segunda-feira, 24 de novembro de 2014

WORKSHOP | «Tomando as rédeas das palavras: feminilidades, masculinidades, novos media e (contra)hegemonia» | NOVEMBRO | 27 | COIMBRA



Um dos textos de partida para 
o workshop



Tomando as rédeas das palavras: feminilidades, masculinidades, novos media e (contra)hegemonia
Sofia José Santos (CES/Promundo)
27 de novembro de 2014, 17h00, Sala 1, CES-Coimbra



«Os  meios  de  comunicação  convencionais,  pela  sua  ubiquidade,  o  seu  poder  discursivo,  tecnológico  e  de  mediação,  são  comumente  identificados  como  um  dos  atores  discursivos  mais  responsáveis  pela  (re)produção  de  representações  sociais  de  género  que  idealizam  a  imagem  da  masculinidade  hegemónica  referenciada  pelas  ideias  de  virilidade,  força,  racionalidade,  liderança  e  heterossexualidade,  por  oposição  a  delicadeza,  feminilidade,  submissão  e  emotividade,  colocadas  habitualmente como características tipicamente femininas.  Estas imagens associadas  e inculcadas ao que significa “ser homem” e “ser mulher” condicionam fortemente o  comportamento  de  todas  as  pessoas  que  estão  expostas  a  estas  representações, independentemente  do  seu  género,  sendo  a  possível  transgressão  a  essas  mesmas  representações  passível  de  exclusão,  marginalização,  condenação  ou subalternização.

Fazendo uso do  mesmo  poder  tecnológico,  discursivo,  de  mediação  e  de  ubiquidade,  os  novos  media  (e.g.  facebook,  twitter,  youtube)  são  uma  das  ferramentas recorrentemente identificadas como cruciais para contrariar e desafiar o  entendimento  hegemónico  e  redutor  do  que  significa  “ser  homem”  e  “ser  mulher”,  uma  vez  que  possibilitam  a  mesma  construção  de  narrativas  –  públicas  e  privadas  – como  os  media  convencionais,  mas  têm  a  possibilidade  de  ser  imunes  à  política  económica  a  que  os  media  convencionais  estão  sujeitos  e  permitem,  gratuitamente, que  cada  pessoa  possa  ser  autora  e  comentadora  no  espaço  e  esfera  públicos  e  não  mais apenas espetadora, ouvinte ou leitora, papeis aos quais  os media convencionais comumente nos reduzem.

Esta oficina pretende  fazer  uma  discussão  sobre  as  possibilidades  e  os  limites  dos  novos  media  como  espaço  de resistência  e  luta  contra-hegemónica  das  masculinidades e feminilidades subalternizadas, marginalizadas e/ou inivisibilizadas». Mais.

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