sábado, 30 de agosto de 2014

ADÉLIA PRADO |Com licença poética |«Mulher é desdobrável. Eu sou.»



 
 
Com licença poética
 
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
 
 
PRADO, A. Bagagem. São Paulo
 
 
 
 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (40) | «Global Shapers Community»

 


«The Global Shapers Community is a network of hubs developed and led by young people who are exceptional in their potential, their achievements and their drive to make a contribution to their communities». SAIBA MAIS. De lá, do site da rede, por exemplo, (Wo)Manorial:



 
«(wo)manorial is an international platform for artists, curators and theorists who explore the ever-changing concept of femininity in culture and society.
(wo)manorial claims a mobile digital space for sharing experiences of the modern femininity through art, literature, language, and our activities». +
 
 
 
 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

«ANGOLA / As Ricas-Donas»



 
Uma sinopse: «Tal como vinha acontecendo já desde o século XVII, três constantes marcariam a história de Loanda: o tráfico atlântico da escravatura, a deportação ou degredo de criminosos para Angola e a superioridade das famílias crioulas, ou lusodescendentes, às quais pertenciam essas mulheres, e que eram praticamente as únicas detentoras do monopólio desse tráfico.As estórias destas mulheres acabariam por se fundir com a história da cidade de Loanda e não será possível dizer com propriedade como teriam sido as suas vidas. Assim, para este romance, eu reinventei situações e dramatizei acontecimentos, pois é isto que um romancista faz. A partir de imagens e de factos reais, deixei a imaginação fluir e as estórias converteram-se, por vezes em coisas diferentes daquilo que verdadeiramente teria acontecido. Porém, embora ficcionadas, estas poderão ter sido as estórias das Ricas-Donas de Loanda.»Romance histórico na linha de "Loanda - Escravas, Donas e Senhoras", Isabel Valadão leva-nos à Angola dos séculos XVIII e XIX». E este post no Blog Da Literatura.
 
 
 

sábado, 23 de agosto de 2014

«CENTER FOR CIVIL AND HUMAN RIGHTS»

 

  

O Post  Centre for Civil and Human Rights | All rights now,


de 19 de Agosto do Blogue Prospero|The Economist, levou-nos ao  Center for Civil and Human Rights a que se refere a imagem inicial - um momento da sua homepage. Justifica-se uma visita virtual. Ficamos a saber, por exemplo: «ABOUT US -The Center for Civil and Human Rights in downtown Atlanta is an engaging cultural attraction that connects the American Civil Rights Movement to today’s Global Human Rights Movements. Our purpose is to create a safe space for visitors to explore the fundamental rights of all human beings so that they leave inspired and empowered to join the ongoing dialogue about human rights in their communities». Continue a ler. De seguida imagem de uma das exposições temporárias:


http://www.civilandhumanrights.org/exhibits/gallery/benny-andrews

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Eram Mulheres Instruidas e Entre 1500 e 1900 Escreveram



 
O trabalho da imagem, do DN de 16 de Agosto de 2014, começa assim: 
 
