sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

OLÁ CRIANÇAS! OLÁ JOVENS! TALVEZ LHES INTERESSE (1)


LISBOA
APARA O RAPAZ QUE VAI E VEM

«Pingo a pingo se enche um garrafão de água. Apara o rapaz que vai e vem, conta a estória do dia-a-dia de um rapaz numa aldeia africana. A água é o que a aldeia tem de mais importante. Este rapaz chama-se Apara.
No outro lado do mundo vive Gedeão, um rapaz da mesma idade que vive numa cidade onde nada lhe falta. Gedeão tem tudo o que precisa bem perto de si. Água não é problema. Corre facilmente pela torneira, torneira essa que está sempre a pingar. Poderão os pingos desta torneira encher o garrafão de água de Apara?
Apara o rapaz que vai e vem é um espectáculo visual de reflexão. A palavra é substituída por um suporte musical original que nos guia através de duas realidades bem diferentes deste nosso planeta. A abundância e a escassez de recursos, o valor dos bens materiais, o valor da vida e o valor da água como geradora de vida enformam o espectáculo. Estaremos nós a dar a devida importância ao bem mais precioso para a nossa existência? Teremos nós noção que a água potável não é assim tão abundante? Terá de haver um grito maior que o planeta, para todos despertarmos e tomarmos consciência do desperdício... amanhã poderá ser tarde».
Mais no site do Museu.



CALDAS DA RAINHA
O TEATRO DOS PAPÁS


"O Papá oferece uma maçã começada à Mamã.
MAMà- Obrigada, já não tenho fome."


De 25 a 27 de Janeiro (sexta e sábado às 21h30, domingo às 16h30) 2 de Fevereiro às 21h30
Espectáculos para público escolar de 28 de Janeiro a 8 de Fevereiro
10h30 e 14h30 (Excepto sábados e domingos) Contacto para informações e reservas - 262 823 302 | 966 186 871
Público Geral 7.50€ | Estudante (< 24 anos) e Sénior (>65 anos) - 5.00€ | Bilhete Infantil (<12 anos) - 2.50€
Maiores de 6 anos | Lotação 60 pessoas


«O teatro dos papás é diante do filho, do filho único. E não é o que representam conscientemente quando jogam com ele, quando se apropriam de um espaço que está no tempo mental imaginado da criança, imaginado pois a criança bebé só o esboça no olhar, ainda não o diz, espaço de um absoluto do lúdico, sem fronteiras, sem politicamente correcto. É portanto, este teatro dos papás, o do desencontro entre pai e mãe, da divergência, da diferença como dinâmica da utopia conjugal, no meio do outro teatro, esse da imaginação concreta feita com os artefactos da casa, no apartamento, mundo fechado e simultaneamante invadido pela sociedade do espectáculo e mercado. Esse teatro é obviamente a desavença no seio da avença contractual e conjugal, intimidade feita teatro no olho da criança, o seu cérebro, que assim cresce. Mas a relação dos pais espelha a desordem do mundo e a desordem desta actualidade que vivemos, marcada pelo hedonismo e pelo hiperconsumo, pela dificuldade da troca afectiva como subjectividade plural, cultura familiar autêntica, com timbre próprio, inclassificável, aliás como o que é a poesia.
Deparamo-nos com que fio condutor substancial enquanto educação real diariamente exercida - sem projecto - sobre a criança? Com a violência. Não é por acaso que nos Estados Unidos – que se globalizaram há muito e que agora têm na China o seu imitador de duas estrelas mais eficaz – as armas são de uso vulgar e os massacres um desporto comum com repercussões trágico-piedosas, amplamente mediatizadas no todo do sistema, sempre que o crime salta para a ribalta dos dias. Choram uns, sinceramente e logo veem outros clamar por mais armas e consequentemente mais mortos: é esse o projecto destes e a incapadidade de se lhes opor dos outros. E esta liberdade das armas está na constituição original, para os americanos muito mais que a vaca sagrada para os indianos»
. Continue aqui.


ODIVELAS
O ROUXINOL

Versão dramática e encenação de José Caldas
Até 24 de janeiro
Centro Cultural Malaposta
Odivelas
(terminou ontem, mas quem sabe aparece noutro sitio ...)

«O Rouxinol, conto de Christian H. Andersen, adaptado e encenado por José Caldas, traz o desafio de contar uma história aos miúdos. Será que os nossos espetadores, sobretudo os mais pequenos, são capazes de seguir uma história emocionante mas sem aparato tecnológico? A encenação que José Caldas nos propõe de "O Rouxinol" é exatamente sobre o confronto entre o simulacro (o pássaro máquina) e o natural (o pássaro de verdade) - entre a fadiga da simplicidade e a aparatosa e acumulativa aparência.
A personagem feminina, interpretada pela atriz Teresa Mónica, aparece neste trabalho como a detentora e transmissora da nossa herança cultural, matriarcal, evocando as memórias de uma “história que se passou há muito, muito, tempo”, sendo por isso mesmo muito importante que seja lembrada e contada agora. Toda a ação decorre num cenário que sugere um quarto de dormir, onde a utilização dos móveis e dos objetos do quotidiano remetem para outros lugares e ambiências do conto.
Antes de se encontrarem aprisionadas nos livros, as palavras eram soltas, aéreas e partilháveis. A tradição oral transmitia o recado reinventado por cada boca e cada corpo.
Tudo era vivo, e com as palavras o gesto, a emoção, o calor, o brilho dos olhos e odores das gentes»
.
Mais aqui.

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