«2017 foi o ano
do #MeToo, o movimento que começou com a denúncia dos assédios sexuais a
mulheres em Hollywood e se espalhou pelo mundo, mas as notícias não são boas no
grande ecrã: caiu o número de filmes protagonizados por atrizes.
O estudo anual sobre
representatividade no cinema feito pela Universidade de San Diego indica que só
24% dos filmes mais rentáveis do ano passado tinham mulheres no centro da
história, abaixo dos 29% de 2016.
Isto aconteceu apesar
dos três maiores sucessos nos EUA terem personagens femininas como
protagonistas: "Star Wars: Os Últimos Jedi", "A Bela e o
Monstro" e "Mulher-Maravilha".
Estes filmes
eram produções de grande orçamento dos maiores estúdios de Hollywood, mas o
estudo mostrou que ainda continuam a ser o cinema independente a dar mais
oportunidades, contribuindo com 65% das produções lideradas por atrizes.
As mulheres
representaram 37% das personagens mais importantes, um valor igual ao de
2016, e 34% de todos os papéis com diálogos, uma subida de 2%.
Graças ao sucesso de
filmes como "Girls Trip" (inédito em Portugal), as personagens
femininas de raça negra subiram de 14 para 16%. As latinas passaram de 3 para
7%, o mesmo que as asiáticas, que subiram um ponto.
Outra conclusão mostra
que ainda há muito a fazer no mundo do cinema: 46% de todas as personagens
masculinas tinham mais de 40 anos, mas isso só aconteceu com 29% das femininas».
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