a corrupção e no combate ao trabalho forçado e infantil, a Rede Brasil também foi mencionada. Diante de denúncias de corrupção dentro do setor de construção civil, a iniciativa brasileira identificou no momento uma oportunidade de engajar as quatro maiores companhias da área em um diálogo para identificar e disseminar boas práticas. O processo resultou na cartilha Integridade no Setor de Construção – Discutindo Dilemas e Propondo Soluções no Mercado». Continue a ler.
sexta-feira, 20 de julho de 2018
CAMILLE PAGLIA | «Mulheres Livres, Homens Livres»
«Camille Paglia é, desde os anos 60, uma das vozes fundamentais do feminismo, da autonomia das mulheres e dos seus combates. Mas é, também, herdeira de uma tradição intelectual de livre-pensamento que a coloca do outro lado da barreira do feminismo atual, que Paglia classifica como «vitoriano», «burguês», «politicamente correto», «puritano» e «estalinista». Para Camille Paglia, estamos a assistir à regressão a um estádio pré-feminista, onde uma excessiva proteção às mulheres as desenha como seres frágeis e incapazes de se oporem à violência, à discriminação e às adversidades. Este livro reúne os seus melhores ensaios sobre estes assuntos. Os temas vão desde a exigência de oportunidades iguais para as mulheres até ao elogio a Madonna como verdadeira feminista, desde a crítica ao conformismo na universidade até à busca de um padrão de beleza mais exigente (que vá além da busca da juventude pela «etnologia plástica»), louvando a força libertadora do rock‘n’roll, exigindo liberdade de expressão e sem restrições nas universidades e na imprensa, cada vez mais proibicionistas. Estes ensaios são uma leitura essencial que afirma o poder de mulheres e de homens livres - e do que podem realizar juntos». +.
«Canção da Bandida»
«O álbum "Bandida" surgiu da parceria entre Marta Dias e Carlos Barreto Xavier e encontra-se disponível nas plataformas digitais.
"Raivas, dores, doçuras e contradições numa voz que junta ao fado, e ao jazz, a garra do timbre mestiço para afirmar o ser da mulher". "Bandida" é o álbum que junta 12 canções em português e que, editado em maio deste ano, já tem o tema de abertura "A Canção da Bandida" a passar na rádio. O projeto surgiu em 2017, com a composição d' "Esse Nosso Amor", tema que integrou o "Best Of" da cantora. Do Fado ao Jazz, Carlos já tinha colaborado com Marta em vários discos, enquanto músico, compositor e produtor.
Neste disco, a voz de Marta Dias e o piano de Carlos Barreto Xavier são acompanhados por Ruca Rebordão, na percussão, e Yuri Daniel, no baixo elétrico». Tirado daqui.
E do Jornal de Letras e Ideias de 18 a 31 de Julho de 2018: «O álbum é simples e belo, com toda aquela graciosidade que Marta traz na voz e um acompanhamento dialogante de piano. Tem momentos divertidos, como Canção da Bandida», que até lembra Jorge Palma, outros mais intimistas, e até uma incursão desinibida no fado em Fado Luz e Sombra. Um álbum Atlântico, objeto raro e precioso da música portuguesa».
quinta-feira, 19 de julho de 2018
PRÉMIO EUROPEU DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL | «Mobilizar as pessoas e assegurar a inclusão e a igualdade» | CANDIDATURAS ATÉ 14 SETEMBRO 2018
Prémio Europeu do Desenvolvimento Sustentável
«Em 2018, a Comissão Europeia lançou
o Prémio Europeu do Desenvolvimento Sustentável para
recompensar os esforços e a criatividade dos cidadãos, das empresas e das
organizações.
O objetivo do prémio é promover
iniciativas que possam servir de fonte de inspiração a outras
iniciativas para traduzir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em
soluções e oportunidades concretas.
Atendendo à natureza transversal dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Prémio Europeu do Desenvolvimento
Sustentável concentra-se num tema específico, relacionado com o tema anual
escolhido pelo Fórum Político de Alto Nível das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável.
Este ano, o tema do prémio é «Mobilizar as pessoas e assegurar a inclusão e a igualdade».
O concurso está aberto a quatro
categorias de participantes:
1.
jovens
2.
entidades públicas
3.
entidades privadas
4.
sociedade civil
(...)». Continue a ler.
