segunda-feira, 28 de agosto de 2017

MARIA EMÍLIA BREDERODE DOS SANTOS | «tratar as raparigas como princesinhas e os rapazes como astronautas é profundamente errado»




Os livros da imagem estão no centro de uma polémica que levou à tomada de posição que se pode ler  no site da CIG, donde:
«(..)
Face ao exposto, a CIG, por orientação do Ministro Adjunto, recomendou à Porto Editora – tendo em conta o seu relevante papel educativo – que retire estas duas publicações dos pontos de venda, disponibilizando-se para colaborar na revisão dos conteúdos das mesmas, no sentido de eliminar as mensagens que possam ser promotoras de uma diferenciação e desvalorização do papel das raparigas no espaço público e dos rapazes no espaço privado. (...)».
Indiretamente já antes não tínhamos ficado indiferentes, e daí este post em torno do «Todos fazemos tudo».
Agora,  é sobre  o assunto  o trabalho do Semanário Expresso seguinte: 

No semanário Expresso de 26/08/2017


Do muito que se disse destaquemos ainda o comentado no  espaço que lhe foi dedicado pelo programa «Governo Sombra», nomeadamente  o facto assinalado de cada livro ter a sua ilustradora:







E talvez  dizer que neste ambiente,  em várias ocasiões, na comunicação social e nas redes sociais, é notório o desconhecimento do papel da CIG e mesmo da sua existência. Alguns julgam-na de criação recente. Assim, este acontecimento teve já um  mérito colateral: dar a conhecer o organismo e a sua estratégia para a questão aqui em causa.
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Por fim, a canção a que se refere Maria Emilia Brederode dos Santos e também tema no programa «Governo Sombra». Avalie por si:







Mesmo a terminar, tudo por boas discussões, e na circunstância, e na essência, cada pessoa ao seu jeito, é o que parece estar a acontecer! 


sábado, 26 de agosto de 2017

NA TATE | «Modigliani’s ‘modern women’»






«1. His nudes were very controversial

For his first and only solo exhibition, Modigliani painted a series of nudes, which are now among his most famous paintings. Legend has it that the nudes drew such a crowd around the gallery that it eventually caught the attention of a police officer. The officer was offended, not so much by their nudity as by the fact they displayed pubic hair, and promptly ordered them to be taken down. Whether or not this actually happened, the exhibition certainly caught the imagination of the public, and contributed to Modigliani's reputation as a scandalous playboy.

In addition, Modigliani’s ‘modern women’ are a symbol of sexuality and defiance. Their unapologetic stares and poses convey women in control of their bodies and their livelihoods (models at the time earned relatively good money). This, in itself, made a real statement». Saiba mais.





quarta-feira, 23 de agosto de 2017

OLÁ CRIANÇAS! OLÁ JOVENS! | TALVEZ LHES INTERESSE (85) |«Todos fazemos tudo»


Já temos divulgado o livro da imagem, e uma boa ocasião para voltarmos a ele:
«"Todos fazemos tudo” prescinde das palavras e funciona como um jogo. Há personagens – homens, mulheres, novos e velhos – e uma grande diversidade de atividades que estas personagens poderão viver. Na parte superior das páginas é revelada a sua identidade – se masculina, se feminina, se mais nova ou mais velha; na parte inferior revelam-se as ações – cozinhar, tratar de bebés, fazer jardinagem, conduzir tratores ou tocar guitarra.  Não se representam apenas as chamadas “tarefas domésticas”, habitualmente lembradas quando o tema da igualdade é tratado, mas também atividades profissionais e momentos de lazer. Não se representam apenas homens e mulheres, mas pessoas de diferentes idades e origens, dando ao livro uma dimensão maior de Igualdade que não apenas a de género.
Aos leitores caberá fazer as diferentes combinações. Virando as páginas é possível trocar as personagens e/ou as atividades e observar como, pelo menos neste livro, não há preconceitos nem ideias feitas. Aqui todos fazemos tudo: avós de prancha de surf debaixo do braço, pais a estender a roupa, mães com jeito para o bricolage, tudo acontece com naturalidade.
Resultado de um concurso de criatividade lançado pelo município de Genebra, “Todos fazemos tudo” é um projeto original das Éditions Notari, criado com o objetivo de promover a igualdade entre homens e mulheres.
Um vídeo que mostra como funciona “Todos fazemos tudo” aqui».


