quinta-feira, 29 de novembro de 2012

IGUALDADE - REFERÊNCIAS INSTITUCIONAIS Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW)


"o desenvolvimento pleno de um país,
o bem-estar do mundo e a causa da paz
necessitam da máxima participação
das mulheres em igualdade com os homens em todos os domínios."
CEDAW


Continuemos com as Referências Institucionais, e desta vez lugar à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as MUlheres (CEDAW). E para início o que o IV Plano Nacional Para a Igualdade - Género, Cidadania e não Discriminação - que a teve em consideração diz a respeito:



 Depois, o TExto da Convenção no site das Nações UNidas,  onde pode ver mais informação nomeadamente sobre a constituição do respetivo comité. E para sabermos o que se passa em Portugal, o Documento de 2010 da Plataforma Portuguesa Para os Direitos das Mulheres (PpDM), que teve o Apoio da CIG:



Refira-se, desde logo, a Apresentação do Documento:



A publicação pode ser lida neste endereço e há também um encarte.
Adenda:
Lei n.º 23/80. D.R. n.º 171, Série I de 1980-07-26
Assembleia da República
Ratifica a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres

domingo, 25 de novembro de 2012

HOJE 25 DE NOVEMBRO NÂO É DEMAIS RELEMBRAR QUE É O DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


25 de Novembro
 
 
Hoje 25 de novembro - Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher - impõe-se dar continuidade a post recente sobre este problema e para isso pegamos em alguns dos trabalhos produzidos nos últimos tempos. Mas antes lembremos: «O dia 25 de novembro foi instituído pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. Todos os anos desde 1999, governos, organizações não governamentais e instituições outras promovem neste dia atividades de sensibilização sobre o problema da violência contra a mulher, que atinge mais da metade da população mundial sem distinção de cor, raça e classe social». Agora:

Notícia no JN DO DIA 23

Jornal de Notícias


Responsabilidade Social das Empresas – Contributo na sinalização e/ou acompanhamento de situações de violência doméstica – Questionário sobre atividade empresarial
 até 30 de novembro

Governo de Portugal | Ministério da Economia e do Emprego
Direção Geral das Atividades Económicas

A Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE) do Ministério da Economia e do Emprego, em execução da Medida 6 – Distinção e divulgação de boas práticas empresariais no combate à violência doméstica inserida no IV PNCVD – IV Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2011-2013), lançou um Questionário sobre atividades empresariais com a finalidade de sinalizar e despistar eventuais situações de violência doméstica, incluindo a recolha das eventuais práticas existentes em matéria de RSE com incidência neste âmbito.
O prazo limite de resposta ao Questionário é o dia 30 de Novembro de 2012.
O tempo médio estimado para responder a este Questionário, é de aproximadamente 10 min.
Descarregar:Questionário_Identificação_Atividades_Sinalização_Combate_VD
Para efeitos de resposta, descarregue este ficheiro word para o computador, proceda ao seu preenchimento e envie-o para o seguinte endereço: antonio.oliveira@dgae.pt

Se mudares, telefona-me



Da CIG as jornadas nacionais contra a Violência Doméstica



 
E a partir do site da DGPJ de mensagem de 2011 mas atual : «Na mensagem que assinala este dia, o Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-Moon referiu que «a violência contras as mulheres e as raparigas assume diversas formas e ocorre em todo o mundo. Seja nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento a perversidade desta violência deve chocar-nos a todos. A violência – e, em muitos casos, a mera ameaça de violência – é uma das mais significativas barreiras à plena igualdade das mulheres».
Como parte dos esforços globais para a eliminação da violência contra as mulheres, o UNODC publicou recentemente o Estudo Global sobre Homicídio, que faculta uma abordagem baseada no género sobre a criminalidade violenta à escala internacional. O documento revela que as mulheres de todas as idades são as vítimas da violência dos seus próprios parceiros e da família em todas as regiões e países.
O Secretário-Geral das Nações Unidas lançou também a campanha UNiTE para terminar a violência contra as Mulheres, com o objectivo de prevenir e eliminar este tipo de violência contra as mulheres e raparigas à escala global. A UNiTE congrega todas as agências e escritórios das Nações Unidas, para galvanizar acções em todo o sistema da ONU, congregando os seus esforços com os cidadãos, a sociedade civil e os governos para pôr cobro a esta violência». Mais na UNODC.

