Uma passagem do trabalho do jornal Público da autoria de Andreia Sanches :
«(...)
O país que ocupa o 4.º lugar (em 142) no
ranking do Fórum Económico Mundial que mede a igualdade de género (depois da
Islândia, da Finlândia e da Noruega) era, nos anos 60 do século passado, um dos
que tinham piores taxas de natalidade na Europa. Hoje é dos que têm das mais
elevadas — Portugal é a que tem a mais baixa da União Europeia dos 28. O que é
que igualdade de género tem que ver com os bebés que nascem? E com a performance económica de um país?
“A nossa ideia sobre
a igualdade de género é que é uma questão de direitos, sem dúvida, mas é também
algo que permite uma série de ganhos sociais, que permite atingir vários
objectivos”, diz a muito pragmática ministra sueca para a Igualdade, Åsa
Regnér, numa tarde chuvosa de Abril num encontro com um grupo de jornalistas
estrangeiros na sede do seu ministério. “Desde logo, o objectivo do crescimento
económico. A possibilidade de usar toda a competência e capacidade da
mão-de-obra existente — e havendo mais mulheres a sair das universidades com
graus académicos, mais do que homens, temos de fazer uso desse investimento que
se está a fazer nelas. Isto é bom para os indivíduos, mas também para toda a
sociedade”. (...)». Leia na integra.A propósito, em Março último em Adis Abeba a Suécia ganhou um prémio de Igualdade de Género pelos esforços feitos quanto à representatividade das mulheres no Parlamento Sueco. O discurso da Ministra para a Igualdade está disponível na internet. Começa assim:
«Excellences, Dear
Colleagues,
Representing
a feminist government, I am grateful and honoured to receive this award
acknowledging the efforts by the political parties of Sweden in improving the
gender balance of our national parliament.
However,
it is important to recognise that we are dealing with an achievement in the
long-term, that is, since the early 1990's. In the past two elections, the
total number of female MP's has actually declined from an all-time high of 47
percent (2006) to nearly 44 percent (2014). While this figure is still decent
by international standards, it should remind us that the victories of yesterday
cannot be taken for granted. They must be continuously defended.
The Swedish government, on the
other hand, enjoys a 50-50 balance of women and men in charge (state secretary,
political advisors). This is a vital condition for our feminist approach.
I think that women and men should deal with whichever area they like in
politics, defence, and agriculture, whatever. But research shows that women's
presence in parliament change politics and legislation on social justice,
gender equality, SRHR, children rights etc. In many parliaments, also in Sweden
sometimes women from different parties work together». Continue.
Para terminar, um bom indicador, a composição do Governo Sueco:
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