quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

MULHERES NA CULTURA - Luzia Maria Martins


A colega Fátima Mendes da IGAC alertou-nos para a Exposição da imagem - notícia do Jornal O Primeiro de Janeiro do dia 7 passado. Pretexto suficiente para trazermos LUZIA MARIA MARTINS para a nossa «secção» MULHERES NA CULTURA. E depois fomos saber mais da exposição  inaugurada  na última quinta-feira na Sociedade Portuguesa de Autores. A partir do  site da SPA: 
Luzia Maria Martins: Uma Mulher no Teatro e no Mundo
Exposição evocativa da encenadora, dramaturga, tradutora e fundadora da Companhia de Teatro Estúdio de Lisboa / Teatro Vasco Santana.Luzia Maria Martins foi um dos nomes mais importantes da história do teatro em Portugal, como encenadora, dramaturga, tradutora, directora de companhia de teatro e também na sua condição de cidadã e de exigente mulher de cultura. Nesses vários domínios deixou uma marca que o tempo não apagou, nem irá apagar. Autora de peças de teatro que trouxeram para a cena figuras da nossa história literária como Luís de Camões, Bocage ou Cesário Verde, Luzia Maria Martins, durante os anos de trabalho na BBC de Londres, conviveu com algum do melhor teatro que se fazia no mundo.
As coordenadas da exposição
Entrada Livre
Horário: de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 19h00
Local: Galeria Carlos Paredes
Rua Gonçalves Crespo, nº62 - Lisboa
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E  a partir do Saber da Sapo,  uma  Biografia:Luzia Maria Martins, filha do cenógrafo Reinaldo Martins, nasceu em Lisboa, a 27 de Maio de 1927. Ainda em criança trabalhou na Companhia Maria Matos e na Companhia Alves da Cunha. Mais tarde, depois de frequentar o liceu e de passar pela rádio e pelo jornalismo, partiu para Londres onde fez a aprendizagem de teatro em simultâneo com o trabalho para a BBC como locutora e produtora das Secções Portuguesa e Brasileira. Durante os 11 anos de permanência em Londres frequentou também os seguintes cursos: Filosofia (Universidade de Londres); Cinema (London School of Film Technique); Encenação de Ballet (Royal Academy of Dancing); Encenação Teatral (City Literary Institute). Depois disso, nos finais de 1963, fundou com a actriz Helena Félix, o Teatro-Estúdio de Lisboa. No Teatro Vasco Santana, onde sempre actuou, teve como principal preocupação a renovação do repertório, dando a conhecer, entre outros, os novos autores de origem anglo-saxónica. Luzia Martins, traduziu e encenou para este Teatro, entre outras, as peças: Joana de Lorena, de Maxwell Anderson; O pomar das cerejeiras, de Tchekov; Mesas separadas, de Terence Rattigan; Tomás More, de Robert Bolt; Exercício para cinco dedos, de Peter Shaffer; A nossa cidade, de Thornton Wilder; Noite de verão, de Ted Willis; Um sonho, de Strindberg; Lar, de David Storey; Testemunho inadmissível, de John Osborne; Os amigos, de Arnold Wesker; O mar, de Edward Bond; A louca de Chaillot, de Jean Giraudoux; Quem é esta mulher, de Marguerite Duras; O escritório, de Vacláv Havel; Guerra e paz, de Tolstoi (versão de Erwin Piscator); Habeas Corpus, de Alan Bennet. Como autora de textos teatrais, destacam-se: Bocage: alma sem mundo e Quando a banda tocar.
Pessoalmente, recordo-me da emoção deste momento, registado na Biografia de Luisa Ortigoso (sublinhado nosso) :  Em 1996/97 apresenta, em co-produção com o Teatro Nacional D. Maria II, o monólogo de José Jorge Letria “Frida e a Casa Azul”, que marca o regresso à encenação de Luzia Maria Martins e em que interpreta a figura da pintora mexicana Frida Kahlo.
Ainda com este espectáculo, participa no Festival Internacional de Teatro de Almada em Julho de 1998.
 
Luzia Maria Martins faleceu poucos anos depois, em 2000. Como autora,
consta da Base de Dados  biobibliográficos de Autores portuguesas da ex-DGLB.



Helena Félix e Luzia Maria Martins




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