 
 
Adenda: entretanto um Leitor indicou-nos o post Cinco canciones para salvar a las mujeres do Blogue Mujeres.
 
Bebe
 
 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

TERESA DE SALDANHA

Capa

«O livro "Teresa de Saldanha: a obra sócio-educativa", de Helena RIbeiro de Castro, vai ser apresentado este sábado, em Lisboa, na casa mãe da congregação das Dominicanas de Santa Catarina de Sena, que iniciou em 1868.
Teresa de Saldanha (1837-1916) «foi a primeira mulher fundadora em Portugal após a extinção das ordens religiosas. Tinha uma personalidade forte, determinada, organizada, uma notável capacidade de liderança e era trabalhadora, culta e piedosa, valores que imprimiu ao longo da sua vida em todas as acções que realizou, não esquecendo jamais a sua grande paixão a Deus e aos pobres», refere a página da congregação.
«Foi, sem dúvida, uma grande figura feminina que se adiantou ao seu tempo, ao ocupar-se da educação feminina, e que soube corresponder às necessidades impostas pela evolução da sociedade», lê-se na biografia da religiosa portuguesa que à data da morte tinha fundado 27 casas em Portugal, Brasil, EUA, Espanha e Bélgica.
O volume, editado pela congregação e pela Cáritas Portuguesa, é prefaciado pelo diretor do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa, António Matos Ferreira, texto que oferecemos aos nossos leitores». Veja aqui.
Apresentação marcada para as 17h30 no Largo de S. Domingos de Benfica, 14.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

APRESENTAÇÃO PÚBLICA DA CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 2012


Apresentação Pública da Campanha Contra a Violência Doméstica 2012

O Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares convida Vossa Excelência para a sessão evocativa do Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres. Este evento decorre no dia 23 de novembro, na Aula Magna do Hospital de Santa Maria, pelas 15 horas. (+)

 
 
E amplie-se esta luta para a dimensão mundial que tem. Veja o site da ONU  onde se pode ler:
 Violence against women and girls is one of the most widespread violations of human rights. In some countries, up to 7 in 10 women will be beaten, raped, abused or mutilated in their lifetimes. To raise awareness and trigger action to end this global phenomenon, International Day for the Elimination of Violence against Women (25 November), and the ensuing 16 Days of Activism against Gender Violence are commemorated every year around the world.

Ending violence against women is one of UN Women’s priority areas. UN Women also coordinates the UN Secretary-General’s UNiTE to End Violence against Women campaign and supports widespread social mobilization through its Say NO – UNiTE to End Violence against Women platform. In addition, UN Women manages the UN Trust Fund to End Violence against Women which commemorates its 16th anniversary in 2012.

Em particular, pode ler também a mensagem da UN Women Executive Director Michelle Bachelet  a propósito do  Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher - 25 de NOVEMBRO - de 2012.   Neste endereço.
 

NUDEZ

A crónica de Fernando Alves - SINAIS -, na TSF,  de ontem, merece ser trazida para aqui. É sobre mulheres que são mães, e jogadores de futebol e, bem vistas as coisas, todos eles procuram «igualdade». De uma forma pouco convencional. Veja como:  
«Dezasseis mulheres, mães de alunos do colégio Evaristo Calatayud de Montserrat, em Valência, decidiram pousar para um calendário erótico.
O resultado está em todos os jornais espanhóis. As mães do colégio valenciano surgem, ao ar livre, "vestidas" apenas com mochilas escolares e lingerie ousada. A operação parece despir, à nudez, o seu pudor. O que as imagens sugerem não é o "andar vestida de nudez" de que fala o poema de Drummond.
Na verdade, estas mulheres tentam recolher os 43 mil euros necessários para trazer de volta o autocarro escolar que servia os 80 alunos do colégio. A crise obriga os alunos do colégio a fazerem 6 km a pé, todos os dias.
Também uma equipa de futebol da 5ª divisão espanhola lançou, este sábado, um calendário erótico. Os jogadores do Verin, um pobre clube galego, aceitaram ser fotografados nus. Desse modo eles ajudam a reduzir a dívida do clube que ronda os 26 mil euros. Eles já conseguiram vender, em apenas 3 dias, metade dos mil calendários. Até da Suiça houve pedidos. E, com esta iniciativa, conquistaram duas páginas do jornal desportivo "Marca". Continue . A notícia no DN e um video:




