quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

GUIDA MARIA






Guida Maria morreu.  «Tinha 67 anos. Nascida em Lisboa, a 23 de janeiro de 1950, Guida Maria, mãe da também atriz Julie Sergeant, fez cinema, ficção em televisão, mas sobretudo teatro, tendo participado em cerca de 40 peças, entre as quais ‘A mãe’, ‘Auto da geração humana’, ‘A casa de Bernarda Alba’ e, possivelmente, uma das mais conhecidas da carreira, ‘Os monólogos da vagina’ (...).Formada em teatro pelo Conservatório Nacional e na American Academy of Dramatic Arts, em Nova Iorque, Guida Maria estreou-se nos palcos aos sete anos na peça “Fogo de Vista”, de Ramada Curto. Mas o primeiro sucesso viria seis anos depois, em 1963, com a peça “O Milagre de Anne Sullivan”, encenada por Luís Sttau Monteiro.
Em 1973, ganha um prémio no Festival de Cartagena - que a leva aos Festivais Internacionais de Cannes, Moscovo, Belgrado e Adelaide, na Austrália - com a sua estreia no cinema. Maria Guida é protagonista do filme “A Promessa”, de Bernardo Santareno, convidada pelo cineasta António Macedo.
Em 1978, integra a Companhia Residente do Teatro Nacional D. Maria, a convite do ator, realizador e encenador português Francisco Ribeiro, conhecido por Ribeirinho. Lá se manteve até em 1998. (...)».  Leia mais
Em particular, sobre Os Monólogos da Vagina, que estreou em 2000 e à qual voltou nove anos depois, do que se escreveu: 
«(...)
Os Monólogos da Vagina’ é um texto original de Eve Ensler, e que muita curiosidade tem criado nos portugueses. Quem não conhecer a peça vai achar que ‘Os Monólogos da Vagina’ contém cenas ousadas, de sexo explícito, ou alguma coisa desse género. Desde já tire daí a ideia, porque o que se trata é de um texto fundamentado e nada virado para questões mais banais.
O espectáculo centra-se num conjunto de entrevistas que a autora fez a várias mulheres, de diferentes ideais e condições sociais. Essa experiência da psicoterapeuta Eve Ensler é o que pode ver neste espectáculo. Histórias dramáticas e outras extraordinariamente divertidas são os ingredientes fundamentais de ‘Os Monólogos da Vagina’.  (...). Tirado daqui.
A vida da atriz está fixada em livro:




Um excerto da sinopse:
«(...)
Com base numa conversa gravada, ao longo de cerca de 15 horas, e de inúmeras conversas informais, em que a alegria e as gargalhadas alternaram com momentos de profunda melancolia e tristeza, Guida Maria - Uma Vida é um retrato fiel dos ‘papéis’ que desempenhou no dia-a-dia da realidade, como filha, mulher, mãe, amante e avó.
Eles sucedem-se ao ritmo do tempo: A mulher que decidiu ser mãe solteira aos 17 anos, durante o regime salazarista, cujas dificuldades são relatadas num tom lancinante; a actriz consagrada e os momentos hilariantes vividos no palco, ao lado das grandes vedetas portuguesas; a amante e a relação com os homens, acompanhada da divertida descoberta das teses de Francesco Alberoni; a filha que viveu o drama da morte dos seus Pais, até ao fim; e a avó que descobriu uma nova razão de viver.
Como sublinha Joaquim Letria, autor do prefácio de Guida Maria - Uma Vida, "Mergulhar na leitura deste livro é aprender da vida, sem cairmos na desgraça alheia nem atravessarmos um mau agouro, pelo contrário, é acompanharmos, divertidos e entusiasmados, uma marcha de vitória com alguém que respeitamos e admiramos, alguém que não hesita em elogiar os outros e fazer graça com a desgraça própria até nos pôr a rir e a gostar de si, ainda mais".» Leia aqui.
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E depois de termos lido o post

Uma luz que se apaga

não podíamos deixar de o divulgar aqui.

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Desta forma a nossa  homenagem a Guida Maria.

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