terça-feira, 2 de dezembro de 2014

«A igualdade de género não é praticável por ser “contra a natureza humana”»


President Recep Tayyip Erdoğan says
 "feminists do not accept the concept of motherhood." (Photo: DHA) 


A colega Costanza Ronchetti (DGARTES) chamou a nossa atenção para as afirmações do Presidente da Turquia registadas nesta notícia. O mesmo assunto no jornal SOL online:

«O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, voltou a causar polémica num ataque ao movimento feminista do país, defendendo que a igualdade de género não é praticável por ser “contra a natureza humana. 
“Não podemos ter mulheres a fazer todo o tipo de trabalhos que os homens fazem, como nos regimes comunistas”, disse o homem que liderou o Governo turco entre 2003 e Agosto deste ano, data em que passou para a presidência do país.
Erdogan falava numa conferência sobre mulheres e justiça em Istambul. “A nossa religião, o Islão, definiu uma posição para as mulheres na sociedade: a maternidade”, defendeu o líder do islâmico Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP na sigla turca).
Para os seus críticos, as palavras de segunda-feira são apenas mais um episódio da agenda pessoal, que tenta derrubar os pilares seculares da Turquia e limitar as liberdades civis das mulheres. Em 2011, na chefia do Governo, Erdogan justificara o aumento do número de homicídios resultantes de violência doméstica apenas com um aumento das denúncias desses crimes, desvalorizando qualquer tendência machista da sua sociedade.
“Há pessoas que conseguem perceber isto, enquanto outras não. Não se pode explicar estas ideias a feministas porque as feministas não aceitam o conceito da maternidade”, disse Erdogan antes de acrescentar que lhe bastam os que “conseguem perceber”. “Continuaremos o nosso caminho com esses”, avançou, num discurso polémico que gerou forte reacção nas redes sociais, dentro e fora da Turquia.
Uns consideraram o episódio mais “uma humilhação para a NATO” vinda de um líder de um Estado-membro, outros lamentaram a “morte do secularismo” na Turquia. E ainda houve quem recordasse outros célebres ataques de Erdogan à igualdade de género.”». Continue a ler.
Apetece, uma vez mais, dizer: quanto à igualdade de género, muito caminho feito, muito ainda por fazer, neste mundo globalizado.
A propósito, um endereço sobre «igualdade» na Turquia: AMARGI. A missão:

«Amargi’s mission is to advocate for women’s and LGBT rights in order to build a world without violence and discrimination. Amargi members are from different religions, ethnicities, sexual orientation, and social classes. We strive to all live together in peace and defend the rights of all minorities. It is our open minded world perspective and determination for equality that fuels our activism. With our free and equal world perspective, we strongly support peaceful action and anti-militarism in our organization».






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