terça-feira, 20 de novembro de 2012

CINEMA E DIREITOS HUMANOS



Desde logo, uma inciativa que inspira: e porque não fazer algo parecido? Estamos a falar de uma Mostra Cinema e Direitos Humanos que começa esta semana (quinta-feira) em São Paulo:
A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que exibe 37 filmes em todas as capitais brasileiras, começa nesta quinta-feira (22) na capital paulista, com temáticas que reforçam a garantia e o respeito aos direitos humanos no país.
Durante oito dias, o público poderá conferir, gratuitamente, filmes como o A Fábrica, de Aly Muritiba, que abre a mostra na quinta-feira, a partir das 20h30, no Cine Sesc. O curta metragem conta a história de um presidiário que convence a mãe a arriscar a própria segurança levando um telefone celular até ele.
Da Argentina, o Saia se Puder, de Mariano Luque, retrata uma mulher que sofre com a violência do companheiro, apesar de estarem em um camping, durante uma viagem de descanso. Outro filme, o venezuelano O Garoto que Mente, de Marité Ugás, traz um garoto de 13 anos que abandona a casa em que vive para viajar pelo litoral da Venezuela. Para sobreviver, ele seduz quem encontra pelo caminho, reinventando sua própria história. (+). E a Programação aqui, onde se pode ver também os envolvidos no projeto, nomeadamente a Secretaria de Direitos Humanos  que anuncia a mostra assim:



domingo, 18 de novembro de 2012

ENVELHECIMENTO E INOVAÇÃO SOCIAL

 
 
                                  
 Na Gulbenkian, «a assinalar o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, realiza-se, a 19 e 20 de novembro (ver programa) , a conferência internacional Envelhecimento e Inovação Social.
O envelhecimento é já um traço evidente da estrutura demográfica portuguesa. Em menos de 20 anos, um em cada cinco portugueses terá mais de 65 anos e em meados do século XXI essa proporção será de um para três. Desde há vários anos, e antecipando esta problemática, a Fundação Calouste Gulbenkian tem vindo a trabalhar junto dos mais velhos, sobretudo em três áreas: solidão/isolamento, demências e relações intergeracionais. Esta intervenção tem sido feita através do financiamento de projetos inovadores que testem respostas novas, melhores mais criativas a estes problemas associados ao envelhecimento da população.
 
Os desafios na Europa e no mundo
Organizada pelo Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano e pela delegação da Fundação no Reino Unido, a conferência traz a Portugal alguns dos principais especialistas desta temática, nomeadamente membros da União Europeia, das Nações Unidas e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e investigadores oriundos de vários países europeus, que nos fornecerão pistas para refletir e debater sobre o papel da inovação nas práticas e políticas do envelhecimento.
“Os desafios do envelhecimento na Europa” e “Os desafios do envelhecimento no mundo” serão os grandes temas debatidos nas manhãs dos dias 19 e 20 de novembro, respetivamente. O painel dedicado ao caso europeu será presidido por Manuel Villaverde Cabral, responsável pelo Instituto do Envelhecimento, e integrará nomes como Sally Greengross (Centro Internacional para a Longevidade, Reino Unido), Maria Angeles Duran (Conselho de Investigação, Espanha), Claude Martin (Centro Nacional de Investigação Científica, França) e Angela Cluzel (Plataforma Europeia para o Envelhecimento). O principal orador desta sessão é Lászlo Andor, comissário europeu para o Emprego, Inclusão e Assuntos Sociais, que se debruçará sobre o tema “Envelhecer ativamente: um desafio para o indivíduo e para a sociedade”». (+).
 
