A colega Ana Almeida, do GEPAC, chamou-nos a atenção para esta notícia: Ser mãe triplica desigualdade salarial de mulheres face a homens, do Dinheiro Vivo, onde se pode ler:
««As mulheres trabalhadoras portuguesas com pelo menos um filho ganham 24% menos face ao salário mediano dos homens nessa mesma condição. Nos casos em que não existem crianças, a diferença salarial continua a penalizar a mulher, mas muito menos: o diferencial é de 7% abaixo face rendimento mediano masculino, isto é, três vezes menos face à situação em que há pelo menos uma criança no agregado familiar.
De acordo com a OCDE, que hoje publicou o estudo "Terminar com a diferença de género: Agir agora", mostra que o 'gap' salarial aumenta dramaticamente em todos os países quando as pessoas têm filhos, ou seja, as mulheres são altamente (e as únicas) penalizadas com a nova situação.
As mulheres portuguesas têm um salário mediano 7% inferior face ao ordenado mediano dos homens numa situação em que não há filhos, mas este valor até está em linha com a média da OCDE.
No entanto, quando se analisam os casos de pessoas com filhos, percebe-se que a desvantagem salarial das mulheres portuguesas face aos homens agrava-se e muito. A diferença não só é altamente penalizadora (mulheres mães ganham menos 24% do que os homens pais), como Portugal passa a ser o oitavo país com maior diferença no grupo de 31 Estados analisados pela OCDE. Na situação "sem crianças", Portugal era o 16º país mais desigual». Continue.
De facto, na segunda-feira, dia 17, a OCDE apresentou o relatório da imagem acima que está disponível no seu site. Tem a seguinte estrutura:
Part I. Gender Equality: The Economic Case, Social Norms and Public Policies
Part II. Gender Equality in Education
Part III. Gender Equality in Employment
Part IV. Gender Equality in Entrepreneurship
Quem sabe, num dos próximos relatórios não teremos também uma Parte dedicada à Cultura e às Artes. Mais matérias, em português, sobre o assunto, por exemplo, neste endereço, e neste da DIANOVA que é «uma ONG internacional, com Estatuto Consultivo Especial junto do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC/UN), que opera em onze países das Américas e Europa».
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