sexta-feira, 22 de maio de 2015

«COMO A IGUALDADE DE GÉNERO FEZ DA SUÉCIA UM PAÍS RICO»




Uma  passagem do trabalho do jornal Público da autoria de Andreia Sanches :
«(...)
O país que ocupa o 4.º lugar (em 142) no ranking do Fórum Económico Mundial que mede a igualdade de género (depois da Islândia, da Finlândia e da Noruega) era, nos anos 60 do século passado, um dos que tinham piores taxas de natalidade na Europa. Hoje é dos que têm das mais elevadas — Portugal é a que tem a mais baixa da União Europeia dos 28. O que é que igualdade de género tem que ver com os bebés que nascem? E com a performance económica de um país?
“A nossa ideia sobre a igualdade de género é que é uma questão de direitos, sem dúvida, mas é também algo que permite uma série de ganhos sociais, que permite atingir vários objectivos”, diz a muito pragmática ministra sueca para a Igualdade, Åsa Regnér, numa tarde chuvosa de Abril num encontro com um grupo de jornalistas estrangeiros na sede do seu ministério. “Desde logo, o objectivo do crescimento económico. A possibilidade de usar toda a competência e capacidade da mão-de-obra existente — e havendo mais mulheres a sair das universidades com graus académicos, mais do que homens, temos de fazer uso desse investimento que se está a fazer nelas. Isto é bom para os indivíduos, mas também para toda a sociedade”. (...)». Leia na integra.

A propósito, em Março último em Adis Abeba a Suécia ganhou um prémio de Igualdade de Género pelos esforços feitos quanto à representatividade das mulheres no Parlamento Sueco. O discurso da Ministra para a Igualdade está disponível na internet. Começa assim:

«Excellences, Dear Colleagues,

Representing a feminist government, I am grateful and honoured to receive this award acknowledging the efforts by the political parties of Sweden in improving the gender balance of our national parliament.
However, it is important to recognise that we are dealing with an achievement in the long-term, that is, since the early 1990's. In the past two elections, the total number of female MP's has actually declined from an all-time high of 47 percent (2006) to nearly 44 percent (2014). While this figure is still decent by international standards, it should remind us that the victories of yesterday cannot be taken for granted. They must be continuously defended.
The Swedish government, on the other hand, enjoys a 50-50 balance of women and men in charge (state secretary, political advisors). This is a vital condition for our feminist approach. 

I think that women and men should deal with whichever area they like in politics, defence, and agriculture, whatever. But research shows that women's presence in parliament change politics and legislation on social justice, gender equality, SRHR, children rights etc. In many parliaments, also in Sweden sometimes women from different parties work together». Continue.



Para terminar, um bom indicador, a composição do Governo Sueco:




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