SINOPSE
«Embora não esteja aqui coligida a totalidade das suas colaborações, todos os textos deste livro foram publicados no Notícia - Semanário Ilustrado, no período em que Herberto Helder viveu em Luanda. Correspondem a pouco mais de um ano de colaboração - entre abril de 1971 e junho de 1972 - em que o poeta assinou como Herberto Helder e Luís Bernardes (ou respetivas iniciais)».
Mas mais do que a sinopse para nos apercebermos do «espírito» do livro talvez ler as criticas disponíveis no site da Editora. De lá por exemplo: «aqui não vamos ler apenas uma fase pouco conhecida de Herberto, vamos rir, rir muito, porque este livro é humor à primeira vista. Pela nossa saúde que é. Não é um humor qualquer, é Humor Herberto Helder, três agás maiúsculos de seguida em crónicas hílares como «Um passeio no campo» [...] […] Esta «coletânea» de Herberto celebra a alegria de estar no mundo. Esse é um voto «porventura ingénuo, mas que constitui precisamente o fundamento fervoroso e dramático da utopia.»| Pedro Santos Guerreiro, Expresso
Nós vimos também muita ternura. E só pelas crónicas «Os domingos de Nambuangongo» e «Onze Mulheres de Cada Lado» é de ousar: não perca! E já que estamos em ambiente futebolístico - O Mundial de Futebol terminou no domingo, mas os festejos continuam - este início:
Resumindo, nos anos 70 do século passado, Herberto Helder foi ver um jogo de futebol de mulheres! E fez uma crónica. Para lá da ironia sem fim que acompanha todo o texto - e a referência aos «jornalistas da bola» é insuperável - talvez ainda hoje esta crónica valha mais do que não sei quantos discursos que querem dizer que «as profissões não têm sexo», sem anular o universo feminino. O fim da crónica é ... delirante: «Quando saímos do campo, o sol declinava nos horizontes purpúreos, as avezinhas retornavam aos seus ninhos pipilando - uma luz doirada parecia coroar as cabeças tanto das vencedoras como das vencidas».
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