«ESCREVERAM BIOGRAFIAS - e autobiografias a instância dos próprios confessores — descreveram visões místicas e outras talvez não tão místicas, envolveram-se em querelas “de cordel”, a que hoje chamariamos guerra de sexos, trocaram cartas que eram recados politicos e que acabaram a circular, em cópias manuscritas, na corte e entre a nobreza e, claro, fizeram poesia. Textos épicos ou elegíacos, redondilhas, endechas e outros de recorte clássico rigoroso, em latim, em português ou em castelhano, porque elas não eram apenas instruídas - o que já seria raro. Eram cultas e eruditas. 
Sim, eram mulheres e durante quatro séculos, entre 1500 e 1900, escreveram — e leram, incluindo as obras publicadas no seu tempo no resto da Europa, mesmo algumas censuradas, como aconteceu durante a Inquisição e na época do Marquês de Pombal. E não foram as 20 e poucas que até agora se conheciam. Por improvável que nos pareça, uma busca meticulosapelos arquivos nacionais, que incluiu entre outros a Biblioteca Nacional e a Torre do Tombo, revelou que houve pelo menos um milhar de por- 
tuguesas escritoras ao longo daqueles quatro séculos, cuja existência era até há pouco quase completamente desconhecida. É certo que os manuais e histórias da literatura portuguesa não trazem os seus nomes nem referência ou trechos das suas obras. Mas, à luz deste novo conhecimento, fica claro que as escritoras anteriores ao século XX tradicionalmente mencionadas nos compêndios representam apenas três a cinco por cento do seunúmero reaL “Por isso, um dos nossos objetivos é que a médio prazo esta informação venha ser integrada nos manuais de história da literatura”, explica ao Q Vanda Anastácio, professora de Literatura e Cultura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (UL), iavestigadora do Centro de Estudos Clássicos da mesma universidade e membro da equipa que fez o levantamento, o estudo das obras e das autoras inventariadas, e o respetivo catálogo. 
Este iEiltimo já poderia, alias, ter sido transformado numa base de dados de livre acesso na intemet, mas a falta de verba - um projeto submetido à FCr com esse intuito não foi aprova- 
do - inviabilizou a sua concretização. Em alternativa, e com uma verba da Fundação Gulbenkian, os investigadores estão neste momento a trabalhar para pôr toda a informação anime, num site onde estarão referenciadas as 1010 escritoras inventanadas, comas respetivas biografias, descrição das obras e identificação dos arquivos onde elas se encontram. “Não é propriamente uma base de dados, porque não é possível fazer pesquisa interativa, masa informação vai estar ali toda reunida e ficará acessívela partir da Páscoa de 2015», adianta Vanda Anastácio. 
Até lá, estudiosos, interessados e outros ciiriosos podem encontrar uma valiosa amostra deste universo literário feminino numa cuidadosa seleção desses milhares de textos, que englobo os vários géneros, as diferentes épocas e uma diversidade grande de autoras e de textos, que foi organizada por VandaAnastáciosobo titulo Uma Antologia Improvável, (...)». Um bom pretexo para lembrarmos o livro sobre o qual já fizemos post em 2013  - 
 UMA ANTOLOGIA IMPROVÁVEL | A ESCRITA DAS MULHERES (Séculos XVI a XVIII) | Apresentação dia 25 julho.

 
 
 
E direcionarmos para o Projeto    Escritoras Portuguesas e Escrita Feminina em Portugal antes de 1900: aqui.
 
 
 
 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

LESLIE + LOHMAN | Museum of Gay and Lesbian Art | NEW YORK




«The Leslie Lohman Museum of Gay and Lesbian Art is the first dedicated LGBTQ art museum in the world with a mission to exhibit and preserve LGBTQ art, and foster the artists who create it The Leslie-Lohman Museum embraces the rich creative history of the LGBTQ art community by informing, inspiring, entertaining, and challenging all who enter its doors». +.
 
Exposições em curso, em três galerias: ver aqui. Por exemplo:


 
 
 
 
E no site do Museu ( a nosso ver um bom site) há muito mais informação, tendo-se reparado nas publicações. Uma delas, THE ARCHIVE:
 



 
«The Archive is the official journal of the Leslie-Lohman Museum of Gay and Lesbian Art.
It is published four times a year and is made possible in part by a generous grant from the John Burton Harter Charitable Trust.
    Articles, letters, commentary, corrections pertinent to the purview of Leslie-Lohman can be submitted typewritten on CD or by email (MS Word PC format only, double spaced), to: The Editor, The ARCHIVE, LLM, 26 Wooster St., New York, NY 10013 or by email to:
The Editor, The ARCHIVE». +  O número 50 disponível em PDF neste endereço.

 
E chegámos ao Museu (via web) através do post, do Arts Beat do New York Times, An Eclectic Lineup for the Queer New York International Arts Festival, onde podemos ler:
«(...)
The festival, now in its third year, will run from Sept. 17 to 28, with performances at the Abrons Arts Center, LaMama and the Leslie Lohman Museum of Gay and Lesbian Art, in Manhattan; the Chocolate Factory in Queens; and Grace Exhibition Space in Brooklyn.
“The exclusive reading of queer(ness) through sexuality and gender prisms too often neglects other aspects like social status and background, race and ethnicity, geography and other norms that influence positioning of queer in society and art,” the festival’s producer, Zvonimir Dobrovic said in a statement about the festival’s driving philosophy. “During the festival’s intensely paced twelve days, New York audiences will have the opportunity to experience a range of performances that challenge heteronorms and the status quo on various levels.”
(...)»
 





