A notícia (da TSF) assenta no Relatório a que nos referimos aqui, e começa assim:
«Siri (da Apple), Alexa (da Amazon) e Cortana
(da Microsoft) são nomes femininos para a assistência digital que perpetuam os
estereótipos sexistas. Segundo a UNESCO, as vozes femininas, apesar da sua
utilidade, perpetuam a ideia de que "as mulheres são prestáveis, dóceis e
desejosas por agradar, disponíveis através de um simples clique num botão ou
com um comando de voz", revela o relatório apresentado pela organização .
A
"sua passividade, sobretudo quando há um abuso explícito, reforça
narrativas sexistas", refere o estudo "I"d Blush If I
Could" (Eu coraria, se pudesse), a resposta que a Siri fornecia quando os
utilizadores lhe dirigiam um "You"re a slut" (comentário usado
para denegrir o comportamento sexual de uma mulher).
Aliás,
no caso de lhe ser dirigido um comentário explícito, a Siri não replica com
assertividade: "Oh"; "Agora, agora"; "Eu corava se
pudesse"; "A tua linguagem!". No entanto, se estas investidas
forem feitas por mulheres, a Siri responde: "Isso não é simpático" ou
"Eu não sou ESSE tipo de assistente pessoal".
Apesar
de ser difícil quantificar esta tipologia de discurso, a UNESCO prevê que pelo
menos cinco por cento das interações com as assistentes digitais sejam
explicitamente sexuais.(...)». Continue a ler.
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