«Stradivarius lanza en España una camiseta con la frase 'No es no', uno de los lemas del movimiento feminista. El colectivo critica que las marcas se apropien de sus demandas»
Leia aqui |
A nosso ver, no mínimo, uma boa notícia como ponto de partida para a discussão do feminismo no século XXI, nomeadamente à luz do «mainstreaming de género».
quarta-feira, 18 de julho de 2018
NO DIA EM QUE NELSON MANDELA FARIA 100 ANOS | Voltemos ao «Bom dia, Senhor Mandela» | A HISTÓRIA DO PERCURSO DE ZELDA LA GRANGE COMPROVA COMO «UM HOMEM QUE MODIFICOU TODA UMA NAÇÃO FOI TAMBÉM CAPAZ DE MODIFICAR A VIDA DE UMA MULHER EXTRAORDINÁRIA»
SINOPSE
«Zelda la Grange cresceu na África do Sul enquanto jovem africânder que apoiava as leis da segregação. No entanto, poucos anos após o fim do apartheid, tornar-se-ia para Nelson Mandela uma assistente de máxima confiança, passando a respeitar e acarinhar o homem que lhe haviam ensinado ser o inimigo.
Bom-Dia, Sr. Mandela relata a história extraordinária de como uma jovem viu a sua vida, convicções, preconceitos e tudo aquilo em que acreditara serem completamente modificados pelo maior homem do seu tempo. Eis o percurso incrível de uma dactilógrafa, na casa dos 20 anos, que viria a ser escolhida para se tornar a funcionária leal e dedicada do Presidente, passando a maior parte da sua vida profissional de adulta ao lado do homem a quem viria a chamar «Khulu», ou «avô», acompanhando-o, prestando-lhe apoio e preocupando-se com ele.
Neste livro, Zelda presta homenagem a Nelson Mandela tal como o conheceu - um mestre que lhe proporcionou as lições mais valiosas da sua vida. Um homem que se recusou a ver-se definido pelo seu passado, que perdoava a todos e os respeitava, mas que também era franco, trocista e direto. Ao reconstruir o seu país, ele libertou-a igualmente de um mundo confinado pelo medo e desconfiança, dando à vida dela verdadeiro sentido. Agora, Zelda partilha com o mundo as dádivas duradouras e estimulantes de Nelson Mandela». Saiba mais.
Bom-Dia, Sr. Mandela relata a história extraordinária de como uma jovem viu a sua vida, convicções, preconceitos e tudo aquilo em que acreditara serem completamente modificados pelo maior homem do seu tempo. Eis o percurso incrível de uma dactilógrafa, na casa dos 20 anos, que viria a ser escolhida para se tornar a funcionária leal e dedicada do Presidente, passando a maior parte da sua vida profissional de adulta ao lado do homem a quem viria a chamar «Khulu», ou «avô», acompanhando-o, prestando-lhe apoio e preocupando-se com ele.
Neste livro, Zelda presta homenagem a Nelson Mandela tal como o conheceu - um mestre que lhe proporcionou as lições mais valiosas da sua vida. Um homem que se recusou a ver-se definido pelo seu passado, que perdoava a todos e os respeitava, mas que também era franco, trocista e direto. Ao reconstruir o seu país, ele libertou-a igualmente de um mundo confinado pelo medo e desconfiança, dando à vida dela verdadeiro sentido. Agora, Zelda partilha com o mundo as dádivas duradouras e estimulantes de Nelson Mandela». Saiba mais.
CONFERÊNCIA | «Mandela/Inspiração para os Construtores de Pontes» | HOJE | 18 JULHO 2018 |14:00 H |LISBOA
«A Associação Mutualista Montepio junta-se às festividades e recebe, dia 18 de julho, às 14 horas, no Auditório Montepio, uma conferência com o tema “Mandela, inspiração para os construtores de pontes”. Este evento, que vai encerrar o programa de celebrações, é uma forma de homenagear a capacidade de Nelson Mandela para fazer a paz e promover a reconciliação». Continue a ler.