sábado, 16 de agosto de 2014

«LAS TRECE ROSAS»


Foram recordadas no passado dia 5 de Agosto de 2014: veja, por exemplo, aqui.  E neste endereço, donde:
«(...)
Ocho de ellas eran menores de edad: modistas, una pianista, una secretaria, una sastre… Sólo tres de ellas eran activistas de las Juventudes Socialistas Unificadas (JSU), algo de lo que también se las acusaba. Las trece fueron víctimas inocentes, auténticas heroínas, de la posguerra de la cruenta Guerra Civil que asoló el país.
En nuestros oídos resuena el eco de la voz de Ana López Gallego, de 21 años, modista, militante de las JSU, secretaria de Radio Chamartín durante la contienda, detenida el 16 de mayo y conducida a la cárcel de las Ventas el 6 de junio. Se cuenta que, tras permanecer con vida después de la primera descarga, inquirió con bravura a sus ejecutores: “¿Es que a mí no me matan?”(...)». E dispomos de documentário e demais registos sobre Las Trece Rosas:
 
 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

LAUREN BACALL morreu aos 89 anos



 
 
«(...)
Esta senhora dura, insolente, sem paciência para a falta de carácter e para a cobardia moral, democrata até ao osso, morreu esta terça-feira, aos 89 anos, na sua casa em Nova Iorque, noticiou à AFP o seu sócio na Humphrey Bogart Estate, Robbert JF de Klerk. A actriz teve um "forte acidente vascular cerebral" e não resistiu. Houve um post de fonte da família Bogart numa conta oficial no Twitter: "Com profunda tristeza, mas com grande gratidão pela sua vida incrível, confirmamos o falecimento de Lauren Bacall".
Chamaram-lhe The Look, e é só olhar para as fotografias para perceber porquê. Hawks (e é preciso sempre regressar a ele) tem responsabilidades. A mulher do realizador viu-a um dia numa capa da Harper's Bazaar – dia 1 de Março de 1943 – e recomendou-a ao marido. Betty Joan Perske não tinha ainda 19 anos, estudara dança, faltava às aulas para ver filmes com Bette Davies (alguma coisa deve ter ficado nela...), era manequim e contava no seu portfolio com dois ou três fracassos na Broadway. Mas perante a foto daHarper's Bazaar Hawks soube o que fazer. Contratou-a. (...). Continue a ler.
 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

MANUEL BANDEIRA | Mulheres

 
 

Mulheres
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido…
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.
Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! Fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas…
És linda como uma história da carochinha…
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(No tempo em que pensava que os ladrões moravam no morro atrás de casa e tinham cara de pau)

Manuel Bandeira


sábado, 9 de agosto de 2014

NNENNA AGBA

 

 

«Para as meninas da Nigéria, educação é a chave que abre as portas para o progresso

 
Cresci na Nigéria, em uma cultura na qual estar grávida de um menino valida uma mulher e sua família, na qual um homem ocupa inerentemente um lugar superior na sociedade, à frente da mulher. Aos 11 anos de idade, ajudei minha mãe a dar à luz a sua quinta filha, minha irmã caçula, e vi nossa mãe morrer nas mãos de um médico incompetente.
Minha mãe havia sucumbido às exigências de sua sociedade; embora já tivesse quatro filhas saudáveis, pela tradição, queria ter um filho homem, mesmo que isso custasse a sua vida. Perceber os fatores subjacentes que a sujeitavam a essa situação tão difícil projetou uma clara imagem do lugar que eu ocupava como menina na sociedade nigeriana». Continue a ler no Mercado Ético.


