Um dos textos de partida para
o workshop
Tomando as rédeas das palavras: feminilidades, masculinidades, novos media e (contra)hegemonia |
Sofia José Santos (CES/Promundo)
27 de novembro de 2014, 17h00, Sala 1,
CES-Coimbra
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«Os meios de comunicação convencionais, pela sua ubiquidade, o seu
poder discursivo, tecnológico e de mediação, são comumente
identificados como um dos atores discursivos mais responsáveis pela
(re)produção de representações sociais de género que idealizam a
imagem da masculinidade hegemónica referenciada pelas ideias de
virilidade, força, racionalidade, liderança e heterossexualidade, por
oposição a delicadeza, feminilidade, submissão e emotividade, colocadas
habitualmente como características tipicamente femininas. Estas imagens
associadas e inculcadas ao que significa “ser homem” e “ser mulher” condicionam
fortemente o comportamento de todas as pessoas que estão expostas a
estas representações, independentemente do seu género, sendo a possível
transgressão a essas mesmas representações passível de exclusão,
marginalização, condenação ou subalternização.
Fazendo uso do mesmo
poder tecnológico, discursivo, de mediação e de ubiquidade, os novos
media (e.g. facebook, twitter, youtube) são uma das ferramentas
recorrentemente identificadas como cruciais para contrariar e desafiar o
entendimento hegemónico e redutor do que significa “ser homem” e “ser
mulher”, uma vez que possibilitam a mesma construção de narrativas –
públicas e privadas – como os media convencionais, mas têm a
possibilidade de ser imunes à política económica a que os media
convencionais estão sujeitos e permitem, gratuitamente, que cada pessoa
possa ser autora e comentadora no espaço e esfera públicos e não
mais apenas espetadora, ouvinte ou leitora, papeis aos quais os media
convencionais comumente nos reduzem.
Esta oficina pretende fazer uma
discussão sobre as possibilidades e os limites dos novos media como
espaço de resistência e luta contra-hegemónica das masculinidades e
feminilidades subalternizadas, marginalizadas e/ou inivisibilizadas». Mais.
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