terça-feira, 29 de maio de 2012

MULHERES NA CULTURA - ANNA MASCOLO



Na semana passada ANNA MASCOLO foi notícia: ia ser-lhe concedido o Doutoramento honoris causa pel Universidade Técnica de Lisboa, o que aconteceu no dia 22. Por outro lado,  no dia 25,  a Transversal Editores lançou Celebrar a Dança,  obra que lhe presta homenagem.


A Mónica Guerreiro notou que tudo isto fazia sentido ser divulgado aqui no Em Cada Rosto Igualdade e, assim, este ambiente foi pretexto para procurarmos mais e incluirmos Anna Mascolo nas «nossas» Mulheres na Cultura. Nesta atmosfera celebratória continuemos, agora com alguns excertos de um trabalho de Lucinda Canelas publicado no Público do dia 20  (não temos link): Anna Mascolo trabalha pelo reconhecimento da dança em Portugal há mais de 50 anos. Começou por dançar, mas é o ensino que mais a atrai. Sempre com o mesmo entusiasmo. Atravessava muitas vezes as noites a escrever sobre dança – a que fazia (anotava eripécias, erros, ideias) e a que gostaria de ver feita (propostas de estatuto do bailarino, sonhos para novas escolas). Conhecia bem as grandes companhias europeias e indignava-se com a forma como Portugal lidava com professores, coreógrafos e intérpretes, fazendo de conta de que a sua arte era como outra actividade qualquer. Era assim aos 28 anos, quando criou o seu estúdio-escola, é assim aos 81, quando se prepara para receber o doutoramento  honoris causa, o primeiro da dança em Portugal. Na cabeça, Anna Mascolo não mudou. Continua a ensinar, a trabalhar de madrugada e ainda não desistiu de ver o país reconhecer que “um bailarino não é um contabilista”. (...)Em 1940, Portugal tinha apenas os bailados Verde Gaio, muito colados às directrizes do Estado Novo, que queria ver enaltecido o folclore. Só em meados da década de 40, Margarida de Abreu viria a fundar o Círculo de Iniciação Coreográfica, onde Mascolo chegou a dançar. “No Verde Gaio, as pessoas dançavam bem, mas a estética era muito limitada ao programa do regime, embora os professores lá não quisessem saber de ideologias. O grupo da Margarida de Abreu foi uma tentativa extraordinária de fazer mais e melhor pela dança, mas era preciso mais.” No pós-guerra, lembra Mascolo, começaram a passar por Lisboa as grandes companhias, como o Grande Ballet do Marquês de Cuevas, os Ballets des Champs Elysées, então dirigidos por Roland Petit, e o New York City Ballet. Vê-los dançar no palco do Teatro Nacional de São Carlos acentuava ainda mais a sensação de que o ensino em Portugal não era o mais indicado. (...) Em 1958, depois de muito tempo sem ter onde ensaiar, pôs em funcionamento o estúdio onde ainda hoje dá aulas duas vezes por semana. É aí que começa a sua carreira como pedagoga, que passa também pela Escola Superior de Dança de Lisboa, pelo Conservatório Nacional e pela Universidade Técnica de Lisboa (Faculdade de Motricidade Humana, onde recebe o doutoramento terçafeira, às 15h). Pelo meio fica ainda a direcção artística do Grupo Experimental de Ballet, o núcleo que mais tarde daria origem ao já extinto Ballet Gulbenkian. A dança em Portugal, garante, começou a mudar nos anos 60, mas ainda tem muito caminho pela frente, a começar pelo reconhecimento das particularidades da profi ssão de bailarino. A falta de um estatuto de desgaste rápido que permita ao bailarino reformar-se aos 40 anos, como acontece no Ballet da Ópera de Paris, exemplifi ca a professora, foi o que na sua opinião levou à extinção do Ballet Gulbenkian — “é preciso ver que a fundação já sustentava três elencos, e dois deles não dançavam” — e poderá conduzir a Companhia Nacional de Bailado a uma situação semelhante. (...). Aqui pode ver um detalhe da noticia. E neste, por exemplo, o que disse a TSF sobre o momento. Mas se quisermos ficar informados sobre Anna Mascolo, recorra-se ao seu site  onde encontra Biografia, Galeria de imagens, o que há a saber sobre a sua Escola. Como ilustração: O Estúdio-Escola aplica a metodologia própria de Anna Mascolo, com acompanhamento pianístico ao vivo em todas as aulas. As nossas instalações têm chão preparado para aulas de Dança.Antes do início das aulas haverá uma reunião de Pais-Encarregados de Educação.