 
 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Gabriela Llansol e Virginia Woolf





Este post nasceu,  já lá vai um tempo, com a leitura da imagem. Desde junho que o assunto ficou «em carteira», na nossa memória. Sobre a iniciativa o post LLANSOL E VIRGINIA WOOLF que tem atualidade (nosso destaque a cor):

«(...) Falaremos do encontro entre as duas escritoras, desde os anos sessenta do século passado, quando Llansol começa a ler Woolf, leremos algumas passagens dos cadernos de Maria Gabriela Llansol sobre a inglesa, em eco com passagens de Virginia Woolf, e mostraremos algumas peças do espólio que documentam este diálogo.
 E haverá, como sempre, um caderno que documenta mais esta afinidade electiva de Llansol com as suas figuras e outros criadores, reunindo muito do que encontrámos nos cadernos manuscritos e nos dois últimos Livros de Horas.
 Esta será a última sessão da «Letra E» antes do Verão. Retomaremos em Outubro, para revelar aspectos menos conhecidos do espólio de Llansol e continuar os encontros com algumas das suas figuras.
E entretanto daremos em breve notícia das Jornadas Llansolianas de Sintra deste ano (que terão lugar em 27 e 28 de Setembro, no espaço cultural «Vila Alda», em Sintra».
Mas para já temos o Blogue do ESPAÇO Llansol que também tem conta no Facebook.
  
http://espacollansol.blogspot.pt/

E em Londres, conforme se pode ler no post do Blogue Prospero Virginia territory - «"Virginia Woolf: Art, Life and Vision", a new exhibition at the National Portrait Gallery in London, charts the life of one of the 20th century’s foremost writers through a mix of photographs such as these, portraits, archival material and artworks. The exhibition ably demonstrates how material possessions and physical appearances can offer a rich visual supplement to a well-thumbed biography. Pictures of Woolf, alongside contemporary objects and imagery—paintings that she owned or knew well, first-edition books, draft designs of pamphlets, book jackets, posters, family photographs, letters, sketches and so on—build a comprehensive portrait of a complex character, and provide a compelling reminder of her continued appeal». Continue a ler.



 Se vai a Londres, já sabe: "Virginia Woolf: Art, Life and Vision", National Portrait Gallery. E temos sempre a web. Mas voltemos ao Espaço Llansol, em Sintra, para nós, uma boa «descoberta». Veja, por exemplo, aqui, donde:


«(...)
O Espaço Llansol dedica-se a tratar, classificar e divulgar o espólio da escritora Maria Gabriela Llansol. Situa-se em Sintra, na morada mais apropriada para o bom desempenho do seu papel: naquela que foi a última casa da escritora nascida em Lisboa, a 24 de Novembro de 1931.
É João Barrento, um dos fundadores do Espaço Llansol, quem nos recebe à porta e nos introduz ao mundo de Maria Gabriela Llansol: “esta foi a última casa onde a escritora viveu. Antes habitou uma outra, em Colares, mas foi aqui que passou os seus últimos dias”.
A MARIA GABRIELA [LLANSOL] ESCREVIA EM QUALQUER SÍTIO. TINHA UMA IDEIA E PASSAVA-A LOGO PARA QUALQUER TIPO DE PAPEL
A casa é, literalmente, uma casa. Com cozinha, casa-de-banho, dois quartos e uma sala. “O nosso escritório fica onde era antigamente o quarto da Maria Gabriela”, adianta João Barrento. “Costumamos receber investigadores da obra da Maria Gabriela que trabalham aqui, nomeadamente investigando o espólio e os manuscritos”.
O Espaço Llansol é gerido pela Associação de Estudos Llansolianos e surgiu em 2008, quando João Barrento e Maria Etelvina Santos foram incubidos pela autora de «Onde Vais, Drama-Poesia?» de tratar o seu espólio. (...)». Leia na integra.

E terminemos como começámos, com Llansol e Woolf:



E UM QUARTO QUE SEJA NOSSO... Virgina Woolf na «Letra E» , de 29 de junho de 2014, no Espaço Llansol.



terça-feira, 5 de agosto de 2014

ARTURO PÉREZ-REVERTE | «A mulher é o único herói interessante do século XXI»



O verão, com férias,  também tem destas coisas, encontrar revistas e livros que estavam «no monte» para se olhar melhor, com tempo. E foi assim que se reencontrou a LER da imagem, de 2011. Na altura, se calhar, nem reparámos, mas agora captou a nossa atenção, a frase: «A mulher é o único herói interessante do século XXI», de Arturo Pérez-Reverte. Adensemos, com um excerto da entrevista de Carlos Vaz Marques:




Em particular, como não nos encantarmos com aquelas «mulheres a olhar para o futuro»! Mas voltemos a 2014, e a outras revistas LER, de que se pode saber no seu  blogue. E, a nosso ver,  excelente blogue, onde aliás podemos ler post também sobre a entrevista a Pérez-Reverte: aqui.
Bom, depois disto,  não podíamos terminar sem o livro  O ASSÉDIO:



Sinopse:«Cádis, 1811. Nas ruas da mais liberal cidade europeia trava-se uma batalha muito singular. Jovens mulheres são encontradas mortas. E em cada lugar, momentos antes da descoberta do cadáver, explode uma bomba francesa. Estes acontecimentos traçam um estranho mapa sobre a cidade: um complexo tabuleiro de xadrez em que a mão de um misterioso jogador - um assassino impiedoso, o acaso, a direcção do vento, o cálculo das probabilidades - move as peças que determinam o destino dos protagonistas. Enredados neste enigmático jogo estão um polícia corrupto, a herdeira de um império comercial, um corsário sem escrúpulos, um taxidermista misantropo e espião, um guerrilheiro bondoso e um excêntrico artilheiro francês.
O Assédio reconstrói a extraordinária pulsação de um mundo de oportunidades perdidas. Retrata o fim de uma era e um grupo de personagens condenadas pela História, sentenciadas a levar uma vida que, tal como a cidade que os alberga - uma Cádis equívoca, enigmática e contraditória -, nunca mais será a mesma»
. +

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

CONVENÇÃO DE ISTAMBUL ||| ENTRA EM VIGOR ||| 1 AGOSTO 2014 ||| Mulheres Livres de Violência é um Direito






«Conhecida como Convenção de Istambul por ter sido aberta à assinatura na cidade turca em maio de 2011, esta legislação entra agora em vigor em 14 países, nomeadamente Albânia, Andorra, Áustria, Bósnia & Herzegovina, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Malta, Montenegro, Portugal, Sérvia, Suécia e Turquia. 22 outros Estados europeus já assinaram o texto e estão em vias de ratificação. Portugal foi o primeiro membro da União Europeia a ratificar este documento.

A assinatura é aberta a países de todo o globo. Esta é a primeira convenção do mundo que reserva um papel para os Parlamentos nacionais. Há um mecanismo independente que permite que estas instituições também fiscalizem o cumprimento da Convenção de Istambul». Leia mais neste trabalho de Sandra Henriques.






E o   Conselho da Europa assinala a aplicação da Convenção de Istambul. De facto: 

«A Rede Parlamentar "Mulheres Livres de Violência" do Conselho da Europa assinala na sexta-feira a entrada em vigor da convenção para a prevenção e o combate à violência contra mulheres com visitas a casas de abrigo em vários países.

Em Portugal, essa missão é assumida pelo coordenador político da rede e relator geral sobre a Violência contra as Mulheres na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Mendes Bota, que irá visitar uma casa de abrigo, em Lisboa, gerida por uma organização não-governamental. Continue a ler.

Entretanto, hoje, (sublinhados nossos)  «A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade destaca a importância da Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica, que entra em vigor esta sexta-feira. Teresa Morais considera que se trata de um “novo instrumento vigoroso” para combater a violência sobre as mulheres.

A governante afirma à Antena 1 que o documento, mais conhecido por Convenção de Istambul, “reforça a necessidade de combater de todas as formas a violência contra as mulheres nas suas diversas modalidades, quer na violência doméstica, que é a mais comum, quer em relação a outras formas de violência entre nós com menor extensão, como a mutilação genital feminina, os casamentos forçados e outras”». Leia e ouça  mais.

Em breve:







AGOSTO | Verão Eterno

  



Começa hoje o «Querido mês de agosto», tempo para enaltecer o verão. Continuaremos por aqui, pelo Em Cada Rosto Igualdade, em ritmo de férias. Visite-nos, para nós é um privilégio. Iniciemos com arte. Com poesia.


VARIAÇÕES SOBRE UM DIA DE VERÃO

Acariciar o verão
saber dele

O peso de alegria
Que suporta a mão.

Caminhar na luz
Quase como se
Estivesses em casa.

Ela vem de longe
Esta bebedeira

Que tem por dever
Abrir as fronteiras.

  

EUGÈNE GUILLEVIC (1907-1997)
Tradução de Eugénio de Andrade