terça-feira, 17 de julho de 2018
«As grandes figuras da arte contemporânea portuguesa no século XX são maioritariamente mulheres: Vieira da Silva, Paula Rego, Leonor Antunes, Ana Jotta. A representação desse contributo nas instituições é importantíssima. Na nossa coleção temos um núcleo de mulheres com um trabalho excepcional e está na hora de as mostrar»
«ONZE MULHERES DE CADA LADO»
SINOPSE
«Embora não esteja aqui coligida a totalidade das suas colaborações, todos os textos deste livro foram publicados no Notícia - Semanário Ilustrado, no período em que Herberto Helder viveu em Luanda. Correspondem a pouco mais de um ano de colaboração - entre abril de 1971 e junho de 1972 - em que o poeta assinou como Herberto Helder e Luís Bernardes (ou respetivas iniciais)».
Mas mais do que a sinopse para nos apercebermos do «espírito» do livro talvez ler as criticas disponíveis no site da Editora. De lá por exemplo: «aqui não vamos ler apenas uma fase pouco conhecida de Herberto, vamos rir, rir muito, porque este livro é humor à primeira vista. Pela nossa saúde que é. Não é um humor qualquer, é Humor Herberto Helder, três agás maiúsculos de seguida em crónicas hílares como «Um passeio no campo» [...] […] Esta «coletânea» de Herberto celebra a alegria de estar no mundo. Esse é um voto «porventura ingénuo, mas que constitui precisamente o fundamento fervoroso e dramático da utopia.»| Pedro Santos Guerreiro, Expresso
ou
IRONIA FEBRIL |
Fábio Lino | 2018-06-06 |Quando
chegarmos ao fim de 2018, "em minúsculas" de Herberto Helder irá, certamente, figurar como um dos livros do ano. Com uma prosa poética de alto nível, HH espicaça todos os seus leitores com o seu humor irónico, injeta pensamento e contemplação no reportar dos factos banais e quotidianos. Não deixa de ser irónico, contudo, que os jornais que tanto têm apregoado este livro, desde que foi publicado no início de maio, sejam também um dos seus principais alvos críticos. Uma leitura mais do que recomendada.
Nós vimos também muita ternura. E só pelas crónicas «Os domingos de Nambuangongo» e «Onze Mulheres de Cada Lado» é de ousar: não perca! E já que estamos em ambiente futebolístico - O Mundial de Futebol terminou no domingo, mas os festejos continuam - este início:
Resumindo, nos anos 70 do século passado, Herberto Helder foi ver um jogo de futebol de mulheres! E fez uma crónica. Para lá da ironia sem fim que acompanha todo o texto - e a referência aos «jornalistas da bola» é insuperável - talvez ainda hoje esta crónica valha mais do que não sei quantos discursos que querem dizer que «as profissões não têm sexo», sem anular o universo feminino. O fim da crónica é ... delirante: «Quando saímos do campo, o sol declinava nos horizontes purpúreos, as avezinhas retornavam aos seus ninhos pipilando - uma luz doirada parecia coroar as cabeças tanto das vencedoras como das vencidas».
segunda-feira, 16 de julho de 2018
FESTIVAL DE ALMADA | «Atriz» | AINDA PODE SER VISTO NO TNDM ll | HOJE |19:00H | LISBOA
«U
ma actriz-vedeta aguarda a morte num quarto de hospital pejado de flores, vítima de um tumor cerebral que nunca chega a ser nomeado. Vêm visitá-la os seus pais, os filhos, a irmã e o cunhado (seu ex-amante), o marido alcoólico, os ex-colegas de trabalho - e todos servem de pretexto para discretear sobre o teatro, a vida, a morte, a liberdade, a família… Pascal Rambert escreveu esta peça para o elenco do Teatro de Arte de Moscovo, em 2015, quando se deu conta do amor que o público russo nutria pelos actores: “Quando se vai ao teatro, na Rússia, vai-se ver os actores”, acrescentando que gosta de “escrever para as actrizes: dar-lhes trabalho”. No caso particular da protagonista de Actriz, Marina Hands, o seu desempenho valeu-lhe, já este ano, o Molière para Melhor Actriz. A crítica francesa considerou-a “deslumbrante” (Guide critique)». Saiba mais,
«As Cartas da Prisão de Nelson Mandela»
SINOPSE
Preso em 1962, quando o regime do apartheid na África do Sul intensificava a sua campanha brutal contra os opositores políticos, o advogado e ativista do Congresso Nacional Africano Nelson Mandela, então com quarenta e quatro anos, não fazia a menor ideia de que passaria os vinte e sete anos seguintes na prisão. Durante os seus 10 052 dias de encarceramento, o futuro líder da África do Sul escreveu uma imensa quantidade de cartas às inflexíveis autoridades prisionais, a companheiros ativistas, a responsáveis governamentais e, acima de tudo, à sua corajosa mulher, Winnie, e aos cinco filhos.
