terça-feira, 13 de dezembro de 2016

FILME | «Eu, Daniel Blake»




«Diagnosticado com um grave problema de coração, Daniel Blake (Dave Johns), um viúvo de 59 anos, tem indicação médica para deixar de trabalhar. Mas quando tenta receber os benefícios do Estado que lhe concedam uma forma de subsistência, vê-se enredado numa burocracia injusta e constrangedora. Apesar do esforço em encontrar um modo de provar a sua incapacidade, parece que ninguém está interessado em admiti-la. Durante uma espera numa repartição da Segurança Social conhece Katie (Hayley Squires), uma mãe solteira de duas crianças a precisar de ajuda urgente, que se mudou recentemente para Newcastle (Inglaterra). Daniel e Katie, dois estranhos cujas voltas da vida os deixaram sem forma de sustento, vêem-se assim obrigados a aceitar ajuda do banco alimentar. E é no meio do desespero que se tornam a única esperança um do outro… 
Palma de Ouro na edição de 2016 do Festival de Cinema de Cannes, conta com assinatura do aclamado realizador Ken Loach e argumento de Paul Laverty, colaborador de Loach em vários outros filmes, entre eles “A Canção de Carla” (1996), “O Meu Nome É Joe” (1998), “Bread and Roses” (2000), “Sweet Sixteen” (2002), “Ae Fond Kiss...” (2004), “Brisa de Mudança” (2006) – também vencedor da Palma de Ouro -, “Neste Mundo Livre...” (2007), “O Meu Amigo Eric” (2009), “Route Irish - A Outra Verdade” (2010), “A Parte dos Anjos” (2012) e “O Salão de Jimmy” (2014)». Veja no Público.




E há uma entrevista  - «Os pobres não são responsáveis pela sua pobreza» -  que o realizador, Ken Loach, deu a Francisco Ferreira,  publicada no Expresso de 26 de novembro   donde este excerto:

«(...) Estava à espera do que encontrou? - Infelizmente, já estava. Todas as semanas há centenas de milhares de famílias que não teraiam nada para comer se não recorressem à caridade e aos bancos alimentares. Quando o frio aperta, têm de escolher entre aquecerem-se ou passarem fome . Isto não é nenhuma ficção, está a passar-se em cada cidade britânica e mais ainda nas áreas da classe operária  onde já não há um supermercado sem um banco alimentar à entrada. O Estado faz passar a mensagem de que quem não trabaçha vais sofrer e pagar as consequências. Só que os pobres não são os responsáveis pela sua pobreza. A verdade é que há milhares e milhares à procura de trabalho e não o encontram.(...)». Ainda,  a critica de Jorge Leitão Ramos:  



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