
«Uma mulher – uma caricatura inspirada na dona de casa recatada dos anos 50 – está em casa à espera de que o marido chegue. Enquanto isso descasca uma batata, com a atenção obsessivamente centrada no tubérculo. Por companhia tem uma panóplia de electrodomésticos, novinhos em folha, que de um momento para o outro começam a entrar em diálogo consigo: não seremos nós, no fundo, possuídos pelos objectos que adquirimos? A solidão e o desamor são o pretexto para uma viagem ao subconsciente desta personagem. Morgane Choupay partilha a cena (recheada de mecanismos que fazem batedeiras e secadores de cabelo dar um concerto de câmara) com o duo Ployboy: duas eminências pardas entre o robot e o fantasma, remetendo para um universo lynchiano». Saiba mais.
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