Agora, no centenário do seu nascimento, 255 dessas cartas, muitas das quais nunca antes tornadas públicas, são compiladas num volume que as organiza cronologicamente, dividindo-as pelas quatro instituições prisionais por onde passou até à sua libertação, a 11 de fevereiro de 1990.
Ilustrado com reproduções de alguns dos seus escritos, este é um documento de um valor excecional para o conhecimento desta que foi uma das figuras mais inspiradoras do século XX, revelando-o como pai e marido extremoso, como um lutador incansável pelos direitos humanos e, acima de tudo, como homem de uma coragem imperturbável, que se recusou a comprometer os seus valores mesmo quando confrontado com um enorme sofrimento. Saiba mais.
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Laura Soveral
Laura Soveral
morreu. «Uma atriz incrível», diz
o realizador Miguel Gomes à Lusa. E do jornal Público:«“O cinema é para receber a luz, e há actores que nascem com esse dom, como a Laura Soveral, que sabia como responder a isso, sabia como transformar a sua presença no grande ecrã em luz.” Ainda não refeito da comoção perante a notícia que lhe dávamos, João Botelho comentou assim a morte da actriz que com ele trabalhou em meia dúzia de filmes. (...). Aqui na Terra, A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos EUA, O Fatalista, A Corte do Norte, Filme do Desassossego e Os Maias – Cenas da Vida Romântica são os filmes em que Laura Soveral foi actriz de João Botelho, ao longo de duas décadas. Do primeiro deles, recorda-se bem Luis Miguel Cintra, principalmente da cena em que o seu personagem, Miguel, dançava com uma mulher-a-dias. “É uma cena muito comovente!”, comenta o actor, lamentando a perda de “uma grande companheira” com quem trabalhou igualmente em filmes de Manoel de Oliveira (A Divina Comédia e Vale Abraão). E que acolheu e dirigiu no (seu) Teatro da Cornucópia, nos anos 90, nas produções Primavera Negra, a partir de Raul Brandão, e O Lírio, Vida e Morte de um Malandro, de Ferenc Molnár, esta com encenação de Christine Laurent. “Era uma pessoa linda, muito elegante, culta, inteligente”, continua Cintra, realçando o facto de Laura Soveral se “interessar verdadeiramente pela peça ou pelo filme que ia fazer para além do seu próprio papel” – quando chegava a sua vez, “sentia-se essa preparação, essa diferença”. (...).» +.
E na nossa
homenagem recordemos, do muito que
se podia assinalar, o
filme UMA ABELHA NA CHUVA, onde uma conjugação que muitos
e muitas terão na memória: Carlos Oliveira, o autor do romance;
Fernando Lopes, o realizador; João Guedes, o ator; Laura Soveral, a
atriz. A «atriz incrível» está lá.
Daqui |
OLÁ CRIANÇAS! OLÁ JOVENS! | TALVEZ LHES INTERESSE (98) | «Ana de Castro Osório. A Mulher Que Votou na Literatura»
«ANA DE CASTRO OSÓRIO – A MULHER QUE VOTOU NA LITERATURA” é a biografia da “mãe” da literatura infantil em Portugal, um dos títulos da colecção GRANDES VIDAS PORTUGUESAS, publicada pelo Pato Lógico, em parceria com a Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
Nesta biografia da mãe da literatura infantil em Portugal, Carla Maia de Almeida fala de um tempo em que nenhuma mulher podia votar. Foi neste início do século xx que Ana de Castro Osório se notabilizou como defensora dos direitos das mulheres, com a mesma coragem com que assumia a publicação de obras marcantes da literatura para crianças. Marta Monteiro ilustra este título da colecção Grandes Vidas Portuguesas“». Continue a ler.
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