Susana Baca acaba de realizar dois concertos em Portugal, e deu uma entrevista à ATUAL, da qual é capa, do último semanário Expresso, onde se pode ler (sublinhados nossos): «(...)a cantora Susana Baca tem promovido os valores da cultura afro-peruana num contexto nacional de continua adversidade. Mas o impacto mundial da sua ação obrigou a um reconhecimento interno, que à semelhança do que se tinha passado no Brasil com Gilberto Gil, no Panamá com Rúben Blades ou em Cabo Verde com Mário Lúcio ( a mais recente entrada nesta lista é a de Youssou N´Dour, há um mês nomeadao no Senegal) culminou no convite pra chefiar o Ministério da Cultura. Afastada do cargo numa tão repentina quão inesperada reformulação governamental, foi recentemente galardoada com um segundo Grammy (pela sua colaboração com o grupo Calle 13) e regressou aos discos e aos palcos com «Afrodiaspora», uma meditação sobre o sincretismo em que incluiu cumbia colombiana, bomba e plena porto-riquenhas, tango argentino, musica afro-cubana ou forró da região Nordeste brasileiro (...). E mais adiante: «Para me transformar numa mulher artista tive de lutar contra um preconceito racial, um preconceito de género e, além disso, por ter origem numa familia sem recursos, um preconceito social».
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