No site da DGARTES também demos espaço à homenagem a ANNA MASCOLO.

domingo, 27 de maio de 2012

SER MÃE


«(...)
Save the Children destaca que na Noruega – considerado o melhor país para ser mãe – as mulheres estudam, em média, 18 anos, e tem expectativa de vida de 82 anos. 82% delas usam métodos anticonceptivos e apenas uma em cada 175 corre o risco de perder o filho antes que ele complete cinco anos. Na outra ponta, em Nìger, a situação é bem diferente. A expectativa de vida é de 56 anos, elas estudam cerca de quatro anos e apenas 5% usam métodos anticoncepcionais. Além disso, uma de cada sete crianças morre antes dos cinco anos.
A desnutrição é uma das grandes vilãs. Pelo menos um quinto dos casos de mortalidade materna e mais de um terço dos casos de mortalidade infantil são provocados pela falta de alimentação adequada. A explicação para isto, em sete dos dez piores países para ser mãe, é a intensificação de uma crise alimentar. Em Níger, segundo aponta o relatório, a vida de um milhão de crianças está em risco.(...)». (+). E visite este site.

terça-feira, 22 de maio de 2012

PARIDADE





Foi o colega Pedro Barbosa da DGARTES que chamou a atenção  para a composição do Governo de François Hollande, facto  que, aliás, mereceu  cobertura da comunicação social, nacional e estrangeira. Por exemplo: O Governo de Jean-Marc Ayrault foi hoje anunciado e já permitiu a François Hollande cumprir uma das promessas eleitorais. Com 17 homens e 17 mulheres, o novo Executivo cumpre a lei da paridade pela primeira vez em França. A paridade parece ser um tema levado bastante a sério pelo recém-nomeado Governo que até indicou uma ministra dos Direitos das Mulheres, Naja Vallaud-Belkacem, para porta-voz. (+). O Pedro Barbosa localizou também endereço onde  se pode saber mais sobre cada membro do Governo:  Visuel interactif La photo cliquable du gouvernement Ayrault . Entretanto, lembrámo-nos de divulgar no Em Cada Rosto Igualdade o Parliamentary Democracy - Inter-Parliamentary Union (IPU) onde podemos ver  estatísticas sobre a composição de Parlamentos em termos de género de vários paises: aqui. 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

MULHERES DE OITOCENTOS


“Rainhas do lar“, “anjos“, tutelares da “casa“, modelos de abnegação“, “esposas desveladas“, “ mães extremosas“ são alguns dos epítetos usados, ao tempo, para caracterizar as mulheres das classes médias de oitocentos, o que poderá levar a tentar descobrir as razões de tamanhos encómios que não advirão de gerações excecionais de mulheres, mas antes resultam, particularmente, de nova forma da organização da sociedade e da sua célula mater a família. Continue a ler.
E sobre a Conferencista: Maria Helena Villas Boas e Alvim é professora universitária, tendo lecionado na área da História da Cultura da Idade Moderna e da Idade Contemporânea. Tem sido convidada a ministrar cadeiras em cursos de pós-graduação nalgumas instituições do ensino superior como, por exemplo, na Universidade Católica Portuguesa (Porto). Foi membro fundador de diversos organismos de índole cultural e histórica, nomeadamente da ARPPA (associação para a defesa do património – Porto) e da APIHM (Associação Portuguesa de Investigação Histórica sobre as Mulheres) de que é presidente. Nesta qualidade, promoveu e orientou a organização de nove encontros e congressos internacionais entre 1995 e 2007, alguns deles em parceria com a FLUP, (...)». Mais neste endereço.

