SINOPSE
POEMAS QUOTIDIANOS, O LIVRO DO POETA E CINEASTA ANTÓNIO REIS
ESGOTADO HÁ DÉCADAS, É O NOVO VOLUME DA COLECÇÃO DE POESIA
DE PEDRO MEXIA.
«O Portugal dos anos 50 e da transição para a década seguinte é um país em que amplos
sectores da população vivem no limiar da pobreza ou numa apertada mediania. É essa a
realidade que, em larga medida, se espelha nos poemas elípticos de António Reis, alheios
à ênfase retórica e ao tom protestário da lírica de alguns dos seus contemporâneos, e que,
antes, atentam nos pequenos nadas do quotidiano, na banalidade de um dia-a-dia de
limitados horizontes. Os textos falam de gente que passaja, vira, ou tinge a roupa, ou a
deixa, depois de lavar, a enxugar de noite, para a vestir de novo de manhã quando vai
para o trabalho.
Tudo isto numa linguagem simples, de ‘poucas palavras’, como um cineasta seu amigo,
um dia, dele disse, uma simplicidade construída, acrescente-se, e em que
se conta com a cooperação do leitor para completar ou preencher o que apenas
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