 
                                © Márcia Lessa

MULHERES EM DESTAQUE - Catarina Furtado



O destaque que aqui se dá a Catarina Furtado não tem a ver com a sua atividade profissional mas sim com o facto de ter lançado  recentemente  a   Corações com Coroa,  associação que quer promover os direitos humanos e a igualdade de género. Uma das notícias aquando da apresentação a 7 de Novembro (Correio da Manhã): Esta associação sem fins lucrativos, liderada pela apresentadora Catarina Furtado, Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas, tem como principal objectivo “capacitar as meninas e mulheres para assegurar os seus direitos humanos, pois a igualdade social só é possível com igualdade de género”.
Para tal, a associação promete lutar pela igualdade de oportunidades e direitos das meninas, jovens e mulheres, dado ser ainda este o sector da população mais vulnerável. Segundo referiu Ana Magalhães, da direcção da CCC, "Portugal recuou 12 posições no ranking da igualdade de género”.
A conferência focou-se em alertar e consciencializar para os principais problemas com que se irá debater esta associação, que irá actuar na promoção de educação, saúde, cidadania, igualdade de oportunidades, actuar contra a violência psicológica e física praticada contra mulheres.
Para tal irá trabalhar em conjunto com escolas, comunicação social, juntas de freguesia e centros de saúde.
Marcaram presença na conferência Francisco George (director-geral de Saúde), Leonor Beleza, Maria Barroso e Maria José Ritta.
Mas pode saber-se mais sobre a Corações com Coroa, por exemplo, no Portal Sapo, nomeadamente: «É o projeto de vida de Catarina Furtado, como ela própria o afirma, com visível orgulho.
Materializar a sua experiência de 12 anos como embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, tirando partido da visibilidade mediática que uma carreira de 21 anos já lhe proporcionou, é o objetivo da Corações Com Coroa (CCC).
O nome foi escolhido pela filha Beatriz de seis anos e o logotipo, um coração com uma coroa cor de laranja com três pontas coloridas foi desenhado por Gonçalo, filho de Ana Magalhães  (...). A gestora de recursos humanos, pós-graduada em comunicação e imagem, é uma das três mulheres do grupo de 11 fundadores que, juntamente com a produtora de televisão Ana Torres, constituem a direção da associação, presidida pela mediática apresentadora de televisão.
O intuito é combater a desigualdade no acesso às oportunidades e a discriminação com base no género, desenvolvendo programas e iniciativas que ajudem a travar problemas de violência doméstica, violação infantil, bullying, bulimia, abandono infantil, violência no namoro e no acesso a cuidados de saúde e de educação. «Todas estas realidades existem e estão em ascenção», lamenta Ana Torres».

E quanto à origem do Pojeto como disse Catarina Furtado à revista Visão, «a ideia nasceu depois do lançamento das T-shirts Corações com Coroa, no final de 2011, que ainda não estão todas vendidas. Mas, quando estiverem, o valor angariado será um donativo meu ao Fundo da ONU para a Pobreza». E sobre esta iniciativa, o video seguinte em que Catarina Furtado conversa com Rita Blanco:
 
 




 
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA

 «Forced labour is the antithesis of decent work. The least protected persons, including women and youth, indigenous peoples, and migrant workers, are particularly vulnerable. Modern forced labour can be eradicated with a sustained commitment and resources».


International Labour Organization

«Escravidão contemporânea atinge cadeias produtivas de empresas internacionais modernas, diz OIT

A prevenção e a erradicação do trabalho escravo constituem um imperativo ético, moral e de justiça social, afirmou a Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, na abertura do Seminário sobre Formas Contemporâneas de Escravidão: suas causas e consequências, nesta segunda-feira (12), em Brasília.
De acordo com a Diretora da OIT, o problema está presente não apenas nos setores informais dos países em desenvolvimento, mas também nos países centrais e nas cadeias produtivas de grandes e modernas empresas atuantes no mercado internacional.
“Não se trata de um fenômeno que ocorre apenas em modos de produção arcaicos ou já superados historicamente, mas infelizmente tem crescido no contexto de um processo de globalização desigual e que carece de mecanismos de governança mais democráticos e equilibrados”, disse. Além disso, observou que a persistência da crise econômica internacional, com a gravidade que a caracteriza, em especial em algumas regiões do mundo, pode ser um fator de agravamento do problema». Continue aqui. E sobre este problema o Relatório seguinte da OIT:


«The present Report aims to set out the challenges facing the key actors and institutions involved in a global alliance against forced labour. There are daunting conceptual, political, legal, juridical, institutional and other challenges. The Report shows how such challenges have so far been met, often with the support or involvement of the ILO’s technical cooperation programmes. There is now a substantial amount of good practice that can guide future efforts to tackle forced labour in all its forms». (+)


