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Uma passagem do artigo da imagem:
«(...)
Diminuir as assustadoras estatísticas da violência no casal por maus tratos psíquicos, constitui uma verdadeira obrigação de política criminal e, a meu ver, só se tornará viável se for atalhada logo a partir da emergência dos primeiros sinais de agressão, isto é, bem antes dos cônjuges ou companheiros terem passado à agressão física. Se mantivermos o mesmo modelo de investigação, baseado exclusivamente em depoimentos que nunca mais acabam, não estaremos a proteger a vítima, mas sim o agressor. A investigação tem de ser interdisciplinar, a equipa não pode ser exclusiva de polícias, e tem de integrar outros ramos do conhecimento, nomeadamente a psicologia de intervenção clínica do trauma da vítima. Além disso, seria da maior utilidade criar um novo modelo de relatório clínico adequado ao sofrimento psíquico da vítima, através do qual se pudesse estabelecer uma avaliação pormenorizada da vivência abusiva e dos danos a ela causados e, depois, feito o diagnóstico, encaminhá-la para uma entrevista com uma assistente social, a fim de completar a avaliação dos contextos social e familiar e se definir o apoio institucional necessário a aplicar. Tal como as coisas neste momento se encontram é não faz qualquer sentido: ser o funcionário judicial que investiga, ouve e redige as declarações de testemunhas de um crime de furto e, a seguir, vai ouvir e redigir as declarações de testemunhas de um crime de violência doméstica.
(...)». Leia na integra.
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