«LUZ DE AGOSTO»

Leia aqui

Excertos do trabalho de Isabel Lucas, de 2016, mas a nosso ver  intemporal, que nos leva à  leitura dos livros visados no artigo:
«(...)
Tem um cheiro doce e quente, uma nostalgia sublinhada pelas cidades que se esvaziam, tem um tédio que parece eternizar-se, sombras que escondem o interdito, o magnetismo do sol, da nudez, a sensação de que há sempre tempo, e a imagem da infância onde esse tempo parecia não acabar (...).

Agosto surge como metáfora de felicidade por oposição a uma névoa onde a história é montada e se desenvolve. É uma ideia que atravessa muitos destes livros. Agosto é a palavra que o inconsciente associa ao deleite. O que o escritor faz com essa ideia de partida é construir a sombra (...).

« “O mar marulha brandamente nas restingas da barra que nós transpomos sem ondulação sensível”, escreve sobre o dia em que foi ver a esquadra inglesa à baia de Lagos. “Dão-me no peito nu os primeiros raios de sol, que eu esperava erguido à proa do bote, e atiro-me à água onde mergulho de olhos abertos, em voluptuoso torvelinho de prata lactescente. Tenho a ilusão de uma possível metamorfose, seguindo sem esforço o rastilho escumoso do bote, com arrancos de golfinho, pelo lençol da água esverdinhada onde todo o meu corpo se imbebe de fresquidão.” (...)

Essa determinação perturba-a tanto quanto a liberta na sua condição de mulher. O’Brien descreve essa aventura com sentido de humor e do ridículo numa previsível sucessão de frustrações, as de uma mulher a tentar reencontrar-se. Uma amiga, Denise, acredita que Agosto é o mês para isso. “Agosto é um mês malvado”, responde-lhe Ellen depois do regresso da Riviera». 

Dois dos livros referidos no artigo:







segunda-feira, 21 de agosto de 2017

«August Blue»

Veja no site da Tate

EXPOSIÇÃO | «Tudo se Desmorona / Impactos Culturais da Grande Guerra em Portugal» |GULBENKIAN | ATÉ 4 SET 2017






«Integrada num conjunto de iniciativas evocativas do centenário da Primeira Guerra Mundial, a exposição “E tudo se desmorona’: Impactos Culturais da Grande Guerra em Portugal” procura dar conta do seu impacto na sociedade e cultura portuguesas, quer no decurso do conflito propriamente dito, quer nos anos subsequentes, tendo como referência um período cronológico situado entre 1914 e 1935.
Organizada em torno de seis núcleos temáticos, a exposição apresentará diversas obras e documentos inéditos evocativos dos acontecimentos, mudanças e tendências sociais e culturais ocorridas neste período e que tiveram a sua génese ou foram acentuadas com a deflagração da Grande Guerra». Saiba mais.




sábado, 19 de agosto de 2017

« A justiça em Portugal é “mais dura” para os negros»

Leia no Jornal Público
«(...)
Diogo foi um dos jovens dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que engrossou as estatísticas prisionais. Um em cada 73 cidadãos dos PALOP com mais de 16 anos em Portugal está preso. É uma proporção dez vezes maior do que a que existe para os cidadãos portugueses — onde um em cada 736 cidadãos na mesma faixa etária está detido. O número sobe para 1 em 48 quando se trata de cabo-verdianos, a comunidade africana mais expressiva em Portugal: ou seja, 15 vezes mais.

Mais um dado: se tivermos apenas em conta os homens, que constituem, na verdade, o grosso da população prisional, concluímos que um em cada 37 cidadãos dos PALOP está preso versus um em cada 367 homens portugueses (e uma em cada 1071 mulheres dos PALOP versus uma em cada 6732 portuguesas). (…)».

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

«Barcelona»





«EDUCATION FOR PEACE AND SUSTAINABLE DEVELOPMENT»




«The Mahatma Gandhi Institute of Education for Peace and Sustainable Development is a culmination of UNESCO’s long years of work towards the conviction that education can be an agent of fundamental change. With the deadline year for the Millennium Development Goals (MDGs) on the horizon, and the post-2015 global development agenda under deliberation worldwide, the international community is looking to more fundamental transformations. The future we want will demand approaches to peace and development that strike at the very core of our challenges, and change will have to be behavioural and systemic. It is this idea that informs the mission of the MGIEP – that the questions of peace and war, development and deprivation, are all deeply interlinked, and that the quests for peaceful societies and sustainable economies will have to be undertaken in consonance with each other. (...)». Continue - Pg.6.