Adenda: Entretanto, e a propósito, reparámos que no Teatro Nacional D. Maria II, no âmbito do  "Ano do Brasil em Portugal - Mostra de Teatro do Brasil", está em cena  MISSA DOS QUILOMBOS:


E sobre o espetáculo: « (...) segue a estrutura padrão de uma missa e inclui, entre outras etapas, o "Rito Penitencial”, "Ofertório”, "Rito da Paz” e uma "Ladainha”. Nas 11 músicas compostas por Milton Nascimento, onde há vários trechos recitados, o vocabulário cristão alia-se a expressões africanas, numa fusão de sons, danças e cores.
O diretor Luiz Fernando Lobo procura desfazer a ideia que muita gente pode ter ao ouvir a expressão Missa dos Quilombos: "Parece que vamos falar só dos velhos quilombos, dos tempos antigos da escravidão mas, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), nunca houve tanto trabalho escravo no mundo como hoje"». 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

40% DE MULHERES EM LUGARES NÃO EXECUTIVOS DE TOPO

A notícia de ontem: «Bruxelas propõe quota de 40% para mulheres em cargos não executivos de administração
A Comissão Europeia apresentou hoje, em Bruxelas, uma proposta que considera "histórica", visando uma quota de 40% de mulheres em lugares não executivos de topo das empresas cotadas em bolsa, em 2020.
  Para as empresas públicas, sobre as quais as autoridades públicas exercem uma influência dominante, a meta para o cumprimento é 2018.
Segundo dados de Bruxelas, prevê-se que a proposta se aplique a cerca de 5.000 empresas cotadas na União Europeia (UE), ficando excluídas as pequenas e médias empresas (com menos de 250 trabalhadores e um volume de negócios anual mundial não superior a 50 milhões de euros) ficam excluídas desta medida.
"Hoje é um dia histórico para a igualdade de géneros", disse a comissária europeia para a Justiça, Viviane Reding, em conferência de imprensa.
"Hoje a Comissão apresenta medidas legislativas para acabar de vez com os preconceitos que impedem as mulheres de atingir o topo das empresas. Em 2020 as mulheres representarão 40% dos membros no topo das empresas cotadas em bolsa", acrescentou, sublinhando que atualmente, e após anos de regulação, são apenas 15%.
As empresas que, em 2020, não cumpram a quota de pelo menos de 40% de mulheres como administradoras não executivas, serão obrigadas a proceder a nomeações com base numa análise comparativa das qualificações de cada candidato - aplicando critérios claros e inequívocos e sem discriminação em razão do sexo - e existindo igualdade das qualificações, deve ser dada prioridade ao sexo menos representado.
Este procedimento, sublinhou Reding, "deve ser aberto e transparente".» Continue aqui.

TEOLOGIAS FEMINISTAS


Imagem

Colóquio internacional de teologias feministas reflete sobre o corpo
«"Quem me tocou?" – O corpo nas teologias feministas» é o tema do 2.º Colóquio Internacional de Teologias Feministas que se realiza em Lisboa a 16 e 17 de novembro.
O encontro pretende sublinhar que «as mulheres têm corpo» e que ele, como «as suas vidas em corpo, lidas, ao longo da história da Igreja e da teologia, como lugar de tentação, são reivindicadas por mulheres como lugar de encontro com o religioso».
«"Cântico dos Cânticos” e o elogio da alteridade» (Isabel Allegro de Magalhães), "Não é o que entra, mas o que sai da boca que envenena os homens e mulheres" (André Barroso), «Mulheres, que fazeis aqui?» (Ana Vicente) e «Maria de Lourdes Pintasilgo. “Retratos sem moldura”» (Helena Silva Costa) são algumas das conferências..
O programa inclui o lançamento do livro "Mulheres que ousam ficar - Contributos para a teologia feminista", no sábado. +.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

IGUALDADE - REFERÊNCIAS INSTITUCIONAIS Declaração Universal dos Direitos Humanos

 
 

