«As sobreviventes de violência sexual em zonas de guerra precisam ser reconhecidas como vítimas legítimas de conflitos e
do terrorismo, e não culpadas, estigmatizadas ou ridicularizadas.
A
informação é do novo relatório da ONU, que deve ser apresentando ao Conselho de
Segurança ainda neste mês de maio.
“A
vergonha e o estigma são partes integrantes da lógica da violência sexual
empregada como tática de guerra ou terrorismo. Os agressores entendem que esse
tipo de crime pode transformar as vítimas em marginais, acabando assim com os
laços familiares e de parentesco que unem as comunidades”, apontou o último
relatório do secretário-geral sobre as violências sexuais relacionadas a
conflitos, elaborado pelo Escritório da Representante Especial
da ONU sobre a
questão.
O relatório apela a líderes políticos,
comunitários e religiosos para que abordem as normas sociais prejudiciais e
ajudem a redirecionar o estigma da violência que as vítimas sofrem para os
criminosos.
O
documento afirma que, se isso não acontecer, as vítimas podem sofrer
represálias letais, exclusão econômica e indigência, além de cometer suicídio,
entre outros problemas graves.
As
crianças nascidas a partir da violência sexual também são alvo de preocupação
no relatório, já que elas podem enfrentar uma vida de marginalização devido ao
estigma e ao status jurídico incerto.
“Se
as mulheres que sofreram violência sexual e as crianças nascidas do estupro não
forem reintegradas em suas sociedades e economias, continuarão suscetíveis à
exploração e ao recrutamento”, alerta o relatório.(...)». Continue a ler.
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