quarta-feira, 16 de agosto de 2017

«RAINHAS DE PORTUGAL»







Veja aqui





«The issue of gender in digital tech»




Leia aqui

«This week’s hot tech topic has been the Google Memo, an open document written by a Googler, James Damore, which has created a stir in Silicon Valley and beyond.
Much of the memo speculated on whether innate gender differences might be responsible for the lack of women in coding. Several of the author's comments were perceived as perpetuating gender stereotypes, leading to his being fired by the tech giant, already twitchy over claims of pay discrimination.
The issue of gender in digital tech warrants a dedicated discussion, especially since much of the popular press commentary tends towards the simplistic and emotionally-charged. (Suffice to say, there is evidence both for supply-side and demand-side problems - and lashings of confirmation bias all round)». Continue a ler.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

FERNANDA BOTELHO | «Esta Noite Sonhei Com Brueghel»







SINOPSE
«Brueghel representa, em suma, nesse encontro de Luíza consigo mesma
 através da escrita da autobiografia, um caminho tortuoso para ir ao encontro 
da História que, em episódios verdadeiros ou ficcionados, o pintor fixou,
 mas propicia também - e sobretudo - a reconciliação das memórias materna
 e paterna que instituem e fundam a protagonista. Tudo, as monstruosidades
 ou as cenas do quotidiano que minuciosamente o pintor pôs nas telas, evocando 
silêncio doméstico da minha infância, confortante mas ressoando de
 inquietações, tudo compõe a tela deste livro de complexa estrutura. nos 
seus níveis entrecruzados, na brilhante ironia a que se contrapõe a 
desapiedada imagem de uma mulher em busca de si, Fernanda Botelho
 dá-nos em Esta noite sonhei com Brueghel um subtil e sofisticado
 retrato português. Luíza é Fernanda - a sua, a nossa desassombrada 
efígie.». Saiba mais.





«Where are the mothers ?»





Disponível aqui

sábado, 12 de agosto de 2017

Arundhati Roy | «O Ministério da Felicidade Suprema»



SINOPSE
«Num cemitério da cidade, Anjum desenrola um tapete persa puído entre duas campas. Num passeio de betão surge um bebé, como que do nada, num leito de lixo. Num vale coberto de neve, um pai escreve à filha de cinco anos, falando-lhe do número de pessoas que estiveram presentes no seu funeral.
Num apartamento, sob o olhar atento de uma pequena coruja, uma mulher solitária alimenta uma osga até à morte. E, na Jannat Guest House, duas pessoas dormem abraçadas como se tivessem acabado de se conhecer. 
Uma viagem íntima pelo subcontinente indiano, desde os bairros superlotados da Velha Deli e os centros comerciais reluzentes da nova metrópole às montanhas e os vales de Caxemira, com um elenco glorioso de personagens inesquecíveis, apanhadas pela maré da História, todas elas em busca de um porto seguro. Contada num sussurro, num grito, com lágrimas e gargalhadas, é uma história de amor e ao mesmo tempo uma provocação. Os seus heróis, presentes e defuntos, humanos e animais, são almas que o mundo quebrou e que o amor curou. E, por este motivo, nunca se renderão. 
Vinte anos após o enorme sucesso de O Deus das Pequenas Coisas surge o tão aguardado segundo romance da inigualável Arundhati Roy». Saiba mais.
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E duma entrevista da autora:

Da Revista E | Expresso| |5AGOSTO2017

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

AGUSTINA BESSA-LUÍS | «A Sibila»



PREFÁCIO DE GONÇALO M. TAVARES
Surgido em 1954, o romance A Sibila confirmou Agustina Bessa-Luís como uma voz inovadora, em ruptura com as correntes literárias então predominantes.

