Sinopse
«Trata-se de uma viagem pelo penoso, mas vitorioso!, caminho que a mulher iniciou em Portugal, valendo-se dos periódicos como principal instrumento (este estudo tomou como corpus as publicações de 1820 a 1870), para alcançar a sua autonomia e independência intelectuais, numa peremptória e persistente recusa do papel socialmente passivo, mas “domesticamente” activo, que lhe estava desde há séculos reservado pela hegemonia masculina vigente.
É com perplexidade que tomamos consciência das posições retrógradas dos intelectuais da Geração de 70, perante as vozes femininas que altissonantes se erguiam, reivindicativas dos seus direitos como agentes activas da vida política, educativa, intelectual, social.
A batalha pelo tão elementar direito à instrução foi alvo de críticas básicas, saídas da pena pretensamente moderna de autores como Ramalho Ortigão – segundo este, a menina honesta devia sacrificar o seu tempo, consagrando-o «aos nobres trabalhos do ménage, tornando-se [...] uma digna mulher útil, apta para acompanhar, para compreender e para ajudar o homem» –, os quais, afinal, perfilados lado a lado com Almeida Garrett, são ultrapassados por um Castilho visionário, que equaciona problemas cruciais no âmbito da opressão e da emancipação femininas.
Temos a oportunidade de conhecer e ver analisados os pontos de vista dos nomes femininos que mais se fizeram notar, como o de Ana Plácido, Antónia Pusich, Catarina de Andrada, Francisca Wood, Guiomar Torrezão, Maria José da Silva Canuto, Mariana Angélica Andrade, Marquesa de Alorna, entre outros; os primeiros passos, os avanços e os retrocessos desta revolução pela emancipação da mulher em Portugal, que ainda está em curso». Saiba mais.
E sobre o livro, de Regina Tavares da Silva, aqui.
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