LISBOA
APARA O RAPAZ QUE VAI E VEM
«Pingo a pingo se enche um garrafão de água. Apara o rapaz que vai e vem, conta a estória do dia-a-dia de um rapaz numa aldeia africana. A água é o que a aldeia tem de mais importante. Este rapaz chama-se Apara.
No outro lado do mundo vive Gedeão, um rapaz da mesma idade que vive numa cidade onde nada lhe falta. Gedeão tem tudo o que precisa bem perto de si. Água não é problema. Corre facilmente pela torneira, torneira essa que está sempre a pingar. Poderão os pingos desta torneira encher o garrafão de água de Apara?
Apara o rapaz que vai e vem é um espectáculo visual de reflexão. A palavra é substituída por um suporte musical original que nos guia através de duas realidades bem diferentes deste nosso planeta. A abundância e a escassez de recursos, o valor dos bens materiais, o valor da vida e o valor da água como geradora de vida enformam o espectáculo. Estaremos nós a dar a devida importância ao bem mais precioso para a nossa existência? Teremos nós noção que a água potável não é assim tão abundante? Terá de haver um grito maior que o planeta, para todos despertarmos e tomarmos consciência do desperdício... amanhã poderá ser tarde». Mais no site do Museu.
No outro lado do mundo vive Gedeão, um rapaz da mesma idade que vive numa cidade onde nada lhe falta. Gedeão tem tudo o que precisa bem perto de si. Água não é problema. Corre facilmente pela torneira, torneira essa que está sempre a pingar. Poderão os pingos desta torneira encher o garrafão de água de Apara?
Apara o rapaz que vai e vem é um espectáculo visual de reflexão. A palavra é substituída por um suporte musical original que nos guia através de duas realidades bem diferentes deste nosso planeta. A abundância e a escassez de recursos, o valor dos bens materiais, o valor da vida e o valor da água como geradora de vida enformam o espectáculo. Estaremos nós a dar a devida importância ao bem mais precioso para a nossa existência? Teremos nós noção que a água potável não é assim tão abundante? Terá de haver um grito maior que o planeta, para todos despertarmos e tomarmos consciência do desperdício... amanhã poderá ser tarde». Mais no site do Museu.
O TEATRO DOS PAPÁS
"O Papá oferece uma maçã começada à Mamã.
MAMÃ - Obrigada, já não tenho fome."
MAMÃ - Obrigada, já não tenho fome."
De 25 a 27 de Janeiro (sexta e sábado às 21h30, domingo às 16h30) 2 de Fevereiro às 21h30
Espectáculos para público escolar de 28 de Janeiro a 8 de Fevereiro
10h30 e 14h30 (Excepto sábados e domingos) Contacto para informações e reservas - 262 823 302 | 966 186 871
10h30 e 14h30 (Excepto sábados e domingos) Contacto para informações e reservas - 262 823 302 | 966 186 871
Público Geral 7.50€ | Estudante (< 24 anos) e Sénior (>65 anos) - 5.00€ | Bilhete Infantil (<12 anos) - 2.50€
Maiores de 6 anos | Lotação 60 pessoas
«O teatro dos papás é diante do filho, do filho único. E não é o que representam conscientemente quando jogam com ele, quando se apropriam de um espaço que está no tempo mental imaginado da criança, imaginado pois a criança bebé só o esboça no olhar, ainda não o diz, espaço de um absoluto do lúdico, sem fronteiras, sem politicamente correcto. É portanto, este teatro dos papás, o do desencontro entre pai e mãe, da divergência, da diferença como dinâmica da utopia conjugal, no meio do outro teatro, esse da imaginação concreta feita com os artefactos da casa, no apartamento, mundo fechado e simultaneamante invadido pela sociedade do espectáculo e mercado. Esse teatro é obviamente a desavença no seio da avença contractual e conjugal, intimidade feita teatro no olho da criança, o seu cérebro, que assim cresce. Mas a relação dos pais espelha a desordem do mundo e a desordem desta actualidade que vivemos, marcada pelo hedonismo e pelo hiperconsumo, pela dificuldade da troca afectiva como subjectividade plural, cultura familiar autêntica, com timbre próprio, inclassificável, aliás como o que é a poesia.
