quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

MARIA ANTÓNIA PALLA | «Só Acontece aos Outros /Histórias de Violência»


«SINOPSE
Este livro reúne um notável conjunto de reportagens com tratamento literário, casos reais publicados no jornal O Século nos anos 70, antes e depois do 25 de Abril. A impressionante actualidade dos temas e casos abordados faz-nos reflectir sobre a lentidão das mudanças sociais, para lá do voluntarismo da acção política.

Uma menina desaparece da sua aldeia e aparece morta. Lobos, dizem. 
Uma anciã é violada por um jovem, depois de ter alertado a polícia de que o rapaz andava a rondá-la, sem que ninguém a acreditasse. 
Um actor e um futebolista, amantes sucessivos da mesma jovem, actriz do teatro de revista, tornam-se amigos e organizam-se para a espancar e torturar selvaticamente. 
Um rapaz português aparece morto numa cadeia de Espanha. 
Uma menina de três anos é morta a pontapé pelo companheiro da mãe. 
Uma mulher mata o filho recém-nascido. 
Um pensionato onde se amontoam e maltratam crianças e jovens. 
O suicídio de um rapaz de dezoito anos, escravizado pela família. 
Um juiz do Tribunal de Família que reconhece a um homem o direito de gastar em vinho o dinheiro que devia entregar aos filhos. 
Uma mulher que, cansada de maus-tratos, envenena o marido. 
A união e a luta das juvenilíssimas operárias de uma fábrica têxtil por melhores condições de vida, em plena revolução de Abril. 
O julgamento de uma jovem, por crime de aborto, em 1979. 
A condenação súbita de uma mulher à solidão de um lar de idosos, quando deixa de fazer falta à família que criou. 
A vitória sobre a violação e a fome de uma cabo-verdiana emigrada em Portugal. 
Maria Antónia Palla mergulhou em cada um dos universos destas histórias, ouviu intervenientes e testemunhas, e oferece-nos o retrato profundo de uma sociedade ancorada em medos, fragilidades e violências que persistem para lá das mudanças legais e das modernizações aparentes. Oferece-nos também, acima de tudo, a força, os sonhos, a dignidade e a voz desses que nunca são verdadeiramente ouvidos». +.
E um excerto do Prefácio de Helena Matos:



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