sábado, 12 de outubro de 2013

ALICE MUNRO | Prémio Nobel da Literatura 2013





Na quinta-feira ficou a conhecer-se que Alice Munro era  Prémio Nobel da Literatura 2013.  Fernando Chambel (Dgartes) apostou com os colegas de sala que no dia seguinte ia estar no Em Cada Rosto Igualdade. Perdeu, demorámos mais um dia, há posts que  o são mais devagar. Mas mostra bem como o nosso blogue já faz parte do quotidiano, ou seja,   a questão da igualdade, nomeadamente de género, entra nas nossas conversas do dia-a-dia, de forma natural, como se pretendia. E por esta perspetiva, já se justificava trazer o acontecimento para aqui, como o  compele, por exemplo, este destaque, no jornal Público: «A contista que muitos comparam a Tchekov acabou mesmo por convencer a Academia Sueca, tornando-se, aos 82 anos, o 110.º autor - e a 13.ª mulher - a ganhar o Nobel da Literatura». Em 110 apenas 13 !  E numa época em que os mais velhos e mais velhas  são, por vezes, tão desconsiderados e desconsideradas, 82 anos também merece a nossa alegria. E do muito que se está a escrever sobre a laureada, reparámos no que diz Helena  Vasconcelos também no jornal Público  (edição impressa):

 «É impossível não referir ainda, o papel que as mulheres ocupam nos contos de Munro: é em torno das figuras femininas - de todas as idades e feitios, mães, filhas, irmãs, amigas, companheiras, primas, vizinhas e amantes que enchem páginas e páginas com as suas acções,  os seus sobressaltos e ansiedades, num mundo acolhedor e caseiro mas por vezes sombrio, onde os gestos habituais podem esconder pensamentos muito pouco amáveis - que tudo gravita, incluindo os homens que se limitam a segui-las ou a abandoná-las, a amá-las e  a desejá-las, a ignorá-las ou a impor-lhes a sua presença».

Mas o melhor que podemos fazer a um Prémio de Literatura é lê-lo, e Alice Munro está traduzida em português:






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