Deparamo-nos com que fio condutor substancial enquanto educação real diariamente exercida - sem projecto - sobre a criança? Com a violência. Não é por acaso que nos Estados Unidos – que se globalizaram há muito e que agora têm na China o seu imitador de duas estrelas mais eficaz – as armas são de uso vulgar e os massacres um desporto comum com repercussões trágico-piedosas, amplamente mediatizadas no todo do sistema, sempre que o crime salta para a ribalta dos dias. Choram uns, sinceramente e logo veem outros clamar por mais armas e consequentemente mais mortos: é esse o projecto destes e a incapadidade de se lhes opor dos outros. E esta liberdade das armas está na constituição original, para os americanos muito mais que a vaca sagrada para os indianos». Continue aqui.
Deparamo-nos com que fio condutor substancial enquanto educação real diariamente exercida - sem projecto - sobre a criança? Com a violência. Não é por acaso que nos Estados Unidos – que se globalizaram há muito e que agora têm na China o seu imitador de duas estrelas mais eficaz – as armas são de uso vulgar e os massacres um desporto comum com repercussões trágico-piedosas, amplamente mediatizadas no todo do sistema, sempre que o crime salta para a ribalta dos dias. Choram uns, sinceramente e logo veem outros clamar por mais armas e consequentemente mais mortos: é esse o projecto destes e a incapadidade de se lhes opor dos outros. E esta liberdade das armas está na constituição original, para os americanos muito mais que a vaca sagrada para os indianos». Continue aqui.
ODIVELAS
O ROUXINOL
Versão dramática e encenação de José Caldas
Até 24 de janeiro
Centro Cultural Malaposta
Odivelas
Até 24 de janeiro
Centro Cultural Malaposta
Odivelas
(terminou ontem, mas quem sabe aparece noutro sitio ...)
«O Rouxinol, conto de Christian H. Andersen, adaptado e encenado por José Caldas, traz o desafio de contar uma história aos miúdos. Será que os nossos espetadores, sobretudo os mais pequenos, são capazes de seguir uma história emocionante mas sem aparato tecnológico? A encenação que José Caldas nos propõe de "O Rouxinol" é exatamente sobre o confronto entre o simulacro (o pássaro máquina) e o natural (o pássaro de verdade) - entre a fadiga da simplicidade e a aparatosa e acumulativa aparência.
A personagem feminina, interpretada pela atriz Teresa Mónica, aparece neste trabalho como a detentora e transmissora da nossa herança cultural, matriarcal, evocando as memórias de uma “história que se passou há muito, muito, tempo”, sendo por isso mesmo muito importante que seja lembrada e contada agora. Toda a ação decorre num cenário que sugere um quarto de dormir, onde a utilização dos móveis e dos objetos do quotidiano remetem para outros lugares e ambiências do conto.
Antes de se encontrarem aprisionadas nos livros, as palavras eram soltas, aéreas e partilháveis. A tradição oral transmitia o recado reinventado por cada boca e cada corpo.
Tudo era vivo, e com as palavras o gesto, a emoção, o calor, o brilho dos olhos e odores das gentes». Mais aqui.
A personagem feminina, interpretada pela atriz Teresa Mónica, aparece neste trabalho como a detentora e transmissora da nossa herança cultural, matriarcal, evocando as memórias de uma “história que se passou há muito, muito, tempo”, sendo por isso mesmo muito importante que seja lembrada e contada agora. Toda a ação decorre num cenário que sugere um quarto de dormir, onde a utilização dos móveis e dos objetos do quotidiano remetem para outros lugares e ambiências do conto.
Antes de se encontrarem aprisionadas nos livros, as palavras eram soltas, aéreas e partilháveis. A tradição oral transmitia o recado reinventado por cada boca e cada corpo.
Tudo era vivo, e com as palavras o gesto, a emoção, o calor, o brilho dos olhos e odores das gentes». Mais aqui.
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