A propósito, sobre LAMPEDUSA: «Ainda era o mês de março quando Francisco, que também é “um
filho da imigração”, recebeu uma carta de Stefano Nastasi, pároco em Lampedusa,
convidando-o para conhecer a ilha. Com uma linguagem
tocante, Nastasi escreveu: “As lágrimas que marcam os rostos
das pessoas resgatadas do mar falam de sol e de sal, de arrepios de frio e de
fome”. Em seguida, desferiu palavras que não poderiam deixar de despertar o que
no coração do Papa parece ser abundante, a compaixão: “Eu gostaria de pensar que
as lágrimas dos seus olhos, que fluíram no momento da sua eleição, poderiam se
encontrar com as lágrimas de todo homem e de toda mulher que sofrem nos quatro
cantos do mundo”.
Passaram-se alguns meses, de muito trabalho, audiências, pronunciamentos e de
arrancada em reformas importantes na Cúria Romana, contudo, nada fez o Papa se
esquecer do convite e superando as expectativas tornou o mesmo a razão de sua
primeira viagem. Assim, Lampedusa que muitos prefeririam ocultar, fazer de conta
que não existe, tornou-se um ponto de partida para Francisco». +
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