MADALENA MATOSO - LIVRO PARA CRIANÇAS


Estamos em «maré» de livros,  de autoras, de ilustradoras, e ainda bem. Chegam-nos nomes de mulheres que dá gosto conhecer. Uma vez mais através da colega Cristina Grácio, da ex-DGLB,  temos nas mãos o livro TODOS FAZEMOS TUDO, de Madalena Matoso, editado em português pela Planeta Tangerina (ver coluna à direita do blogue). E logo de início podemos ler: «Este livro nasceu da vontade política do Conselho Municipal e do executivo da cidade de Genebra que desejaram sensibilizar as crianças em idade pré-escolar para a igualdade entre homens e mulheres qualquer que seja a sua origem. O conceito foi escolhido através de um concurso e realizado pelas Éditions Notari, em colaboração com o municipio da cidade. O livro foi oferecido a todas as crianças que frequentam as creches e jardins de infância. A cidade de Genebra capital dos direitos humanos, congratula-se em contribuir, mesmo que modestamente, com esta pequena obra para a promoção da igualdade entre homens e mulheres». Para ler mais sobre o livro, por exemplo, no site da editora onde também se pode ficar a conhecer melhor Madalena Matoso . Mas também podemos recorrer à Base de Dados da ex-DGLB (é útil termos consciência que estas fontes existem) de onde retiramos: Licenciou-se em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e fez depois uma posgraduação em Design Gráfico Editorial na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona. Em 1999, cria a empresa Planeta Tangerina especializada em comunicação para crianças e jovens, onde tem desenvolvido projectos de ilustração e de design gráfico em publicações para os mais novos. Recebeu o Prémio Nacional de Ilustração 2008 pelas ilustrações do livro Charada da Bicharada com textos de Alice Vieira e três menções especiais deste mesmo prémio: em 2006, pelas ilustrações de Uma mesa é uma mesa. Será? , em 2007, pelas de Quando eu nasci e, em 2009, pelas de Andar por aí, estes últimos todos editados pela Planeta Tangerina. O seu livro O meu vizinho é um cão recebeu o Prémio Melhor Ilustração de Livro Infantil do Festival de BD da Amadora 2008.

terça-feira, 15 de maio de 2012

PRÉMIO NACIONAL DE ILUSTRAÇÃO: DUAS ILUSTRADORAS PREMIADAS


Capa  «Animais Domésticos»


Capa «Greve»


A chamada de atenção  vem-nos da ex-DGLB, da colega Cristina GrácioMaria João Worm vence 16ª edição do Prémio Nacional de Ilustração com a obra Os animais domésticos,  (texto e ilustrações),  publicada pela editora Quarto de Jade;   Catarina Sobral  teve uma menção especial com Greve  (texto e ilustrações)  publicado pela editora Orfeu Negro. Outra menção especial foi atribuída às ilustrações da obra Cesário Verde - Antologia poética, da autoria de José Manuel Saraiva, da Faktoria K de Livros/Kalandraka. Mas saibamos mais sobre as ilustradoras. 

MariaJoãoWorm (1966) tem-se dedicado à Banda Desenhada e à ilustração desde 1988. Finalista do Curso de Pintura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 1996, teve ainda formação em pintura no Ar.Co, onde é professora de ilustração desde 2007. Participou em várias exposições coletivas de BD e ilustração, como o Salão da Amadora e mais recentemente o de Lisboa, e ainda em exposições de pintura e gravura.Colaborou em revistas como a Lx Comix, mas é na ilustração de livros que mais recentemente se tem distinguido. Os Animais Domésticos, livro com que agora é distinguida com o Prémio Nacional de Ilustração, foi imediatamente elogiado pela crítica, que viu nele um cruzamento de “muitas fronteiras, de livro de artista a livro ilustrado infantil, de exercício plástico a mais um bloco na operação contínua da obra de Maria João Worm” (Pedro Moura, blogue Ler BD). E do que se disse na comunicação social sobre o prémio, por exemplo, através daqui.

CatarinaSobral(Coimbra,1985)- Ilustradora e designer de comunicação. Licenciada em Design na Universidade de Aveiro em 2007, frequenta o mestrado em Ilustração na Universidade de Évora. Tem trabalhado ainda em gravura e em cinema de animação. Colabora regularmente como ilustradora editorial em diversos jornais e revistas e também ilustra para crianças, tendo publicado alguns dos book trailers da coleção Orfeu Mini. Participou em diversas exposições nacionais e internacionais. E saiba mais neste endereço. 
Mas Cristina Grácio mandou-nos outros dados  que têm, nomeadamente, a ver com género,  por exemplo: nesta 16ª. edição do Prémio Nacional de lustração foram analisadas 116 obras, publicadas por 43 editoras, da autoria de 72 ilustradores e textos de 88 autores. E temos o júri:  Adriana Baptista, docente da Escola Superior de Educação do Porto e investigadora nas áreas de “processamento de textos híbridos (imagem e texto)” e “compreensão na leitura”; Mariana Viana, docente do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) e coordenadora do Mestrado em Ilustração; e Cristina Grácio, em representação da DGLB. 
E no site da ex-DGLB tem mais informação sobre o PRÉMIO.  