Como ponto de partida, as políticas públicas na esfera da Igualdade - Género, Cidadania e não Discriminação - enquadram-se «nos compromissos assumidos por Portugal nas várias instâncias internacionais e europeias, com destaque para a Organização das Nações Unidas (ONU), o Conselho da Europa (CoE) e a União Europeia». E têm de seguir principios fixados no âmbito do País: por exemplo, a igualdade entre mulheres e homens e a não discriminação constituem principios fundamentais da Constituição da República Portuguesa. De uma maneira natural, chegámos à conclusão que faz todo o sentido, de uma forma menos casuística do que a seguida até agora, irmos dando conta das grandes referências a ter em atenção qualquer que seja a iniciativa concreta. E, deste modo, em particular, responder a perguntas que já nos chegaram sobre esta matéria. Sempre que isso seja viável salientaremos «a cultura e as artes». Por outro lado, na coluna da direita, vamos  registar o levantamento que se for realizando. E vamos começar, como não poderia deixar de ser, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde logo, recorrendo ao IV Plano Nacional Para a Igualdade:

E no site do Diário da Républica pode ler o Texto da Declaração, onde está:
 
  1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam.
  2. Todos têm direito à protecção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria».
 E, a propósito, encontrado o cartaz da imagem - de 1986! -  não podiamos deixar de o partilhar neste momento. A defesa dos Direitos Humanos vem de longe, e é eterna. O Poema é de Eugénio de Andrade:

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos

______________________________

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

OS MASSUKOS E A IRMÃ FERREIRA


Através da  última Newsletter da UCCLA - União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas -  pode ficar a saber-se que «A reunião da Comissão Executiva da UCCLA, realizada a 1 de outubro, em Lichinga, Moçambique, constituiu um passo importante na consolidação e alargamento da UCCLA.  E mais: «(...) Lichinga assinalou os seus 50 anos de vida em setembro deste ano». E,  neste ambiente, o que nos levou a trazer Lichinga ao nosso blog: «Os Massukos - considerados tesouros nacionais no seu país natal,  são conhecidos tanto pela sua música deslumbrante, como pelo trabalho humanitário que fazem e utilizam a sua música para lutar contra a pobreza, com mensagens simples mas muitos reais sobre higiene, saneamento e Sida - e outros artistas locais abrilhantaram e deram cor e alma a esta data tão importante, testemunho que ficará marcado para o futuro desta Província».  E na newsletter pode ler-se também: «E porque as cidades são feitas de pessoas, na cidade capital da Província do Niassa reside uma missionária, de nome Irmã Ferreira, que tem uma obra notável e um trabalho, de mais de 45 anos, dedicado a crianças abandonadas». E termina assim: «Por tudo isto, e por muito mais, a visita à Província do Niassa, Lichinga, representou um passo muito importante e enriquecedor na consolidação e alargamento dos objetivos da UCCLA, uma associação que conta com 27 anos de existência e com um trabalho desenvolvido em prol das populações e das memórias urbanas».
 
 
 Lago Niassa
 
Este post acaba por nos tornar mais presente que um dos nossos objetivos especiais para o Cada Em Rosto Igualdade passa por conhecermos sobre «Igualdade» por esse mundo fora onde se fala português ... Mas, para já,  visitemos o  site da UCCLA.

domingo, 11 de novembro de 2012

«APLAUSOS EN CADENA»



«No existe ningún país donde las mujeres y los hombres tengan los mismos derechos y oportunidades. Las mujeres tienen menor acceso a la educación. Sufren mayores niveles de pobreza. Reciben menor retribución por un trabajo de igual valor. Y están más alejada de los puestos de responsabilidad y toma de decisión. La igualdad aún está lejos. Para luchar porque todo esto cambie, un grupo de actores, periodistas, cantantes y deportistas se han unido a la propuesta de Cadena Dial y la ONG Ayuda en Acción y han protagonizado un vídeo en el que reclaman los derechos de las mujeres en el mundo.
En él, prestan su imágen y su voz personas como Pepa Bueno, directora de Hoy por Hoy de la Cadena SER, la periodista Raquel Martos, Frank Blanco, de Cadena Dial; los actores Nicolás Coronado, de la serie televisiva Tierra de Lobos y Juanjo Artero, de El Barco; el jugador de fútbol del Atlético de Madrid Radamel Falcao, la directora de orquesta Inma Shara, o la cantante Chenoa. Piden a todos los ciudadanos que se sumen a esta campaña con sus aplausos y crear así la cadena más grande del mundo.
¿Sirve de algo? Sirve mucho más que no hacer nada».
Transcrito do Blog Mujeres - Implícate por las mujeres - Paloma Marín

