Laura Soveral
morreu. «Uma atriz incrível», diz
o realizador Miguel Gomes à Lusa. E do jornal Público:«“O cinema é para receber a luz, e há actores que nascem com esse dom, como a Laura Soveral, que sabia como responder a isso, sabia como transformar a sua presença no grande ecrã em luz.” Ainda não refeito da comoção perante a notícia que lhe dávamos, João Botelho comentou assim a morte da actriz que com ele trabalhou em meia dúzia de filmes. (...). Aqui na Terra, A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos EUA, O Fatalista, A Corte do Norte, Filme do Desassossego e Os Maias – Cenas da Vida Romântica são os filmes em que Laura Soveral foi actriz de João Botelho, ao longo de duas décadas. Do primeiro deles, recorda-se bem Luis Miguel Cintra, principalmente da cena em que o seu personagem, Miguel, dançava com uma mulher-a-dias. “É uma cena muito comovente!”, comenta o actor, lamentando a perda de “uma grande companheira” com quem trabalhou igualmente em filmes de Manoel de Oliveira (A Divina Comédia e Vale Abraão). E que acolheu e dirigiu no (seu) Teatro da Cornucópia, nos anos 90, nas produções Primavera Negra, a partir de Raul Brandão, e O Lírio, Vida e Morte de um Malandro, de Ferenc Molnár, esta com encenação de Christine Laurent. “Era uma pessoa linda, muito elegante, culta, inteligente”, continua Cintra, realçando o facto de Laura Soveral se “interessar verdadeiramente pela peça ou pelo filme que ia fazer para além do seu próprio papel” – quando chegava a sua vez, “sentia-se essa preparação, essa diferença”. (...).» +.
E na nossa
homenagem recordemos, do muito que
se podia assinalar, o
filme UMA ABELHA NA CHUVA, onde uma conjugação que muitos
e muitas terão na memória: Carlos Oliveira, o autor do romance;
Fernando Lopes, o realizador; João Guedes, o ator; Laura Soveral, a
atriz. A «atriz incrível» está lá.
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