Por último, aqui, no Em Cada Rosto Igualdade, gostamaos de ver MULHERES que se destacam. Mandem noticias de outras que conheçam, nós publicamos.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

ALICE - BERNARDO SASSETI



A homenagem do Em Cada Rosto Igualdade a Bernardo Sassetti que morreu ontem, aos 41 anos de idade.E tudo parece absurdo! Uma imensa tristeza.

SUSANA BACA EM PORTUGAL


Susana Baca acaba de realizar dois concertos em Portugal, e deu uma entrevista à ATUAL, da qual é  capa,  do último semanário Expresso, onde se pode ler (sublinhados nossos): «(...)a cantora Susana Baca tem promovido os valores da cultura afro-peruana num contexto nacional de continua adversidade. Mas o impacto mundial da sua ação obrigou a um reconhecimento interno, que à semelhança do que se tinha passado no Brasil com Gilberto Gil, no Panamá com Rúben Blades ou em Cabo Verde com Mário Lúcio ( a mais recente entrada nesta lista  é a de Youssou N´Dour, há um mês nomeadao no Senegal) culminou no convite pra chefiar o Ministério da Cultura. Afastada do cargo numa tão repentina quão inesperada reformulação governamental, foi recentemente galardoada com um segundo Grammy (pela sua colaboração com o grupo Calle 13) e regressou aos discos e aos palcos com «Afrodiaspora», uma meditação sobre o sincretismo em que incluiu cumbia colombiana, bomba e plena porto-riquenhas, tango argentino, musica afro-cubana ou forró da região Nordeste brasileiro (...). E mais adiante: «Para me transformar numa mulher artista tive de lutar contra um preconceito racial, um preconceito de género e, além disso, por ter origem numa familia sem recursos, um preconceito social».   


quinta-feira, 10 de maio de 2012

«Tragédias»


«Parece incrível, mas a publicidade já foi assim. Mulheres penitentes, maridos magnânimos. Tragédias domésticas de proporções bíblicas, e... a salvação numa cerveja».  Post no Delito de opinião.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

BOAS NOTÍCIAS

The Earth Institute, Columbia University


Via informação que regularmente recebemos do The Earth Institute, Columbia University ficámos a saber  desta boa notícia, para uma situação ainda terrível:
Project Helps Reduce Child Deaths, Study Finds
«Approximately one in eight children dies before the age of 5 in sub-Saharan Africa – a rate that has been declining, but is still nearly 20 times higher than in developed nations. A new study out this week suggests that the multiple interventions applied in the African Millennium Villages Project are having a significant impact, and could help those areas reach the UN’s Millennium Development Goal No. 4: to reduce childhood deaths by two-thirds between 1990 and 2015. (...)». Mais sobre o MILLENNIUM VILLAGES.

terça-feira, 8 de maio de 2012

AS MULHERES NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO



«AS MULHERES NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO» é uma iniciariva da APDSI  na Comemoração do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, a decorrer no Instituto das Telecomunicações, em Lisboa, no próximo dia 17 de Maio.
Entre as 16h00 e as 17h00 vai realizar-se uma Mesa Redonda sob o tema "As Mulheres na Sociedade da Informação". O objectivo é dar voz no feminino à Sociedade da Informação, através de um conjunto de oradoras com um percurso assinalável nesta área. A iniciativa enquadra-se na proposta da UIT - União Internacional das Telecomunicções «Women & Girls in ICT».
O Instituto das Telecomunicações situa-se na Rua do Instituto Industrial, nº 16, em Lisboa. A inscrição é gratuita mas obrigatória através do e-mail secretariado@apdsi.pt.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

