Sinopse
O presente livro insere-se no projecto As Mulheres na Filosofia – Marginalidade e Alternativa, integrado na linha de investigação sobre História da Filosofia, do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. É um trabalho que se coloca na continuidade do projecto Uma Filosofia no Feminino (1998-2002), apoiado pelo programa PRAXIS XXI. Pretendia-se com este projecto dar visibilidade aos temas da mulher e do feminino no horizonte da filosofia. Foi uma experiência que deu frutos pois ao longo dos quatro anos da investigação foram publicados seis volumes. Terminado o projecto PRAXIS, a linha de investigação manteve-se activa, tendo trabalhado quer isoladamente quer em conjunto com outros projectos. A actual linha de investigação, As Mulheres na Filosofia – Marginalidade e Alternativa , pretende promover um programa transversal situado no âmbito da história da filosofia, incluindo colaboradoras nacionais e estrangeiras e procurando incentivar jovens investigadoras. O presente volume atesta esta diversidade de contributos pois tanto acolhe figuras de relevo internacional no campo dos Estudos sobre Mulheres (Women Studies) como textos de investigadoras que esboçam os primeiros passos nesta área. Grande parte dos escritos corresponde a comunicações apresentadas no Colóquio Internacional Marginalidade e Alternativa – Filósofas dos sécs. XX e XXI, realizado na FLUL em Maio de 2014. Optámos por manter os textos das colaboradoras estrangeiras na língua original em que foram escritos, exceptuando o texto de Evelyne Guillemeau que traduzimos, conscientes de que actualmente o francês é menos familiar ao público de leitores e leitoras. Relativamente aos textos em português respeitámos as opções de cada uma das autoras, razão pela qual não há neles uma uniformidade ortográfica. A selecção das filósofas apresentadas no presente livro não pretende de modo algum ser exaustiva, obedecendo às escolhas das investigadoras no que respeita a filósofas dos séculos XX e XXI. Num próximo volume, pretendemos incluir outros nomes relevantes de filósofas contemporâneas, de modo a contrariar o preconceito (surpreendentemente) ainda vigente de que “não há mulheres filósofas”. Em termos organizativos, as vinte e seis filósofas serão apresentadas por ordem alfabética, uma vez que a estruturação em termos temáticos, por um lado, não facilitava o equilíbrio da publicação e, por outro, poderia conduzir a uma interpretação enviesada das autoras que foram abordadas através de uma problemática específica mas que, todavia, não esgota o espectro da sua obra, como é o caso de Simone Beauvoir ou de Seyla Benhabib, por exemplo. Saiba mais.
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