«Crítica de cinema:Três Rostos
9.05.2019 Tiago Santos
O iraniano Jafar Panahi continua a envolver-se em ficções que denunciam casos de opressão no seu país – e sai-se bem, afirma o crítico
Jafar Panahi foi condenado por "propaganda contra a República Islâmica" e, em 2010, proibido de realizar durante 20 anos. Três Rostos representa a quarta vez que Panahi ignora o ato oficial de censura, numa ação de resistência. O mais curioso é como as restrições obrigaram Panahi a abraçar uma fascinante metanarrativa, em que o autor iraniano utiliza a sua própria imagem e "persona" para criar ficções que denunciam a opressão sistémica.
Aqui, Panahi recebe um perturbador vídeo dirigido à atriz Behnaz Jafari: uma rapariga, cuja família não a deixa frequentar o Conservatório, gravou o seu aparente suicídio. Segue-se uma road trip para descobrir o que aconteceu e examinar a condição da Mulher num Irão que percorre ainda as piores estradas». Tirado daqui.
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