sexta-feira, 4 de abril de 2014

«As mulheres de Garcia Lorca»



Teatro do Movimento (UFBA) apresenta o espetáculo ‘Um rito de mães, rosas e sangue’ que homenageia os 75 anos de morte do Garcia Lorca. O ato poético é uma livre adaptação das três tragédias rurais do autor: “ Bodas de Sangue” , “Yerma” e “ A Casa de Bernarda Alba”.  Foto: Divulgação/G1.


Ao ler o post As mulheres de García Lorca no Blogue Blogueiras Feministas (Brasil) achei logo que era de o sinalizar aqui, no Em Cada Rosto Igualdade.  Começa assim:

«A dramaturgia de Federico García Lorca pode ser considerada como uma grande reveladora de tradições, poesia polifônica, organizações sociais e expressões da individualidade através da figura feminina em tensão, aprisionada nos rígidos moldes patriarcais.
Em suas obras, o poeta andaluz desenhava um triste retrato da Espanha no começo do século XX. A Igreja Católica, principal responsável pela construção dos conceitos morais, executava um férreo controle social, de modo a oprimir e delimitar o espaço feminino. A condição reprodutora legitimava a função social da mulher e relegava-a a um plano subalterno daquele conferido aos homens. O arquétipo da mulher espanhola no início do século XX é claramente definido por suas características biológicas.
Neste contexto, destaca-se a trilogia rural de García Lorca, composta por “Yerma”, “Bodas de Sangue” e “A Casa de Bernarda Alba”.
Em “Yerma”, a personagem principal sofre por não conseguir conceber um filho. Yerma recorre aos meios mais absurdos para tentar engravidar e se depara com a indiferença do marido, que não compartilha de seu sofrimento. Ao descobrir que Juan não quer ser pai, ela se desespera e o estrangula, pondo fim também à possibilidade de ser mãe. No decorrer da história, observa-se que a esterilidade de Yerma é muito mais de cunho emocional do que fisiológico e causada por um marido indiferente, por uma obrigação moral de manter-se em um casamento sem amor, pelo confinamento e pela cruel vigilância a qual é submetida pelo marido e suas cunhadas». Continue a ler.

De facto,  quem já viu Lorca em Palco não se esquece daquelas mulheres. Por exemplo, quem se pode esquecer de A Casa de Bernarda Alba do Teatro Experimental de Cascais?  Um bom pretexto para divulgarmos aqui o Espaço-Memória Teatro Experimental de Cascais:



Ainda recentemente, nas Conversa com Rosto do TNDM, se lembrava  (destaque nosso): «Maria do Céu Guerra estreou-se na Casa da Comédia com a peça Deseja-se mulher de Almada Negreiros, sob a direção de Fernando Amado, em 1963. No ano seguinte, ingressou no Teatro Universitário da Faculdade de Letras. Em 1965, fazia parte do grupo que fundou o Teatro Experimental de Cascais, onde se manteve até 1971. Esopaida, A Casa de Bernarda Alba e D. Quixote foram só alguns dos espetáculos em que participou sob direção de Carlos Avilez». 


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