BASE DE DADOS EM ESTUDOS SOBRE MULHERES

"Mulheres Protestando", quadro de Di Cavalcanti pintado em 1941

A colega Ivone Lopes Tavares, do ex-Igespar,  chamou  a atenção para a Base de Dados em Estudos Sobre as Mulheres e para o que foi escrito aquando da sua apresentação (em Março do ano passado). E, de facto, merece espaço aqui no nosso blogue: A Base de Dados em Estudos Sobre as Mulheres, que reúne monografias, trabalhos académicos e livros publicados em língua portuguesa e em Portugal entre 1998 e 2005, vai ser lançada hoje, na Universidade Aberta, em Lisboa.
Este projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) da Universidade Aberta, agrega material das várias ciências sociais e humanas que reflectem sobre os estudos de género.
 A bibliografia existente entre o período analisado – 1998 a 2005 – “estava muito dispersa” e pretendeu-se dar resposta “àquilo que se sentia ser um crescente interesse” pelos estudos sobre as mulheres, explicou à agência Lusa Patrícia Mendes, investigadora do CEMRI e investigadora bolseira que coligiu a base de dados.
Além disso, o interesse editorial sobre o tema tem aumentado exponencialmente. No mercado livreiro, “em 1998, era muito difícil encontrar coisas em Portugal nas livrarias”, mas, “de repente, em dois, três anos, a coisa mudou de tal maneira que já tínhamos uma secção de livraria em que era possível procurar a categoria de estudos de género”, compara Patrícia Mendes.
Agora,
“o mote está dado” para se encontrar financiamento para expandir a base de dados a partir de 2005, realça a investigadora, defendendo a importância de manter o intercâmbio entre centros universitários, que marca esta base de dados, e esperando “que esse círculo não se feche e possa estar disponível ao grande público”. Até porque a ideia da base é que qualquer um lhe possa aceder, pois “está feita de forma bastante acessível”
e está disponível no site da Universidade Aberta.
Consultada a base de dados encontramos, por exemplo, «20 Mulheres para o século XX» de Inês Pedrosa», e  depois procurando na internet soubemos mais sobre o livro: O século XX marcou a entrada das mulheres na História e pôs fim à crença segundo a qual as mulheres "eram aquela metade de uma espécie de mamíferos que se destina aos nascimentos". Ainda estamos a sentir o impacto desta mudança profunda. Foram felizmente muito mais de vinte mulheres que marcaram o mundo neste primeiro século de emancipação. Muitas outras podiam ter cabido neste número redondo, que serve apenas como marco dos dezanove anteriores séculos de silêncio: Sophia de Mello Breyner Andresen / Hannah Arendt/Simone de Beauvoir / Agustina Bessa-Luís/Coco Chanel / Agatha Christie / Marie Curie/Bette Davis / Isadora Duncan / Frida Kahlo/Carson Mc Cullers / Golda Meir / Marilyn Monroe/Eva Perón / Maria João Pires / Paula Rego/Amália Rodrigues / Lou Andreas Salomé/Madre Teresa / Virginia Woolf ...
Certamente que havemos de voltar à base de dados da Universidade Aberta e, desde logo, para irmos divulgando no Em Cada Rosto Igualdade as obras mais relacionadas com a cultura e as artes. Porque é bom saber. 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

GÉNERO - PUBLICAÇÕES


Proveniente do onvg tivemos conhecimento de um conjunto de publicações e afins que aceitam artigos,  e com gosto as divulgamos aqui, tendo-se cuidado da sua «ilustração». E atrevemo-nos a mencionar que talvez a cultura e as artes pudessem ser objeto de alguns  desses trabalhos. De facto, não há muito coisa neste amplo setor e que é o nuclear do Em Cada Rosto Igualdade. Por isso a sinalização.



Gender & Society
Gender & Society (GENDSOC) is a peer-reviewed journal, focused on the study of gender. It is the official journal of Sociologists for Women in Society, and was founded in 1987 as an outlet for feminist social science. Currently, it is a top-ranked journal in both sociology and women's studies. Gender & Society publishes less than 10% of all papers submitted to it. Articles appearing in Gender & Society analyze gender and gendered processes in interactions, organizations, societies, and global and transnational spaces. The journal primarily publishes empirical articles, which are both theoretically engaged and methodologically rigorous, including qualitative, quantitative, and comparative-historical methodologies.Gender & Society also publishes reviews of books from a diverse array of social science disciplines.


   
 Gender, Work & Organization
Awareness of gender as a central feature of all aspects of everyday life and society has become more and more widespread. Appropriately social sciences research is reflecting this increasing concern with gender, especially in the field of work and organization where this journal is focused. Gender, Work & Organization is the first journal to bring together a wide range of interdisciplinary and multi-disciplinary research in this field into a new international forum for debate and analysis. Contributions are invited from all disciplinary perspectives including anthropology, history, labour economics, law, philosophy, politics, psychology, and sociology.