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

«AS MULHERES DE DEUS»



Uma leitora alertou-nos para o Documentário «As Mulheres de Deus» que passou ontem, dia 8, na  RTP-2 (mas certamente que será exibido noutras ocasiões), e por isso  aqui fica informação, a partir  da Newsletter do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura:   “As mulheres de Deus”, centrado na vida de quatro irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus: Laurinda (62), Paula (42), Sara (29) e Susana (29), duas gerações de mulheres que decidiram abraçar a vida religiosa. «Eu já conhecia as irmãs e a forma como tratavam os seus doentes, e sempre achei que essa ação devia ser mostrada ao público, reconhecendo o trabalho enorme destas mulheres fantásticas», revelou a autora, Inês Leitão, em declarações ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. «As mulheres de Deus» também retrata «o mundo da doença mental e da deficiência, numa sociedade em que as pessoas querem ser bonitas e não envelhecer. As irmãs abraçam com amor esses doentes, e é essa forma de estar na vida que era importante mostrar».
E  da autora Inês Leitão: «(...)Foi eleita pela revista ELLE Portugal como um dos 20 novos Talentos para o futuro na dramaturgia portuguesa e em 2010 escreve exclusivamente para o blogue Desfibrilhador (www.desfibrilhador.blogspot.com). Em 2012 é convidada a participar com crónicas semanais no programa de rádio Manual de Instruções de Fernanda Almeida (RDP África). É a autora do “Manifesto pela saída de emergência” e “Manifesto pela utilização de transportes públicos”, manifestos encenados no projecto  Coro das Vontades (Teatro Maria Matos, Julho 2012).
É autora do documentário “As Mulheres de Deus” (2012), obra baseada na vida de quatro irmãs hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e do seu trabalho com doentes mentais na Casa de Saúde da Idanha em Sintra». (+)


Inês Leitão

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PRÉMIO IGUALDADE É QUALIDADE




A Mónica Guerreiro trouxe-nos o recorte do anúncio do jornal, a Margarida Silva digitalizou a imagem, e deste modo se fez o momento deste post. Agora é só  acrescentar os links para saber mais  sobre o Prémio no site da CITE e da CIG . Pode até não se gostar particularmente de «Prémios», mas tal como acontece nas «quotas para mulheres», gosta-se do que eles podem provocar. No caso deste «Igualdade e Qualidade», por exemplo, no domínio da «conciliação entre a vida familiar e a profissional», e se quisermos apenas olhar para as  Administrações Públicas, caso se acredite no impacto que pequenos atos podem ter na qualidade dos serviços prestados, por vezes uma pequena alteração no horário de uma trabalhadora ou de um trabalhador, ou até a aposta no trabalho à distancia, - aliás estimulados pelas políticas públicas - pode fazer milagres. Mas não, insiste-se em horários uniformizados quando tal não é minimamente reclamado em inumeras situações de trabalho. Entretanto, aguardemos pelos premiados para com eles aprendermos. 


