terça-feira, 13 de setembro de 2016

«FUTUROS FEMINISTAS»









No  domingo  passado, na Bahia,  encerrou o  13.º Forum  organizado pela AWID  -  Associação para os Direitos das Mulheres e o Desenvolvimento - sob o lema  «Futuros Feministas: Construindo Poder Coletivo em prol dos Direitos e da Justiça» - o site aqui.
Do que se leu sobre  a participação  da Diretora da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka:


«Phumzile se reuniu com mais de 30 mulheres negras brasileiras, latino-americanas e africanas numa expressão de apoio da ONU Mulheres ao enfrentamento do racismo no âmbito da Década Internacional de Afrodescendentes, criada pelas Nações Unidas, para promover a valorização de negras  por meio da justiça, desenvolvimento e eliminação da discriminação racial. O diálogo deu continuidade à relação estabelecida pela diretora com o grupo, acentuado na Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver, ocorrida em novembro de 2015, durante a primeira visita oficial ao Brasil.
“Essa forma de organização das mulheres negras brasileiras é única e muito forte. Não tem só que se manter, mas se visibilizar. Nos outros países, os problemas podem ser os mesmos. Têm muitos países com muitos problemas. Mas não tem essa mobilização de mulheres negras. E isso deve se manter”, disse Phumzile Mlambo-Ngcuka. A diretora manifestou o interesse de a ONU Mulheres organizar uma reunião sobre a intersecção de gênero e raça, para aumentar a articulação das ativistas no contexto da Década Internacional de Afrodescendentes.
Phumzile mencionou, ainda, a agenda internacional de acordos globais, ressaltando os 25 anos do Plano de Ação de Pequim, em 2020. O documento é uma referência nos direitos das mulheres devido à definição de 12 metas globais para o empoderamento das mulheres e a igualdade de gênero. A diretora citou o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº5, voltado à igualdade de gênero, o qual deve absorver a dimensão racial.

“O primeiro ponto do ODS 5 é acabar com todo o tipo de discriminação contra todas as mulheres. Quando falamos da discriminação, temos de ter um foco especializado em raça. Nos próximos cinco anos, nós, juntas, temos muito trabalho para fazer”, frisou Phumzile Mlambo-Ngcuka.

A diretora também enfatizou a necessidade de as mulheres participarem ativamente das eleições como candidatas e na escolha de políticas e políticos que tenham compromisso com o empoderamento das mulheres. “É preciso motivar candidatos e candidatas a falar sobre o seu foco e a sua entrega integral de seus compromissos com as mulheres negras brasileiras”, considerou. Sobre o empoderamento político das mulheres, Phumzile completou: “Temos que ter as mulheres certas nos espaços de poder”». Saiba mais aqui. E também neste endereço.


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