Social Politics: International Studies in Gender, State and Society
Social Politics is the journal for incisive analyses of gender, politics and policy across the globe. It takes on the critical emerging issues of our age: globalization, transnationality and citizenship, migration, diversity and its intersections, the restructuring of capitalisms and states. We engage with feminist theoretical issues and with theories of welfare regimes, "varieties of capitalism," the ideational and cultural turns in social science, governmentality and postcolonialism. We are looking for articles that engage in this exciting mix of debates that will be of interest to our multidisciplinary and international audience.


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Gender and Education
Gender and Education is an international forum for discussion of multidisciplinary educational research and ideas that focus on gender as a category of analysis. Contributors should bear in mind that they are addressing an international audience. The journal grew out of a feminist politics and is committed to developing the critical discussion of gender and education in its broadest sense. It is particularly interested in the place of gender in relation to other key social differences and seeks to further feminist knowledge, theory, consciousness, action and debate. We welcome contributions which examine and theorize the interrelated experiences of women and girls and men and boys, and how these shape and are shaped by other social differences. We therefore expect articles to go beyond the simple description of what boys / men and girls / women do. Education will be interpreted in a broad sense to cover both formal and informal aspects, including nursery, primary and secondary education; youth cultures inside and outside schools; adult, community, further and higher education; vocational education and training; media education; parental education.
Contributors are asked to avoid unnecessary or mystifying jargon and to use non-sexist and non-racist language.
Peer Review Policy:
All research articles in this journal have undergone rigorous peer review, based on initial editor screening and anonymized refereeing by at least two anonymous referees.
Journal of Gender Studies
The Journal of Gender Studies is an interdisciplinary journal which publishes articles relating to gender from a feminist perspective covering a wide range of subject areas including the Social and Natural Sciences, Arts and Popular Culture. Reviews of books and details of forthcoming conferences are also included.
The Journal of Gender Studies seeks articles from international sources and aims to take account of a diversity of cultural backgrounds and differences in sexual orientation. It encourages contributions which focus on the experiences of both women and men and welcomes articles, written from a feminist perspective, relating to femininity and masculinity and to the social constructions of relationships between men and women.





Gender and Development
Gender & Development is the only journal published to focus specifically on international gender and development issues, and to explore the connections between gender and development initiatives, and feminist perspectives.
The journal is co-published by Oxfam and Taylor & Francis. Read more about the journal here.





Gender and History
Gender & History is now established as the major international journal for research and writing on the history of femininity and masculinity and of gender relations. Spanning epochs and continents, Gender & History examines changing conceptions of gender, and maps the dialogue between femininities, masculinities and their historical contexts. The journal publishes rigorous and readable articles both on particular episodes in gender history and on broader methodological questions which have ramifications for the discipline as a whole.



Gender Issues
Interdisciplinary and cross-national in scope, Gender Issues includes political, economic, social and behavioral analyses with diverse perspectives and policy conclusions. In contrast to many other publications in this field, Gender Issues does not focus on women as an insular group; it broadens the perspective to include men’s issues, and the extensive effect of changing sex roles on gender relations.
Gender Issues is dedicated to publishing basic and applied research on the relationships between men and women; on similarities and differences in socialization, personality, and behavior; and on the changing aspirations, roles, and status of women in industrial, urban societies as well as in developing nations.
Gender Issues encourages contributions from scholars in all areas of the social sciences, as well as letters to the editor, and incisive reviews of important literature from all sides of the debate about gender relations


