"Mulheres Protestando", quadro de Di Cavalcanti pintado em 1941
A colega Ivone Lopes Tavares, do ex-Igespar, chamou a atenção para a Base de Dados em Estudos Sobre as Mulheres e para o que foi escrito aquando da sua apresentação (em Março do ano passado). E, de facto, merece espaço aqui no nosso blogue: A Base de Dados em Estudos Sobre as Mulheres, que reúne monografias, trabalhos académicos e livros publicados em língua portuguesa e em Portugal entre 1998 e 2005, vai ser lançada hoje, na Universidade Aberta, em Lisboa.
Este projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) da Universidade Aberta, agrega material das várias ciências sociais e humanas que reflectem sobre os estudos de género.
A bibliografia existente entre o período analisado – 1998 a 2005 – “estava muito dispersa” e pretendeu-se dar resposta “àquilo que se sentia ser um crescente interesse” pelos estudos sobre as mulheres, explicou à agência Lusa Patrícia Mendes, investigadora do CEMRI e investigadora bolseira que coligiu a base de dados.
Além disso, o interesse editorial sobre o tema tem aumentado exponencialmente. No mercado livreiro, “em 1998, era muito difícil encontrar coisas em Portugal nas livrarias”, mas, “de repente, em dois, três anos, a coisa mudou de tal maneira que já tínhamos uma secção de livraria em que era possível procurar a categoria de estudos de género”, compara Patrícia Mendes.
Agora, “o mote está dado” para se encontrar financiamento para expandir a base de dados a partir de 2005, realça a investigadora, defendendo a importância de manter o intercâmbio entre centros universitários, que marca esta base de dados, e esperando “que esse círculo não se feche e possa estar disponível ao grande público”. Até porque a ideia da base é que qualquer um lhe possa aceder, pois “está feita de forma bastante acessível” e está disponível no site da Universidade Aberta.
Agora, “o mote está dado” para se encontrar financiamento para expandir a base de dados a partir de 2005, realça a investigadora, defendendo a importância de manter o intercâmbio entre centros universitários, que marca esta base de dados, e esperando “que esse círculo não se feche e possa estar disponível ao grande público”. Até porque a ideia da base é que qualquer um lhe possa aceder, pois “está feita de forma bastante acessível” e está disponível no site da Universidade Aberta.
Consultada a base de dados encontramos, por exemplo, «20 Mulheres para o século XX» de Inês Pedrosa», e depois procurando na internet soubemos mais sobre o livro: O século XX marcou a entrada das mulheres na História e pôs fim à crença segundo a qual as mulheres "eram aquela metade de uma espécie de mamíferos que se destina aos nascimentos". Ainda estamos a sentir o impacto desta mudança profunda. Foram felizmente muito mais de vinte mulheres que marcaram o mundo neste primeiro século de emancipação. Muitas outras podiam ter cabido neste número redondo, que serve apenas como marco dos dezanove anteriores séculos de silêncio: Sophia de Mello Breyner Andresen / Hannah Arendt/Simone de Beauvoir / Agustina Bessa-Luís/Coco Chanel / Agatha Christie / Marie Curie/Bette Davis / Isadora Duncan / Frida Kahlo/Carson Mc Cullers / Golda Meir / Marilyn Monroe/Eva Perón / Maria João Pires / Paula Rego/Amália Rodrigues / Lou Andreas Salomé/Madre Teresa / Virginia Woolf ...
Certamente que havemos de voltar à base de dados da Universidade Aberta e, desde logo, para irmos divulgando no Em Cada Rosto Igualdade as obras mais relacionadas com a cultura e as artes. Porque é bom saber.
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