segunda-feira, 16 de outubro de 2017

«SIBILA» | Uma nova editora que vai privilegiar os ensaios femininos e editar principalmente textos de mulheres | HOJE | APRESENTAÇÃO DA EDITORA E DO SEU PRIMEIRO LIVRO | 16 OUT2017 | 19:00 H | GULBENKIAN




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Hoje, dia 16 de outubro de 2017, às 19:00H, na Gulbenkian,  como se pode ver no Programa da Conferência «Mulheres nas Artes: Percursos de Desobediência», é apresentada a editora e o seu primeiro livro: Eu Matei Xerazade: Confissões de Uma Mulher Árabe em Fúria.  Com a presença da autora. Sobre o livro: 
«Eu Matei Xerazade: Confissões de Uma Mulher Árabe em Fúria, da escritora libanesa Joumana Haddad (n. 1970) é um livro onde a reflexão sobre a condição das mulheres árabes contemporâneas se mistura com as memórias pessoais da autora, que viveu a infância e a adolescência numa Beirute em guerra, e também com a poesia. Joumana Haddad conta de que forma a leitura clandestina de Sade, que iniciou aos 12 anos de idade, transformou a sua vida e a sua visão do mundo, e a levou a escrever poesia libertina e a fundar, aos quarenta anos, a primeira revista erótica em língua árabe.

Escreve Haddad: "Nunca fui uma grande fã de Xerazade - a qual, para piorar as coisas, é enjoativamente acarinhada pelos orientalistas - embora adorasse ler e reler As Mil E Uma Noites. Estou convencida de que a personagem dela é uma conspiração contra as mulheres árabes em particular, e as mulheres em geral. Obviamente, a pobre senhora fez o que tinha de fazer. Não estou a julgá-la por isso. De facto, eu poderia muito bem ter feito o mesmo, se estivesse na sua delicada posição. Apenas estou farta de que as pessoas (especialmente no Ocidente, mas também no mundo árabe) façam dela uma heroína, o símbolo da oposição cultural e feminina árabe e da luta contra a injustiça, a crueldade e a discriminação dos homens. Ela é apenas uma rapariguinha querida com uma grande imaginação e boas capacidades negociais. Precisamos simplesmente de pôr as coisas na perspectiva certa». Continue a ler.






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