quinta-feira, 3 de maio de 2012

OBSERVATORIO NACIONAL DE VIOLÊNCIA E GÉNERO


Nestes tempos em que  facilmente podemos ficar «afogados» em informação, nem sempre temos endereços que deviamos possuir. Para todos, e em especial para estudantes que sabemos leitores do Em Cada Rosto Igualdade, destacamos hoje o ONVG - Observatório Nacional de Violència e Género. A apresentação tal e qual está no seu site:
O Observatório Nacional da Violência e Género (ONVG) está sedeado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, integrando investigadores de todas as faculdades da Universidade Nova de Lisboa, bem como especialistas internacionais de reconhecido mérito.
Trata-se do primeiro observatório nacional que abrange os domínios da Violência e Género, fundado em 2008, e conta com uma estrutura independente, na linha do sugerido pelo Conselho da Europa, sendo regido por ditames científicos e académicos, como os da universidade a que pertence.
Surge na sequência de várias investigações realizadas nas últimas duas décadas por uma equipa do SociNova, actualmente CesNova, cujos resultados muito têm contribuído para aprofundar o conhecimento científico sobre as várias dimensões sociais da violência, em particular contra as mulheres, doméstica e de género, e para influenciar políticas públicas nacionais neste domínio, bem como informar e apoiar políticas e recomendações de instâncias internacionais.
A sua estrutura é constituída por um Director, a Comissão Científica, integrando só investigadores doutorados, a Comissão de Parceiros, a Comissão Consultiva e um corpo de investigadores seniores e juniores.
Tem como principais objectivos: efectuar o levantamento e a crítica científica das fontes; recolher, tratar e analisar dados quantitativos e qualitativos, relevantes directa e indirectamente para a compreensão das diferentes formas de violência; promover estudos com vista à compreensão das causas e das dinâmicas e processos socioculturais e psicossociais que estão associados à produção e reprodução da violência e de desigualdades de género, ao longo do tempo, bem como à emergência de novas formas de violência e de situações de risco; construir conhecimento que permita monitorizar o fenómeno ao longo do tempo, avaliar políticas e realizar comparações internacionais.
A informação produzida e organizada no ONVG constituirá uma base de conhecimento científico, que servirá também a actividade académica e a investigação, a partir de padrões de excelência, bem como o apoio eficiente à tomada de decisão e intervenção no combate e prevenção do fenómeno.
E porque não sonhar em ter algo organizado como este observatório  na esfera da IGUALDADE  no âmbito da cultura e das artes?, e  também termos os «nossos» projetos. O Em Cada Rosto Igualdade, ao seu modo,  quer estar nessa caminhada ...  

quarta-feira, 2 de maio de 2012

MARIA AUGUSTA BARBOSA

A notícia já tem uns dias, mas ao dar-se por ela - e foi a Mónica Guerreiro que a sugeriu - temos que a trazer para aqui: MARIA AUGUSTA BARBOSA faleceu.  Por exemplo, no JN o titulo: Faleceu a "mãe" das Ciências Musicais em Portugal. E depois: A musicóloga Maria Augusta Barbosa, fundadora das Ciências Musicais em Portugal, e a primeira portuguesa a obter um doutoramento na área, faleceu, esta terça-feira, aos 100 anos, devido a uma pneumonia.
Mas no site da Universidade Nova podemos saber mais: Faleceu no passado dia 24 de abril, no Hospital de Loures, a musicóloga Maria Augusta Barbosa. Foi uma figura de grande importância para as Ciências Musicais em Portugal: em 1980, a iniciativa pioneira e tenacidade de Maria Augusta Barbosa contribuíram de forma decisiva para a fundação do primeiro departamento de Ciências Musicais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi diretora deste Departamento, e nele lecionou nos seus anos iniciais. O seu legado encontra-se hoje patente na atividade do Departamento, e na formação de muitas gerações de musicólogos que dele emanaram ao longo das últimas três décadas.
Maria Augusta Barbosa nasceu em Lisboa em 18 de abril de 1912 e foi aluna do Conservatório Nacional, onde estudou com Campos Coelho, José Viana da Mota e António da Costa Ferreira. Completou a sua formação musical em Paris com Louis Lalloy e Nadia Boulanger. Entre 1938 e 1943 estudou Musicologia na Universidade Humboldt de Berlin como aluna dos professores Hans Mersmann, Arnold Shering e Johannes Wolf, estudos que retomou em 1959 na Universidade de Colónia. Sob a orientação de Karl-Gustav Fellerer completou em 1970 o seu doutoramento na mesma universidade, tendo sido esta a primeira dissertação doutoral em Musicologia defendida por um especialista de nacionalidade portuguesa. Com o título “Vincentius Lusitanus: ein Portugiesischer Komponist und Musiktheoretiker des 16. Jahrhunderts” a dissertação de Maria Augusta Barbosa (publicada pela Secretaria de Estado da Cultura em 1977) contribuiu para o desenvolvimento do conhecimento sobre a música portuguesa no séc. XVI, em particular sobre o compositor e teórico Vicente Lusitano. Mulheres destas fazem parte do nosso Património comum, da nossa riqueza, divulgá-las faz parte dos nossos propósitos no Em Cada Rosto Igualdade.