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CRIANÇAS REFUGIADAS


«Os congressos bienais do CPR integram-se numa estratégia de Educação para o Desenvolvimento e procuram alertar a sociedade para a dramática situação em que vivem milhões de refugiados, em todo o mundo.
Em 2012, o X Congresso Internacional do CPR debruçar-se-á sobre as necessidades de proteção das crianças refugiadas, numa altura em que o seu número, especialmente dos Menores Não Acompanhados, não para de aumentar.
Por existirem informações ambíguas sobre a situação das crianças em movimento, quem são, de onde vêm e porque é que se deslocam, o X Congresso Internacional do CPR procurará esclarecer, a partir de uma perspetiva dos direitos das crianças, o que conduz ao movimento desta população, as suas condições em trânsito e as perspetivas futuras nos países de acolhimento.
Para estas crianças, estar deslocado não envolve apenas uma mudança física de local, mas um desvio de muitos aspetos da sua vida normal. Com as deslocações, as famílias são divididas, as relações sociais são quebradas, a educação é interrompida e o acesso a espaços sociais e as oportunidades de trabalho adiadas.
O facto de se desconhecer o número de crianças envolvidas nestas deslocações limita o necessário apoio a esta população tão vulnerável. Justamente, a extrema vulnerabilidade desta população impõe que sejam desenvolvidos esforços no sentido de assegurar condições de acolhimento dignas e que tenham em conta as suas principais necessidades, temas que serão debatidos neste congresso internacional.
Os desafios políticos para uma melhor proteção dos menores não acompanhados, o acolhimento, a assistência durante a avaliação da idade e a necessidade urgente de se encontrarem soluções duradouras para estas crianças, entre outras questões, serão amplamente discutidas por um painel de especialistas nacionais e internacionais, no X Congresso Internacional do Conselho Português para os Refugiados».
Este congresso terá lugar no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, no próximo dia 15 de novembro de 2012.
Entrada livre. Para se inscrever, clique aqui

terça-feira, 6 de novembro de 2012

MULHERES ARTISTAS DO SÉCULO XV AO SÉCULO XXI


A colega do ex-Igespar Ivone Lopes Tavares chamou-nos a atenção para o seguinte:

«MINICURSO -  ARTE COM ELAS: MULHERES ARTISTAS DO SÉCULO XV AO XXI


A propósito da exposição Itinerâncias, que reflecte sobre questões de género, recuperamos a herança plástica de artistas mulheres, desde o século XV até à actualidade.
Em quatro sessões de duas horas cada, abordaremos as suas criações, as condições de produção e recepção das suas obras, o reconhecimento dos pares e o esquecimento da historiografia, até à recuperação de uma herança que é de todos e sublinhando o papel que as mulheres artistas indiscutivelmente conseguiram nos nossos dias.
Iremos abordar carreiras de artistas nacionais e internacionais como Lavínia Fontana, Artemisia Gentileschi, Josefa d’Óbidos, Rosalba Carriera, Mary Cassatt, Berthe Morisot, Marie Laurencin, Maria Augusta Bordalo Pinheiro, Josefa Greno, Aurélia e Sofia de Sousa,Emília dos Santos Braga, Mily Possoz, Sarah Affonso, Ofélia Marques, Maria Adelaide Lima Cruz, Vieira da Silva, Maria Keil, Ana Hatherly, Paula Rego, Lourdes Castro, Ana Vieira entre muitas outras criadoras».
Duração: 8 horas Horário: das 18 às 20 horas Dias: 12 e 13 de Novembro e 15 e 16 de Novembro
Com a seguinte organização:
I parte: Sandra Leandro. 
Jogo de Damas: mulheres artistas do século XV ao século XIX.
Datas: 12 e 13 de Novembro.
Horário: das 18h às 20h
  II parte: Emília Ferreira
Jogos de Poderes: mulheres artistas nos séculos XX e XXI.
Datas: 15 e 16 de Novembro.
Horário: das 18h às 20h.

Adrienne Grandpierre-Deverzey
 interior do atelier de Pujol (pormenor), c. 1822.
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CONCILIAR CARREIRA E VIDA PESSOAL


A REVISTA do Jornal Expresso de 27 de Outubro último teve o «feminismo» como tema de capa como se pode ver pela imagem (bem discutível, segundo alguns) que era promovido assim: «Até que ponto conseguem as mulheres conciliar carreira e vida pessoal? A desistência de algumas executivas relançou a questão».  E a entrada do trabalho:
O artigo, na nossa ótica,  merece ser lido na totalidade e, eventualmente, ainda voltaremos a ele para divulgarmos os pontos de vista de mulheres portuguesas que foram ouvidas.  E também   para darmos a conhecer uma cronologia bem impressiva, porque simples, do percurso da «mulher» ao longo dos tempos que fazia parte do dossiê. Agora, apenas um dos destaques do trabalho:  


E por fim, o artigo «As Mulheres ainda não podem ter tudo» mencionado na Revista já tinha sido objeto de um post anterior aqui no Em Cada Rosto Igualdade.
E sem a colaboração da Susana Neves o de hoje não teria sido possível.