Os seus livros estavam povoados de personagens que não se resumiam a estereótipos sociais, impelidas como eram pela caótica energia dos seres humanos.
O romance venceu em 1953 um concurso organizado pela editora Guimarães, com um júri formado por Vitorino Nemésio, Branquinho da Fonseca, Álvaro Lins e Tomás de Figueiredo. No ano seguinte receberia o Prémio Eça de Queiroz.
Eduardo Lourenço foi um dos que melhor entendeu o alcance da obra, escrevendo na revista Colóquio de Dezembro de 1963: «Foi há dez anos que o milagre, já anteriormente preparado, teve lugar na praça pública. Não há assim tantos que um verdadeiro não mereça ser glorificado como convém. O que Sibila e sua descendência significam não precisa de ser sublinhado por contraste. Mas esse mundo romanesco, pelo seu simples aparecimento, deslocou o centro da atenção literária.»




quarta-feira, 9 de agosto de 2017

«Desire, love, identity / exploring LGBTQ histories»




Veja aqui


E do post «Be bold: LGBTQ histories»:

«(...)It became clear after working with Camden LGBT ForumLGBT History MonthGendered IntelligenceThe Network and Untold London, as well as colleagues including former curator Richard Parkinson (now Professor at the University of Oxford) and Jan Pimblett, Principal Development Officer at London Metropolitan Archives, that there was a need for something in the galleries to respond to the lack of prominent LGBTQ histories across the Museum. As such, we have built upon Richard’s book A Little Gay History: desire and diversity across the world and have created the display Desire, love, identity: exploring LGBTQ histories and an accompanying trail. (...)». Leia na integra.



«A print from Australian artist David McDiarmid’s Rainbow Aphorisms
 series, part of the British Museum’s collection since 2006. (tirada daqui)







segunda-feira, 7 de agosto de 2017

CASA DA ACHADA | «ciclo terceira idade»

Veja mais 


Ciclo: Terceira Idade

Terceira idade é o título do último livro de poesia de Mário Dionísio. A partir desta obra, propomos um ciclo para pensar a velhice, o que é isso de uma «sociedade envelhecida» e que problemas levanta, o que é «reformar-se», porque pode ter tanta força a «criação tardia» para artistas e amadores das artes, ou o que pode ser a riqueza de vida de alguém que viveu muitos anos e tem, por isso, muitas histórias para contar. Não são apenas questões de idade e de saúde, mas problemas da vida em comum e da transmissão cultural que, tudo indica, é uma questão política... e das complicadas. O que é isso de «conflito de gerações»? E será que «no meu tempo é que era bom»? Vozes, fazeres, ideias e artes de «mais novos» e «mais velhos», precisam-se!

A acompanhar o ciclo, todas as segundas-feiras há filmes ao ar livre, com personagens que vivem a terceira idade, e todos os dias uma exposição de quadros que Mário Dionísio pintou nos últimos anos da sua vida pode ser vista na Casa da Achada até 25 de Setembro: «Mário Dionísio - Pintura 1988-1993».








domingo, 6 de agosto de 2017

«Hiroshima e Nagasaki - 6 e 9 de agosto de 1945»






«O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu este domingo, durante as comemorações do  72.º aniversário do bombardeamento atómico de Hiroshima, no Japão, que “o nosso sonho de um mundo livre de armas nucleares continua longe de ser uma realidade”. António Guterres lembra que existem cerca de 15 mil armas nucleares em todo o mundo e a “perigosa retórica sobre a sua utilização” agrava as suas ameaças.
Foi a 6 de agosto de 1945, às 08h15 locais, que o bombardeiro B-29 norte-americano, que ficou conhecido como “Enola Gay”, largou a bomba atómica “Little Boy” sobre a cidade de Hiroshima. Três dias mais tarde, a 9 de agosto, os Estados Unidos faziam explodir um segundo engenho atómico “Fat Man” sobre Nagasaki. Cerca de 210 mil pessoas morreram, obrigando o imperador japonês Hirohito a render-se e pôr fim à Segunda Guerra Mundial».

Leia aqui

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

«O mundo em 2030 vai depender da forma como hoje se vai tratar as raparigas que têm 10 anos»




«Now more than ever, we must ensure that the marginalized, the forgotten—the ones often left behind—can exercise their fundamental human right to decide, free of coercion, discrimination and violence, when or how often to have children.
UNFPA, the United Nations Population Fund, is proud to have enabled millions of women of childbearing age to exercise that right and to have helped to nearly double modern contraceptive use worldwide from 36 per cent in 1970 to 64 per cent in 2016.
This annual report shows how funds entrusted to UNFPA have enabled us to protect and promote the health and rights of millions of women and young people and enable them to realize their full potential».Leia mais.
A propósito, da entrevista que Mónica Ferro, Chefe da Representação Regional do Fundo das Nações Unidas de Apoio à População,   deu à Revista Expresso de 22 de julho 2017:




quarta-feira, 2 de agosto de 2017

terça-feira, 1 de agosto de 2017