Da ONU Brasil |
«A ONU Mulheres Brasil divulgou na última sexta-feira (6) uma
nota de pesar pela morte da feminista Ruth Escobar, falecida em 5 de outubro.
Lembrando a participação da gestora no lobby do batom — movimento para a
inclusão das reivindicações das mulheres na Constituição Federal de 1988 —, a
agência das Nações Unidas descreveu o legado de Ruth como exemplo para a luta
pela igualdade de gênero.
“Ruth
dedicou anos à construção de direitos para as mulheres”, afirma na nota a
representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman. “Foi a primeira
presidenta do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres (1985-1986). Exerceu
por quatro anos, de 1986 a 1990, a representação do Brasil no Comitê de
Monitoramento e Acompanhamento da Convenção pela Eliminação da Discriminação
contra a Mulher (CEDAW), das Nações Unidas.”
O
organismo citou ainda o engajamento de Ruth no movimento de resistência à
ditadura. “Foi presa, por três vezes, por se opor ao regime. Foi uma das
fundadoras da Frente de Mulheres Feministas do Estado de São Paulo, na década
de 1970”, acrescenta Nadine. Entre 1983 e 1991, a feminista exerceu dois
mandatos parlamentares na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.
“É
(também) um dos nomes notáveis da dramaturgia teatral e gestão de cultura no
Brasil. Coordenou o primeiro Festival Nacional de Mulheres nas Artes, em 1982,
com mais de 600 espetáculos e 10 mil pessoas participantes.”
Elogiado
a “obstinada trajetória política, feminista e cultural” de Ruth, o comunicado
afirma que a militante “deixa um legado a ser valorizado por todas as
brasileiras e brasileiros, os quais animam a união de esforços para dar passos
decisivos pelo empoderamento das mulheres e pela promoção da igualdade de
gênero”. Ruth faleceu em São Paulo, aos 81 anos».
Da comunicação social portuguesa, por exemplo, o Expresso começa assim: «Ruth Escobar nasceu no Porto, em 1935, e tornou-se conhecida pela sua carreira no Brasil» (...). Continue a ler.
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